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01 Jurisdição Constitucional

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Jurisdição Constitucional
15/02/2016
Aula 01
Tema: O Fenômeno da Inconstitucionalidade
1) A supremacia da Constituição
- Objeto de controle de constitucionalidade
- Atos emanados do poder público em geral
2) Existência, validade e eficácia dos atos jurídicos e das leis
- Constituição: regulamenta e dá fundamento de validade a todo ordenamento jurídico
- Ato inconstitucional: Inexistente, inválido ou ineficaz?
- Existência: ocorre quando observados alguns elementos constitutivos do ato jurídico:
I – Agente
II – Objeto
III – Forma
- Validade:
Vide art. 104, CC
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
O mesmo raciocínio se aplica aos atos administrativos – COMFF
Agente competente (C);
Objeto lícito, possível, determinado/determinável (O);
Forma prescrita em lei (F) – legalidade estrita (art. 37, CF)
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Finalidade lícita (F)
* Norma Inconstitucional é norma inválida – ela existe, não é válida e, portanto, deve ser ineficaz (escala/escala ponteana)
- Teoria das nulidades 
Absoluta
Relativa
- Eficácia:
É a aptidão das normas jurídicas de produzir efeitos no mundo fático
Aplicabilidade
Exigibilidade
Executoriedade
- Declaração de inconstitucionalidade
Regra: efeito ex tunc (retroativo) – temperamento da regra: art. 27, Lei 9868/99
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
3) Espécies de inconstitucionalidade:
- Material e formal.
- A CF estabelece o regramento para elaboração dos atos normativos primários – art. 59, CF
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
Inconstitucionalidade formal: violação da competência ou do procedimento para elaboração de normas
Inconstitucionalidade material: desacordo do conteúdo de norma infraconstitucional com a constituição
Uma norma pode ser simultaneamente, formal e materialmente inconstitucional
a) Inconstitucionalidade formal:
a.1) Orgânica: não observância da competência – vício mais comum
a.2) Propriamente dita: não observância do processo legislativo (iniciativa, deliberação, votação, sanção/veto, promulgação e publicação)
 - Consequência do reconhecimento da inconstitucionalidade:
* Regra: a consequência é a mesma para o reconhecimento da inconstitucionalidade material e formal:
Declaração de inconstitucionalidade (efeito ex tunc) – não deve ser aplicada (perda da eficácia)
* Exceção: norma infraconstitucional pré-existente e uma nova constituição (ou emenda constitucional)
Inc. material: não recepção;
Inc. formal: se anova constituição mudar o regramento procedimental, mas a norma for materialmente constitucional, ela é recepcionada, no entanto, passa a ser regulamentada pela nova constituição. Ex.: CTN.
22/02/16
Consequência do Reconhecimento de Inconstitucionalidade Formal e Material
Constitucionalidade por ação e por omissão
a) Por ação:
Todos os Atos do Poder Público (Executivo, Legislativo e Judiciário) são passíveis de questionamento quanto a sua constitucionalidade.
- Foco: nas leis (atos do poder legislativo)
- “Atos”: ação
b) Por omissão:
- A CF prevê a inconstitucionalidade por omissão.
- Mandado de injunção (art. 5º, LXXI, CF)
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
- ADO (art. 103, §2º, CF)
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
[...]
§ 2.º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.
- Atividade legiferante: dever ou faculdade
- Exemplos do dever de legislar:
Normas de organização: - Conselho da República (art. 90, §2º); - Defensoria Pública (art. 134, §1º);
Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:
I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
§ 1.º O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério.
§ 2.º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República.
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5.º desta Constituição Federal.
•• Caput com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 80, de 4-6-2014.
• Defensoria Pública: Lei Complementar n. 80, de 12-1-1994.
• Vide Súmula 421 do STJ.
§ 1.º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.
