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Caso Concreto 01 a 15 Direito Processual Civil II (pronto)

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Direito Processual Civil – todos (01 a 09)
Caso Concreto 01
1- Mario ajuizou ação indenizatória em face da Loja FREE MAGAZINE com o objetivo de obter reparação pelos danos decorrentes da aquisição de um condicionador de ar defeituoso. A demanda foi ajuizada perante a Vara Cível da Capital, pelo procedimento comum, onde o autor pretender obter indenização no valor de 20.000,00 (vinte mil reais). Após a citação, a empresa ré propôs a realização de um negócio processual atípico, reduzindo todos os prazos processuais para 05 dias e modificando a distribuição do ônus da prova, o que foi prontamente aceito pelo autor. O juiz indeferiu o negócio processual proposto pelas partes sob o fundamento de que viola o princípio da ampla defesa. Diante da situação INDAGA-SE: 
a) O juiz agiu de acordo com as regras do CPC acerca do procedimento comum?
R: O Juiz não agiu corretamente. Considerando que a realização do negócio processual não depende de homologação judicial. O juiz neste caso deve limita-se a controlar a abusividade e casos de vulnerabilidade. 
b) A referida demanda poderia ter sido ajuizada nos Juizados Especiais Cíveis?
R: Sim. A referida demanda pode ser ajuizada tanto no Juizado Especiais Cíveis, quanto no procedimento comum. No caso do juizado especial, um dos requisitos para ajuizamento de uma ação no JEC a serem observados é o valor da causa. (Art. 3º da Lei 9099/95).
Caso Concreto 02
1- Pedro ingressou com uma ação indenizatória em face do Estado de Belo Horizonte pleiteando indenização no valor de R$200.000,00, por ter sido incluído, de forma fraudulenta, no quadro societário do Frigorífico Boi Bom. A referida fraude foi realizada na Junta Comercial do referido Estado e causou inúmeros transtornos ao autor. O juiz da 05ª Vara Fazendária, ao receber a inicial, constatou que existem vários julgados do STJ contrários aos interesses do autor e julgou improcedente liminarmente o pedido, antes mesmo de citar o réu. José, advogado de Pedro, diante da decisão procurou dois especialistas em Direito Processual Civil para obter um parecer sobre o caso. 
O primeiro especialista apresentou parecer favorável a interposição de recurso, pois a improcedência liminar viola o princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional (art. 5º, XXXV, da CF/88), inviabilizando o amplo acesso à justiça. 
O segundo especialista apresentou parecer no sentido de que embora haja a garantia constitucional da inafastabilidade da tutela jurisdicional, admite-se a limitação dessa garantia em algumas hipóteses definidas em lei sem que haja violação do texto constitucional. 
a) considerando a divergência entre os especialistas, qual é o parecer mais adequado de acordo com a jurisprudência e a doutrina?
R: O parecer mais adequado é o segundo. Pois não viola os princípios do contraditório e ampla defesa uma vez que não há qualquer prejuízo para o réu. (Art.332, CPC). Tal entendimento já encontrava abrigo no (CPC/73 no art. 285-A). 
b) existe diferença entre Improcedência Liminar do Pedido e Indeferimento da Petição Inicial?
R: Sim. A diferença se dá pelo fato que na improcedência liminar do Pedido a extinção é com resolução de mérito, e no Indeferimento da Petição a extinção é sem resolução de mérito.
Caso Concreto 03
1- O Banco BMD ajuizou ação de cobrança em face de Antônio sob o fundamento de que o réu não efetuou o pagamento da quantia de 15.000,00 referentes a um empréstimo realizado. Após a realização infrutífera da audiência de conciliação, Antônio pretende, através de seu advogado, alegar que: a) não reconhece a dívida vez que o empréstimo já foi quitado; b) a devolução em dobro do valor pago indevidamente, vez que o banco cobrou número de parcelas maior do que o acordado; c) a incompetência territorial do juízo e d) o impedimento do juiz. Diante da situação acima indaga-se:
a) Quais as modalidades de resposta do réu devem ser utilizadas pelo advogado do réu? 
