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Apresentação AULA 1 (1)

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: CCJ0130 REDAÇÃO INSTRUMENTAL 
PROFESSORA: GLERIS SUHETT FONTELLA
AULA 1
DISTINÇÃO ENTRE O TEXTO NARRATIVO E O TEXTO ARGUMENTATIVO 
OBJETIVO
 Compreender a relevância da seleção dos fatos da situação fática para a aplicação do direito objetivo
Diferenciar o texto narrativo do texto argumentativo
ESTRUTURA DO CONTEÚDO:
Texto narrativo: características
Texto argumentativo: características 
A narrativa jurídica é o relato de todos os fatos importantes, que auxiliam na compreensão do caso concreto e dos relevantes juridicamente, porque deles advêm consequências jurídicas, por isso a seleção dos fatos é de fundamental importância no discurso jurídico, uma vez que esses fatos selecionados se transformarão em argumentos na argumentação jurídica (ou fundamentos jurídicos do pedido).
A argumentação é um dos elementos mais importantes da Ciência Jurídica, pois praticamente todas as atividades dos operadores do Direito envolvem de alguma forma a apresentação de razões com o intuito de fundamentar, argumentar, justificar, convencer, persuadir o auditório de que aquilo que se afirma é válido e verdadeiro. O que define um bom advogado ou jurista é sua capacidade de construir argumentos e manejá-los com habilidade. 
LEITE, Maria Tereza Moura e PLADINO, Valquíria da Cunha. Redação Instrumental. 2016,p. 
TEXTO NARRATIVO
OBJETIVO: expor fatos relevantes do caso concreto a ser levado ao Judiciário
IMPORTÂNCIA: cada fato representa uma informação que compõe a situação fática a ser conhecida pelo judiciário.
TEMPO VERBAL: Tempos do Pretérito: Perfeito, Imperfeito e Mais-que-perfeito, pois o texto trata de fatos já acontecidos
PESSOA DO DISCURSO: 3ª pessoa do singular, para marcar a impessoalidade do advogado
ORGANIZAÇÃO: Cronológica linear
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS: o quê? Quem? Onde? Quando? Como?(modo como os fatos ocorreram) Por quê? Por isso. 
NATUREZA DO TEXTO: Informativo,mas é também entendida como recurso persuasivo a favor da argumentação. 
TEXTO ARGUMENTATIVO
OBJETIVO: defender uma tese por meio de argumentos convincentes e persuasivos
IMPORTÂNCIA: o fato narrado é interpretado à luz do ordenamento jurídico e transformado em elemento de persuasão que é o raciocínio; para sustentação da defesa da tese pretendida. 
TEMPO VERBAL: Presente atemporal (pretérito perfeito para retomada de fatos, provas ou indícios)
PESSOA DO DISCURSO: 3ª pessoa do singular em busca de maior persuasão e veracidade para os argumentos formulados.
ORGANIZAÇÃO: argumentos organizados de forma lógica, coerente e coesa.
ESTRUTURA: apresentação explícita da tese a ser defendida por meio de argumentos fortes e consistentes, fundamentados nos fatos narrados, em fontes confiáveis, etc
NATUREZA DO TEXTO: persuasivo por excelência. 
QUESTÃO
Identifique se os excertos, a seguir, são narrativos ou argumentativos, justificando a sua resposta com alguns fragmentos do próprio texto em análise. Para realizar essa proposta de trabalho, consulte o esquema apresentado acima.
Fragmento 1
Augusto ajuizou Ação em face de seu vizinho Germano, alegando, em linhas gerais, que o Réu lhe esbulhou uma parte de seu terreno onde existe um córrego com água potável e um abrigo para vacas leiteiras. Pede liminarmente a reintegração de posse, dizendo que houve violência, que a invasão se deu durante a noite – clandestinamente, portanto – e que isso lhe trouxe crescentes prejuízos. Em sua Petição Inicial, seu advogado explicou os fatos e, entre outros argumentos, justificou, a partir dos prejuízos, a necessidade de obter jurisdição de urgência. 
Apesar da evidente ilegalidade em todo o procedimento licitatório e atos subsequentes, como já mencionado acima, o direito positivo brasileiro indica que é possível a ocorrência de imoralidade sem necessariamente a existência de ilegalidade, uma vez que a própria Constituição Federal de 1988, ao estabelecer os princípios aplicáveis à Administração Pública, previu como princípios autônomos a legalidade e a moralidade. Em outras palavras, a afronta à moralidade que deve permear os atos da Administração pode, por si só, causar a lesividade que autoriza o manejo da ação popular, com ou sem repercussão patrimonial e, no caso, mesmo que acolhida a duvidosa licitação, esta não legitima o contrato, pois prevalecem os princípios da administração pública. 
Fragmento 2
O alimentando não presta ao alimentado os alimentos indispensáveis à sua subsistência na forma da lei civil, razão por que está passando por privações. 
O alimentando encontra-se em situação estável, trabalhando atualmente como mecânico autônomo e percebe a quantia aproximada de R$1500,00 (hum mil e quinhentos reais) mensais. 
Fragmento 3
Depreende-se da narrativa autoral que o que se pretende com a presente insurgência é discutir problemas familiares, revolvendo questões antigas e atritos/mágoas que sempre existiram e que estavam limitadas ao âmbito familiar, trazendo o Autor um desabafo emocional, mas, sem o menor constrangimento, expôs a público a privacidade de parte de seus familiares, maculando a imagem e a intimidade destes, desconsiderando o Autor a sua própria assertiva em inicial - “roupa suja se lava em casa”. ( Anexo II, item 17, fl.146).
Fragmento 4
O autor afirmou que o réu bloqueou a conta da empresa, impedindo-lhe de pagar fornecedores, empregados e impostos. Além disso, o autor assegurou que o réu teria cometido uma grave ilegalidade, pois abriu uma filial da empresa de sua mãe, “Chique-Chique”, supostamente concorrente, no mesmo endereço da empresa que é sócio com o autor, sem qualquer tipo de autorização prévia e utiliza-se de toda a estrutura de maneira completamente ilegal, com a intenção de vender a carteira de clientes da empresa, no escopo de encerrar suas atividades, asfixiar o autor financeiramente, e usurpar a estrutura e credibilidade do ponto comercial para instalar uma filial de sua empresa em Brasília. 
Fragmento 5
Não se duvida de que é de clareza solar que o Autor utiliza seus petitórios para expor sua interpretação distorcida, aleatória e até leviana do indigitado e-mail, com ilações inverídicas e extremamente distanciadas da verdade e do intento da Ré, que buscou apenas relatar fatos ocorridos no âmbito familiar e demonstrar o seu amargor e repulsa com a ofensa à sua honra, pois foi chamada de “ladra” pelo Autor, buscando, assim, e precipuamente alertar que novas desavenças familiares poderiam ocorrer, em razão de determinadas posturas do Autor, como a que se instaurou com a propositura da presente ação. 
Fragmento 6
Assim, resta evidente que a requerida, ao aliciar o cantor Zeca Pagodinho ainda na vigência do contrato e veicular a campanha publicitária com referência direta à campanha produzida anteriormente pala autora, causou-lhe prejuízos, porque, por óbvio, foram inutilizados todos os materiais já produzidos pela requerente com tal campanha e perdidos eventuais espaços publicitários já adquiridos e não utilizados.

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