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Dir. Const. III Raposa Serra do Sol Trabalho amanda

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UNESA – UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Amanda Santos De Borba 
RAPOSA SERRA DO SOL 
BELFORD ROXO
2017
AMANDA SANTOS DE BORBA.
. 
Caso Concreto do Plano de Aula da Semana Oito de Direito Constitucional III – apresentado ao professor Ricardo xxx, como exigência parcial para obtenção de pontuação na matéria.
BELFORD ROXO
2017
RESUMO
	Este trabalho tem como objetivo analisar os aspectos jurídicos acerca da judicialização da política e o ativismo judicial no tocante ao julgamento do Supremo Tribunal Federal, referente à petição 3388, que decidiu que a terra indígena Raposa Serra do Sol terá demarcação contínua, bem como fixou condições para demarcação e ocupação de terras indígenas, conforme determinado no caso concreto do plano de aula da semana oito, transcrito na íntegra a seguir: 
	“Leia o texto abaixo: Índios da Raposa Serra do Sol encerram viagem pela Europa para divulgar luta por terra em Roraima Fernando Moura / Especial para o UOL / Em Lisboa Dois representantes da comunidade indígena Raposa Serra do Sol, que há meses vem lutando contra fazendeiros de arroz pela posse de suas terras no Estado de Roraima, encerraram nesta segunda-feira (07) uma turnê européia de 22 dias que realizaram com o intuito de denunciar as agressões sofridas pela sua comunidade nos últimos tempos, alertar para a futura decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a posse das suas terras e, fundamentalmente, para "criar uma nova relação com os indígenas brasileiros". Em 15 de abril de 2005, um decreto assinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva homologou a Portaria nº 534 , do Ministério da Justiça, que demarcou a área de hectares como Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Trata-se de uma área que abriga 194 comunidades com uma população de cerca de 19 mil índios dos povos Macuxi, Taurepang, Patamona, Ingaricó e Wapichana. Em histórica decisão para o Estado brasileiro, o Supremo Tribunal Federal fixou, no dia 19 de março de 2009, diretrizes para demarcação de terras indígenas. A decisão da Colenda Corte foi no sentido da demarcação contínua da reserva Raposa Serra do Sol (Roraima). Assim sendo, com base no fenômeno denominado judicialização da política, que desloca o campo de atuação do poder judiciário para a arena política discricionária do legislador e do administrador eleitos democraticamente, mister se faz analisar tal decisão do Supremo Tribunal Federal na delimitação da reserva Raposa Serra do Sol. Portanto, sob a ótica do neoconstitucionalismo responda, JUSTIFICADAMENTE, se a decisão do STF é um bom exemplo de ativismo judicial? Quais foram os princípios constitucionais em colisão nesse caso concreto?”
Em recente decisão, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a terra indígena Raposa Serra do Sol terá demarcação contínua (Petição 3388), além de analisar 18 (dezoito) condições propostas pelo ministro Carlos Alberto Menezes Direito para regular a situação nos territórios da União ocupados por índios, e garantir a soberania nacional sobre as terras demarcadas. 
Tal decisão teve grande repercussão, que até hoje vem gerando uma série de discussões acerca da separação dos poderes no Brasil, da judicialização da política e o ativismo judicial.
A classificação de nossa Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988 é ponto inicial para entendermos o atual cenário do direito brasileiro, Ela pode ser classificada, quanto à finalidade, como dirigente, Além disso, nossa Constituição é classificada, quanto à extensão, como analítica e, quanto ao conteúdo, é classificada como formal.
A separação de nosso poder é tripartidário sendo eles: Poder Legislativo, o Poder Executivo e o Poder Judiciário, autônomos e independentes entre si.
O Princípio da Separação de Poderes está consagrado no artigo 2º da Constituição Federal de 1988, ao dispor que são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Com a chegada do neoconstitucionalismo, nossa Constituição, promulgada em 1988, deixou de ser um instrumento político e passou a ter força normativa, sendo considerada nossa Lei Maior.
Sendo assim, toda norma deve estar em consonância com a Constituição, sendo interpretada a luz dela, possibilitando, desta forma, a efetivação de direitos e o rompimento com o positivismo clássico, tendo em vista que muitas vezes a norma é incapaz de acompanhar as mudanças sociais e precisa de interpretações que alcancem o anseio social. 
A judicialização decorre do modelo constitucional adotado no Brasil. Uma constituição compromissória como a de 1988, que institui direitos fundamentais sociais ainda sem cumprir e uma inflação legislativa que objetiva abarcar um sem número de matérias, contribuem para aumentar o espaço de interferência do judiciário nos demais poderes, mas isso não significa que sua atuação seja manifestação de vontade do órgão judicante. Quanto mais direitos são constitucionalizados ou um número maior de leis são editadas para regulamentar uma gama de matérias, maior será a atuação do Poder Judiciário na concreção dessa normatividade, surgindo o que se denomina de judicialização.
Desta forma é possível entender que não pode o Judiciário deixar de cumprir o que determina a Constituição, lei máxima em nosso país, sob a alegação de que temas de aspecto político, social ou moral devam ser tratados somente pelo poder Legislativo.
O Caso Raposa Serra do Sol é um exemplo perfeito de ativismo judicial, visto que nas palavras do Ministro Gilmar Mendes, um verdadeiro tratado regulamentador dos limites e as condições em que se daria a divisão daquelas terras.
É importante destacar que a decisão foi pautada na ponderação de dois princípios constitucionais: o princípio da legalidade e o princípio da proporcionalidade da lei, vencendo o princípio da proporcionalidade, que tem por finalidade precípua equilibrar os direitos individuais com os anseios da sociedade.
O ativismo judicial, por definição, é o instrumento de interpretação constitucional que possibilita aos juízes, através de técnicas sistêmicas e congruentes, ver e aplicar a constituição de forma concreta, indo além do que o antigo modelo legalista permitia, regulando e distribuindo justiça eficiente e concreta. Ao analisar o assunto em questão é possível concluir que o ativismo judicial é uma evolução advinda do neoconstitucionalismo que vêm para suprir os anseios da sociedade, posto que em casos de máxima urgência, não pode a população ficar a mercê do Legislador na criação de leis que os regulamentem.
Entretanto, sua atuação deve ser exposta, a fim de que o princípio da separação dos poderes não seja maculado, respeitando-se assim as limitações fixadas pelo poder constituinte originário. 
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