R: O patrono do réu deverá utilizar como resposta a peça de contestação integrando nesta a propositura de reconvenção (Art. 343. CPC), que devem ser apresentadas em até 15 dias úteis, a contar o termo inicial conforme artigo 335 do CPC.
b) Caso o réu pretenda alegar sua ilegitimidade para a causa, como deve proceder?
R: O réu deverá alegar a sua ilegitimidade passiva na ação proposta na preliminar de mérito de sua peça de contestação. (Artigo 337, inciso XI do CPC). Com isso, o magistrado facultará ao Autor, no prazo de 15 dias úteis, a oportunidade de substituição do polo passivo da demanda. 
c) quais os significados dos Princípios da Eventualidade e Ônus da Impugnação Específica para fins do momento processual dos artigos 335 e seguintes do CPC?
R: O PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE, também chamado de princípio da concentração, significa que é na contestação a oportunidade do réu alegar (concentrar) todo o arsenal de argumentos de defesa que na ocasião possui, ainda que sejam alternativos, ou de certa maneira incoerentes entre si, sob pena de preclusão, e com isso a impossibilidade de se trazer outro argumento de defesa no decorrer do feito. (Art. 336 CPC).  O ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA pertence ao réu, em outras palavras, é um rebatimento proposto por ele, uma vez que o mesmo deverá refutar, de modo preciso, toda a alegação trazida pelo Autor, sob pena de se ter como fato incontroverso as argumentações não rebatidas. (Art. 341, CPC).
Caso Concreto 04
1- Marina realizou uma cirurgia de implante de silicone nos seios na Clínica de Estética Bem Viver. Após a cirurgia, Marina identificou que um seio ficou visivelmente maior que o outro. Frustrada com a situação em que foi submetida, a paciente promoveu uma ação indenizatória em face da referida Clínica pleiteando indenização por danos morais, estéticos e materiais. Embora tenha sido devidamente citada a Clínica não ofereceu a contestação, o que foi devidamente certificado pelo Cartório. O juiz decretou a revelia da ré. Diante dessa circunstância indaga-se: 
a) A revelia acarreta necessariamente a procedência do pedido do autor?
R: Não. O efeito da revelia faz com que sejam presumidamente dados como verdadeiras as alegações de fato do autor. É uma mera presunção relativa, que não necessariamente vinculará o juiz para declarar procedente o pedido. (Art. 344 do CPC).
b) Caso a ré apresentasse contestação admitindo o fato, mas arguindo a prescrição, quais seriam as consequências processuais? 
R: A alegação tem característica extintiva do direito do autor, vislumbrando-se em uma nítida defesa indireta de mérito. Deste modo, as consequências processuais seriam a oportunidade para o Autor oferecer, no prazo de 15 dias úteis, a produção de prova com o fito de dar subsistência a demanda. (Art. 350. CPC)
Caso Concreto 05
1- André ajuizou uma ação em face de Paulo para obter a rescisão contratual de determinado negócio jurídico firmado entre as partes. Na Petição Inicial André afirma que Paulo descumpriu três cláusulas contratuais distintas, causando danos materiais e morais e por tais razões, não mais deseja manter o vínculo contratual, requerendo ainda, além de seu desfazimento, o pagamento de multa contratual prevista em cláusula específica. Junta apenas documentos comprobatórios e afirma não necessitar de outros meios para sustentar o alegado. Paulo devidamente citado oferece Contestação, onde reconhece o fato em que se funda a ação, mas aponta razões e fatos não informados por André para tentar justificar seu comportamento contratual em não cumprir o previsto em apenas uma das cláusulas citadas, não se manifestando sobre as demais suscitadas na Petição Inicial. Requereu ainda depoimento pessoal e de testemunhas que poderão confirmar os fatos por ele narrados. Após a certificação da tempestividade da defesa apresentada, os autos vão conclusos ao juiz. A partir do texto acima responda às seguintes questões:
a) Caso o Juiz considere pertinente a defesa apresentada por Paulo será possível o julgamento antecipado do mérito?
R: Não. Nesse caso deve o Juiz citar o autor para se manifestarquanto aos argumentos aduzidos pelo réu na contestação. Este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova. (Art. 350 CPC). 
b) Caso o Juiz entenda que existe fato incontroverso poderá haver julgamento antecipado parcial do mérito. 
