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NP2 Posições do sujeito frente à castração

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Posições do sujeito frente à castração
A questão da castração que se impõe à criança durante a fase fálica refere-se as fantasias e angústias geradas pela potencial ou real perda do falo;
Mais além da questão concreta da perda ou não do falo, encontramos o complexo de castração diretamente relacionado com o complexo de Édipo e com a função interditória e normativa;
Frente à castração, ao melhor dizendo, frente a imposição da lei inaugurada pela questão edipiana, existem diversas maneiras diferentes de se posicionar;
Na psicanálise, estas diferentes formas pelas quais o sujeito se posiciona entre o “desejo” e a “lei” inauguram diferentes caminhos que correspondem às diferentes estruturas: neurose, perversão e psicose;
As estruturas correspondem a modos de ser, dizem de que maneira o sujeito se desloca na estrada da vida;
 “ Se atirarmos ao chão um cristal, ele se parte, mas não em pedaços ao acaso. Ele se quebra, segundo linhas de clivagem, em fragmentos cujos limites, embora fossem invisíveis, estavam predeterminados pela estrutura do cristal. Os doentes mentais são estruturas partidas e fissuradas do mesmo tipo.”
 (Freud, 1974 p.77)
Neurose
O sujeito neurótico, na escolha edipiana e temendo a castração, aceita a lei e renuncia ao desejo;
O neurótico assim, é um sujeito capaz de renunciar seu desejo frente às exigências da lei;
A questão do conflito psíquico é intrínseco à neurose. Frente ao conflito entre a realização de um desejo inconciliável e as exigências superegóicas do sujeito, o sujeito renuncia ao desejo a partir do mecanismo de recalque;
Recalque: Operação realizada pelo Ego na qual se procura expulsar da consciência moções pulsionais consideradas inapropriadas;
Os sintomas são a expressão simbólica de um conflito psíquico que tem raízes na história infantil do sujeito e constitui compromissos entre o desejo e a defesa;
EGO
MUNDO EXTERIOR
SUPEREGO
ID
Campo das psiconeuroses transferenciais
 Histeria: Hysteros
A sintomatologia é simbólica e se movimenta em função do olhar do outro;
Envolve constante manipulação inconsciente em função da realização do desejo;
Neurose obsessiva:
Conflito psíquico se exprime por sintomas compulsivos e por um modo de pensar caracterizado por ruminações mentais, dúvidas e escrúpulos;
Neurose fóbica: O temor e medo dizem da experiência dolorosa central do paciente: o medo é muito intenso e ultrapassa qualquer razão;
Implica em comportamentos evitativos ou sistemáticos;
O medo se encontra intimamente relacionada a um conflito;
Perversões
Frente à castração, o sujeito não renuncia ao prazer, mas encontra um jeito de “burlar a lei”;
Expressam a passagem ao ato, ou seja, a realização da impulsão custe o que custar;
Para Freud as neuroses são o negativo da perversão: Os desejos inconscientes são os mesmos, mas aquilo que os neuróticos levam anos sofrendo, em luta, o perverso realiza a luz do dia;
presença de um Eu complacente, consciente e de um desejo vivido com muita intensidade;
Psicose
Frente à castração, tendo em vista a imposição real do limite, da lei, o sujeito, para não renunciar ao desejo renúncia a realidade;
Este mecanismo de defesa radical utilizado pelo psicótico é chamado na psicanálise de recusa (da realidade);
Ao recusar radicalmente a realidade, o sujeito rompe radicalmente com tudo o que antes lhe era constitutivo, passando a tomar como real seu mundo inconsciente de fantasias;
A noção essencial está no tornar-se outro, radicalmente diferente de sua própria identidade e independente do seu querer; envolve a questão de um “Eu” cindido
Os principais sintomas que permeiam estas síndromes são: o delírio, a alucinação e a desagregação do pensamento;
A ruptura também se caracteriza pela mudança de investimento pulsional: os investimentos antes dirigidos ao objeto agora são dirigidos para o próprio ego do sujeito;

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