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Aula 2 – Breve História da Análise das Demonstrações Financeiras Prof. Dr. Alexsandre Lira Cavalcante 1 Objetivo da Aula: Apresentar um panorama geral da história da Análise de Balanços. 2 1. Como tudo surgiu... • A Análise de Balanços surgiu e desenvolveu-se dentro do sistema bancário. Este foi até hoje o seu principal usuário. • O início da Análise de Balanço remonta ao final do século XIX, quando banqueiros norte- americanos passaram a solicitar balanços às empresas tomadoras de empréstimos. 3 2. Importância dos Bancos... • Esta medida ganhou aceitação geral quando, em 9 de fevereiro de 1895, o Conselho Executivo da Associação dos Bandos do Estado de Nova Iorque resolveu recomendar aos seus membros que solicitassem aos tomadores de empréstimos declarações por escrito e assinadas de seus ativos e passivos. • Em 1900, essa mesma associação divulgou um formulário de proposta de crédito que incluía espaço para o balanço. 4 2. Importância dos Bancos... • É provável que, nessa época, os balanços apresentassem dados que eram examinados apenas superficialmente, sem nenhuma técnica analítica ou tentativa de medição quantitativa. 5 3. Importância de Comparações... • Já a literatura contábil do começo do século XX menciona a importância de comparações de dados das demonstrações financeiras, porém as ideias eram, via de regra, vagas em relação ao que comparar. • Com o transcorrer dos anos e o sucessivo recebimento de balanços foi-se desenvolvendo a noção de comparação de diversos itens, sendo que a comparação mais comum era a do Ativo Circulante com o Passivo Circulante. 6 4. Surgimento de Novos Índices... • Por volta de 1913, chamava-se a atenção para outros índices como: depósitos bancários em relação ao exigível, percentual de contas a receber em relação aos demais itens do ativo, percentual de estoques em relação as vendas anuais. 7 5. Obrigatoriedade da Análise... • A Análise de Balanços tornou-se praticamente obrigatória em 1915 nos Estados Unidos. • Em 1915, o Federal Reserve Board (Banco Central dos Estados Unidos) determinou que só poderiam ser redescontados os títulos negociados por empresas que tivessem apresentado seu balanço ao banco, medida que consagrou definitivamente o uso de demonstrações financeiras como base para a concessão de crédito. 8 6. Principais Gargalos da Época... • Todavia, as demonstrações financeiras na época não eram preparadas adequadamente para os fins a que se destinavam. Não havia uniformidade nas disposições e na terminologia, nem na classificação das contas. 9 7. Surge então uma Solução... • Em 1918, o Federal Reserve Board deu uma importante contribuição para a melhoria na apresentação das demonstrações financeiras, através de um livreto que incluía formulários padronizados para Balanço e Demonstração de Lucros e Perdas. Esse livreto também possuía um esboço de procedimentos de auditoria e princípios de preparação de demonstrações financeiras. 10 8. Alexandre Wall... • Considerado o pai da Análise de Balanços, Alexandre Wall apresentou em 1919, um modelo de análise de balanços através de índices, e demonstrou a necessidade de considerar outras relações, além do Ativo Circulante contra o Passivo Circulante. Também desenvolveu fórmulas matemáticas de avaliação de empresas, ponderando diversos índices de balanço. 11 9. Índices Padrões... • A partir de 1931, a Dun & Bradstreet passou a elaborar e divulgar índices-padrão para diversos ramos de atividades, nos Estados Unidos. Assim, em cerca de 40 anos, assentaram-se as bases das técnicas de Análise de Balanços. 12 10. No Brasil... • No Brasil, até 1968, a Análise de Balanços era ainda um instrumento pouco utilizado na prática. Foi criada nesse ano, a SERASA, empresa que passou a operar como central de Análise de Balanços de bancos comerciais. 13 Referências • ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2012. • BRASIL. Lei n°. 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/Leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 20 mar. 2008. • BRASIL. Lei n°. 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 e da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm >. Acesso em: 14 ago. 2016. • BRASIL. Lei n°. 11.941 de 27 de maio de 2009. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm >. Acesso em: 14 ago. 2016. • MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. • MATARAZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e gerencial. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2010. • RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e análise de balanços fácil. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. • ROSS, Stephen A., WESTERFIELD, Randolph W., JORDAN, Bradford D. Princípios de Administração Financeira. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2000. 14 Obrigado... 15
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