R: Sim, haja vista de que houve nítida convicção sobre a veracidade dos pedidos formulados pelo Autor, dos quais se deu a oportunidade de serem objetados pelo Réu, e este não os impugnou de modo específico, levando deste modo, a torna-los incontroversos. Sendo assim o juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles.
Caso Concreto 06
1- Max adquiriu um notebook, marca Optmus prime, com objetivo para preparar suas aulas de filosofia. No entanto, o computador, com apenas 03 semanas de uso, deu pane no sistema o que levou Max ajuizar a demanda em face do fabricante pleiteando a substituição do note mais indenização pelos transtornos sofridos, vez que não obteve sucesso nas tentativas de solucionar administrativamente o conflito. O juiz, na fase instrutória, distribuiu de forma dinâmica o ônus da prova determinando que o autor produza prova suficiente sobre o alegado na inicial. Diante dessa decisão indaga-se: 
a) O juiz agiu em conformidade com as regras sobre a distribuição do ônus da prova?
R: Sim. O ônus da prova incumbe a quem alega. (Art. 373 NPCP).
b) Considerando a regra geral do ônus da prova, como ordinariamente deve ser distribuído o ônus?
R: O ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito. Ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. (Art. 373 NCPC).
c) É possível a utilização de prova produzida em outro processo no caso acima? Quais os critérios para utilização dessa espécie de prova?
R: Sim. O juiz poderá utilizar a prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observando o contraditório. (Art. 372 NCPC).
Caso Concreto 07
1- Carla está desesperada e conversa com Dra. Suzana (sua advogada) que a principal testemunha de seu caso e que deverá comparecer em audiência de instrução futura ( mês seguinte) foi hospitalizada para passar por procedimento cirúrgico de alto risco em no máximo 3 (três) dias, conforme atestou o médico em documento próprio. Existe sério risco de morte, ou mesmo de vida com sequelas cerebrais diversas. O tempo de espera é apenas para os trâmites técnicos e administrativos para a cirurgia, pois se trata de evento futuro e certo. Dra. Suzana lamenta o ocorrido com Carla, mas informa que nada pode fazer, pois o CPC não prevê mais a medida cautelar existente no CPC/73, talvez no máximo peticionar nos autos informando do ocorrido e requerendo o adiamento da audiência para aguardar a melhor recuperação da testemunha enferma, ou mesmo conseguirem uma testemunha substituta. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a informação jurídica prestada pela Dra. Suzana?
R: A advogada não deu a informação correta. Diante da narrativa do caso é possível a produção antecipada de prova, com fundamento no artigo 381, I, que admite antecipação da prova em casos de urgência.
b) É possível que Atas Notariais possam atestar ou documentar a existência de fatos jurídicos materiais e servirem de meio probatório em Juízo?
R: Sim, é possível. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. (Art. 384 CPC). 
Caso Concreto 08
1- A Administradora Joia Rara Ltda está em litígio com a empreiteira Obra Boa Ltda, contratada para reformar apartamento específico e não consegue se conformar com a decisão do juiz que indeferiu requerimento formulado por seu advogado para realização de prova pericial que comprovasse a má prestação dos serviços prestados, além da não prestação de outros. O juiz indeferiu o pleito, alegando já existir nos autos o requerimento tempestivo (e deferido) do advogado da Administradora Joia Rara sobre produção de provas (documental e testemunhal), não havendo agora, em outro momento processual, possibilidade de novo requerimento para meio probatório distinto. O advogado da Administradora Joia Rara Ltda discorda da posição do juiz e pretende recorrer da decisão de qualquer jeito, pois vislumbra violação legal e constitucional no caso. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a posição juiz em relação ao momento requerimento de produção de provas?
R: A posição do juiz está correta, já que é na fase instrutória que o magistrado decide haver ou não necessidade de outros meios de provas, podendo as partes atuarem em conjunto para produção provas, na PI e na contestação, fase ordenatória e instrutória pelas quais pretendem convencer o juiz, e o juiz decidir quais são realmente necessárias para decisão da sentença, 
pois o réu deveria pedir prova pericial até o despacho saneador.
b) Quais as diferenças entre prova pericial e inspeção judicial?