Normas definidoras de direitos: - Pequena propriedade rural a ser definida em lei (art. 5º, XXVI)
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
b.1) Da omissão total ou parcial
I – Total: quando o legislador não promulga lei. Três possibilidades:
Auto aplicação da norma constitucional (MI 283 – 5, STF)
Apenas declarar a omissão (constituir o legislador em mora)
Criar a norma para o caso concreto (mais efetiva e menos comum)
II – Da omissão parcial
II.1 – da omissão relativa
- Determinada categoria não é contemplada por uma norma quando deveria ser => violação da isonomia – Três possibilidades de manifestação judicial
a) Declaração de inconstitucionalidade da lei:
b) Declaração de inconstitucionalidade por omissão parcial e ciência do Legislativo para sanar o vício.
c) Extensão do benefício à categoria excluída
a.1) tecnicamente correta, mas inepetiva
b.1) usada no Brasil, massem fixação de prazo
c.1) dificuldades – art. 2º, CF; Súmula 339, STF
Art. 2.º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
339. Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia.
• Vide Súmula Vinculante 37 do STF.
* Possibilidade de aplicação da 3ª hipótese:
- Declaração de inconstitucionalidade
- art. 27, Lei 9.868/99 – modulação dos efeitos para o exercíciofinanceiro subsequente.
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
II.2) Omissão parcial propriamente dita:
- O legislador não fere a isonomia, mas atua de modo insuficiente. Ex: salário mínimo;
- Declaração de inconstitucionalidade. Efeito: repristinação.
- Solução: declaração de inconstitucionalidade de modo que o legislador se desincumbiu de cumprir o mandado constitucional recebido do povo soberano (STF, ADIn 1.458-7, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)
Classificação do controle de constitucionalidade
1) Quanto à natureza do órgão:
a) politico
b) juducial
a.1) Politico: 
Ex: veto presidencial, - recusa em executar lei inconstitucional (Poder Executivo)
- Rejeição de Projeto de Lei (PL) pela comissão de Constituição e Justiça (Poder Legislativo)
b.1) Judicial
- Inaugurada nos EUA (Marbury vs Madison)
- Supremacia da Constituição
- Se o legislador fizesse o controle: Onipotência do Legislativo (“ninguém pode ser juiz de si mesmo”)
- Na Europa – modelo austríaco (Kelsen); - Modelo concentrado/abstrato)
- Brasil: Modelo Eclético
2) Quanto ao momento do exercício
2.1) Preventivo:
- Antes do PL se converte em lei
- Executivo: veto
- Legislativo: CCJ (Comissão de Constituição e Justiça)
- Poder Judiciário: excepcionalmente: mandado de segurança impetrado por parlamentar em face de PEC tendente a abolir cláusulas pétreas (art. 60, §4º, CF)
29/02/16
Classificação do Controle (cont.)
- Quanto ao momento do exercício do controle:
a) Preventivo (aula anterior)
b) Repressivo:
Ocorre quando a lei já está em vigor.
Em regra exercida pelo poder judiciário
Ex: de controle repressivo dos demais poderes
1) Legislativo: sustação de atos normativos exorbitantes do Poder Executivo
2) Executivo: recusa em aplicar norma que considera inconstitucional - * polêmica
Quanto ao órgão que exerce o controle
a) Controle Difuso
Todo e qualquer juiz ou tribunal pode exercer o controle
Origem: EUA
Brasil: desde 1891
b) Concentrado
Exercido por um único órgão criado especificamente (ou precipuamente para este fim)
Origem: Áustria (1920) – Hans Kelsen
Na Europa não vigora o modelo do “STARE DECISIS” – necessidade de um modelo de controle com eficácia “ERGA OMNES”
Brasil: 1965 (EC 16)
Quanto à forma ou modo de controle
a) Por via incidental
Feito incidentalmente na apreciação de um caso concreto
Questão prejudicial
Também chamado por controle por via de exceção ou defesa
b) Por via principal:
Exercido fora de um caso concreto
Objeto: validade da “lei em si”
O Controle incidental de constitucionalidade
1) Origem: Marbury vs Madison
John Adams: Presidente dos EUA
William Marbury: nomeado juiz federal
Thomas Jefferson: novo presidente
James Madison: novo Secretário de Estado
Controvérsia: não investidura de Marbury
Suprema Corte dos EUA: 
Em 1789 (Judciary Act): ampliava os poderes da Corte;
John Marshal (Juiz da Suprema Corte): 
entendeu ser a lei inconstitucional; 
consagrou o princípio da supremacia da Constituição => afastou o Judciary Act;
Todos os atos contrários à Constituição são nulos de Pleno Direito;
O Poder Judiciário é intérprete último da Constituição
2) Noções Gerais
- Posterior
- Via de exceção ou defesa
- Feito por qualquer juiz ou tribunal (difuso)
- Apreciação de um caso concreto
3) Cláusula de Ressaca de Plenário
- CF, art. 97
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
• Vide Súmula Vinculante 10 do STF.
