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Contratos

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Direito Contratual
Teoria Geral do Contrato
Conceito, Princípios e Classificações
Conceito 
Negócio jurídico bilateral (ou plurilateral), que visa a criação, extinção ou alteração de diretos e deveres, com conteúdo patrimonial.
Testamento?
Doação?
Casamento?
Princípios da teoria clássica dos contratos
Autonomia da vontade e liberdade de contratar
Força obrigatória dos contratos ou pacta sunt servanda
Eficácia relativa das convenções
Princípios da teoria moderna dos contratos
Função social do contrato
Boa-fé objetiva
Equilíbrio econômico ou rebus sic standibus
Aplicação da boa-fé objetiva pelo STJ no Resp 1073595
2. Se o consumidor contratou, ainda jovem, o seguro de vida oferecido pela recorrida e se esse vínculo vem se renovando desde então, ano a ano, por mais de trinta anos, a pretensão da seguradora de modificar abrutamente as condições do seguro, não renovando o ajuste anterior, ofende os princípios da boa fé objetiva, da cooperação, da confiança e da lealdade que deve orientar a interpretação dos contratos que regulam relações de consumo. 3. (...) os aumentos necessários para o reequilíbrio da carteira têm de ser estabelecidos de maneira suave e gradual, mediante um cronograma extenso, do qual o segurado tem de ser cientificado previamente. 
Os princípios contratuais no Código Civil de 2002
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. → Teoria da imprevisão / resolução por onerosidade excessiva
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Outras formas de extinção do contrato (art. 472 a 477)
Distrato
Cláusula resolutiva
Exceção de contrato não cumprido
Principais classificações
Quanto aos direitos e deveres das partes:
bilateral x unilateral
Quanto ao sacrifício patrimonial das partes:
oneroso x gratuito
Quanto aos riscos que envolvem a prestação:
comutativo x aleatório
 