R: A prova pericial, que serve para auxiliar o juiz, é um meio para comprovação de fatos obscuros, mas que dependem de conhecimentos técnicos, que exigem o auxílio de profissionais especializados, como por exemplo o perito judicial e o analista. A inspeção judicial é diferente, pois é feita diretamente pelo juiz, em pessoas ou coisas para esclarecer fatos que interessam a causa (impressão do juiz). Ou seja, a prova pericial é feita por outra pessoa e obtida de forma indireta e a inspeção judicial diretamente pelo exame imediato da pessoa ou coisa, sem intermediários, podendo o juiz ir até o local do fato se necessário. A doutrina não dá relevante valor a inspeção judicial.
Caso Concreto 09
1- André e Lívio figuram respectivamente como autor e réu em ação de cumprimento contratual que tem como objeto a prestação de serviços de manutenção de aparelhos de ar condicionado. O contrato foi firmado pelas partes e vinha sendo cumprido normalmente, até que em determinado mês, sem nenhuma razão específica, Lívio deixou de realizar o serviço. Após realizar duas notificações, André optou pelo Poder Judiciário para tentar resolver seu problema. O advogado de André distribuiu a petição inicial com a opção de não realizar audiência de conciliação ou mediação. Após a citação e apresentação de defesa, o Juiz determina a realização de Audiência de Instrução e Julgamento e intima as partes envolvidas. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Considerando que a audiência a ser realizada tem por finalidade instruir e proporcionar condições técnicas para o julgamento do Juiz, é possível ainda haver espaço para a conciliação ou mediação?
R: Sim, pois a mediação e conciliação podem ser tentadas não só nas audiências, mas a qualquer momento que o juiz vislumbre a possibilidade de obtenção de êxito. 
b) O que significa dizer que a audiência de instrução e julgamento é una e indivisível?
R: Significa que o referido ato processual é único, ainda que por qualquer motivo não se alcance a sua conclusão no mesmo dia de seu início. Pois ainda que se estenda por mais de uma data, isso não quebra a regra da unicidade e da indivisibilidade da audiência. Princípio da Concentração. 
Caso Concreto 10
1- Em ação de rescisão contratual, devolução de valores pagos e ainda indenização por danos morais movida por Júlio em face do Mercado Oferta Livre LTDA, a Juíza proferiu sentença onde julgou integralmente procedente o pedido autoral. Júlio questiona seu advogado a respeito da sentença, pois ao realizar a leitura em seu acompanhamento processual na internet, não entendeu o que seriam os termos fundamentação e dispositivo. Júlio também queria saber quais os efeitos práticos que a sentença teria no caso concreto dele. O advogado de Júlio respondeu que toda sentença tem como elementos ou partes obrigatórias: relatório, fundamentação e dispositivo. Questionou autor, por fim, seo juiz poderia alterar o conteúdo da sentença proferida, o que foi afirmado pelo advogado. 
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a informação prestada pelo advogado de Júlio? 
R: Está correta a informação prestada pelo advogado. Os elementos da sentença são os que foram ditos pelo patrono, quais sejam, o relatório, fundamentação e dispositivo. (Art. 489 do CPC e 93, IX, da CF). No entanto, nos juizados especiais cíveis, tem -se o entendimento que é dispensado o relatório nas sentenças proferidas. (Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório - Lei 9.099/95).
b) O juiz pode alterar o conteúdo da sentença após a sua publicação? Em quais hipóteses? 
R: Sim, o magistrado poderá alterar o conteúdo da sentença. Para corrigir inexatidões materiais ou erros de cálculos, ou por interposição de embargos de declaração, devendo dá -se início a modificação de ofício ou requerimento da parte. (Art. 494 do CPC). Cumpre registrar outra oportunidade em que o juiz pode modificar seu entendimento proferido em decisão anterior, quando há o julgamento liminarmente improcedente do pedido, no caso em que o réu interpõe apelação, o magistrado poderá se retratar em até 5 dia s úteis, nos termos do artigo 332 e seguintes do CPC
c) O caso acima admite reexame necessário? 
R: Não, uma vez que a sentença do caso em tela não foi proferida contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o município ou contra suas autarquias e respectivas fundações de direito público, nem houve qualquer julgamento procedente em embargos à execução fiscal, como informa o artigo 496 do CPC. 
