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Empregado Doméstico, empregado em domicílio ou á distância é o teletrabalho

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Empregado Doméstico, 
 Empregado em Domicílio 
 ou á Distância e o 
 Teletrabalho.
 Empregado Doméstico 
 (Lei Complementar 150/2015)
É aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, conforme dispõe o art. 1º da LC 150/2015.
Deste conceito, destacamos os seguintes elementos:
Prestação de serviço de natureza não lucrativa;
À pessoa física ou à família, no âmbito residencial das mesmas;
Continuadamente, no mínimo 2 dias por semana.
Empregador:
 Não pode desenvolver atividade econômica no âmbito laboral do empregado.
Subordinação:
 O empregado deve ser subordinado ás ordens do empregador.
Pessoalidade:
 É somente ele que deve apresentar o serviço.
Onerosidade : 
Atividade deve ser remunerada.
 Direitos Trabalhistas do Empregado Doméstico
 Registro em CTPS;
 Ao salário-mínimo ou ao piso salarial estadual, fixado em lei;
Jornada de trabalho não superior a 8 horas diárias e 44 horas semanais; Seguro contra acidentes de trabalho;
 Irredutibilidade do salário;
Horas Extras– com no mínimo 50% de acréscimo sobre o valor da hora normal;
Adicional noturno – equivalente 20% do valor da hora normal;
Décimo terceiro salário;
Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
Férias vencidas, acrescidas de 1/3 constitucional;
 Férias proporcionais, acrescidas de 1/3 constitucional;
Férias em dobro, quando concedidas ou pagas fora do prazo;
Salário-família;
Vale transporte, nos termos da lei;
 FGTS equivalente a 8% da remuneração do empregado.
Admissão 
 Os cuidados na contratação iniciam-se já na seleção dos candidatos, a seleção criteriosa.
 O empregado doméstico, no momento da sua admissão, deverá apresentar a seguinte documentação:
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
Exame médico - atestado de saúde, subscrito por autoridade médica responsável, a critério do empregador doméstico; 
Apresentar o número da inscrição junto ao INSS para os devidos recolhimentos previdenciários na GPS.
IRRF
A partir da competência outubro/2015, com recolhimento em novembro/2015, aplica-se a regra do Simples Doméstico.
Contribuição Previdenciária - INSS
A partir da competência outubro/2015, com recolhimento em novembro
/2015, aplica-se a regra do Simples Doméstico.
 O empregador recolhe 8% sobre o salário bruto e o empregado tem 8% descontado do seu salário. O imposto incide também sobre o 13° salário, férias e adicional de férias.
Horários da Jornada de trabalho
Antes da lei 
O horário de trabalho era acordado diretamente entre empregador e empregado.
Com a nova lei
A jornada de trabalho deverá ser de 8 horas diárias e 44 horas semanais, com 4 horas de trabalho aos sábados. A lei permite a compensação das horas do sábado durante a semana.
Intervalos
Antes da lei 
Não havia definição sobre a obrigatoriedade do intervalo antes da nova lei, ficando a critério do empregador e do empregado.
Com a lei 
Quem trabalha 8 horas por dia deve fazer um intervalo de no mínimo de 1 hora e no máximo 2 horas. Para jornadas de até 6 horas a pausa deve ser de 15 minutos.
Hora Extra
Antes da lei
Sem jornada de trabalho estabelecida, não havia definição sobre o pagamento de horas adicionais.
Com a lei
Todo período de trabalho que exceder 8 horas diárias deve ser remunerado como hora extra, com adicional de 50% sobre o valor da hora normal ou compensado com folgas – 40 primeiras horas extras terão que ser remuneradas. As horas extras excedentes deverão ser compensadas no prazo máximo de um ano. Contando as horas extras, a jornada diária não deve ultrapassar 10 horas.
13º Salário
 O pagamento do 13º salário segue os critérios já conhecidos, de fração de 1/12 avos da remuneração devida em dezembro por mês de serviço do ano correspondente.O empregado doméstico também faz jus ao adiantamento do 13º salário entre os meses de fevereiro a novembro, parcela esta que será descontada do valor integral correspondente ao 13º salário quando do seu pagamento em dezembro ou anteriormente no caso de rescisão do contrato de trabalho. 
Seguro Desemprego
Antes da lei 
Empregados domésticos não tinham esse direito garantido em lei.
Com a nova lei 
Para receber o seguro desemprego é necessário que o empregador tenha recolhido o FGTS durante no mínimo 15 meses.
Benefícios
Adicional noturno
Antes da lei 
 Empregados domésticos não tinham esse direito contemplado em lei.
Com a nova lei
 Funcionários que trabalham entre 22h e 5h passam a receber um acréscimo de 20% sobre a hora trabalhada. A hora noturna tem a duração de 52min30seg.
Auxílio pré-escola
Antes da lei 
 Empregados domésticos não tinham esse direito contemplado em lei.
Com a nova lei 
 Empregados domésticos passam a ter direito a auxílio creche e pré-escola para filhos de até cinco anos.