- Questão de ordem – remete-se ao pleno ou ao órgão especial (art. 93, XI, CF) – maioria absoluta para a declaração de inconstitucionalidade.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
[...]
XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno;
- Súmula Vinculante 10, STF
10. Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de Tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
- Dispensa *** - celeridade processual
* Não se aplica a cláusula de reserva de plenário
Se o Tribunal mantiver a constitucionalidade da norma;
Normas pré-constitucionais;
Interpretação conforme a Constituição
Cautelar
* Cláusula de Reserva de Plenário
STF? – NÃO
Arts. 9, III e 22 RISTF
Art. 9.º Além do disposto no art. 8.º, compete às Turmas:
[...]
III - julgar, em recurso extraordinário, as causas a que se referem os artigos 119, III, 139 e 143 da Constituição, observado o disposto no art. 11 e seu parágrafo único.
Art. 22. O Relator submeterá o feito ao julgamento do Plenário, quando houver relevante arguição de inconstitucionalidade ainda não decidida.
Parágrafo único. Poderá o Relator proceder na forma deste artigo:
a) quando houver matéria em que divirjam as Turmas entre si ou alguma delas em relação ao Plenário;
b) quando, em razão da relevância da questão jurídica ou da necessidade de prevenir divergência entre as Turmas, convier pronunciamento do Plenário.
RE 361.829, Rel. Min. Ellen Gracie
* Turmas Recursais de juizado especial ?? – NÃO
Súmula 640, STF
640. É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal.
Juiz singular? – NÃO
* Atenção:
- Órgãos fracionários:
Não podem reconhecer a inconstitucionalidade
Podem reconhecer a constitucionalidade
07/03/2016
4) A questão da Ação Civil Pública (ACP)
- É possível controle incidental via AGP?
- Ação Civil Pública: Direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos (Art. 81, CDC)
* Peculiaridade da ACP:
- Coisa julgada Erga Omnes – Pergunta: Com isso, a ACP poderia fazer as vezes de ADI??
Resposta: Declaração de Inconstitucionalidade – causa de pedir
STF, Reclamação 633-6/SP, Rel. Min. Francisco Resek
STF, RE 424.933, Rel. Min. Joaquim Barbosa
AULA 04: Controle Difuso (continuação)
1) Objetivo:
- Normas emanadas dos 03 Poderes (inclusive anteriores à CF) – Barroso; Controle Concentrado (ADPF => Lei 9.882/99)
Atenção:
- STF faz Controle Difuso* - (RE) constitucionalidade é questão prejudicial
2) Efeitos da Decisão:
Regra: a) Inter Partes (limites subjetivos da coisa julgada)
b) Ex Tunc : sentença declaratória
* Atenção: o STF tem aceitado a modulação de efeitos em sede de controle difuso => art. 27, Lei 9.868/99, por analogia
- Leading Case: RE 197917 (Inf. 341/STF)
[2.1] - Haveria possibilidade de se conferir eficácia Erga Omnes às decisões de Controle Difuso??
[2.1.1] Art. 52, X, CF:
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
[...]
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;
- STF => Controle Difuso
- Regra => não aplicação da cláusula de reserva de plenária
- Exceção => hipóteses do RISTF
RISTF: Art. 11, I, c/c 22
Art. 11. A Turma remeterá o feito ao julgamento do Plenário independente de acórdão e de nova pauta:
I - quando considerar relevante a arguição de inconstitucionalidade ainda não decidida pelo Plenário e o Relator não lhe houver afetado o julgamento;
Art. 22. O Relatorsubmeterá o feito ao julgamento do Plenário, quando houver relevante arguição de inconstitucionalidade ainda não decidida.
