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Centro de Educação a Distância do Ceará - CED Práticas Experimentais de FÍSICA Aplicadas ao ENEM Módulo 3: Mecânica Unidade 2: Plano Inclinado Tutora: Mariana Teixeira de Castro Centro de Educação a Distância do Ceará - CED seja bem vindo a nossa primeira aula deste módulo. Os princípios da física básica começam com o estudo dos movimentos. Porque os corpos caem? Se corpos com massas diferentes caem com tempos e velocidades diferentes? Foram com perguntas desse tipo que se começou o estudo do movimento e essas mesmas deram origens a outras séries de perguntas mais sofisticadas. Aqui vamos encontrar e compartilhar práticas didáticas de como explicar esses conceitos básicos que foram questionados agora pouco. Atenção!!! Não se esqueça de participar do fórum e de responder a tarefa deste módulo até o final no prazo estipulado. Bons estudos!!! Olá, Centro de Educação a Distância do Ceará - CED UNIDADE 2: PLANO INCLINADO Possivelmente o plano inclinado é a maquina simples mais antiga do mundo. As civilizações primitivas já utilizavam superfícies inclinadas para subir encostas e transportar cargas em desníveis. Acredita-se que a construção das pirâmides do Egito foi facilitada pelo plano inclinado. O problema do plano inclinado, mais do que um exercício ou questão de vestibular, foi uma importante contribuição à evolução dos conceitos da Física. No estudo da queda livre, desenvolvido por Galileu, o plano inclinado assume papel de relevo. No livro "Diálogo a Respeito de duas Novas Ciências", o italiano apresenta um diálogo, no qual o problema do plano inclinado é proposto e discutido, entre Salviati, defensor de suas idéias; Segredo, um aluno curioso e inteligente e Simplício, que desenvolve as idéias aristotélicas. Figura 1: Plano Inclinado Na dinâmica as Leis de Newton são as leis que descrevem o comportamento de corpos em movimento, formuladas por Isaac Newton. Descrevem a relação entre forças agindo sobre um corpo e seu movimento causado pelas forças. Essas leis foram expressas nas mais diferentes formas nos últimos três séculos. Isaac Newton publicou estas leis em 1687, no seu trabalho de três volumes intitulado Philosophiæ Naturalis Principia Mathematica. As leis explicavam vários comportamentos relativos ao movimento de objetos físicos. Centro de Educação a Distância do Ceará - CED Newton usando as três leis, combinadas com a lei da gravitação universal, demonstrou as Leis de Kepler, que descreviam o movimento planetário. Essa demonstração foi a maior evidência a favor de sua teoria sobre a gravitação universal. 2.1 Objetivos Demonstrar ao aluno, os estudos das forças atuantes na dinâmica das leis de Newton, a fim de fazer ao aluno até o termino desta atividade reconhecer os efeitos da: Força motora de Px e suas equilibrantes (Força de tensão, compressão, atrito e etc); Componente do peso P perpendicular a rampa, Py e sua equilibrante (Força norma lN). Determinara a dependência de: Px e Py em função do ângulo de inclinação darampa; Px e Py em função da massa envolvida e da aceleração gravitacional no local. 2.2 Material Utilizado 1 Plano inclinado, escala de 0 a 45° graus com sistema de elevação contínuo de sapatas niveladoras; 2 Massas acopláveis de 50g; 1 Dinamômetro de 2 N; 1 Carrinho. 2.3 Procedimento e Resultados O experimento deve ser divido em três etapas, cada etapa com um ângulo diferenteescolhido aleatoriamente pelo professor, trabalharemos aqui com os ângulos de, 18º, 27º e 30 graus. Após a determinação dos ângulos, iniciamos o experimento com a calibração do dinamômetro, uma vez calibrado podemos ter a certeza de que o valor medido não sofrerá variações, determinamos o peso P do móvel formado Centro de Educação a Distância do Ceará - CED pelo conjunto de carro mais 02 massas de 50g acopladas medidos pelo dinamômetro, aonde vimos que seu peso corresponde à: P= 1.62 N Com peso definido, o equipamento deve ser montado e o dinamômetro preso a dois fixadores a cabeceira do plano inclinado