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Apostila - Introdução a Engenharia de segurança do trabalho

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” 
FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA 
ÁREA DE MATERIAIS E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO 
 
 
APOSTILA 
 
INTRODUÇÃO A 
 ENGENHARIA DE SEGURANÇA 
NO TRABALHO 
 
 
 
PROFESSOR: Dr. Wyser José Yamakami 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ILHA SOLTEIRA 
AGOSTO / 2013 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    1 
SUMÁRIO 
CAPITULO 1 - ASPECTOS HUMANOS, SOCIAIS E ECONÔMICOS DA ENGENHARIA ...6 
1.1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................................................6 
1.2 - PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS ..................................................................7 
1.3 - PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO................................................................8 
1.4 - SIGNIFICADO ECONÔMICO SOCIAL DAS DOENÇAS OCUPACIONAIS E 
ACIDENTES NO TRABALHO ..........................................................................................................9 
1.5 - HISTÓRICO ................................................................................................................................10 
CAPÍTULO 2 – ACIDENTES DE TRABALHO................................................................................15 
2.1 – EVOLUÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO .................................................................15 
2.2 - ACIDENTE ..................................................................................................................................27 
2.3 – TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO ...........................................................................28 
2.4 – CAUSAS DOS ACIDENTES...................................................................................................29 
A) FALTA DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA:............................................................30 
B) RECUSA DO TRABALHADOR EM USAR O EPI: ...........................................................30 
C) IMPRUDÊNCIA, IMPERÍCIA OU NEGLIGÊNCIA DO TRABALHADOR: ................30 
D) DEFEITO NOS EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS COM OS QUAIS SE TRABALHA:30 
E) FALTA DE PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS EM SEGURANÇA E MEDICINA 
DO TRABALHO: ............................................................................................................................31 
ANEXO 1 - NR-04 - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do 
Trabalho (SESMT). ..........................................................................................................................31 
ANEXO 2 - NR-05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA ...........................35 
ANEXO 3 - NR - 05 - MAPA DE RISCOS ................................................................................58 
F) ACIDENTES DE TRÂNSITO: .................................................................................................71 
G) FORÇA MAIOR, CASO FORTUITO: ...................................................................................72 
H) ÁLCOOL, TABAGISMO E TÓXICOS: ................................................................................72 
2.5 - EFEITOS DO ACIDENTE SOBRE O HOMEM ...................................................................74 
2.6 - A SITUAÇÃO PREVIDENCIÁRIA E LEGAL DO ACIDENTADO ................................74 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    2 
2.7 - RESPONSABILIDADE CIVIL PELO ACIDENTE .............................................................76 
2.8 - LEGISLAÇÃO BÁSICA PREVENTIVA DE SEGURANÇA DO TRABALHO ............77 
CAPÍTULO 3 – LEGISLAÇÃO ............................................................................................................85 
3.1- HIERARQUIA DAS NORMAS JURÍDICAS:........................................................................85 
3.1.1 - PRIMEIRAS LEIS TRABALHISTAS: ............................................................................86 
3.2 - ETAPAS DO INQUÉRITO POLICIAL DE ACIDENTE DE TRABALHO COM 
MORTE: ................................................................................................................................................87 
CAPÍTULO 4 - NORMALIZAÇÃO .....................................................................................................89 
4.1- ORGANISMOS NORMATIVOS:.............................................................................................89 
4.1.1 - ISO - International Standart Organization ........................................................................89 
4.1.2 - COPANT - Comissão Pan-americana de Normas Técnicas...........................................89 
4.1.3 - ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.......................................................90 
4.2 - PREPARO DO PROJETO DE NORMA TÉCNICA:...........................................................94 
4.3 - TIPOS DE NORMAS TÉCNICAS: .........................................................................................96 
4.3.1- Procedimento (N) (NB): .......................................................................................................96 
4.3.2 - Especificações (E) (EB) ......................................................................................................96 
4.3.3 - Metodologia (M) (MB)........................................................................................................96 
4.3.4 - Padronização (P) (PB) .........................................................................................................96 
4.3.5 - Outros tipos de Normas:......................................................................................................96 
4.4 – ESTRUTURAS DAS NORMAS .............................................................................................98 
CAPITULO 5 - ANÁLISE E COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO .................99 
5.1 - COMUNICAÇÃO DE ACIDENTES: .....................................................................................99 
5.2 - FICHA DE ANÁLISE:.............................................................................................................100 
5.3 - RELATÓRIO DO ACIDENTE DE TRABALHO: ..............................................................100 
5.4 - FICHA ANALÍTICA E QUADRO ESTATÍSTICO:...........................................................100 
CAPITULO 6 - CADASTROS DE ACIDENTES ............................................................................102 
6.1 - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS: ...................................................................................102 
6.2 - COEFICIENTES DE FREQÜÊNCIA (CF): .........................................................................102 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    3 
6.3 - COEFICIENTE DE GRAVIDADE (CG):.............................................................................103 
6.4 - TABELA DE DIAS DEBITADOS: .......................................................................................104 
6.5 - ÍNDICE DE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE (IAG): ......................................................105 
6.6 - AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONVENCIONAL DE ANÁLISE DE ACIDENTES: .105 
CAPÍTULO 7 - CUSTO TOTAL DOS ACIDENTES......................................................................108 
CAPÍTULO 8 - PREVÊNÇÃO DE INCÊNDIOS .............................................................................133 
8.1 - INTRODUÇÃO:........................................................................................................................133 
8.2 - INCÊNDIO: ............................................................................................................................... 133 
8.2.1 - Causas dos Incêndios.........................................................................................................133 
8.2.2 - Como Apagar um Incêndio ...............................................................................................134 
8.3 - CLASSES DE FOGO: ..............................................................................................................134 
8.4 - DISPOSITIVOS DE COMBATE A INCÊNDIOS: ............................................................134 
8.4.1 - Sistema de alarme: .............................................................................................................134 
8.4.2 - Rede de hidrantes: ..............................................................................................................134 
8.4.3 - Sistemas de Sprinklers:......................................................................................................134 
8.4.4 - Extintores (dispositivos portáteis): ..................................................................................135 
CAPÍTULO 9 - VENTILAÇÃO INDUSTRIAL ...............................................................................137 
9.1 - DEFINIÇÃO ..............................................................................................................................137 
9.2 - TIPOS DE VENTILAÇÃO......................................................................................................137 
9.2.1 - Insuflação e Exaustão Naturais ........................................................................................137 
9.2.2 - Insuflação Mecânica e Exaustão Natural ........................................................................137 
9.2.3 - Insuflação Natural e Exaustão Mecânica ........................................................................137 
9.2.4 - Insuflação E Exaustão Mecânica......................................................................................138 
9.3 - PROPRIEDADES DO AR.......................................................................................................138 
9.4- ALGUNS CONCEITOS DE FENÔMENOS DE TRANSPORTE .....................................139 
9.4.1- Pressão Estática: ..................................................................................................................139 
9.4.2 - Pressão de Velocidade:......................................................................................................139 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    4 
9.4.3 - Equação da Conservação de Energia ...............................................................................140 
9.4.4 - Duto Circular Versus Duto Retangular ...........................................................................141 
9.5 - VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA .................................................................................146 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    5 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Organograma do Acidente de Trabalho........................................................................28 
Figura 2 – Embriaguez ..................................................................................................................73 
Figura 3 – Efeitos do acidente sobre o homem .............................................................................74 
Figura 4 - Elaboração de uma norma.............................................................................................95 
Figura 5 - Estrutura de uma norma................................................................................................98 
Figura 6 - Grupo de lesões.............................................................................................................99 
Figura 7 - Comunicação de um acidente .....................................................................................101 
Figura 10 - insuflação e exaustão mecânica ................................................................................138 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    6 
 
