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Material Didático Aula 10.2 – Conceitos Básicos na Prática Clínica Prof.ª Liliane Martins 1 • Avaliação nutricional: Avaliação dietética, antropométrica, física, bioquímica Considerar no diagnóstico Clínico: Conduta Individualizada • Exemplo: DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL: Desnutrição moderada ; Anemia; Hipoalbuminemia De acordo com o Diagnóstico nutricional se estabelece o Objetivo da Conduta Nutricional. Cálculo das Necessidades Nutricionais 2 Objetivos Nutricionais: O objetivo primário de um programa de intervenção nutricional é a melhoria do estado nutricional do indivíduo. Os objetivos nutricionais devem ser definidos a curto e longo prazo. É importante estabelecer objetivos nutricionais mensuráveis, mas também entender que estes objetivos somente serão atingidos quando os fatores externos à intervenção em comunicação conduzirem a alcançá-los. 3 Exemplo: OBJETIVOS NUTRICIONAIS Auxiliar na prevenção da perda de peso, melhorando o estado nutricional do paciente; Auxiliar na recuperação tecidual, melhorando ou acelerando a cicatrização; Auxiliar na melhora da função imune do paciente. 4 Conduta Nutricional ou Conduta Dietoterápica: • Conduta nutricional significa a decisão de tratamento que o nutricionista determina para cada paciente. Exemplo: frente a um paciente com sobrepeso ou com hipertensão, a conduta nutricional poderia ser dieta hipocalórica ou hipossódica, respectivamente. • A conduta dietoterápica traduz-se na prescrição de um plano alimentar. • Exemplo: Dieta via oral com suplemento hipercalórico, hiperproteico e enriquecido com nutrientes que aceleram a cicatrização da úlcera por pressão tais como a arginina, zinco e vitaminas A, C e E. 5 Prescrição Nutricional ≠ Plano Alimentar • Prescrição Nutricional: via de administração, consistência, fracionamento, total de calorias, distribuição de macro e micronutrientes, substâncias protetoras + suplementação Exemplo: • Prescrição Dietética: Dieta via oral, de consistência branda, fracionada em 7 refeições diárias, enriquecida com imunomoduladores, isenta de alimentos flatulentos. 6 Plano Alimentar • Plano alimentar: é um guia de refeições prescrito ao paciente de forma individual, ou seja, é produzido de acordo com as necessidades nutricionais e de saúde específicas. • O plano alimentar é o conjunto formado pela prescrição dietética individualizada, segundo guias de recomendações nutricionais e cardápios diários com sugestões de substituições por equivalentes calóricos. 7 • A prescrição do plano alimentar não deve levar em conta apenas os preceitos nutricionais; devem ser considerados também os hábitos e preferências alimentares para que se possa conseguir, por parte do cliente, um acompanhamento mais prazeroso da dieta proposta (Queiroz,1988;Garcia,1989). • Como pode-se observar, a prescrição de um plano alimentar é uma tarefa complexa pois, além dos fatores nutricionais, envolve aspectos biopsicossociais do indivíduo. 8 • LANCHE EXTRA 06:00h: Nutri drink protein gelado –1 unidade gelada • DESJEJUM 08:00h: Macaxeira –2 pedaços médios ou inhame – 2 rodelas médias ;Queijo mussarela –2 fatias médias ;Café – 200ml + leite integral em pó –1 colher de sopa + açúcar –1 colher de sobremesa ;Melancia ou melão –1 fatia média • COLAÇÃO 10:00h: Cubitan –1 unidade gelada (chocolate) • ALMOÇO 12:00h: Salada cozida: abóbora cozida –1 xícara de chá + batata inglesa cozida –1 unidade picada + chuchu cozido picado –2 colheres de sopa; Arroz branco cozido –3 colheres de sopa; Macarrão cozido –2 pegadores; Feijão cozido –1 concha pequena; Filé de frango cozido –1 unidade grande. Azeite de oliva –1 colher de sopa. Suco de acerola –1 copo (240ml) + açúcar –2 colheres de sobremesa. 9 10 • LANCHE 15:00h: Vitamina –300ml: Banana –1 unidade ; Mamão –1 fatia ; Leite integral – 2 colheres de sopa ; Nutren active baunilha –2 colheres de sopa ; Farinha de aveia –1 colher de sopa; Açúcar –1 colher de sobremesa • JANTAR 18:00h: Sopa de legumes com macarrão e carne –2 conchas grandes. Azeite de oliva –1 colher de sopa; Suco de maracujá –240ml + açúcar –1 colher de sobremesa • CEIA 21:00h: Cubitan –1 unidade gelada (chocolate) • A elaboração de dietas é a principal tarefa desenvolvida pelos profissionais de Nutrição. Ela é precedida pela realização do diagnóstico nutricional. • O diagnóstico nutricional é obtido através da coleta e análise de informações antropométricas, bioquímicas, clínicas, dietéticas e psicossociais pertinentes ao estado nutricional do cliente (Krause,1995). Ele orienta as atividades de intervenção, incluindo a prescrição dietética e a orientação nutricional (Reis,1991). 11 • A hipótese diagnóstica deve ser confirmada ou rejeitada a partir da observação evolutiva do paciente e do seu comportamento perante a conduta dietoterápica. • Orientação, educação ou ainda aconselhamento nutricional é o processo pelo qual os pacientes são auxiliados a selecionar e implementar comportamentos desejáveis de nutrição e estilo de vida. 12 • Seguindo os mesmos exemplos, com o paciente com sobrepeso, a orientação nutricional seria explicar porque ele deve adquirir hábitos alimentares mais saudáveis, optando por alimentos menos calóricos. • Para o paciente hipertenso deve-se explicar porque ele deve evitar o consumo de alimentos ricos em sódio. Cabe ainda incentivá-lo a praticar atividades físicas para auxiliar na perda de peso e melhora da hipertensão. 13 • O resultado da orientação nutricional pode ser analisado de acordo com a adesão do paciente às prescrições e sua mudança de comportamento. • Tanto a conduta quanto a orientação nutricional podem, e devem, mudar a cada consulta, acompanhando e se adaptando às alterações do estado de saúde do paciente. 14 Evolução nutricional • A Evolução Nutricional deve ser feita diariamente e de forma individualizada de acordo com cada paciente. 15
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