ficando paralelo á rampa, em seguida elevamos o plano girando o manípulo do fuso e inclinando o plano articulável até o ângulo 𝛼 determinado (18º, 27ºe 30 graus), conforme a Figura1. Com isto obteremos a seguinte valor modular da tração T força aplicada pelo o dinamômetro. Figura 2: Plano Inclinado Obs: para uma boa leitura devemos bater levemente com o dedo na capa do dinamômetro, isto diminui a frenagem entre a escala e a capa. A tração T que deve sermarcada pelo dinamômetro no ângulo de 18º. T = 0,44 N A tração T que deve sermarcada pelo dinamômetro no ângulo de 27º. T = 0,7 A tração T que deve sermarcada pelo dinamômetro no ângulo de 30º. T = 0,76 N Com isto podemos definir o diagrama de força de cada ângulo 𝛼 (18º, Centro de Educação a Distância do Ceará - CED 27º e 30 graus), identificando cada força atuando sobre o móvel, conforme a Figura 2. E o diagrama com as características do vetor componente Px, conforme a Figura 3. Figura 3 e 4: Diagrama de Forças Com base neste diagrama podemos observar que, um objeto tendo um peso P em um plano inclinado o qual tem um ângulo 𝜃 de inclinação, exerce uma força Py contra o plano inclinado e uma força Px para baixo do plano. As forças Px e Py são vetores componentes para a força P. O ângulo θ formado pela força Px e Py contra o plano inclinado e o peso P é igual ao ângulo de inclinação . Desde que θ = 𝛼, Px = P sen(θ) e Py = P cos(θ). A força mínima necessária para manter um objeto em equilíbrio no plano inclinado tem a mesma magnitude de Fx mas esta em direção oposta. Para calcular o Px e Py do ângulo 18º: Px = P.Sen.θ Py = P. Cos.θ Px =1,62. Sen18º Py = 1,62.Cos18º Px =0,5N Py= 1,54N Para calcular o Px e Py do ângulo 27º: Px = P.Sen.θ Py = P. Cos.θ Px =1,62.Sen27º Py = 1,62.Cos27º Px =0,73N Py = 1,44N Para calcular o Px e Py do ângulo 30º: Centro de Educação a Distância do Ceará - CED Px = P.Sen.θ Py = P. Cos.θ Px =1,62. Sen30º Py = 1,62.Cos30º Px =0,81N Py = 1,40N O percentual de erro do valor da força de tração T com o valor calculado para força componente Px, de cada ângulo 𝛼 (18º, 27º e 30º graus). O percentual de erro entre Px e T para o ângulo 18º. Px = 0,5 N------ 100% T = 0,44N------x logo: X = 88% , isto implica dizer que o percentual de erro e de apenas 12%. O percentual de erro entre Px e T para o ângulo 27. Px = 0,73 N------ 100% T= 0,70N------ x logo: X = 96%, isto implica dizer que o percentual de erro e de apenas 4%. O percentual de erro entre Px e T para o ângulo 30. Px = 0,81 N------ 100% T= 0,76N------ x logo: X = 93% , isto implica dizer que o percentual de erro e de apenas 7%. Como se observa em pratica através de cálculos, que a componente Px > T em todos os ângulos diferente da teoria, que afirma que Px = T, logo esta diferença é causado pelaforça atrito. O atrito aparece sempre que duas superfícies em contato deslizam uma sobre a outra. Este efeito é sempre contrário ao movimento. A intensidade da força de atrito (Fat) é descrita em uma boa aproximação como sendo proporcional a força normal. A constante de proporcionalidade é chamada decoeficiente de atrito (µ) definido com Tg, que depende da natureza das superfícies em contato e é dividido entre dinâmico, cinético e estático. Em termosmatemáticos. Fat = µ.N. A força normal Nx é a força de reação, e tem origem na superfície onde o movimento ocorre, logo tem um ângulo igual ao plano do movimento como se observa na Figura 3, como o plano de trabalho é um plano inclinado, isto implica dizer que Nx = Py, caso fosse um plano horizontal Nx = P. A força de atrito (Fat) para o ângulo de 18º Centro de Educação a Distância do Ceará - CED Fat = µ .Nx. Fat = Tg𝜃 . Nx Fat = Tg18º. 1,54 Fat = O.5 N A força de atrito (Fat)para o ângulo de 27º Fat = µ .Nx. Fat = Tg𝜃 . Nx Fat = Tg27º. 1,44 Fat = O.73 N A força de atrito (Fat) para o ângulo de 30º Fat = µ .Nx. cc = Tg𝜃𝜃 . Nx Fat = Tg30º.1,40 Fat = O.80N Isto implica dizer que caso o móvel fosse solto do dinamômetro haveria um deslocamento, pois Px > Fat, nos três ângulos 𝜃 (18º, 27º e 30º graus). E