CAPITULO 1 - ASPECTOS HUMANOS, SOCIAIS E ECONÔMICOS DA 
ENGENHARIA 
 
1.1 – INTRODUÇÃO 
Na América Latina observa-se que os governos utilizam como principal recurso para sair 
da etapa de subdesenvolvimento um acelerado processo de industrialização em curto prazo. 
Embora este processo de industrialização traga inegáveis benefícios econômicos, traduzidos em 
progressivos aumentos da renda per capita e daí, melhores níveis de vida para a população desses 
países, é necessário se considerar conjuntamente com esses positivos benefícios econômicos, a 
agressão constante a que está exposto o homem em seus meios de trabalho e sua comunidade. De 
outra forma, deve entender-se que é antieconômico buscar o desenvolvimento industrial de um 
país, sem resolver as conseqüências sanitárias e sociais que este traz consigo. Obtém-se um 
resultado final negativo, quando se verifica que o custo das enfermidades e acidentes, superam 
os novos bens produzidos. 
A engenharia de Segurança deve ter como responsabilidade primária a prevenção de 
doenças ocupacionais (ou profissionais) e acidentes no trabalho. O pessoal médico complementa 
a ação preventiva e de controle, nessas áreas específicas. 
É matéria fundamental estudar o binômio homem-ambiente de trabalho, reconhecendo, 
avaliando e controlando os riscos que possam afetar a saúde dos trabalhadores. Nesse sentido, ao 
considerar-se a prevenção e redução de riscos para a saúde dos trabalhadores deve praticar-se o 
princípio estabelecido pela OIT ao declarar que: “Segurança e Higiene no trabalho são conceitos 
individuais e deverão ser tratados como dois aspectos de um mesmo problema, isto é, o da 
proteção dos trabalhadores. 
Indubitavelmente, os programas de proteção para a saúde dos trabalhadores devem 
condicionar-se a serem planejados levando em conta não só a prevenção de acidentes e doenças 
profissionais, mas também a proteção, fomento e conservação da saúde no sentido mais amplo 
como definido pela OMS: “A saúde é um estado de completo bem estar físico, mental e social, e 
não somente a ausência de afecções ou enfermidades”. Logo, a responsabilidade pela vida e 
saúde dos trabalhadores está ligada ao trinômio Estado-Empresa-Trabalhador, já que os efeitos 
sobre a saúde se manifestam nesses três componentes. 
 
ASPECTO SOCIAL: Para ilustrar o efeito dos acidentes de trabalho sobre a sociedade, 
um exemplo é dado a seguir. Supondo que um homem viva até os 60 anos, trabalhando dos 15 
aos 50 anos (35 anos de trabalho). Quando criança ou aposentado sua produtividade é negativa, 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    7 
enquanto sua produção é de 10 unidades produtivas / ano no período em que trabalha. O 
consumo durante toda sua vida é de 5 unidades produtivas / ano. Verificando-se o saldo de sua 
produção em toda sua vida tem-se: 
 
S = 35 x 10 - 60 x 5 = + 50 unidades produtivas / ano 
 
Supondo que este indivíduo sofresse um acidente de trabalho aos 30 anos diminuindo sua 
produção para 5 unidades produtivas / ano, o saldo final seria: 
 
S = (30 - 15) x 10 + (50 - 30) x 5 - 60 x 5 = - 50 unidades produtivas / ano 
 
Destacam-se ainda outros problemas sociais decorrentes dos acidentes de trabalho, tais 
como: desemprego, a delinqüência, a mendicância, etc. 
ASPECTO HUMANO: Para avaliar os danos causados ao ser humano devido aos 
acidentes de trabalho faz-se a seguinte pergunta: - Quanto vale a vida de um homem?. São 
muitos os acidentes que levam a morte oudeixam seqüelas que impossibilitam ou dificultam o 
retorno do homem ao trabalho, tendo como conseqüência a desestruturação do ambiente familiar, 
onde tais infortúnios repercutem por tempo indeterminado. Lembra-se aqui que o "homem é a 
maior riqueza de uma nação". 
ASPECTO ECONÔMICO: O acidente de trabalho reduz significativamente a produção 
de uma empresa, além de representar uma fonte de gastos como: remédios, transporte, médico, 
etc. O prejuízo econômico decorre da paralisação do trabalho por tempo indeterminado, devido a 
impossibilidade de substituição do acidentado por um elemento treinado para aquele tipo de 
trabalho e, ainda, a influência psicológica negativa que atinge os demais trabalhadores e que 
interfere no ritmo normal do trabalho, levando sempre a uma grande queda da produção. O 
trabalhador também sofre com este prejuízo, apesar da assistência e indenizações recebidas 
através da Previdência Social, pois isto não lhe garante necessariamente o mesmo padrão de vida 
mantido até a então. Aqui se encontra um bom motivo para se investir na prevenção de acidentes 
de trabalho. 
 
1.2 - PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS 
 É fundamental prestar atenção apropriada à limpeza, higiene e demais fatores que 
acondicionam os lugares de trabalho, para evitar as doenças profissionais. O estudo das doenças 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    8 
ocupacionais, suas causas e efeitos, levam a desenvolver técnicas de prevenção que junto podem 
produzir um maior bem-estar do trabalhador, e daí, um aumento da produção. 
 O controle das doenças ocupacionais compete primariamente ao pessoal de engenharia 
que, ao determinar a magnitude dos riscos, conhecer a toxicologia das substâncias químicas e os 
efeitos sobre a saúde dos demais fatores que acondicionam o ambiente de trabalho, estão em 
posição adequada para aplicar os diversos métodos e equipamentos de controle. O pessoal 
médico ajuda, para um melhor êxito, o controle das ditas doenças por meio de exames médicos 
pré-admissionais, periódicos e de diagnóstico precoce, pela seleção e colocação dos operários de 
acordo com suas habilidades e adequação pessoal, pela educação e ensino de hábitos de higiene 
pessoal. Além disso, é necessário contar com a cooperação das gerências e dos trabalhadores 
para assegurar um contínuo interesse, supervisão, inspeção e manutenção das práticas de 
controle. 
 Em geral, o controle dos riscos para a saúde dos trabalhadores obedece a uma série de 
princípios básicos. Na maioria dos casos um eficiente controle se pode obter ao aplicar uma 
combinação de medidas e em sua aplicação o denominador comum vem a ser a educação 
sanitária; fica implícito considerar também a boa operação e melhor manutenção dos 
componentes mecânicos selecionados. 
 Entre os princípios básicos utilizados na redução dos riscos industriais, tem-se: ventilação 
geral, ventilação local exaustora, substituição de materiais, mudança de operações e/ou 
processos, término de operações, divisão de operações, equipe de pessoal, manutenção, ordem e 
limpeza 
 
1.3 - PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO 
 
 A prevenção de acidentes é o propósito primário de um programa de segurança, 
permitindo a continuidade das operações e a redução dos custos de produção. Dessa forma, a 
prevenção de acidentes industriais, não só é um imperativo social e humano, como também um 
bom negócio. Como prevenir, significa impedir um evento, tomando medidas antecipadas, a 
análise causal dos acidentes é o mais importante passo na prevenção dos mesmos. 
 Está amplamente demonstrado, que os acidentes na indústria têm uma causa e podem ser 
prevenidos. As causas gerais dos acidentes são: 
As condições inseguras 
 Equipamento defeituoso, falta de protetores, 
iluminação e ventilação inadequada, desordem e sujeira, 
falta de espaço, falta de equipamento de proteção individual 
e/ou coletiva adequado, etc. 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    9 
Os atos inseguros 
 Negligência, excesso de confiança, ignorância, 
preocupações alheias ao trabalho, imprudência, imperícia, 
falta de supervisão, ordens mal entendidas ou mal 
executadas, temor, falta de cooperação, etc. 
As atitudes inseguras Indiferença à segurança, falta de interesse, etc. 
 
 
 As formas universais de sua prevenção, uma vez conhecidas as causas mediante a análise 
e investigação dos acidentes são: 
Engenharia 
 Esta supõe uma inspeção e revisão cuidadosa das 
condições inseguras. Além disso, implica numa revisão 
dos processos e operações que contribuem ao 
melhoramento da produção. Nesse aspecto é interessante 
notar a importância que tem as sugestões do pessoal 
mais experimentado. 
Treinamento e educação 
 Isto implica o conhecimento das regras de 
segurança, análise de função, o treinamento e 
desempenho da função, instruções sobre primeiros 
socorros e prevenção de incêndios, conferências aos 
supervisores, a educação profissional, a propaganda por 
meio de cartazes, sinais, avisos e quadros de segurança, 
concursos e campanhas organizadas, publicações, etc. 
Medidas disciplinares 
 Constituem um último recurso e não são bem 
aceitos. O problema não consiste em achar um culpado, 
mas modificar os atos inseguros e atitudes inseguras do 
pessoal, por meio de treinamento e propaganda para 
evitar acidentes. Em outras palavras, é fundamental criar 
a mentalidade de segurança entre o pessoal. 
 