Parágrafo único. Poderá o Relator proceder na forma deste artigo:
a) quando houver matéria em que divirjam as Turmas entre si ou alguma delas em relação ao Plenário;
b) quando, em razão da relevância da questão jurídica ou da necessidade de prevenir divergência entre as Turmas, convier pronunciamento do Plenário.
- Declarada a Inconstitucionalidade pelo plenário:
Art. 52, X, CF
Senado: Resolução => existência, validade ou eficácia?? – Competência 
- A expressão “NO TODO OU EM PARTE”
- Efeitos da Resolução:
Ex Nunc
Decisão do STF: Ex Tunc (regra)
- Prejudicados: Ação Individual
- O Senado é obrigado a suspender os efeitos?
[2.1.2] Transcendência dos motivos determinantes:
- Reclamação 4335, STF
- Não admissão da transcendência dos motivos determinantes
- Art. 2º, §1º, da Lei 8.072/90
Art. 2.º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
[...]
§ 1.º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado.
=> Eros Grau e Gilmar Mendes – Art. 52, X => publicidade – mutação constitucional
- Súmula Vinculante 26: Editada no transcorrer da Reclamação 4335 – Admissão e procedência da Reclamação
26. Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2.º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos
e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico.
3) Súmulas Vinculantes
- Art. 103-A, CF
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
•• Caput acrescentado pela Emenda Constitucional n. 45, de 8-12-2004.
•• Artigo regulamentado pela Lei n. 11.417, de 19-12-2006.
§ 1.º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.
•• § 1.º acrescentado pela Emenda Constitucional n. 45, de 8-12-2004.
§ 2.º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.
•• § 2.º acrescentado pela Emenda Constitucional n. 45, de 8-12-2004.
§ 3.º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
- Lei 11.417/2006 – 
Art. 1.º Esta Lei disciplina a edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de súmula vinculante pelo Supremo Tribunal Federal e dá outras providências.
• Vide súmulas vinculantes.
Art. 2.º O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, editar enunciado de súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma prevista nesta Lei.
§ 1.º O enunciado da súmula terá por objeto a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja, entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública, controvérsia atual que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre idêntica questão.
§ 2.º O Procurador-Geral da República, nas propostas que não houver formulado, manifestar-se-á previamente à edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante.
§ 3.º A edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de súmula com efeito vinculante dependerão de decisão tomada por 2/3 (dois terços) dos membros do Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária.
§ 4.º No prazo de 10 (dez) dias após a sessão em que editar, rever ou cancelar enunciado de súmula com efeito vinculante, o Supremo Tribunal Federal fará publicar, em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União, o enunciado respectivo.
Art. 3.º São legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - o Procurador-Geral da República;
V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI - o Defensor Público-Geral da União;
VII - partido político com representação no Congresso Nacional;
VIII - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional;
IX - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares.
§ 1.º O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo.
§ 2.º No procedimento de edição, revisão ou cancelamento de enunciado da súmula vinculante, o relator poderá admitir, por decisão irrecorrível, a manifestação de terceiros na questão, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
Art. 4.º A súmula com efeito vinculante tem eficácia imediata, mas o Supremo Tribunal Federal, por decisão de 2/3 (dois terços) dos seus membros, poderá restringir os efeitos vinculantes ou decidir que só tenha eficácia a partir de outro momento, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse público.
Art. 5.º Revogada ou modificada a lei em que se fundou a edição de enunciado de súmula vinculante, o Supremo Tribunal Federal, de ofício ou por provocação, procederá à sua revisão ou cancelamento, conforme o caso.
Art. 6.º A proposta de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante não autoriza a suspensão dos processos em que se discuta a mesma questão.
Art. 7.º Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação.
§ 1.º Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias administrativas.
§ 2.º Ao julgar procedente a reclamação, o Supremo Tribunal Federal anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial impugnada, determinando que outra seja proferida com ou sem aplicação da súmula, conforme o caso.