Salário Família
Antes da lei 
Empregados domésticos não tinham esse direito garantido em lei.
Com a nova lei 
Benefício previdenciário para auxílio no sustento de filhos de até 14 anos ou inválidos de qualquer idade.
Demissão
Aviso prévio
 Quando uma das partes deseja rescindir o contrato, deverá comunicar à outra com antecedência mínima de 30 dias. Caso isso não ocorra, o responsável por não cumprir o acordo precisa indenizar a outra parte. Direito mantido e sem alterações.
 Trabalho em Domicílio 
 O trabalho em domicílio, por sua vez, também acontece fora do estabelecimento do empregador, já que o empregado nesta situação tem a sua própria residência como local de trabalho. 
A CLT, assim especifica:
Art. 83 - É devido o salário mínimo ao trabalhador em domicílio, considerado este como o executado na habitação do empregado ou em oficina de família, por conta de empregador que o remunere.
Todavia, considerando a flexibilização inerente aos trabalhos desempenhados à distância, a doutrina passou a conferir uma acepção mais ampla ao vocábulo “domicílio”, compreendendo-o, genericamente, como o lugar destinado à prestação de serviço ao empregador.
Atualmente, o trabalho em domicílio ainda predomina na esfera industrial, notadamente no setor têxtil, do couro, do papel, do papelão, dentre outros. 
Apesar de a forma de trabalho em exame poder ser desempenhada fora do estabelecimento comercial, exige-se, porém, para a configuração do vínculo empregatício, a verificação de todos os requisitos legalmente previstos, reputados pacificamente como indispensáveis a sua caracterização (arts. 2º e 3º da CLT).
 O trabalhador em domicílio não pode ser confundido com o trabalhador autônomo, fazemos referência à subordinação como marco para que se qualifique o trabalhador que presta serviços à distância com o autônomo. Nessa linha de raciocínio, convém esclarecer que no primeiro caso, ou seja, na prestação de serviços autônoma, a subordinação típica das relações de emprego é inexistente, ao passo que na segunda situação, a subordinação existe, sendo apenas menos intensa do que no trabalho prestado sob as vistas do empregador. 
Requisitos:
Continuidade da prestação do serviço em local diverso da empresa
 /estabelecimento;
A pessoalidade é indispensável (embora possa ser atenuada), mas não precisa haver exclusividade;
A subordinação não é visível;
O empregado terá direito à : 
 FGTS, 
 13º salário, 
 Repouso semanal remunerado, 
 Aviso prévio, 
 Equiparação salarial entre outros direitos assegurados pela legislação 
 trabalhista.
 Empregado trabalhando em sua própria residência, o empregador fica obrigado a observar as normas de segurança e medicina do trabalho, sob pena de ser responsabilizado pelos danos causados ao empregado em decorrência da atividade exercida.
 Trabalho à Distância
 Com o advento da Lei n.º 12.551/2011,
a qual alterou o teor do art. 6º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), reconheceu, expressamente, o trabalho à distância.
O art. 6º da CLT dispõe:
“não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que esteja caracterizada a relação de emprego”.
Trabalho à distância é, portanto o gênero, do qual trabalho em domicílio e teletrabalho são espécies. Trabalho à distância, no sentido estrito da expressão, é aquele prestado fora do estabelecimento, ou seja, longe das vistas do empregador.
 Na CLT, inserindo a modalidade do trabalho à distância como equivalente ao trabalho realizado no estabelecimento do empregador e em domicílio. Assim, foi introduzido em nossa legislação trabalhista o trabalho à distância e o uso de meios informatizados e de aparelhos eletrônicos de comunicação dentro e fora do horário de trabalho.
 Sendo assim, para que o trabalho à distância gere vínculo de emprego, um dos pontos a ser analisado é se existe essa subordinação, mesmo que exercida por meios eletrônicos. Caso contrário, este trabalhador não será empregado, mas autônomo, dado que realiza suas atividades de acordo com sua vontade, sem obedecer a ordens superiores.
 O trabalho em domicílio, por sua vez, também acontece fora do estabelecimento do empregador, já que o empregado nesta situação tem a sua própria residência como local de trabalho. Distingue-se esta modalidade do trabalho à distância propriamente dito porque neste o empregado presta serviços em qualquer lugar que não o estabelecimento do seu empregador ou a sua própria residência.
Na medida em que muito tênue a linha que distingue um empregado de um prestador de serviços autônomo, o qual, usualmente, também executa suas atividades à distância da empresa contratante, e que o artigo 6º da CLT é expresso ao afirmar que somente se caracterizados os pressupostos da relação de emprego o trabalhador à distância será beneficiado com o tratamento diferenciado estabelecido pelo ordenamento jurídico trabalhista, analisemos os ditos pressupostos.
Requisitos:
Conforme os artigos 2º e 3º da CLT em seus respectivos 
caputs:
“Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.”
“Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.”
 Dos dispositivos legais em apreço extraímos os pressupostos da relação de emprego a que alude o artigo 6º do mesmo diploma legal em comento, dentre os quais se destacam a pessoalidade, onerosidade, subordinação e habitualidade.