o agente físico responsável por este deslocamento e a força peso P, com isto é correto dizer que a força peso P e o resultado da atração gravitacional exercida pela terra não somente sobre o objeto localizado sobre suas superfícies, mas atuando também a distâncias relativamente longas, por conta desta força podemos dizer que o móvel quando livre sofre um deslocamento ao longo do plano inclinado, mas a Px> Fat, caso contrario Px < Fat a aceleração será nulo. 2.4 Conclusão Ao realizar esse experimento a equipe pode observar as dificuldades que existem em uma aula de laboratório, à elaboração de um relatório técnico de experimento e a importância de um bom trabalho em equipe. Em particular, temos que nos preocupar com detalhes os quais muitas vezes são considerados como “desprezíveis” na física teórica, como fatores que influenciam bastante em um resultado. Aprenderemos a reconhecer cada força atuante sobre o móvel, como a força motora de Px e suas equilibrantes (Força de tensão, atrito e etc), componente do peso P perpendicular a rampa, Py e sua equilibrante (Força normal N), determinar a dependência de, Px e Py em função do ângulo de inclinação da rampa e Px e Py em função da massa Centro de Educação a Distância do Ceará - CED envolvida e da aceleração gravitacional no local. Concluímos também que caso o móvel fosse solto do dinamômetro haveria um deslocamento, pois Px > Fat, nos três ângulos . Observamos também que a componente Px > T em todos os ângulos, diferente da teoria, que afirma que Px = T, logo esta diferença é causado pela forçaatrito. Em relação percentual de erros entre Px e T, no experimento, poderemos fazer comparações entre os resultados teóricos e os práticos, possibilitando a aplicação da Teoria do erro absoluto que consiste na diferença entre o valor medido (prática) e o valor verdadeiro (teórico). Na verdade o trabalho possibilita analisarmos de forma mais coerente as Leis de Newton (1ª, 2ª e 3ª). Simulações Relacionadas [1]https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/vector-addition [2]https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/friction [3]https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/forces-and-motion [4] https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/forces-and-motion-basics [5]https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/gravity-and-orbits [6]https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/gravity-force-lab [7] https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/hookes-law [8]https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/mass-spring-lab [9]https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/my-solar-system [10] [https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/ramp-forces-and- motion [11]https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/resonance Figura 4: Força Resultante Figura 5: Atrito Centro de Educação a Distância do Ceará - CED Vídeos Relacionados [1] https://www.youtube.com/watch?v=eUPiaaNlPas&list=WL&index=17 [2] https://www.youtube.com/watch?v=bCTL0PQPOj0&list=WL&index=54&t=2s [3] https://www.youtube.com/watch?v=2slBg3ZyQKg&list=WL&index=45 [4] https://www.youtube.com/watch?v=BHxo0OtblqU&list=WL&index=36 [5] https://www.youtube.com/watch?v=k0X08cAj0fI&list=WL&index=33 Chegamos ao Final de mais uma aula, até a próxima. Links de Imagens Figura 1:https://phet.colorado.edu/pt_BR/ Figura 2:https://phet.colorado.edu/pt_BR/ Figura 3:https://phet.colorado.edu/pt_BR/ Figura 4:https://phet.colorado.edu/pt_BR/ Figura 5: https://phet.colorado.edu/pt_BR/ Referências Bibliográficas [1] GONÇALVES F. A. e TOSCANO, C. Física e realidade. Vol. 1. São Paulo: Scipione, 1997. 367 p. [2] ALVARENGA. B. Tópicos de Física. Vol1. 16ª Ed. São Paulo: Saraiva. [3] HALLIDAY, David, RESNIK Robert, KRANE, Denneth S. Física 1, volume 2, 5ª Ed.Rio de Janeiro: LTC, 2004. [4] NUSSENZVEIG, Herch Moysés – Curso de Física Básica vol. 1, 4ª Ed. São Paulo: Editora Blucher, 2002.
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