Art. 8.º O art. 56 da Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, passa a vigorar acrescido do seguinte § 3.º:
•• Alteração já processada no diploma modificado.
Art. 9.º A Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 64-A e 64-B:
•• Alteração já processada no diploma modificado.
Art. 10. O procedimento de edição, revisãoou cancelamento de enunciado de súmula com efeito vinculante obedecerá, subsidiariamente, ao disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
- Confere eficácia Erga Omnes à “RATIO DECIDENDI” – 
 - Cuidado – a SV não confere eficácia Erga Omnes às decisões de controle difuso
- Eficácia Erga Omnes à Ratio Decidendi de reiterados casos (inclusive de ações de controle concentrado). Ex.: SV nº 02
2. É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.
• Vide art. 22, XX, da CF.
[3.1] Requisitos e procedimentos
- Edição, revisão e cancelamento; 2/3 (08) ministros
* Atenção: quórum qualificado somente para edição, revisão ou cancelamento de SV
Questão: Sumula Vinculante pode ser objeto Ação Direta de Constitucionalidade?
14/03/16
3- Requisitos e procedimentos:
- Requisitos e procedimentos: 2/3 mínimo
- Art. 3º, da Lei 11.417: quem pode sugerir edição, revisão e cancelamento; - ampliação do Art. 103-A, §2º, CF.
- Parecer do PGR – Art. 2º, §2º, Lei 11.417
- Reclamação em caso de inobservância de Súmula Vinculante – Art. 103-A, §3º, CF.
* Em caso de atos administrativos que descumpram SV, a Reclamação só é admitida se esgotadas as instâncias administrativas – Art. 7º, Lei 11.417
4- Eficácia que embasam edição de SV vs. SV
- Efeitos prospectivos (Ex Nunc)
- Modulação: Art. 4º, Lei 11.417
* Atenção: não é possível modular SV para efeitos retroativos.
5) Súmula Vinculante:
- Pode ser objeto de ADI?
- O STF está vinculado às Súmulas Vinculantes?
Controle Concentrado
- Ação Direta de Inconstitucionalidade:
1) Origens:
- Representação interventiva (1934)
- EC 16/1965 (Ação Genérica de Inconstitucionalidade)
- Titularidade: PGR
2) Conceito:
- Ação que busca o controle de Const. Abstrato (em tese)
- Constitucionalidade: questão principal
- Exercício atípico da jurisdição: não há lide propriamente dita (não há caso concreto)
- Processo objetivo: não há partes (apenas em sentido formal)
- STF, Rcl. 397, Rel. Min. Celso de Mello
- STF, ADIn 1434-SP, Rel. Min. Celso de Mello.
3) Legitimidade
- Quem pode propor ADI?
- Art. 103, CF
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
•• Caput com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 45, de 8-12-2004.
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
•• Inciso IV com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 45, de 8-12-2004.
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
•• Inciso V com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 45, de 8-12-2004.
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
§ 1.º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
§ 2.º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.
§ 3.º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
- Pergunta: “Sobre qual instituto de Direito Processual trata o art. 103, da CF? – versa sobre a legitimidade.
- Se o processo é objetivo, como se falar em legitimidade “AD CAUSAM”?
- Não há partes??? – Se não há partes, como há ação? Não há unanimidade, entendimento de que não há partes e entendimento que há partes no sentido formal. Deve-se diferenciar partes do processo (sentido formal) e partes do litígio (sentido material)
Respostas:
- art. 103, VIII e IX – necessidade de advogado; - art. 3º, Lei 9.868/99, P. único. Não possuem a capacidade postulatória, por isso necessidade de advogado.
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Art. 3.º A petição indicará:
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações;
II - o pedido, com suas especificações.
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.
- Legitimados: 2 categorias:
1) Unilaterais
- Papel institucional autoriza a defesa da CF em qualquer hipótese.
