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ED- Toxicologia
O transporte de substâncias químicas através de membranas biológicas é fator determinante na intoxicação, bem como nos mecanismos de tratamento da intoxicação aguda. Na avaliação do transporte de uma droga através de membranas celulares, devem ser levados em consideração os seguintes fatores:
Grau de ionização da droga e espessura da membrana celular.
Forma e tamanho da célula e solubilidade no local da absorção.
Via de introdução do medicamento e solubilidade no local da absorção.
Solubilidade no local da absorção e grau de ionização da droga.
Forma e tamanho da célula e espessura da membrana celular.
Resposta: Letra D
Justificativa: A toxicidade depende da dose, quanto mais agente químico entrando no organismo maior é a resposta tóxica, diante desse fator no transporte pela membrana fatores ora feito, por transporte passivo, difusão ou ativo, a taxa da molécula é proporcional à sua lipossolubilidade e é dada por grau de ionização, juntamente com a capacidade de solubilidade da molécula.
Obs: No sistema a resposta correta é a letra B
Referência: Klaassen, Curtis D;WatkinsIII, John B.Toxicologia : A ciência básica do tóxicos de Casarett e Doull. Tradução por Matilde de Castro;Frederico Simões at all.5ªed.Editora McGraw-Hill.Portugal 1991.81p.
Segundo dados da literatura internacional, o abuso de solventes praticamente se restringe a certos segmentos da população, como minorias étnicas, nos países desenvolvidos. Entretanto, em países da América Latina (EX: México, Costa Rica), o abuso destas drogas é mais difundido e tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. Em nosso meio, dados preliminares mostram que os solventes orgânicos se constituem numa das drogas mais usadas pela população jovem e por crianças de baixa renda da cidade de São Paulo. Os efeitos agudos do tolueno e n-hexano (constituintes mais importantes de várias colas brasileiras) no ser humano incluem uma primeira fase de excitação, euforia, exaltação, perturbações auditivas, visuais, náuseas, fotofobia, tosse, espirros e sialorréia, evoluindo para uma depressão progressiva do SNC, chegando à desorientação, alucinações, inconsciência, com convulsões e morte. Os efeitos da exposição crônica a estes solventes, no ser humano, ligados à inalação ocupacional ou ao abuso intencional destas substâncias, incluem várias alterações neurológicas periféricas e centrais, alterações psiquiátricas e comportamentais, além de alterações metabólicas em diversos órgãos, comumente descritas. Com relação a absorção pulmonar de voláteis é possível inferir que:
I – A absorção pulmonar de voláteis depende do coeficiente de partição óleo-água.
II - A absorção pulmonar de voláteis depende da lipossolubilidade.
III - A absorção pulmonar de voláteis depende do coeficiente de partição sangue-ar.
IV - A absorção pulmonar de voláteis depende da capacidade da substância atravessar a barreira hemato-encefálica.
V - A absorção pulmonar de voláteis depende da hidrossolubilidade.
As respostas I, II e IV estão corretas.
As respostas II e IV estão corretas.
As respostas II e III estão corretas.
As respostas III e V estão corretas.
As respostas III e IV estão corretas.
Resposta: Letra D
Justificativa: O fator critico para determinar o grau de penetração de um determinado gás ao pulmão é sua hidrossolubilidade, gases e vapores são governados pelo principio de absorção, na medida que estes se difundem no ar alveolar para o sangue e daí para os tecidos, quanto maior a solubilidade do composto no sangue mais tempo para se alcançar equilíbrio, a razão da concentração do composto no sangue e na fase gasosa é constante, tal razão é chamada de coeficiente de partição sangue e ar.
Referência: Klaassen, Curtis D;WatkinsIII, John B.Toxicologia : A ciência básica do tóxicos de Casarett e Doull. Tradução por Matilde de Castro;Frederico Simões at all.5ªed.Editora McGraw-Hill.Portugal 1991.353/355p.
Os praguicidas são compostos químicos especialmente empregados pelo homem para destruir, repelir ou mitigar pragas. No entanto, alguns deles podem se acumular no meio ambiente (Poluentes Orgânicos Persistentes – POPs). O DDT (diclorodifeniltricloroetano) deixou de ser produzido na maioria dos países, e pode ser utilizado apenas em situações especiais. Qual situação é essa?
Em casos de escassez de alimento, no planeta.
Em casos de realização de ensaios toxicológicos.