Caso Concreto 11
1- Um espanhol foi condenado em segunda e última instância por um tribunal competente de seu país a pagar a quantia de 50 mil euros por conta de dívidas oriundas de cheques não honrados pelo sistema bancário ou pelo próprio emitente. O caso transitou em julgado e quando foi iniciada a execução, descobriu-se que o devedor tinha se mudado para o Brasil, especificamente para Fortaleza, capital do Ceará. O credor consulta seu advogado a respeito da possibilidade de cumprimento da sentença no Brasil, onde está claro o estabelecimento de nova residência e domicilio do espanhol devedor, inclusive com novos negócios em andamento, conforme relatos e documento obtidos pelas redes sociais. O advogado espanhol contrata os serviços do escritório onde você está estagiando para concretizar o direito material de seu cliente. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Quais os requisitos para a homologação de sentença estrangeira no Brasil? 
R: Os requisitos são I - ser proferida por autoridade competente; II - ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia; III - ser eficaz no país em que foi proferida; IV - não ofender a coisa julgada brasileira; V - estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em tratado; VI - não conter manifesta ofensa à ordem pública.
b) Quais os órgãos judiciários competentes para e homologação e execução no Brasil ? 
R: Os órgãos competentes são, Justiça Federal para execução (Art. 109, X, CF/88) e STJ para Homologação. (Art. 960 §2º do NCPC)
c) É cabível antecipação de tutela no procedimento de homologação de sentença estrangeira? 
R: Sim. Ela será cabível quando estiver em risco de perecimento o próprio direito material alegado pelo autor. 
Caso Concreto 12
1- Joana ingressou com uma ação de despejo em face de Laila alegando que a ré não efetuou o pagamento dos aluguéis referente ao imóvel localizado no centro de Minas Gerais. A ré contestou a demanda alegando que, em verdade, o imóvel estava em comodato razão pela qual não cabe o pedido de despejo. O juiz, antes de julgar a causa, apreciou a questão prejudicial concluindo pela inexistência de locação prevalecendo a tese da ré acerca do comodato. Ao final o juiz julgou improcedente o pedido da autora sob o fundamento de que inexiste contrato de locação que ampare sua pretensão. Ao saber da decisão Laila comemora com seu advogado e lhe pergunta se Joana pode promover nova ação de despejo com novos fundamentos. O advogado afirma que infelizmente a solução da questão prejudicial na fundamentação não faz coisa julgada, podendo a autora propor nova ação no futuro, conforme interpretação do art. 504 do CPC. 
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) está correta a orientação do advogado? 
R: Não está equivocada. A resolução de questão prejudicial, decidida expressa e incidentemente no processo, se a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo e se deu em procedimento que não seja restrição de defesa. Ou seja, não se aplicando no caso de revelia. (Art. 503 CPC).
b) No caso acima ocorre coisa julgada material e formal? 
R: Coisa julgada material. Pois a sentença é de mérito e é definitiva. (Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.)
c) A coisa julgada, no presente caso, afetará terceiros que não participaram da relação processual?
R: não há qualquer afetação do julgado a terceiros que não participaram da relação processual em tela, visto mandamento expresso no artigo 506 do CPC: A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros.
Caso Concreto 13
1- Maurício vendeu seu carro para seu grande amigo Gilson pelo valor de R$15.000,00. Na ocasião Gilson se comprometeu a realizar a comunicação junto ao DETRAN e regularizar a propriedade do veículo. Passados 02 anos, Maurício é notificado para responder a um processo de suspensão do direito de dirigir em razão do excesso de multas referentes ao veículo vendido, que ainda estava em seu nome. Muito chateado com a situação e sem conseguir localizar seu amigo, Maurício propôs ação de obrigação de fazer em face de Gilson cujo objeto era a condenação do réu na obrigação de regularizar a propriedade do carro junto ao DETRAN. Após a instrução da causa, o juiz julgou procedente o pedido para determinar que o réu regularize a propriedade do veículo, no prazo de 20 dias, sob pena de multa diária de R$1.000,00. Após o término do prazo, sem o cumprimento da obrigação, o juiz, a requerimento do autor, aumenta a multa diária para R$2.000,00. O réu apresentou petição requerendo a reconsideração da decisão, pois, de acordo com o art. 502 do CPC, a coisa julgada torna imutável a decisão sendo incabível o aumento da multa diária após o trânsito em julgado. Diante do caso indaga-se: 
a) Esta correta a argumentação do réu? 
