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Igualdade e diferenças na escola: como andar no fio da navalha. MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Igualdade e diferenças na escola: como andar no fio da navalha. In: Educação. Santa Maria, v. 32, n. 2, p. 319-326, 2007. Profª Msc Milena V. Coelho Disciplina Educação Inclusiva UNIP-DF Associada a sociedades democráticas que estão pautadas no mérito individual e na igualdade de oportunidades, a inclusão propõe a desigualdade de tratamento como forma de restituir uma igualdade que foi rompida por formas segregadoras do ensino especial e regular. Rousseau - Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens – desigualdades naturais (produzidas pela natureza) desigualdades sociais (produzidas pelas relações de domínio econômico, espiritual, político). Qual deve-se questionar e por quê? Universalidades e peculiaridades Tratar as pessoas diferentemente pode enfatizar suas diferenças, assim como tratar igualmente os diferentes pode esconder as suas especificidades e excluí-las do mesmo modo. Teríamos de reconhecer a igualdade de aprender como ponto de partida, e as diferenças no aprendizado como processo e ponto de chegada. Qual o percurso das escolas comuns? “Combinar igualdade e diferenças no processo escolar é como andar no fio da navalha!” Entraves: A resistência das instituições especializadas a mudanças de qualquer tipo; a neutralização do desafio à inclusão de alunos com e sem deficiência, por meio de políticas públicas que impedem que as escolas se mobilizem para rever suas práticas meritocráticas, condutistas, subordinadoras e, em conseqüência, excludentes; o preconceito, o paternalismo em relação aos grupos socialmente fragilizados, como o das pessoas com deficiência; o corporativismo dos que se dedicam às pessoas com deficiência e a outras minorias; a ignorância de muitos pais, a fragilidade de grande maioria deles diante do fenômeno da deficiência do filho/a. O atendimento educacional especializado difere das classes e escolas especiais pelo fato de ser um serviço da educação especial que não substitui o ensino regular para alunos com deficiência. Oferecido no horário oposto ao das aulas dos alunos com deficiência e, de preferência, nas escolas comuns, o aee complementa a formação educacional desses alunos, ao reduzir e/ou eliminar barreiras impostas pela deficiência às exigências do processo de escolarização. Seus conteúdos são específicos a cada tipo de deficiência, tais como o código Braille, o uso de tecnologia assistiva e outros e não se confundem com o que é próprio dos currículos acadêmicos. Caímos, então, de novo, nas tramas discriminatórias do ensino especial? Estaríamos novamente sobre o fio da navalha? De certo que não, mas cautela nunca é demais. Impasse: continuar mantendo um ensino escolar excludente ou criar ambientes escolares desafiadores para desenvolver e formar todas as crianças? Resta-nos sempre a possibilidade de insistir e buscar versões e argumentos cada vez mais fortes que consigam romper com o que ainda limita os ambientes educacionais para algumas crianças e que protege as escolas do desafio de enfrentar experiências inclusivas, nas salas de aula. Justificativa da Pedagogia do Oprimido. FREIRE, Paulo. Justificativa da Pedagogia do Oprimido. In: Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2014 (pág. 39-78). Profª Msc Milena V. Coelho Disciplina Educação Inclusiva UNIP-DF Humanização e desumanização como possibilidades dos homens inconclusos e conscientes de sua inconclusão. Humanização: vocação roubada e afirmada Desumanização: verificada nos que tem sua humanidade roubada, mas também nos que roubam; é resultado de uma ordem injusta que gera violência dos opressores. Opressores x oprimidos – restauradores da humanidade em ambos. Grande tarefa humanística e histórica dos oprimidos: libertar-se a si e aos opressores. Tendência sadista do opressor: amor à morte, não à vida. Libertação só é alcançada pela práxis de sua busca, pelo conhecimento e reconhecimento da necessidade de lutar por ela. Pedagogia do oprimido: pedagogia que faça da opressão e de suas causas objeto de reflexão dos oprimidos, de que resultará o seu engajamento necessário na luta por sua libertação, em que esta pedagogia se fará e refará. Pedagogia dos oprimidos é um instrumento para a descoberta crítica (libertação x identificação x medo da liberdade). Se a prática da educação libertadora implica no poder político e se os oprimidos não o tem, então como realizar a pedagogia do oprimido antes da revolução? Ação profunda para enfrentar uma cultura de dominação. Pedagogia do oprimido -> pedagogia do homem Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão. Ao alcançarem, na reflexão e ação comum, este saber da realidade, se descobrem como seus “refazedores” permanentes. A presença dos oprimidos na busca de sua libertação deve ser de engajamento.
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