Para conduzir armas químicas e biológicas.
Em casos de desnutrição humana.
Em casos de doenças endêmicas, para o controle de seus vetores biológicos. 
Resposta: Letras D
Justificativa: O uso do DDT é restrito, sendo proibido em diversos países, o seu uso está restrito aos programas de controle da malária em áreas endêmicas, DDt é um composto altamente persistente no meio ambiente.
Referência: Larini, Lourival, Toxicologia dos praguicidas. 1ªed.Editora manoleLtda. São Paulo1999,32p.
MCA, sexo masculino, 20 anos, ingeriu, em tentativa de suicídio, uma quantidade indeterminada de “chumbinho”, produto contendo agrotóxico que vem sendo comercializado ilegalmente como raticida. Quando telefonaram do hospital para o CIAT, 2 horas após a ingestão, ele apresentava cefaléia, confusão mental, sudorese, sialorréia, miose, bradicardia, hipotensão e fasciculações musculares. Como conduta indicou-se tratamento de suporte, atropinização, esvaziamento gástrico e carvão ativado.  Com a atropinização, busca-se:
 
O controle dos efeitos nicotínicos.
O controle dos efeitos muscarínicos.
Aumentar a degradação da acetilcolina na fenda sináptica.
O controle dos efeitos autonômicos simpático e parassimpático.
A reativação da enzima aceticolinesterase.
Resposta: Letra B
Justificativa: A Atropina bloqueia os efeitos muscarínicos da acetilcolina, devendo ser administrado nas doses de 0,5 a 4,0 mg por via endovenosa em adultos.
Referência: Larini, Lourival, Toxicologia dos praguicidas. 1ªed.Editora manoleLtda. São Paulo1999,70p.
 Criança de 4 anos de idade é atendida na emergência com história de ingestão de raticida cumarínico. Se houver envenenamento, a anormalidade mais comum, em exame de laboratório é:
Diminuição da atividade da colinesterase.
Elevação sérica da ureia e creatinina.
Elevação do tempo de protrombina (TP ou TAP)
Elevação de transaminases(ALT, AST).
Urina escura (hemoglobinúria).
Resposta: Letra C
Justificativa: Os compostos cumarínicos inibem a síntese de protrombina, o que são clinicamente traduzidos em sintomas hemorrágicos, como epistaxe, púrpuras, etc , causando elevação no TAP.
 Referência: Larini, Lourival, Toxicologia dos praguicidas. 1ªed.Editora manoleLtda. São Paulo1999,209p.
 A população japonesa corresponde ao povo de maior incidência de câncer de estômago do mundo. com o intuito de se verificar o possível fator causal para tal fato foi realizado um estudo multicêntiro, ou seja em diferentes locais geográficos e foi observado que a dieta corresponde ao maior fator de risco, em virtude dos altos teores de sal e principalmente de conservantes presentes nestes alimentos.  O nitrato e o nitrito são substâncias naturalmente presentes, ou adicionadas intencionalmente durante o processamento em alimentos, na cura da carne são usados para conservar como para conferir sabor, aroma, cor avermelhada desejável ao produto. A análise destas substâncias em alimentos faz-se necessário pois:
Correspondem a substâncias com efeitos metemoglobinizantes sendo este o maior risco toxicológico, propiciando a formação de carboxihemoglobina.
Podem promover a formação de nitrosaminas em pH alcalino na
Presença de carboidratos.
Podem prover a formação de nitrosaminas em pH ácido na presença de carboidratos.
Podem promover metehemoglobinemia além da formação de nitrosaminas em pH ácido e na presença de proteínas.
Inibem a citocromo oxidase, no processo de fosforilação oxidativa.
Resposta: Letra D
Justificativa: Apesar dos benefícios na conservação de alimentos, o uso desses sais podem trazer danos à saúde da população. O nitrito interage com a hemoglobina(Hb) oxidando-a a metahemoglobina (MeHb). Nessa reação, ao alcançar a corrente sanguínea, o nitrito oxida o ferro da hemoglobina de seu estado ferroso (Fe2+) para sua forma férrica (Fe3+), dando origem a MeHb, a qual é incapaz de transportar oxigênio para as células, pois não se liga de forma reversível ao oxigênio, como acontece com Hb.