2) Especiais
- Atuação restrita à questão que repercutem em sua esfera jurídica ou de seus filiados – pertinência temática (deve ser demonstrada)
[1.1] Unilaterais:
- Art. 103, CF
I - o Presidente da República;
- Pode propor ADIn em face de lei que ele mesmo sancionou?
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
- Mesa do Senado e da Câmara difere da Mesa do Congresso
- Podem propor ADI em face de atos que o congresso poderia sustar (art. 49, V, CF)
VI – PGR
- Necessidade de parecer
VII – Conselho Federal da OAB
- Missão institucional: art. 44, I, Lei 8.906/94
- STF, ADIn 33-DF. Rel. Min. Moreira Alves
VIII- Partido Político com representação no Congresso.
21/03/16
Legitimados Universais X Legitimados Especiais (cont.)
=> Legitimados Especiais 
- Precisam comprovar a “pertinência temática” – figura próxima do interesse de agir
IV – Mesa da Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa do DF
* ADIn 1.307-MS, Rel. Min. Francisco Rezek
V – Governador de Estado ou DF
* Pode ter por objeto normas estaduais (inclusive de outros estados) ou federais, desde que demonstre que a norma interfere nos interesses que são TUTELADOS PELO GOVERNADOR.
IX – Confederação Sindical ou entidade de classe de âmbito nacional
- Requisitos: ser constituído por no mínimo 3 Federações Sindicais (CLT, Art. 535)
- Centrais sindicais não possuem legitimidade.
- Entidade de Classe – classe = categoria profissional
- UNE – não possui legitimidade
- Ainda é necessária homogeneidade (ADI 3.805 – AgR, Rel. Min. Eros Grau)
* “DE ÂMBITO NACIOANAL”
- Aplicação da lei orgânica dos partidos políticos por analogia (Lei 9.096/95) – presença em pelo menos 9 Estados
- STF aceita a “associação de associação”
Ex.: Federação Nacional das Associações dos Produtores de Cachaça de Alambique – se as confederações sindicais (associação de associações) são legítimas, não há razão para tratamento discriminatório
Legitimidade passiva
- Órgão ou autoridade responsável pela lei, ou ato normativo
- Deverá prestar informações ao relator
Papel do AGU:
- art. 103, §3º vs. Art. 131, CF
- Info 562, STF
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade
[...]
§ 3.º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
Vs.
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
§ 1.º A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
§ 2.º O ingresso nas classes iniciais das carreirasda instituição de que trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos.
§ 3.º Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei.
Info 562, STF - Art. 103, § 3º, da CF e Defesa do Ato Impugnado - 1
O Tribunal iniciou julgamento de ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo Procurador-Geral da República contra os artigos 7º, I e III, e 13, e seu parágrafo único, da Lei distrital 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal e dá outras providências. Alega-se que os dispositivos impugnados violam os preceitos contidos nos artigos 21, XIV e 32, § 4º, da CF. Sustenta-se, em síntese, que as normas distritais impugnadas reformulam a organização da Polícia Civil do Distrito Federal, ao estabelecer regime jurídico diferente do previsto em lei federal para os seus agentes penitenciários, bem como ao estender aos novos cargos de técnicos penitenciários as atribuições já realizadas pelos agentes penitenciários da carreira policial civil. Preliminarmente, o Tribunal, por maioria, rejeitou questão de ordem suscitada pelo Min. Marco Aurélio que, diante do parecer da Advocacia Geral da União que se manifestava pela declaração de inconstitucionalidade da lei impugnada, reputava o processo não devidamente aparelhado e propunha a suspensão do julgamento para determinar que o Advogado-Geral da União apresentasse defesa da lei atacada, nos termos do § 3º do art. 103 da CF (“Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.”). Entendeu-se ser necessário fazer uma interpretação sistemática, no sentido de que o § 3º do art. 103 da CF concede à AGU o direito de manifestação, haja vista que exigir dela defesa em favor do ato impugnado em casos como o presente, em que o interesse da União coincide com o interesse do autor, implicaria retirar-lhe sua função primordial que é a defender os interesses da União (CF, art. 131). Além disso, a despeito de reconhecer que nos outros casos a AGU devesse exercer esse papel de contraditora no processo objetivo, constatou-se um problema de ordem prática, qual seja, a falta de competência da Corte para impor-lhe qualquer sanção quando assim não procedesse, em razão da inexistência de previsão constitucional para tanto. Vencidos, no ponto, os Ministros Marco Aurélio, suscitante, e Joaquim Barbosa que o acompanhava.
