Buscar

DIREITO EMPRESARIAL III Caso 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO EMPRESARIAL III - CCJ0028
Título
SEMANA 3
Descrição
CASO CONCRETO:
Um empresário que trabalha no ramo de venda a varejo pretende utilizar, nas suas
operações a crédito, duplicatas ao invés de cheques, em virtude da alta taxa de
inadimplência. Procura você para consulta acerca das diferenças básicas entre tais títulos.
Responda ao consulente de acordo com as classificações dos títulos do crédito.
Ambos quanto ao modelo são vinculados, e quanto a estrutura, ambos são ordem de pagamento. Enquanto a Duplicata é causal e nominativa, o cheque é não causal e nominativo apenas nos valores acima de R$ 100,00.
QUESTÃO OBJETIVA:
São títulos de crédito que contêm ordem de pagamento:
A) nota promissória e duplicata.
B) warrant e partes beneficiárias.
C) nota promissória e debênture.
 XD) letra de câmbio e cheque. Correta
Em linha jurisprudencial transcrevo o trecho a seguir: Ementa
DIREITO FALIMENTAR. RECURSO ESPECIAL. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO.
FALÊNCIA DECRETADA NA VIGÊNCIA DO DECRETO-LEI N. 7.661/1945.
RETROATIVIDADE DO ART. 14 DA LEI N. 9.365/1996 QUE PREVIU A
SUB-ROGAÇÃO AUTOMÁTICA DA FINAME NOS CRÉDITOS E GARANTIAS
CONSTITUÍDOS EM FAVOR DO AGENTE FINANCEIRO, DECORRENTES DAS
OPERAÇÕES DE REPASSE EM FINANCIAMENTO. IMPOSSIBILIDADE.
1. O patrimônio do devedor constitui a garantia de seus credores,
sendo que, com a falência, os bens que o integram são
indistintamente objeto de arrecadação pelo síndico - definição do
ativo - para que posteriormente venham a ser vendidos para pagamento
dos credores. Ocorre que tal arrecadação por vezes abrange não só os
bens de propriedade do devedor falido como, também, aqueles que se
encontram na posse deste e cuja propriedade seja de outrem, surgindo
o direito à restituição ao terceiro, corrigindo assim a definição do
ativo que será devidamente executado.
2. Segundo o STJ, a questão relativa à classificação dos créditos no
processo falimentar não tolera a aplicação de lei nova que tenha
diversificado nesse particular, pois a norma é de direito material.
Precedentes.
3. O art. 14 da Lei n. 9.635/1996 longe está de ostentar algum viés
processual, haja vista que, além de tratar de sub-rogação, instituiu
o benefício legal que acabou por, em verdade, alterar a natureza e o
direito de determinados créditos no processo falimentar, afetando
diretamente a ordem de pagamento dos credores na falência.
4. No caso presente, o que pretende a autora com o pedido de
restituição é ver seu direito de crédito obter tratamento
privilegiado em relação a outros da mesma categoria, justamente por
querer receber desde logo o que os demais ficarão sujeitos ao
posterior rateio da falência, de acordo com o quadro geral.
5. Ocorre que, antes disso, os ditos créditos foram objeto de
contrato que previa o repasse nas condições e com a natureza e
garantias reconhecidas à época, concretizando ato jurídico perfeito.
Repare que, em verdade, os títulos legais conferidos ao crédito
fazem parte do conteúdo do direito (é uma qualidade), como
característica que lhe é intrínseca, de modo que sua alteração
consubstancia alteração do próprio direito.
6. Recurso especial provido.

Outros materiais