 O trabalhador à distância terá vínculo empregatício com o tomador de serviços. De tal maneira, a este tipo de trabalhador será dispensado o mesmo tratamento conferido pela Norma Consolida aos empregados que exercem suas funções no estabelecimento do empregador. 
O gênero trabalho à distância nos remete aos empregados excluídos das normas alusivas à duração do trabalho, inclusive no que se refere ao trabalhador que presta serviços por meio do seu próprio domicílio, já que o fator externo mencionado no artigo 62, I, da CLT remete a qualquer local que não o estabelecimento do empregador. Somente estará excluído do regime de controle da jornada de trabalho ante a total impossibilidade de aferição da sua jornada, já que a mera possibilidade de controle enseja a percepção de horas extras decorrentes do labor extraordinário.
 Teletrabalho
É trabalho que é executado com o uso de novas tecnologias de informação e comunicação em um local distante do escritório central ou instalação de produção onde o trabalhador não tem nenhum contato pessoal com os colegas de trabalho.
A Lei nº 13.467/2017 que aprovou a reforma trabalhista, define juridicamente o teletrabalho como uma a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências 
 do empregador, com a utilização de 
 tecnologias de informação e de 
 comunicação que, por sua natureza,
 não se constituam como trabalho 
 externo.
“O teletrabalho distingue-se do trabalho a domicílio tradicional não só por implicar, em geral, a realização de tarefas mais complexas do que as manuais, mais também porque abrange setores diversos como: tratamento, transmissão e acumulação de informação; atividade de investigação; como informática e telecomunicações”.
A três pontos importantes que caracterizam o teletrabalho:
Tecnologia: é preciso que o funcionário realize suas funções por meio de equipamentos tecnológicos que permitam a execução das tarefas remotamente, como por exemplo, aparelhos celulares, laptops, palmtops e Internet de banda de alta velocidade.
Lugar: é necessário que o serviço seja prestado no domicílio do empregado, em centros de teletrabalho ou qualquer outro lugar que não seja de propriedade da empresa.
Organização: Alguns autores adicionam a idéia de que é preciso relações intervenientes.
Teletrabalhador Empresa Empregadora Cliente
O teletrabalho possui três espécies quando classificados quanto ao local da realização das tarefas do empregado:
Teletrabalho em Domicílio
 Teletrabalho 
 em Telecentros
Teletrabalho 
 nômade
Com relação ao critério comunicativo podemos citar duas classificações:
Trabalho conectado (On-line): Nessa modalidade o empregado mantém-se constantemente conectado a empresa através de equipamentos de informática e telecomunicação.
Trabalho desconectado (Off-line): Nesse caso o empregado não fica constantemente conectado ao servidor central da empresa. As informações geralmente são enviadas via correio eletrônico, correio tradicional ou fac-símile.
 A Regulamentação do Teletrabalho (Home Office) pela 
 Reforma Trabalhista
A Reforma utiliza a nomenclatura teletrabalho para se referir ao home office, e define o modelo de trabalho da seguinte forma:
CLT, art. 75-B “a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo”.
 Referências Bibliográficas
Disponível em: <http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI157114,61044-O+panorama+do+trabalho+a+distancia> Acesso em: 18 out. 2017. 
Disponível em: <http://direitodomestico.jornaldaparaiba.com.br/noticias/reforma-trabalhista-o-que-muda-para-o-trabalhador/> Acesso em: 18 out. 2017.
Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/4450761/ponto-7---trabalho-em-domicilio-ou-a-distancia-e-teletrabalho> Acesso em: 18 out. 2017. 
Disponível em: <https://trabalhista.blog/2017/08/04/a-regulamentacao-do-teletrabalho-home-office-pela-reforma-trabalhista/> Acesso em: 18 out. 2017 
Disponível em: <https://noticias.r7.com/economia/contabeis/orientacoes-para-o-trabalho-em-domicilio-11042017> Acesso em: 18 out. 2017.
Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/28028/o-trabalho-em-domicilio-e-o-teletrabalho-como-formas-de-manifestacao-do-trabalho-a-distancia-na-atualidade> Acesso em: 18 out. 2017.
Disponível em: <http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI157114,61044-O+panorama+do+trabalho+a+distancia> Acesso em: 18 out. 2017.
Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2012-fev-05/trabalho-distancia-uso-tecnologia-criaram-modalidade-laboral> Acesso em: 21 out. 2017.
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 18ª ed. São Paulo: Atlas, 2003.
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 4ª ed. Niterói: Impetus, 2010.
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 7ª ed. São Paulo: LTr, 2011.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 11ª ed. São Paulo: LTr, 2012.
CAIRO JÚNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho. 2ª ed. Salvador: Podivm, 2008.
 Universo - Universidade Salgado de Oliveira 
 edição: 04/11/2017
Trabalho realizado por:
Thayane Barbosa Vieira
cópia em: thayane.b12@hotmail.com
 
 Trabalho realizado, com o foco em um resumo 
 básico de principais tópicos do tema.

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