Verifica-se que segurança não é somente um problema pessoal (humano), mas que 
implica em engenharia, planejamento, produção, estatísticas, conhecimento das leis de 
compensações e a habilidade de vender o programa à gerência e aos trabalhadores. 
 
1.4 - SIGNIFICADO ECONÔMICO SOCIAL DAS DOENÇAS OCUPACIONAIS E ACIDENTES 
NO TRABALHO 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    10 
  Os danos e custos que produzem os acidentes e doenças ocupacionais na indústria 
brasileira são de tal magnitude que as próprias indústrias devem compreender a necessidade de 
preveni-los. Antes dessa necessidade o governo estabelece a obrigatoriedade para que as 
empresas disponham de serviços especializados em segurança, higiene e medicina do trabalho, 
com o propósito de evitar os acidentes e doenças ocupacionais e em conseqüência as perdas que 
ocasionam. 
 Sem dúvida alguma, as doenças gerais oferecem um sério obstáculo ao desenvolvimento 
sócio-econômico de um país, porque debilitam o trabalhador e restringem sua capacidade 
produtiva. Hoje, já sabe-se que um bom número de trabalhadores, por não disporem de 
adequadas condições de saneamento, precárias habitações, com alimentação deficiente de 
proteínas e vitaminas, com baixíssima renda, com pouquíssima ou nenhuma instrução em 
matéria de higiene e expostos à doenças contagiosas, participam indubitavelmente do clássico 
círculo de Winslow, ou seja: a pobreza gera a doença e essa produz a pobreza. 
 Outro aspecto fundamental que incide negativamente na economia do país é o fato de que 
os acidentes e doenças ocupacionais reduzem a capacidade de produção da força mais valiosa de 
uma nação que é a população economicamente ativa, reduzindo-se a geração de riqueza por 
incapacidade e/ou morte de um jovem trabalhador. 
 Alguns países criam leis dando aos trabalhadores compensações monetárias pelo trabalho 
com tóxicos ou tarefas insalubres, ou lhes concedem jornadas reduzidas de trabalho, aumento de 
dias de férias, ou diminuição dos anos necessários para a aposentadoria. Todas essas medidas 
não contribuem para a solução dos problemas, afetam profundamente os custos e a produtividade 
ao subtrair uma quantidade enorme de jornadasde trabalho de pessoal experimentado. Prevenir 
ainda é o melhor remédio. 
 
Segurança no Trabalho: é a função que tem por objetivo o estudo e a implementação de 
medidas que visam eliminar ou controlar os riscos existentes na execução do trabalho, sejam eles 
relativos ao ambiente ou decorrentes de atitudes humanas, propiciando, dessa forma a eliminação 
dos acidentes ou, pelo menos, a redução de sua freqüência e gravidade e conseqüentemente a 
manutenção e o aumento da “condição produtiva”. 
 
1.5 - HISTÓRICO 
No Mundo 
9 Século XVI - George Bauer - levantamento sobre doenças e acidentes em trabalhadores 
de minas de ouro e prata (1556). 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    11 
9 1700 - Médico Bernardino Ramazzini - livro “De Morbis Artificum Diatriba” - relaciona 
cerca de 50 atividades profissionais com doenças - considerado o “Pai da Medicina do 
Trabalho”. 
9 1760 - Início da Revolução Industrial (Inglaterra): 
- Mulheres e crianças trabalhando em ambiente sem condições sanitárias (higiene 
em geral). 
- Máquinas inseguras, ruidosas, iluminação e ventilação deficientes, etc. 
- Inexistência de limites por horas de trabalho → acidentes. 
 Estas condições no início da revolução industrial causavam doenças até contagiosas. 
Diante desse quadro dramático, cria-se no Parlamento Britânico uma comissão de inquérito - Sir. 
Robert Peel. 
 
9 1802 - “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes: 
- 12 horas/dia, 
- Proibia trabalho noturno, 
- Lavar as paredes 2 vezes / ano, 
- Obrigava uso de ventilação. 
9 1819 - Leis Complementares, poucos avanços devido à forte oposição dos empregadores. 
9 1830 - Médico Robert Bauer - aconselha industrial amigo à contratar 1 médico para 
diariamente visitar a fábrica. 
9 1833 - “Factory Act” - 1a lei efetiva no campo de proteção ao trabalhador. 
- Aplicava-se a todas as empresas têxteis movidas à vapor ou energia hidráulica. 
- Proibia trabalho noturno aos menores de 18 anos. 
- 12 horas / dia. 
- 69 horas / semana. 
- Fabricas precisam ter escolas → freqüentadas por todos os trabalhadores menores 
que 13 anos. 
- Idade mínima para o trabalho: 9 anos. 
- Um médico devia atestar se o desenvolvimento físico da criança correspondia a 
sua idade cronológica. 
9 1834 - Robert Bauer - nomeado Inspetor Médico da fabricas. 
9 1842 - Industrial James Smith (Escócia) - contrata 1 médico para examinar os menores 
trabalhadores antes de sua admissão ao serviço, examiná-los periodicamente, orientá-los 
em relação a problemas de saúde prevenindo as doenças ocupacionais ou não. Surgia a 
função específica do Médico de Fábrica. 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    12 
 
No Brasil 
9 Século XIX - engenhos de açúcar e café. 
9 1889 - 630 fábricas e 54000 empregados. 
9 1907 - 3200 fábricas - 150000 empregados. (1o Rio de Janeiro, 2 o São Paulo). 
9 1907, 1912, 1917, 1920 - greves por melhores condições de trabalho. 
9 1918 - 1 a lei sobre acidentes no trabalho. DL No 3724 de 15/01/1918. 
9 1919 - Marca a presença dos 1as indústrias Americanas. As greves culminam no código 
sanitário de São Paulo. Lei 13.493 de 05/03/1919 - alterações no DL 3724 
9 1923 - Inspetoria de higiene industrial e profissional - Ministério do Interior e Justiça 
(DL. 16300). 
9 1934 - Inspetoria de higiene e segurança do trabalho - MTIC (Ministério do trabalho, 
indústria e comércio) - 2a lei de acidentes do trabalho. Lei 24.637 de 10/07/1934 - 
alterações no DL 3724. 
9 1941 - Surge a ABPA - Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes 
9 1942 - Divisão de higiene e segurança do trabalho. 
9 1943 - CLT - DL. 5452 de 01/05/43 - capítulo V - higiene e segurança do trabalho. 
- Guerra Mundial influencia na Industrialização (CSN, Petrobrás) 
9 1944 - DL. 7036/ M.T. de 10/11/44 - lei de acidentes - SESI. Revoga a lei 3724 
9 1949 -Standart Oil (fábrica) - cria 1o Serviço de Previdência de Acidentes. 
 
9 Década de 50: 
- II Congresso Pan-americano de Medicina do Trabalho. 
- I Congresso Nacional de CIPAS. 
- 1953 - Portaria 155 - regulamenta CIPAS - Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes. 
9 Década de 60: 
- CONPAT - Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes. 
- 1963 - criada a Fundacentro - subordinada a secretaria de segurança e medicina do 
trabalho do M.T. 
- 1967 - nova lei de acidentes do trabalho. Lei 293 de 28/02/67 revoga o DL 7036 
(1944). Lei 5316 de 14/09/67 - Seguro de acidentes não permanecerá só no campo 
privado. 
- 1968 - Portaria 32 - CIPA’s. 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    13 
9 Década de 70: 
- 1972 - Portaria 3237 - Segurança, higiene e medicina do trabalho. 
- 1975 - Portaria 3460 - Segurança e medicina do trabalho. 
- 1976 - Lei de Acidentes No 6367 de 19/10/76 (DL. 79037 de 24/12/76). Revoga a 
lei 5316. O seguro é feito obrigatoriamente pelo INPS. 
- 1977 - Lei 6514 - revisão do capítulo V, título II da CLT. (DL 5452) 
- 1978 - Lei No 83080 - Substitui e cancela 79037 (24/12/76) 
- 1978 - Regulamentada a Lei 6514 - Portaria 3214 / MTb /78 
 
9 Década de 80: 
- 1983 - Portaria No 6 de 09/03/83 SSMT - MT - Alterações da 3214. Alterações da 
Nrs 1, 2, 3 e 6. 
- 1988 - Portaria No 3067 de 12/04/88 - MT - Aprovação das normas 
regulamentadoras rurais - Segurança e Higiene do trabalho rural (art. 13 da lei 
5889 de 08/06/73). 
 
