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Participação em suicídio

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Participação em suicídio. Art. 122, CP
	Art. 122, CP: 
	Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
        Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. 
        Parágrafo único - A pena é duplicada:
        Aumento de pena
        I - se o crime é praticado por motivo egoístico;
        II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
	 
	 
	Introdução
	Partícipe nesse crime é considerado autor: induz, instiga e auxilia.
Participe é elementar do tipo. 
"Sui Generis": Exceção a regra; aberração jurídica.
Teoria da acessoriedade limitada: conduta típica e ilícita do autor para ser considerado partícipe.
Não é um crime formal, mas sim material. 
Quem tentou cometer suicídio não pode ser imputado pois não atingiu bem de terceiro. 
	 
	 
	Sujeito do crime
	Sujeito ativo: qualquer pessoa pois não especificado nenhuma característica no tipo.
Sujeito passivo: qualquer um desde que possua capacidade de discernimento e de se autodeterminar. Caso não tenha, o sujeito passivo na verdade teria cometido homicídio. Crime comum, ou seja, não é necessária nenhuma qualificação para comete-lo. Exemplo seria uma criança que não tem capacidade de se autodeterminar e muito menos que fazer tal coisa pode ceifar a sua vida. 
Só aceita participação dolosa. 
Pode ser um crime de ação múltipla, o agente induz, instiga e auxilia o suicida. 
Admite coautoria em sentido estrito.
Dar uma arma para o suicida é auxílio material.
Morte do suicida tem que ser consciente e voluntária, de modo que se induzo alguém que não tem domínio de capacidade fará com que eu seja imputado por crime de homicídio. 
Elemento cognitivo e volitivo. 
Assim, é necessário sempre observar de acordo com o caso concreto.
	Tipo Objetivo
	 
	 
	 
	Induzir
	Natureza moral.
Criar ideia suicida. 
	Núcleos
(Formas de participação)
	Instigar
	Natureza moral. 
Promover ideia suicida. Indivíduo já tem esse pensamento, mas é incentivado. 
Exemplo: amigo incentiva outro que já tinha ideia.
	 
	Auxiliar
	Natureza material
Facilitação do suicídio quando o agente concede instrumentos letais. 
Precisa o suicida ter utilizado o bem do partícipe no ato executório. 
	Multinuclear
	Crime de forma múltipla. Conteúdo variado. 
	Discursão sobre participação omissiva
	 
	 
	 
	Majoritária:
	Participação moral não sendo somente a material. (Auxiliar no suicídio)
	 
	OBS:
	O auxílio deve ser sempre acessório e parte desse crime quando o agente intervém nos atos executórios. 
	 
	 
	Eu puxar o gatilho de alguém que queria morrer é homicídio. 
Só é cabível a omissão quando estivermos tratando de um garantidor já que não está previsto legalmente a omissão. Art. 13, §2, CP.
	Art. 146, § 3º, II, CP:
	Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo:
II - a coação exercida para impedir suicídio.
	 
	Constrangimento ilegal. 
Não existe constrangimento quando a atitude impede o suicídio. 
Lei não impede alguém de se suicidar, mas não existe constrangimento. 
	Tipo Subjetivo
	 
	 
	Dolo
	Não pode ser culpa pois não posso participar de um suicídio de maneira culposa. 
Não existe participação culposa como podemos ver no artigo.
Dolo direto ou eventual. 
Eventual: Pai que expulsa a filha de casa mesmo a própria dizendo que iria se suicidar se o mesmo fizesse isso. 
Ou seja, deve a conduta do agente levar o sujeito passivo a cometer o ato. 
Ausência de previsão legal culposa. 
	Consumação/tentativa
	 
	 
	I- Se a vítima vem a falecer
	Participação em suicídio consumada.
Pena de dois a seis anos. 
	 
	 
	II- Se a vítima sofre lesão grave
	Suicídio frustrado. 
Pena de um a três anos. 
Leitura sistemática com o Art. 129, §1 e 2, CP. 
Divergência:
Majoritária: Teremos crimes consumado. Mas com reclusão de 1 a 3 anos.
Bittencourt: Teríamos crime tentado com pena de reclusão de 1 a 3 anos. 
Art. 14, III, CP. 
1/3 a 2/3 da pena. Minorante aplicada na terceira fase. 
Problematização: partícipe é culpabilizado por um crime que nem existiu. 
	Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
        Pena - detenção, de três meses a um ano.
        Lesão corporal de natureza grave 
        § 1º Se resulta: 
        I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; 
        II - perigo de vida; 
        III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
        IV - aceleração de parto: 
        Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
        § 2° Se resulta: 
        I - Incapacidade permanente para o trabalho; 
        II - enfermidade incurável; 
        III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; 
        IV - deformidade permanente; 
        V - aborto: 
        Pena - reclusão, de dois a oito anos.
	 
	III- Se a vítima sofre lesão leve
	Fato atípico. Não tem culpa o partícipe. 
Indivíduo teve participação, mas, pelo principio da legalidade a tentativa do suicídio resultou em lesão corporal leve não pode ser penalizada. 
Se não tem previsão legal não pode ser a pessoa culpabilizada. 
	 
	Majorantes
	Aumento de pena que deve ser utilizado na terceira fase:
        I - se o crime é praticado por motivo egoístico;
        II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. 
	 
	Motivo egoístico
	Motivo torpe.
Exemplo: induzir o chefe a se matar para tomar o cargo dele. 
Finalidade pode ser de qualquer natureza, mas com interesse particular. 
Motivo favorece o próprio agente. 
Ele vai ganhar com a morte da pessoa. 
	 
	Vítima menor
	Abaixo de 14 anos é considerado suicídio, usando o art. 217-A. Ou seja, acima de 14 e abaixo de 18 anos a pessoa tem noção de saber o que é certo ou errado. 
Porém, o mais correto é analisar o caso em concreto. 
	 
	Capacidade de resistência
	Se a vítima for neutralizada é homicídio. Ou seja, uma pessoa tem a diminuição de compreensão dos fatos por ela cometidos e de se autodeterminar. Caso essa autodeterminação seja totalmente anulada podemos caracterizar como homicídio.
Exemplo é quando a vítima é hipnotizada. 
	OBS:
	 
	 
	 
	Roleta russa:
	Quando a pessoa se mata todos que participaram da roleta vão ser indiciados por participação. 
	 
	
	Válvula:
	Dois indivíduos vão para um porão ligam uma válvula com um gás mortífero. Porém, somente um deles morre, mas o sobrevivente vai ser culpabilizado por homicídio porque participou do ato executório puxando a válvula do gás. Caso o sobrevivente não tenha contribuído na execução do crime ele é penalizado por participação em suicídio. 
O fato de alguém querer morrer não exime a outra de culpa. 
O indivíduo não pode ter praticado nenhum ato executório que tenha auxiliado o suicídio se não é caracterizado como homicídio.

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