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Os carboidratos são a principal fonte de energia, possuindo importantes funções no metabolismo e na composição estrutural dos seres vivos, tornando-se, assim, uma estrutura orgânica muito importante. Elabore uma discussão sobre a importância da glicose na alimentação, apresentando a diferenciação nutricional dos carboidratos. Realize um paralelo entre os níveis glicêmicos e os diferentes tipos de Diabetes. A glicose, ou dextrose, de fórmula C6H12O6, é um monossacarídeo vital para o nosso organismo, pois é utilizada no processo de respiração celular para a produção de energia (ATP), sendo essa fundamental para os nossos processos metabólicos. A glicose pode ser obtida, através da dieta, de forma direta (em alimentos ricos nesse carboidrato como o mel), ou de forma indireta, através da digestão e quebra de carboidratos com moléculas maiores, mas que possuem glicose na sua constituição, como o amido, o leite, e o açúcar comum. O amido, por exemplo, quando sofre a ação da enzima amilase, que está presente no estômago, quebra-se em várias moléculas de glicose, e assim a glicose é obtida de forma indireta através da digestão. Quando nós ingerimos uma alta quantidade de glicose, o nosso organismo utiliza o que necessita e o excesso é enviado para o fígado, que transforma a glicose em glicogênio e ela fica armazenada em nosso fígado, aumentando a concentração de glicogênio. Quando o nível de glicogênio fica alto, o fígado começa a quebrar o glicogênio excedente, mandando-o para a corrente sanguínea, aumentando a concentração de glicose no sangue. Como a concentração de glicose no sangue está alta, automaticamente o pâncreas começa a produzir o hormônio insulina para mandar essa glicose para dentro das células dos músculos para ser transformada em glicogênio. Se a concentração de glicose no sangue continuar em excesso, o organismo começa a converter a glicose em triglicérides, que serão armazenados na forma de gordura. Se o pâncreas não produz insulina suficiente, ou até mesmo não produz esse hormônio, para o transporte de glicose para dentro da célula, e a concentração de glicose aumenta no sangue (hiperglicemia), tende-se a caracterizar a doença chamada diabetes. Com a glicemia em jejum acima de 200 mg/dL, o paciente é diagnosticado com diabetes. Existem quatro tipos de diabetes: Diabetes mellitus tipo 1, tipo 2, diabetes insipidus, diabetes gestacional. A Diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, na qual o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina. O paciente precisa tomar insulina injetável como tratamento, além de ter uma dieta fraca em carboidratos, pois a concentração de glicose no sangue pode se elevar facilmente, já que o organismo não produz insulina. A diabetes tipo 2 é causada por fatores genéticos ou maus hábitos de vida, como consumo exagerado de açúcar, sedentarismo ou obesidade. O paciente pode ser tratado injetando insulina, mas na maior parte dos casos, o uso de remédios orais, a alimentação adequada e o exercício físico regular, podem levar ao controlo da doença, pois o organismo ainda produz insulina, mas de forma insuficiente. A diabetes insipidus apresenta sintomas semelhantes à diabetes mellitus, mas não provoca alteração na quantidade de açúcar no sangue. Isto acontece devido a alterações no sistema nervoso ou nos rins, que reduzem a produção de hormônio antidiurético, fazendo com que o paciente sinta muita vontade de beber água e urinar. O tratamento para o diabetes insipidus consiste no uso de remédios com hormônio anti-diurético ou anti-inflamatórios. Além disso, o indivíduo deve fazer uma alimentação pobre em sal e utilizar suplementos para corrigir os distúrbios de cálcio e de potássio no organismo. A diabetes gestacional surge durante a gravidez e pode ser diagnosticada num exame de glicose em jejum após as 22 semanas de gestação. Os sintomas são semelhantes aos da diabetes tipos 2 e o seu tratamento é feito com alimentação adequada e exercícios para o controle da diabetes, já que esta tende a desaparecer após o nascimento do bebê. No entanto, quando a glicose sanguínea se encontra muito elevada, o médico poderá indicar o uso de hipoglicemiantes orais ou até mesmo da insulina.
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