9 Década de 90: 
 
- 1991 - Lei 8213 - determina que o INSS cobre de empresas culpadas por acidentes 
de trabalho os benefícios pagos aos acidentados. 
- 1992 – Criação da FENATEST – Federação Nacional dos Técnicos de Segurança 
do Trabalho. 
 
9 Anos 2000: 
Criação de normas relativas ao uso das empresas do Perfil Profissiográfico Previdenciário 
(PPP). 
 
 Obs: A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico previdenciário, 
abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do 
contrato de trabalho ou do desligamento do cooperado, cópia autêntica deste documento, sob 
pena da multa prevista no art. 283. Para fins de concessão de benefícios por incapacidade, a 
partir de 01/11/2003, a Perícia Médica do INSS poderá solicitar à empresa o PPP, com vista à 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    14 
fundamentação do reconhecimento técnico do nexo causal e para avaliação de potencial 
laborativo objetivando processo de reabilitação profissional. 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    15 
 
CAPÍTULO 2 – ACIDENTES DE TRABALHO 
 
2.1 – EVOLUÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO 
 Não há notícias sobre a ocorrência de acidentes do trabalho na época em que o trabalho 
era meramente artesanal. De maneira análoga, as informações são mínimas sobre os acidentes 
ocorridos atualmente nas indústrias de artesanato. Isso se verifica pelo fato do artesão pouco 
manusear máquinas, trabalhando basicamente com ferramentas e equipamentos de pequeno 
porte. 
 O mesmo não acontece no sistema industrial, onde predomina a máquina e ferramentas 
de maior porte, onde os acidentes avolumam-se de maneira a preocupar trabalhadores, sindicatos 
e autoridades ligados ao setor trabalhista e previdenciário, e vários segmentos da sociedade. 
 Com o crescimento industrial, a proliferação de estabelecimentos empregatícios trouxe o 
conseqüente aumento dos acidentes. Nos EUA, em 1953, a previsão de acidentes de trabalho por 
dia (média de 18 dias), assim se apresentava: 
 
Operários mortos 62 
Incapacitados permanentemente 350 
Incapacitados temporariamente 7600 
Total 8012 
 Na Itália, só na indústria, ocorria anualmente, em 1976: 
Acidentes (inclusive doenças profissionais) 930000 
Incapacidade permanente 40000 
Total 970000No Brasil, em 1972, a situação não foi melhor: 
Acidentes típicos 1479318 
Doenças do trabalho 2389 
Acidentes de trajeto 23016 
Total 1504723 
 Em 1976, somente no município de Osasco, na grande São Paulo, a situação era a 
seguinte: 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    16 
Empregados 150000 
Acidentes 19732 
Mortes 55 
 
DISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DO TRABALHO – PERFIL NAICONAL EM 1985 
Dados da Revista CIPA numero 106 em 1998 
BRASIL 
Acidentes Típicos 1007864 
Doença Profissional 3981 
Acidentes no Trajeto 63320 
EM SÃO PAULO 
Acidentes Típicos 476902 
Doença Profissional 1822 
Acidentes no Trajeto 24925 
DISTRIBUIÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO – PERFIL 
NACIONAL EM 1985 
BRASIL 
Simples Assistência Médica 152534 
Incapacidade Temporária 904804 
Incapacidade Permanente 27283 
Mortes 4360 
SÃO PAULO 
Simples Assistência Médica 86798 
Incapacidade Temporária 405384 
Incapacidade Permanente 9429 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    17 
Mortes 1234 
No Brasil, em 1980, a situação foi (dados obtidos do Boletim Estatístico de Acidentes do 
Trabalho - BEAT): 
BRASIL 
Acidentes Típicos 1404531 (95,9%) 
Doença Profissional 3713 (0,3%) 
Acidentes no Trajeto 55967 (3,8%) 
SÃO PAULO 
Acidentes Típicos 629182 
Doença Profissional 1899 
Acidentes no Trajeto 23334 
 
Acidentes Segundo a conseqüência para SÃO PAULO 
Simples Assistência Médica 126143 
Incapacidade Temporária 5380143 
Incapacidade Permanente 9146 
Mortes 1231 
 
 
 
 
Evolução dos acidentes do trabalho no Brasil - Acidentes liquidados segundo a conseqüência. 
Tipos 1981 1982 1983 1984 1985 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    18 
Assist. Médica 166.613 140.123 124.134 131.179 152.534 
Incapacid. Temp. 1.108.193 1.042.487 891.963 845.206 904.804 
Incapacid. Perm. 29.921 31.816 30.166 28.628 27.283 
Mortes 4.808 4.496 4.214 4.508 4.360 
Total 1.309.535 1.218.922 1.050.477 1.009.516 1.088.981 
 
 Acidentes registrados segundo a classificação: 
Tipos 1981 1982 1983 1984 1985 
Acidente típico 1.215.539 1.117.832 943.110 901.238 1.007.864 
Doença profissional 3.204 2.766 3.016 3.283 3.981 
Acidente de trajeto 51.722 57.874 56.989 57.074 63.320 
Total 1.270.465 1.178.472 1.003.115 961.575 1.075.165 
 Massa segurada, percentagem de acidentes e custos por acidente: 
Ano Massa 
segurada * 
Acidentes do 
trabalho 
% Custo por 
acidente (CZ$) 
1981 19.761.054 1.270.465 6,43 27,25 
1982 20.057.468 1.178.472 5,88 64,49 
1983 20.258.045 1.003.115 4,95 174,40 
1984 20.260.438 961.575 4,74 694,13 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    19 
1985 20.452.109 1.075.165 5,25 1.763,70 
 * Somente segurados cobertos pela Legislação acidentaria urbana. 
 
ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES DE TRABALHO (1970-1999) 
Ano Trabalhadores Típico Trajeto Doenças Óbitos Total 
1970 7.284.022 1.199.672 14.502 5.937 2.232 1.220.111 
1971 7.553.472 1.308.335 18.138 4.050 2.587 1.330.523 
1972 8.148.987 1.479.318 23.389 2.016 2.854 1.504.723 
1973 10.956.956 1.602.517 28.395 1.784 3.173 1.632.696 
1974 11.537.024 1.756.649 38.273 1.839 3.833 1.796.761 
1975 12.996.796 1.869.689 44.307 2.191 4.001 1.916.187 
1976 14.945.489 1.692.833 48.394 2.598 3.900 1.743.825 
1977 16.589.605 1.562.957 48.780 3.013 4.445 1.614.750 
1978 16.638.799 1.497.934 48.511 5.016 4.342 1.551.461 
1979 17.637.127 1.388.525 52.279 3.823 4.673 1.444.627 
1980 18.686.355 1.404.531 55.967 3.713 4.824 1.464.211 
1981 19.188.536 1.215.539 51.722 3.204 4.808 1.270.465 
1982 19.476.362 1.117.832 57.874 2.766 4.496 1.178.472 
1983 19.671.128 943.110 56.989 3.016 4.214 1.003.115 
1984 19.673.915 901.238 57.054 3.233 4.508 961.525 
1985 21.151.994 1.010.340 63.515 4.006 4.384 1.077.861 
1986 22.163.827 1.129.152 72.693 6.014 4.578 1.207.859 
1987 22.617.787 1.065.912 64.830 6.382 5.738 1.137.124 
1988 23.661.579 926.356 60.202 5.025 4.616 991.583 
1989 24.486.553 825.081 58.524 4.838 4.554 888.443 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    20 
1990 23.198.656 632.012 56.343 5.217 5.355 693.572 
1991 23.004.264 579.362 46.679 6.281 4.527 632.322 
1992 22.272.843 490.916 33.299 8.299 3.516 532.514 
1993 23.165.027 374.167 22.709 15.417 3.110 412.293 
1994 23.667.241 350.210 22.824 15.270 3.129 388.304 
1995 23.755.736 374.700 28.791 20.646 3.967 424.137 
1996 23.838.312 325.870 34.696 34.889 4.488 395.455 
1997 24.140.428 347.482 37.213 36.648 3.469 421.343 
1998 24.491.635 347.738 36.114 30.489 3.793 414.341 
1999 - 319.617 36.716 22.032 3.605 378.365 
Total 546.600.455 30.039.594 1.319.722 269.652 121.719 31.628.968
Fonte: INSS/RIAS/SUB/CAT/DATAPREV. 
 