R: Não assiste razão alguma ao réu. Tendo em vista que a multa independe de requerimento e a imposição dela, mesmo que se dê de maneira progressiva é a forma de coerção. E não faz coisa julgada. (Art. 537, I, CPC). 
b) Considerando a doutrina sobre o tema, qual é a distinção entre coisa julgada e preclusão?
R: A coisa julgada, quer seja material ou formal, diz respeito a impossibilidade de se modificar a decisão em que já se dera o trânsito em julgado, sendo, pois, obstado qualquer interposição de novo recurso, a coisa julgada é chamada de preclusão máxima. Já A preclusão é um fenômeno processual decorrente da perda da pratica do ato processual ou a pratica de um ato. Dá-se quando se deixa de praticar determinado ato subjetivo que cabia a parte interessada, sendo este concedido de forma temporal ou por mandamento de lei. Caso a parte não exerça o direito subjetivo que possui, resta-se precluso a oportunidade, não cabendo, deste modo, nova chance para efetuar o ato perdido. 
Caso Concreto 14
1- Temístocles ingressou com ação em face da empresa de Telefonia Fone Fácil S.A formulando declaratório de inexistência de relação jurídica combinado com condenação por danos materiais e morais. Segundo o autor, a ré teria realizado inscrição indevida de seu nome no cadastrode inadimplentes em razão de suposta dívida de contas pretéritas de titularidade do autor. Após contestação da ré, o juiz, não havendo mais necessidade de realização de mais provas, resolveu o caso com julgamento antecipado da lide, julgando procedente o pedido autoral e estipulando a indenização total no valor de R$15.000,00 (quinze mil reais), entendo ser este valor suficiente para reparar os danos materiais e morais suscitados e provados nos autos. A decisão transitou em julgado e Temístocles inicia a fase de execução em face da agora executada, Telefonia Fone Fácil S.A. Em diligências internas na empresa, o advogado da Telefonia Fone Fácil S.A descobre que já havia uma decisão judicial transitada em julgado em face de Temístocles, envolvendo os mesmos fatos jurídicos suscitados na ação atual. Indignado, o advogado resolve ingressar com Ação Rescisória. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) É possível Ação Rescisória no presente caso? 
R: Sim, A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando ofender a coisa julgada. Uma vez que existia coisa julgada anterior, está deve ser respeitada. (Art. 966, IV, CPC). 
b) Qual o órgão competente para conhecer e julgar a Ação Rescisória. 
R: O órgão competente é o Tribunal da competência originária, na forma de seus regimentos internos.
c) Quais são as consequências processuais nos casos em que a ação rescisória é proposta no juízo incompetente? 
R: O relator mandará emendar a inicial, intimar o autor entendendo o princípio da primazia do mérito, depois declinar dela para o tribunal competente. (Art. 966, V, CPC).
Caso Concreto 15
1- Em Ação Rescisória proposta por Godofredo em face de Silas houve requerimento de concessão de tutela provisória, considerando que Godofredo alega que em razão da flagrante nulidade do julgamento anterior (violação manifesta de norma jurídica objeto de súmula de jurisprudência dominante do STF) e da fase em que se encontra a execução, é possível que seu bem imóvel seja levado à hasta pública, com demasiado perigo de dano irreparável ou mesmo de dificílima reparação. O relator admite a petição inicial e, incontinente, defere o requerimento de Godofredo para suspender a execução até a decisão final da Ação Rescisória. Silas inconformado, afirma que decisão antecipada do relator seria uma violação constitucional do contraditório e da ampla defesa, pelo que não se conformará com a decisão. 
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) A Ação Rescisória poderia ser admitida no presente caso? 
R: Sim. Por ter havido “erro improcedendo”. Nos casos em que a decisão de mérito, transitada em julgado, violar manifestamente norma jurídica ela pode ser rescindida. (Art. 966, V, CPC).
b) Existe a possibilidade de concessão de tutela provisória em sede de Ação Rescisória. 
R: Sim. Pois a ação rescisória é uma ação de conhecimento e não impede o cumprimento da decisão rescindenda de forma que é cabível tutela tanto cautelar quanto antecipada. (Art. 969, CPC).

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