ADI 3916/DF, rel. Min. Eros Grau, 7.10.2009. (ADI-3916)
28/03/16
O papel do AGU na ADI
- Curador da presunção de constitucionalidade das normas
- Exceção: Info 562, STF
3) A figura do “Amicus Curiae”
- Amigo da corte
- vedada a intervenção de terceiro em processo objetivo (art. 7º, Lei 9868/99)
- art. 7º, §2º, Lei 9868/99: “amicus curiae”
Art. 7.º Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.
§ 1.º (Vetado.)
§ 2.º O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades.
- decisão irrecorrível
- Prazo: admitido o ingresso do amicus curiae até a liberação do processo para pauta (pelo relator) (ADI 4.071, Rel. Min. Menezes de Direito)
- Admitida a sustentação oral – RISTF, art. 131, §3º
Art. 131. Nos julgamentos, o Presidente do Plenário ou da Turma, feito o relatório, dará a palavra, sucessivamente, ao autor, recorrente, peticionário ou impetrante, e ao réu, recorrido ou impetrado, para sustentação oral.
[...]
§ 3.º Admitida a intervenção de terceiros no processo de controle concentrado de constitucionalidade, fica-lhes facultado produzir sustentação oral, aplicando-se, quando for o caso, a regra do § 2.º do art. 132 deste Regimento.
- Limites de atuação do amicus curiae: não pode formular pedidos nem aditar pedidos já formulados.
ADI (cont.)
1) Objeto
- Art. 102, I, “a”, CF
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
• Vide Lei n. 8.038, de 28-5-1990, que institui normas procedimentais para os processos que especifica, perante o STJ e o STF.
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
Não cabe ADI em face de lei municipal 
- Leis ou atos normativos
a) Leis
- Todas as espécies do art. 59, CF
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
•• Vide art. 73 do ADCT.
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
b) atos normativos:
- resoluções administrativas de tribunais
- regimentos internos
- Deliberações dos TRT´s que determinam pagamento de magistrados e servidores das diferenças de planos econômicos (ADI 681/DF, Rel. Min. Carlos Velloso)
- Súmulas?? - não pode ser objeto de ADI
- Súmula Vinculante?? - não pode ser objeto de ADI
a.1) Emendas à Constituição
- Manifestação do poder Constituinte derivado reformador
- Limites jurídicos formais e materiais.
a.2) Lei Complementar
- Quorum próprio (art. 69, CF)
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.
- área de incidência especifica (matérias reservadas à Lei Complementar)
a.3) Lei Ordinária
- Vício mais comum: iniciativa
a.4) lei delegada
- Em desuso
- delegação “externa corporis”
- iniciativa solicitada: Presidente da República (delimitação da matéria)
- Congresso delega (resolução – art. 68, §2º, CF)
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§ 1.º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
§ 2.º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3.º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.
- Limites à delegação art. 68, §1º, CF
- Se o presidente exorbita – Decreto Legislativo, sustando os atos do executivo (art. 49, V, CF)
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
[...]
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
a.5) Medidas provisórias
- Se convertida em lei??
- relevância e urgência – separação dos poderes (ADI 4029)
- Imprevisibilidade de abertura de crédito extraordinário (art. 167, §3º, CF) – ADI 4.048 – imprevisibilidade e urgência não são critérios discricionários do executivo – vetor: §3º parte final
Art. 167. São vedados:
§ 3.º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
a.6) Decretos legislativos e resoluções 
- Decreto autônomo (ADI 2.950, era, Rel. Min. Eros Grau)
- Decretos ou regulamentos do Executivo (art. 84, IV, CF) => em regra não se admite ADI: não cabe ADI – em face de inconstitucionalidade reflexa.
Art. 84. Compete privativamenteao Presidente da República:
[...]
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;

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