Referência: Lamarino,Luciana;Oliveira, Maria da Conceição de;Antunes, Marilza Marques;Oliveira, Michele;Nitritos e nitratos em produtos cárneo enlatados e/ou embutidos.Gestão em foco[em linha]2015.Disponível em: www.unifia.edu.br/revista_eletronica/revista/gestão_foco/artigos/2015.
Com o objetivo de prevenir a intoxicação aos alimentos, várias medidas de segurança são propostas. Uma delas refere-se à caracterização de substâncias químicas adicionadas aos alimentos, segundo seu risco de intoxicação. Assim, o termo GRAS (Geralmente Reconhecidas como Seguras) representa:
Parâmetro de segurança dos alimentos, onde essas substâncias químicas não apresentam risco de danos ao organismo humano.
Refere a um limite encontrado na toxicologia ocupacional.
Todos os aditivos intencionais alimentares são considerados GRAS.
É um parâmetro de segurança utilizado na toxicologia ambiental.
Não há como determinar se uma substância pode causar ou não danos ao organismo.
Resposta: Letra A
Justificativa: GRAS são requisito de seguranças para substância, para que o uso de substância seja elegível para essa classificação tem que haver um conhecimento generalizado entre a comunidade cientifica e os estudos conclusivos da mesma.
Referência: Klaassen, Curtis D;WatkinsIII, John B.Toxicologia : A ciência básica do tóxicos de Casarett e Doull. Tradução por Matilde de Castro;Frederico Simões at all.5ªed.Editora McGraw-Hill.Portugal 1991.760p.
 Vários são os mecanismos pelos quais, diferentes xenobióticos, exercem seus respectivos efeitos tóxicos. No caso de intoxicação aguda, qual é o elemento capaz de produzir hipóxia tecidual, como resultado da diminuição do transporte de oxigênio?
Cianeto.
Arsênio.
Mercúrio.
Monóxido de carbono.
Chumbo.
Resposta: Letra D
Justificativa: O monóxido de carbono possui alta afinidade com a hemoglobina diante da presença do monóxido de carbono, a oferta de oxigênio teria que ser em maior quantidade. A entrada do CO exógeno a carboxiheglobina.
Referência: Klaassen, Curtis D;WatkinsIII, John B.Toxicologia : A ciência básica do tóxicos de Casarett e Doull. Tradução por Matilde de Castro;Frederico Simões at all.5ªed.Editora McGraw-Hill.Portugal 1991.731p.
 Em relação aos praguicidas, assinale a afirmativa incorreta. (Polícia Científica).
A via cutânea ou dérmica é a mais comum para absorção de praguicidas líquidos.
Alguns praguicidas são absorvidos pela via pulmonar.
Os organoclorados podem causar efeito cancerígeno, mutagênico e neurotóxico.
Praguicida teratogênico é aquele capaz de provocar câncer.
A dose letal média (DL50) é aquela que provoca a morte em 50% dos animais testados.
Resposta: Letra E
Justificativa: A DL50 é a representação do lote de 50% da capacidade de provocar morte em animais testados.
Obs: A letra correta no sistema é D, porem teratogenicidade representa qualquer alteração no desenvolvimento embrio-fetal e não na carcinogênese propriamente.
Referência: Larini, Lourival, Toxicologia dos praguicidas. 1ªed.Editora manoleLtda. São Paulo1999,10,16p.
 Com relação à intoxicação por chumbo é correto afirmar:
O chumbo dificilmente será absorvido no trato gastrointestinal se a integridade da mucosa estiver preservada.
A absorção significativa do chumbo ocorrerá sempre que a capacidade de ligação da transferrina estiver excedida.
O Chumbo é amplamente usado em herbicidas e rodenticidas.
O Chumbo se difunde livremente em qualquer tecido corpóreo.
O Chumbo causa seu efeito tóxico mais severo no sistema nervoso e central periférico.
Resposta: Letra E
Justificativa: A principal via de absorção do chumbo é a via gastrintestinal e respiratório, o chumbo inorgânico distribui-se, inicialmente para os tecidos moles, porém o chumbo inorgânico é altamente lipossolúvel, o que aumenta a afineidade para o SN e SNC, causando efeitos mais graves nos mesmos como encefalopatia, neuropatia motora, convulsões, sendo a encefalopatia mais comum em criança, que devido a imaturidade do SN são mais vulneráveis.
Referência: Andrade Filho,Adebal de At all, Toxicologia na prática Clínica.2.ed.Belo Horizonte:Folium,2013.226,228 e 229p.

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