GRÁFICOS DOS ACIDENTES DE TRABALHO (1970-1999) 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    21 
 
 
Obs: Enquanto o número de acidentes diminui, o número de mortes se mantém constante. 
Possivelmente, esse fato seja devido à possibilidade de não haver registro sobre a ocorrência de 
todos os acidentes, enquanto que a totalidade de mortes, obrigatoriamente, deve ser registrada. 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    22 
DADOS DE ACIDENTES DE TRABALHO NO ANO DE 2000 E 2001 
Quantidade de Acidentes Registrados no Brasil 
Ano Típico Trajeto Doença Óbitos Total 
2000 304.963 39.300 19.605 3.094 363.868 
2001 283.193 38.982 17.470 2.557 339.645 
 Fonte: 
INSS/RIAS/SUB/CAT/DATAPREV. 
 
ACIDENTES DE TRABALHO POR REGIÃO NO BRASIL 
 
Ano 2000 
Local Típico Trajeto Doença Total 
Norte 8.147 1.215 531 9.893 
Nordeste 22.017 3.617 2.417 28.051 
Sudeste 183.100 23.148 11.927 218.175 
Sul 76.541 8.496 3.992 89.029 
Centro-oeste 15.158 2.824 738 18.720 
 Fonte: INSS/RIAS/SUB/CAT/DATAPREV. 
 
 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    23 
Ano 2001 
Local Típico Trajeto Doença Total 
NORTE 8.984 1.322 592 10.898 
NORDESTE 20.751 3.612 2.491 26.854 
SUDESTE 163.843 23.286 10.495 197.624 
SUL 73.298 8.052 3.161 84.511 
CENTRO-
OESTE 
16.317 2.710 731 19.758 
Fonte: INSS/RIAS/SUB/CAT/DATAPREV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    24 
TAXA DE ACIDENTES FATAIS POR 100 MIL TRABALHADORES 
 
a) NACIONAL: 
 
 Fonte: OIT/MPAS 
 
 
 
 
b) INTERNACIONAL: 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    25 
 
 Fonte: OIT/MPAS 
 
COMPARAÇÃO DE TAXAS DE ACIDENTES FATAIS ENTRE PAISES 
Os dados sobre a classificação de países pela taxa acidentes de trabalho fatais não são 
muito confiáveis, pois os dados não são completos. Não se dispõe de dados de países potenciais 
como, por exemplo, a China. Outros tantos, como Índia e Paquistão, possuem dados parciais e ou 
referentes a apenas um tipo de atividade. Comparando-se as tabelas do MPAS com as da ILO, 
nota-se que alguns dados não tem o mesmo valor (Observação retirada do site: 
www.areaseg.com.br). 
 
ILO - International Labour Organization (OIT, em Inglês) 
MPAS – Ministério da Previdência e Assistência Social 
 
País Taxa Ano 
Paquistão 86,00 1996
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    26 
Índia 34,00 1997
El Salvador 33,00 1998
Turquia 29,00 1997
Peru 18,60 1996
Brasil 17,20 2000
Equador 16,80 1994
Tailândia 15,40 1998
Malásia 15,00 1998
Singapura 14,20 1998
México 12,00 1997
Fonte: OIT/MPAS 
Pontos aconsiderar: 
* India - dados relativos à mineração e exploração de pedreiras. 
* Paquistão - dados relativos à mineração e exploração de pedreiras. 
* El Salvador - segundo o site da ILO a taxa é de 36,6 em 1998. 
* Singapura - o site da ILO, não mostra dados de 1998. Mostra 15,6 para 1997. 
* Malasia - o site da ILO, mostra 15,1 para a Malásia em 1998. 
Obs: Para dados mais completos veja http://laborsta.ilo.org, site de estatísticas 
da International Labor Organization (Organização Internacional do Trabalho), 
DADOS DE ACIDENTES DE TRABALHO NA UNESP - CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA 
Alguns dados de acidentes de trabalho ocorridos na faculdade de engenharia, Unesp - 
Campus de Ilha Solteira são também apresentados, os quais foram obtidos nos últimos 16 anos, 
no período entre 1987 a 2003: 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    27 
Total de Lesões que Requereram Assistência Médica ou 1º 
Socorros
62,93%
27,58%
9,49% 1º Socorros
Assistência Médica
Sem Informações
 
 
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
100,00%
19871988198919901991199219931994199519961997199819992000
Período
Acidentes Anuais
Ac. Típico
Ac. Trajeto
 
 
2.2 - ACIDENTE 
 Acidente é um acontecimento infeliz, casual ou não, fortuito, imprevisto, que resulta em 
ferimento, dano, ruína. 
 Acidente do Trabalho: é toda lesão corporal ou perturbação funcional que, no exercício 
ou por motivo de trabalho, resultar de causa externa, súbita, imprevista ou fortuita, determinando 
a morte do empregado ou a sua incapacidade para o trabalho, total ou parcial, permanente ou 
temporária. 
 
 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    28 
2.3 – TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO 
Três são as formas de acidentes: 
1) Acidente típico, 
2) Acidente "in itinere" ou de trajeto, 
3) Doenças profissionais. 
 
Figura 1 - Organograma do Acidente de Trabalho 
 
1) Acidente Típico: é aquele que decorre diretamente do exercício do trabalho, a serviço da 
empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause a morte, 
a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 
2) Acidente "in itinere” ou de trajeto: é aquele que ocorre no trajeto do empregado; é o que 
decorre não de sua prestação laborial, não enquanto trabalha, mas no trajeto de e para o 
trabalho. É o acidente de trabalho indireto. Podem ser: 
a) A viagem do empregado; 
b) No período das refeições ou descanso; 
c) A ação de terceiros, em certos casos. 
a) A viagem pode ser: 
- Em viagem a serviço da empresa, seja qual for ao meio de locomoção 
utilizado, inclusive veiculo de propriedade do empregado. 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    29 
- No percurso da residência para o trabalho ou deste para aquele. 
 
b) No intervalo para refeições podem ocorrer acidentes como intoxicação pela 
alimentação fornecida pelo restaurante do local de trabalho, água contaminada no 
refeitório, queda no refeitório, nas ocasiões de satisfação das necessidades 
fisiológicas no local de trabalho, etc. Além de desabamento, inundação ou incêndio. 
 
c) Nesta categoria incluem-se: 
 
- Sabotagem e terrorismo praticado por terceiros, inclusive companheiros de 
trabalho, 
- Ofensa física intencional, inclusive de terceiros, por motivo de disputa 
relacionada com o trabalho. 
- Ato de imprudência ou negligência de terceiros, inclusive companheiro de 
trabalho 
- Ato de pessoa privada da razão. 
 
3) Doenças Profissionais: são as decorrentes das condições ou excepcionais em que o 
trabalho seja executado, desde que , diretamente relacionada com a atividade exercida, 
cause redução da capacidade para o trabalho 
 
