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Universidade Federal da Fronteira sul Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Disciplina de Fundamentos da Crítica Social Professor: Cláudio Damião Braun Acadêmico: Alexander Filipe Bavaresco Resumo: A ORIGEM DO CONHECIMENTO Através da reflexão a respeito do surgimento do conhecimento, derivaram três correntes distintas. A primeira chama-se racionalismo, cujo objetivo era provar que o conhecimento absoluto deriva da razão, criada por matemáticos. Outra é o empirismo, feita por estudiosos das ciências naturais, defende a experiência sensorial como fonte do verdadeiro conhecimento. E uma última que busca mediar as duas primeiras, chamada Apriorismo, dizendo que a experiência processada e organizada racionalmente dá origem ao conhecimento. Racionalismo: trata-se do ponto de vista filosófico que enxerga no pensamento a principal fonte de conhecimento humano. Não é necessário ser comprovado para sua autenticidade, é assim, e não á modo possível de contradição. Esses juízos possuem necessidade lógica e validade universal, julga-se que é assim e não que pode ser assim. Pode-se citar o exemplo: se a água ferve em temperatura mais alta ou mais baixa ela encontra seu ponto de fervura aos 100°C e pronto. No racionalismo, todo conhecimento genuíno depende do pensamento, esse é a verdadeira fonte e fundamento do conhecimento humano. A forma mais antiga de racionalismo vem de Platão, onde tenta convencer que todo o mundo da experiência está em permanente mudança e modificação, consequentemente incapaz de nos transmitir qualquer saber genuíno. O que lhes devemos não é um saber genuíno, mas sim uma opinião. Platão chama esse mundo supra-sensível de mundo das idéias. Não simplesmente uma ordem lógica, mas metafísica, um reino de entidades ideais. A doutrina platônica da reminiscência afirma que todo conhecimento espiritual não tem fundamentação, serve apenas como mecanismo estimulador. Outra forma de racionalismo encontrada é a de Platino e Agostino. Platino coloca o mundo das idéias no Espírito Pensante. As idéias já não são um reino de entidades existentes por si, mas o auto-desdobramento simplesmente ocorre quando o espírito humano recebe as idéias de Nous, e esta é acolhida por Agostinho, e modificada no sentido cristão, sendo iluminada por Deus. Agostinho pensa que todo esse saber no sentido próprio e rigoroso da palavra, provém da razão humana ou da iluminação divina. Logo após, já na idade moderna, a forma de racionalismo que surgiu é a que se entende por antologismo, onde a intuição racional é a única fonte de conhecimento. Já no século XVII a predominância é a da doutrina das idéias cognatas ou inatas, segundo á qual há em nós um certo número de conceitos inatos que são os mais importantes fundadores do conhecimento. Quem Afirma isso é Descartes. E no século XIX, a última forma de racionalismo é algo mais puramente lógico, um Abstrato, e não significa nada se não a personificação dos mais altos pressupostos e princípios do conhecimento. O conteúdo completo do conhecimento é deduzido daqueles princípios superiores de maneira rigorosamente lógica. Empirismo: é o que defende a idéia de que a única fonte do conhecimento humano é a experiência. Segundo ele a razão não possui nenhum patrimônio apriorístico. Por “experiência” do nascimento, o espírito humano é uma tabula rasa, na qual deve ser preenchida através das experiências adquiridas no decorrer do tempo. Explica-se com o exemplo de uma criança, primeiramente ela tem percepções concretas. E a partir disso forma conceitos gerais. A experiência aparece dessa maneira como a única forma de conhecimento. Na maioria dos casos, os racionalistas vinham do “mundo matemático” e os empiristas do “mundo das ciências naturais”. Ainda na antiguidade encontra- se concepções empiristas nos sofistas, estóicos e epicuristas. Com os estóicos surgiu a comparação da alma como uma tábua rasa. Jon Locke, criador do empirismo fez um desenvolvimento sistemático, no qual mostra o desenrolar do empirismo em idéias simples e complexas, e todo o processo nesse “meio tempo”. Depois, Hume divide as idéias de Locke em impressão e ideias. Permitindo explicar mais facilmente a o objeto ideia e o objeto real. Apriorismo: Vem como uma forma de mediador entre o empirismo e o racionalismo. Considera tanto a experiência quanto o pensamento como forma de saber. Assim como o racionalismo, o apriorismo apresenta fatos “a priori” que independem da experiência para serem comprovados. São formas de conhecimento que recebem conteúdo da experiência, apenas. O princípio que rege o apriorismo diz que: “conceitos sem intuições são vazios, e intuição sem conceito são cegas”. Tanto o intelectualismo aristotélico quanto o escolástico concordam com a existência de um fator racional e um fator empírico no conhecimento humano. O apriorismo nega que todos os conceitos provém da experiência, pois fatores “a priori” derivam do pensamento racional. O fundador do apriorismo é Kant, toda a sua filosofia vem da mediação intermitente que buscou fazer entre o racionalismo de Leibniz e Wolff, e o empirismo de Locke e Hume. Diz Kant que o material do conhecimento provém da experiência, enquanto a forma, provém do pensamento.
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