Principais classificações
Quanto ao aperfeiçoamento do contrato:
	consensual x real
Quanto à presença de formalidades e solenidades:
formal x informal / solene x não-solene
Quanto à previsão legal: 
	típico x atípico
Espécies de Contrato
Empréstimo
Prestação de serviços
Depósito
Compra e Venda
Doação
Empréstimo
Contrato pelo qual uma pessoa entrega uma coisa a outra, de forma gratuita, obrigando-se esta a devolver a coisa emprestada ou outra da mesma espécie ou quantidade.
Contrato unilateral, gratuito (regra), comutativo, informal e real.
Comodato (bem infungível) e mútuo (bem fungível)
Comodato 
(Art. 579 a 585)
O comodante entrega uma coisa infungível para ser utilizada pelo comodatário por um período de tempo, findo o qual a coisa deve ser devolvida.
Bens móveis ou imóveis.
Obrigações do comodatário
Conservar e guardar a coisa como se fosse sua, usando-a de acordo com o contrato ou sua natureza.
Em situações de emergência, deve proteger em primeiro lugar os bens do comodante.
Mútuo 
(Art. 586 a 592)
Empréstimo de coisa fungível. Logo, só pode ter como objeto bens móveis.
Uma vez que a coisa transferida é consumida pelo mutuário, é devolvida ao mutuante outra coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. Assim, desde a tradição (entrega), todos os riscos correm por conta do mutuário.
Mútuo feneratício. Art. 591 não se aplica aos contratos bancários.
Prestação de serviços
(art. 593 a 609)
Contrato pelo qual o prestador se obriga a fornecer ao contratante/tomador de serviços prestação de sua atividade física ou mental, mediante remuneração. 
Trata de relações não sujeitas a leis trabalhistas nem a leis especiais.
Bilateral, oneroso, comutativo, consensual, não-solene.
Obrigações
Do prestador
Do tomador
Fazer o serviço, na forma tempo e lugar devidos;
Não apresentar substituto, a menos que a outra parte com isso concorde.
Pagar a remuneração;
Receber o serviço, só podendo transferir este direito se a outra parte assim concordar;
Dispensando o prestador sem justa causa, pagar toda a remuneração vencida e metade da que faria jus o prestador até o término do contrato.
Causas de extinção específicas
Decurso do prazo (limite de 4 anos, passível de prorrogação)
Morte do prestador ou do empregador
Impossibilidade de continuação por motivo de força maior.
Depósito
(Art. 627 a 646)
Pelo contrato de depósito recebe o depositário um objeto móvel, para guardar, até que o depositante o reclame.
Pode ser gratuito ou oneroso, unilateral ou bilateral, comutativo, real e não-solene. 
Obrigações do depositário
Guardar e conservar a coisa, com cuidado e diligência que costuma ter com o que é seu.
Restituir o depósito com todos os frutos e acrescidos, no mesmo estado em que foi feito, quando o depositante o reclamar. Pode reclamar a qualquer tempo?
Não entregar a coisa à custódia de outro depositário.
Não servir-se da coisa depositada.
Obrigações do depositante
Pagar a remuneração quando o depósito for oneroso.
Pagar pelos prejuízos decorrentes do depósito, pelas despesas necessárias feitas com a coisa e pelas voluntárias que tiver autorizado. Terá o depositário direito de retenção sobre a coisa até que tal pagamento seja efetuado.
Troféus roubados de um depósito: quem arca com os danos?
STJ, REsp 974.994/SP
PROCESSO CIVIL E CONSUMIDOR. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. VIOLAÇÃO DE COFRE DURANTE FURTO OCORRIDO EM AGÊNCIA BANCÁRIA. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. POSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DO DIREITO À ESPÉCIE. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO DE INDENIZAÇÃO PELOS DANOS MATERIAIS APONTADOS NA INICIAL.
Questão 1
À solução de questões que envolvem danos decorrentes de erro médico, nas cirurgias plásticas de correção de defeito físico e embelezamento, quanto à relação paciente-médico e à relação paciente-hospital, é correto afirmar-se que: 
(a) a relação paciente-médico não é contratual. 
(b) a obrigação resultante da relação paciente-médico é de resultado, salvo prova de intervenção de fator imprevisível, força maior ou caso fortuito. 
(c) a obrigação resultante da relação paciente-médico é sempre de meio. 
(d) nenhuma das alternativas anteriores está correta
Questão 2
Em matéria obrigacional, julgue as asserções abaixo e assinale a alternativa correta. 
I - o devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, exceto quando se houver por eles responsabilizado, ou quando estiver em mora. 
II - o terceiro não interessado, que paga a dívida em nome e por conta do devedor, não pode pedir o reembolso.
III - é válido o pagamento feito de boa-fé ao herdeiro aparente, mesmo provando-se depois que não era credor. 
	a) somente a II está correta
	b) somente a I e a II estão corretas. 
c) somente a I e a III estão corretas. 
d) somente a II e III estão corretas. 
e) todas estão corretas. 
Questão 3
No que se refere aos princípios contratuais, assinale a opção correta.
	
	a) O princípio da função social dos contratos limita a liberdade de A contratar com B.
	b) Determinada pessoa pode exercer um direito contrariando um comportamento anterior próprio, sem necessidade de observância dos elementos constitutivos da boa-fé objetiva.
	c) Dados os predicados do princípio da boa-fé objetiva, a violação dos deveres anexos tipifica a incidência do inadimplemento.
	d) O princípio da boa-fé objetiva se relaciona com o ânimo das pessoas envolvidas nos polos ativo e passivo da relação jurídica de direito material.
	e) Modernamente, entende-se que a força obrigatória dos contratos não pode ser relativizada.
Questão 4
Os contratos de mútuo e comodato têm em comum as seguintes características:
a) constituem-se desde o consentimento das partes e se extinguem com o pedido de devolução do dono da coisa.
	b) uma vez realizada a entrega da coisa transfere a propriedade ao devedor e obriga o dono a aguardar o fim do contrato para reavê-la.
	c) obriga o devedor ao pagamento de juros sempre que houver atraso na devolução da coisa.
	d) são contratos considerados reais, intuitu personae e não solenes.

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