2.4 – CAUSAS DOS ACIDENTES 
A) FALTA DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA, 
 B) RECUSA DO TRABALHADOR EM USAR O EQUIPAMENTO, 
 C) IMPRUDÊNCIA, IMPERÍCIA OU NEGLIGÊNCIA DO TRABALHADOR, 
 D) DEFEITO NOS EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS COM OS QUAIS SE TRABALHA, 
 E) FALTA DE PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS EM SEGURANÇA E MEDICINA 
DO TRABALHO, 
 F) ACIDENTES DE TRÂNSITO, 
 G) FORÇA MAIOR, CASO FORTUITO, 
 H) ÁLCOOL, TABAGISMO E TÓXICOS 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    30 
A) FALTA DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA: 
 De alto custo aquisitivo, nem todos os empregadores sondados mostram simpatia pelos 
equipamentos de proteção (preço e conceituação). Na filosofia destes, somente os empregados 
sob maior risco eventualmente utilizar-se-iam de reduzido número de equipamentos. 
 Nos trabalhadores que labutam a curta distância de uma fonte qualquer de risco, não é 
observada a disponibilidade de equipamentos de segurança, apesar de receberem fagulhas, forte 
calor, odores causadores de mal estar, poeiras, etc. O argumento mais freqüente para não usarem 
os equipamentos, é de que estes trabalhadores não estão expostos a perigo. 
B) RECUSA DO TRABALHADOR EM USAR O EPI: 
 Óculos pesados, máscaras, capacetes, roupas mais espessas que os de uso habitual, 
calçados com reforços, luvas, etc, constituem o equipamento de segurança do trabalhador. No 
corpo seu peso é bem superior ao da indumentária habitual. Alegando desconforto e até mesmo 
perda da agilidade para a execução das tarefas, os trabalhadores mostram-se pouco interessados 
no uso de EPI (conscientização). 
C) IMPRUDÊNCIA, IMPERÍCIA OU NEGLIGÊNCIA DO TRABALHADOR: 
 O simples uso de equipamentos de segurança não resolve o problema, se não forem 
tomados certos cuidados no ambiente de trabalho. O comportamento do trabalhador é fator 
determinante de grande número de acidentes. 
 A imprudência, a negligência e a imperícia, expõem o prestador de serviços a mais de um 
risco de acidente diário. 
 Imprudência é a prática de um ato perigoso, realiza-se uma conduta que a cautela indica 
que não deve ser realizada. A imprudência é positiva, ou seja, o sujeito pratica uma ação. 
 Negligência é a ausência de precaução ou indiferença em relação ao ato realizado. A 
negligência é negativa, ou seja: o sujeito deixa de fazer algo, opondo-se à imprudência. A 
imprudência e a negligência são atitudes antônimas entre si. 
 Imperícia é a falta de aptidão para o exercício de arte ou profissão. É possível que, em 
face da ausência de conhecimento técnico ou prático, causem-se acidentes. 
D) DEFEITO NOS EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS COM OS QUAIS SE TRABALHA: 
 As instalações da empregadora, e os equipamentos (máquinas manuais e fixas, 
ferramentas, etc) de limitada duração, podem apresentar defeitos no momento do uso, 
simplesmente deixar de funcionar, como também apresentar rupturas em seu corpo. Problemas 
que podem até mesmo, causar danos letais aos que estiverem trabalhando com eles no momento. 
 A pouca perícia, a falta de correta manutenção, o desgaste e a má qualidade podem ser 
fatores determinantes deste problema. 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    31 
 
E) FALTA DE PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS EM SEGURANÇA E MEDICINA DO 
TRABALHO: 
 Empregados e empregadores, em seu maior número, são constituídos de pessoas leigas 
em matéria de segurança e medicina do trabalho. Sensível ao problema estabeleceu o legislativo 
no artigo 200 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) - DL. 5452 de 01/03/1943: 
 Art. 200: Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições complementares às 
normas de que trata este capítulo, tendo em vista as peculiaridades de cada setor de trabalho. 
 Atendendo ao disposto na citada norma legal, foi baixada a portaria 3214, de 08 de junho 
de 1978, que estabelece as NRs - Normas Regulamentadoras de segurança e medicina do 
trabalho. São ao todo 28 NRs e atualmente acrescidas das NRRs (NormasRegulamentadoras 
Rurais). A NR-4 alterada pela portaria No 33/83, estabelece: 
 
ANEXO 1 - NR-4 - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do 
Trabalho (SESMT). 
4.1) As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos de administração direta e 
indireta e dos poderes legislativo e judiciário, que possuam empregados regidos pela CLT, 
manterão obrigatoriamente, serviços especializados em Engenharia de Segurança de em 
Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do 
trabalhador no local de trabalho. 
4.2) O dimensionamento dos serviços especializados em engenharia de segurança e em 
medicina do trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total de 
empregados do estabelecimento constantes dos quadros I e II anexos, observados as exceções 
previstas nesta NR. 
 4.2.1 - Para fins de dimensionamento, os canteiros de obras e as frentes de 
trabalho com menos de 1000 empregados e situados no mesmo estado, território ou Distrito 
Federal não são considerados como estabelecimentos, mas como integrantes da empresa de 
engenharia principal responsável, a quem caberá organizar os serviços especializados em 
engenharia de segurança e em medicina do trabalho. 
 4.2.1.1 - Neste caso, os Engenheiros de Segurança do Trabalho, os Médicos do 
Trabalho e os enfermeiros do trabalho poderão ficar centralizados. 
 4.2.2 - As empresas que possuam mais de 50% de seus empregados em 
estabelecimento ou setor com atividade cuja gradação de risco seja de grau superior ao da 
atividade principal deverão dimensionar os SESMT em função do maior grau de risco, 
obedecido o disposto no quadro II desta NR. 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    32 
 4.2.3 - A empresa poderá constituir SESMT centralizado para atender a um 
conjunto de estabelecimentos pertencente a ela, desde que a distância a ser percorrida entre 
aquele em que se situa o serviço e cada um dos demais estabelecimentos não ultrapasse a 5000 
m, dimensionando-o em função do total de empregados e do risco, de acordo com o quadro II 
anexo e o sub-item 4.2.2. 
 4.3.3) O serviço único de engenharia e medicina deverá possuir os profissionais 
especializados previstos no quadro II anexo, sendo permitido aos demais engenheiros e médicos 
exercerem engenharia de segurança e medicina do trabalho, desde que habilitados e registrados 
conforme estabelece a NR-27. 
4.4) Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho 
deverão ser integrados por engenheiro de segurança do trabalho, médico do trabalho, enfermeiro 
do trabalho, técnico de segurança do trabalho e auxiliar do trabalho, obedecido o quadro II. 
 4.4.1 - Para fins desta norma regulamentadora, as empresas obrigadas a constituir 
SESMT, deverão exigir dos profissionais que as integram, comprovação de que satisfazem os 
seguintes requisitos: 
 a) Engenheiro de Segurança do Trabalho: engenheiro ou arquiteto portador de 
certificado de conclusão de curso de especialização em engenharia de segurança do trabalho, em 
nível de pós-graduação. 
 b) Médico do Trabalho: médico portador de certificado de conclusão de curso de 
especialização em medicina do trabalho, em nível de pós-graduação, ou portador de certificado 
de residência médica em área de concentração em saúde do trabalhador ou denominação 
equivalente, reconhecida pela comissão nacional de residência médica, do MEC, ambos 
ministrados por Universidade ou Faculdade que mantenha curso de graduação em Medicina. 
 c) Enfermeiro do Trabalho: enfermeiro portador de certificado de conclusão de 
curso de especialização em enfermagem do trabalho, em nível de pós-graduação, ministrado por 
Universidade ou Faculdade que mantenha curso de graduação em enfermagem. 
 d) Auxiliar de Enfermagem do Trabalho: auxiliar de enfermagem ou técnico de 
enfermagem portador de certificado de conclusão de curso de qualificação de auxiliar de 
enfermagem do trabalho, ministrado por instituição especializada reconhecida e autorizada pelo 
MEC. 
 e) Técnico de Segurança do Trabalho: técnico portador de comprovação de 
registro profissional expedido pelo MEC. 
 4.4.2 - Os profissionais integrantes dos SESMT deverão ser empregados da 
empresa, salvo os casos previstos nos itens 4.14 e 4.15 (referente ao engenheiro e técnico de 
segurança). 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    33 
4.9) O engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o enfermeiro do 
trabalho deverão dedicar, no mínimo, 3 horas (tempo parcial) ou 6 horas (tempo integral) por dia 
para as atividades dos SESMT, de acordo com o estabelecido no quadro II anexo, respeitada a 
Legislação pertinente em vigor. 
 
QUADRO I - GRAU DE RISCO PARA AS ATIVIDADES 
CÓDIGO ATIVIDADES GRAU DE RISCO 
01.11-2 Cultivo de cereais 3 
01.31-7 Cultivo de frutas cítricas 3 
01.41-4 Criação de bovinos 3 
05.11-8 Pesca 3 
10.0 Extração de carvão mineral 4 
11.1 Extração de petróleo e gás natural 4 
13.10-2 Extração de minério de ferro 4 
15.11-3 Abate de reses, preparação de produtos de carne 3 
15.23-7 Produção de sucos de frutas e de legumes 3 
15.32-6 Refino de óleos vegetais 3 
15.41-5 Preparação de leite 3 
15.51-2 Beneficiamento de arroz e fabricação de produtos do arroz 3 
17.21-6 Fiação de algodão 3 
19.31-3 Fabricação de calçados de couro 3 
19.10-0 Curtimento e outras preparações de couro 4 
20.21-4 Fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira 
compensada, prensada ou aglomerada 4 
22.11-0 Edição e impressão de jornais 3 
23.30-2 Elaboração de combustíveis nucleares 4 
24.61-9 Fabricação de inseticidas 3 
26.30-1 Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, 
gesso e estuque 4 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    34 
27.11-1 Produção de laminados planos de aço 4 
28.11-8 Fabricação de estruturas metálicas para edifícios, pontes, 
torres de transmissão, andaimes e outros fins 4 
29.40-8 Fabricação de máquinas-ferramentas 3 
29.71-8 Fabricação de armas de fogo e munições 4 
30.21-0 Fabricação de computadores 3 
31.15-5 Fabricação de motores elétricos 3 
32.10-7 Fabricação de material eletrônico básico 3 
34.20-7 Fabricação de caminhões e ônibus 3 
35.31-9 Construção e montagem de aeronaves 4 
40.10-0 Produção e distribuição de energia elétrica 3 
45.21-7 Edificações (residenciais, industriais, comerciais e de serviços 
- inclusive ampliação e reformas completas 4 
45.25-0 Montagens industriais 4 
45.41-0 Instalações elétricas 3 
64.20-3 Telecomunicações 2 
80.30-0 Educação superior 2 
 
Em seus itens, a NR-4 regulamenta o serviço destes profissionais, suas relações com o 
empregador e empregados. O objetivo desse profissional é levar ao trabalhador os 
conhecimentos necessários a prevenção de acidentes. 
 Nem sempre, porém estas empresas mantêm estes serviços especializados na prevenção 
de acidentes, o que acaba redundando em total ignorância das normas de segurança. A falta 
desses profissionais no mercado de trabalho, segundo alegam, acarreta a inobservância destas 
normas e os benefícios. 
 É difícil o contato direto do engenheiro com todos os trabalhadores. Ciente disto, o 
legislativo que editou a CLT e a portaria 3214/78, determina o seguinte: 
 
 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    35 
ANEXO 2 - NR-5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA 
5.1) As empresas privadas e públicas e os órgãos governamentais que possuam 
empregados regidos pela CLT ficam obrigados a organizar e manter em funcionamento, por 
estabelecimento, uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA. 
5.2) A CIPA tem comoobjetivo observar e relatar condições de risco nos ambientes de 
trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os 
mesmos, discutir os acidentes ocorridos, encaminhando aos SESMT e empregador o resultado da 
discussão, solicitando medidas que previnam acidentes semelhantes e, ainda, orientar os demais 
trabalhadores quanto a prevenção de acidentes. 
5.3) A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados de 
acordo com as proporções mínimas estabelecidas no quadro I desta NR ou com aqueles 
estipulados em outras NRs. 
 5.3.1 - A composição da CIPA deverá obedecer a critérios que permitam estar 
representada a maior parte dos setores do estabelecimento, não devendo faltar em qualquer 
hipótese, a representação dos setores que ofereçam maior risco ou que apresentem maior número 
de acidentes. 
 5.3.4 - Os membros titulares da CIPA, designados pelo empregador, não poderão 
ser reconduzidos para mais de dois mandatos consecutivos. 
5.4) Organizada a CIPA, a mesma deverá ser registrada no órgão regional do Ministério 
do Trabalho - MTb, até 10 (dez) dias após a eleição. 
 
QUADRO II – DIMENSIONAMENTO DOS SESMT 
 Numero de Empregados no Estabelecimento 
Grau 
de 
Risco 
Técnicos 
50 
a 
100 
101 
a 
250 
251 
a 
500 
501 a 
1000 
1001 
a 
2000 
2001 
a 
3500 
3501 
a 
5000 
>5000 p/ cada grupo de 
4000 ou fração acima de 
2000 ** 
Tec. Seg. 
Trab. 
 1 1 1 2 1 
Eng. Seg. 
Trab. 
 1* 1 1* 
Aux. Enf. 
Trab. 
 1 1 1 
Enf. Trab. 1* 
1 
Médico Trab 1* 1* 1 1* 
2 Tec. Seg. 
Trab. 
 1 1 2 5 1 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    36 
Eng. Seg. 
Trab. 
 1* 1 1 1* 
Aux. Enf. 
Trab. 
 1 1 1 1 
Enf. Trab. 1 
Médico Trab 1* 1* 1 1 
Tec. Seg. 
Trab. 
 1 2 3 4 6 8 3 
Eng. Seg. 
Trab. 
 1* 1 1 2 1 
Aux. Enf. 
Trab. 
 1 2 1 1 
Enf. Trab. 1 
3 
Médico Trab 1* 1 1 3 1 
Tec. Seg. 
Trab. 
1 2 3 4 5 8 10 3 
Eng. Seg. 
Trab. 
 1* 1* 1 1 2 3 1 
Aux. Enf. 
Trab. 
 1 1 2 1 1 
Enf. Trab. 1 
4 
Médico Trab 1* 1* 1 1 2 3 1 
 * Tempo parcial (mínimo de 3 horas). 
 
** O dimensionamento total deverá ser feito levando-se em consideração o dimensionamento da 
faixa de 3501 a 5000 mais o dimensionamento do(s) grupo(s) de 4000 ou fração de 2000. 
 
OBS.: Hospitais, ambulatórios, maternidades, casas de saúde e repouso, clínicas e 
estabelecimentos similares com mais de 500 empregados deverão contratar um enfermeiro do 
trabalho em tempo integral. 
 
5.4.1 - O registro da CIPA será feito mediante requerimento ao Delegado 
Regional do Trabalho ou Delegado do Trabalho Marítimo, acompanhado de cópia dos 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    37 
atos da eleição e da instalação e posse, contendo o calendário anual das reuniões 
ordinárias da CIPA, constando dia, mês, hora e local de realização dos mesmos. 
5.5) Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutíneo 
secreto. 
 5.5.6 - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, 
permitida uma reeleição 
 
 A CIPA terá as seguintes atribuições: 
e) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, a SIPAT - Semana Interna 
de Prevenção de Acidentes do Trabalho, 
o) elaborar, ouvidos os trabalhadores de todos os setores do estabelecimento, o 
mapa de riscos, o qual deverá ser refeito a cada gestão da CIPA. 
5.27) Os membros titulares da CIPA representantes dos empregados não poderão sofrer 
despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico 
econômico ou financeiro. 
 5.27.1 - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em casos de reclamação à Justiça 
do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados no item 5.27, sob 
pena de ser condenado a reintegrar o empregado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    38 
DIMENSIONAMENTO DA CIPA 
QUADRO I 
 
 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    39 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    40 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    41 
 
OBS.: Os membros efetivos e suplentes terão representantes dos Empregadores e Empregados. 
* As atividades econômicas integrantes dos grupos estão especificadas por CNAE nos 
QUADROS II e III. 
* Nos grupos C-18 e C-18a constituir CIPA por estabelecimento a partir de 70 trabalhadores e 
quando o estabelecimento possuir menos de 70 trabalhadores observar o dimensionamento 
descrito na NR 18 - subitem 18.33.1. 
 
QUADRO II 
Agrupamento de setores econômicos pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas - 
CNAE, para dimensionamento de CIPA 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    42 
 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    43 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUADRO III 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    45 
Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE, com correspondente 
agrupamento para dimensionamento de CIPA 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    46 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    47 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    48 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    49 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    50 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    51 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    52 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    53 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    54 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    55 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    56 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    57 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    58 
 
ANEXO 3 - NR - 05 - MAPA DE RISCOS 
Mapa de Risco: é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de 
trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças 
ocupacionais. Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho 
(materiais, máquinas, ferramentas, instalações, suprimentos, e espaços de trabalho) e a forma de 
organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, gestão e planejamento de trabalho, 
postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.) 
O mapa de risco é estabelecido na Portaria 3214 de 08 de Julho de 1978, através do ANEXO IV 
da NR – 5 - MAPA DE RISCOS. 
1) O mapa de riscos tem como objetivos: 
a) Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e 
saúde no trabalho da empresa. 
b) Possibilitar, durante a sua elaboração a troca e divulgação de informações entre os 
trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção. 
2) Etapas de elaboração do mapa de risco: 
a) Conhecer o processo de trabalho no local analisado: 
    ‐ Os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamento profissionais e de segurança 
e saúde, jornada; 
    ‐ Os instrumentos e materiais de trabalho; 
    ‐ As atividades exercidas;‐ O ambiente. 
b) Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação da tabela I; 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    59 
c) Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia: 
    ‐ Medidas de proteção coletiva; 
    ‐ Medidas de organização do trabalho; 
    ‐ Medidas de proteção individual; 
    ‐  Medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, 
bebedouro, refeitório, área de lazer. 
d) Identificar os indicadores de saúde: 
    ‐ Queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos 
riscos; 
    ‐ Acidentes de trabalho ocorridos; 
    ‐ Doenças profissionais diagnosticadas; 
    ‐ Causas mais freqüentes de ausência ao trabalho. 
e) Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local; 
f) Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de círculo: 
    ‐ O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada na tabela I; 
    ‐ O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do 
círculo; 
    ‐  A especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido 
clorídrico; ou ergonômico - repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada também dento 
do círculo; 
    ‐ A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve 
ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos. 
3) Depois de discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá 
ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os 
trabalhadores. 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    60 
4) No caso das empresas da indústria da construção, o Mapa de Risco do estabelecimento deverá 
ser realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que um fato novo e 
superveniente, modificar a situação de riscos estabelecida. 
CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS. 
Grupo 1 
Verde 
Grupo 2 
Vermelho 
Grupo 3 
Marrom 
Grupo 4 
Amarelo 
Grupo 5 
Azul 
Riscos Físicos Riscos Químicos Riscos 
Biológicos 
Riscos Ergonômicos Riscos de 
acidentes 
Ruídos 
Vibrações 
Radiações 
ionizantes 
Radiações não 
ionizantes 
Frio 
Calor 
Pressões 
anormais 
Umidade 
Poeiras 
Fumos 
Névoas 
Neblinas 
Gases 
Vapores 
Substâncias, 
compostos ou 
produtos 
químicos em 
geral 
Vírus 
Bactérias 
Protozoários 
Fungos 
Parasitas 
Bacilos 
Esforço físico intenso 
Levantamento e 
transporte manual de 
peso 
Exigência de postura 
inadequada 
Controle rígido de 
produtividade 
Imposição de ritmos 
excessivos 
Trabalho em turno e 
noturno 
Jornadas de trabalho 
prolongadas 
Monotonia e 
repetitividade 
Outras situações 
causadoras de 
"Stress" físico e/ou 
psíquico 
Arranjo físico 
inadequado 
Máquinas e 
equipamentos 
sem proteção 
Ferramentas 
inadequadas ou 
defeituosas 
Iluminação 
inadequada 
Eletricidade 
Probabilidade de 
incêndio ou 
explosão 
Armazenamento 
inadequado 
Animais 
peçonhentos 
Outras situações 
de risco que 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    61 
poderão 
contribuir para a 
ocorrência de 
acidentes 
 
MAPAS DE RISCO IDEALIZADOS AO LONGO DO CURSO DE FUNDAMENTOS DE 
ENGENHARIA DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO 
Na seqüência são apresentados alguns exemplos de mapas de risco, confeccionados pelos 
alunos do curso de engenharia de segurança e medicina do trabalho, ao longo do curso 
ministrado na Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, disciplina obrigatória do curso de 
engenharia mecânica. Em particular, é apresentado o mapa de risco da Oficina Mecânica, 
englobando também a área de Soldagem, o Almoxarifado e a sala dos técnicos, todos estes 
setores instalados no bloco M-1, do Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de 
Engenharia de Ilha Solteira – FEIS. 
MAPA DE RISCO DA OFICINA MECÂNICA 
Objetivos 
 O presente trabalho tem por objetivo o levantamento de um mapa de riscos da Oficina 
Mecânica, englobando também a área de Soldagem, o Almoxarifado e a sala dos técnicos, todos 
estes instalados no bloco M-1 do Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de 
Engenharia de Ilha Solteira – FEIS. 
Descrição das atividades 
 No local citado acima são desenvolvidas atividades de ensino, bem como serviços de 
usinagem, montagem de equipamentos, soldagem, entre outras. 
Área da Oficina 
 
Descrição dos riscos 
 Riscos Físicos 
Ruídos: Lixadeiras, Tornos, Retificadora manual, Guilhotina, Furadeiras, Plainas, Fresadoras. 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    62 
Calor: Devido ao ambiente possuir pouca ventilação natural. 
Radiações não ionizantes: Solda elétrica, fornos, soldas de oxiacetileno. 
 Riscos Químicos 
Em solventes: Hidrocarbonetos alifáticos e destilados de petróleo; 
Em Thinner: Ésteres, cetona, hidrocarbonetos, glicoéteres; 
Em graxas: Óleos minerais, sabão de lítio; 
Em aditivos: Antiferrugem, anticorrosivo, antioxidante; 
Gasolina, álcool, Diesel, óleo lubrificante. 
 Riscos Ergonômicos 
Levantamento de peso (eventualmente); 
Serviços com postura inadequada (eventualmente). 
 
 Riscos de acidentes 
Arranjo físico inadequado (na área de Soldagem); 
Iluminação inadequada; 
Manuseio de produtos químicos e trabalhos com soldagem. 
 
Profissionais que atuam na seção 
Darci Alves Ribeiro 
 Edvaldo Silva de Araújo 
 Ronaldo Mascoli 
Equipamentos de proteção utilizados 
 A seguir são listados os equipamentos de proteção (individual e coletiva) que devem ser 
utilizados por questão de segurança: 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    63 
Óculos; 
Aventais de amianto; 
Luvas de amianto; 
Perneiras; 
Mangotes; 
Protetor auricular; 
Máscara respiratória; 
Ventiladores. 
Características do ambiente 
9 Janelas com pouca ventilação natural; 
9 Ventiladores suficientes; 
9 Iluminação Insuficiente; 
9 Mobiliário e equipamentos em bom estado de conservação. 
 
Área de Soldagem 
Instrumentos e materiais utilizados 
Máquinas de solda convencional, Tig e Oxiacetileno; 
Equipamento poli-corte e esmeril; 
Armário para guardar os EPIs; 
Equipamentos de proteção coletiva (ventiladores e exaustores). 
 
Atividades exercidas 
Soldagem; 
Pinturas. 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    64 
 
Características do ambiente 
Exaustores; 
Ventiladores; 
Iluminação insuficiente; 
Janelas; 
Arranjo físico inadequado. 
 
Riscos Físicos 
Radiações não-ionizantes (solda elétrica, solda de oxiacetileno). 
 
Riscos Químicos 
Solventes; 
Thinner; 
Graxas; 
Aditivos. 
 
Riscos Ergonômicos 
Levantamento e transporte de peso. 
 
Equipamentos de proteção individual fornecidos 
Máscaras para soldagem; 
Óculos; 
Protetor auricular; 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    65 
Luvas: 
Aventais; 
Máscaras respiratórias. 
 
Almoxarifado 
Atividades exercidas 
Armazenagem de materiais (metálicos e não metálicos), caixas de eletrodos, varetas de 
solda, latas de graxa, compressores, entre outros. 
 
Características do Ambiente 
Iluminação inadequada; 
Ventilação precária; 
Arranjo físico inadequado; 
Entrada inadequada para a matéria-prima; 
Limpeza precária; 
Mobiliário precário. 
 
Riscos Físicos 
Calor; 
Ruído proveniente da sala ao lado (oficina). 
 
Riscos Químicos 
Tintas;Solventes; 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    66 
Gasolina; 
Óleos; 
Poeira; 
Graxa. 
 
Riscos Ergonômicos 
Manuseio de materiais pesados (barras, chapas e trilhos de aço, entre outros). 
Riscos de Acidentes 
Materiais cortantes; 
Iluminação inadequada. 
Equipamentos de proteção individual fornecidos 
Luvas; 
Aventais; 
Máscara respiratória. 
 
Sala dos Técnicos 
Instrumentos e materiais utilizados 
Régua; 
Esquadro; 
Paquímetro. 
Atividades exercidas 
Preparo das aulas; 
Projetos; 
Controle da saída e entrada de materiais. 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    67 
Uso de computador 
Características do Ambiente 
Janelas com pouca ventilação; 
Iluminação insuficiente; 
Ar condicionado. 
Riscos Ergonômicos 
Iluminação insuficiente. 
 
 Sugestões de melhora do prédio M-1 (oficina mecânica) 
Melhorar a iluminação em geral, tanto do setor de trabalho, bem como iluminação 
localizada; 
Melhoria da ventilação: ventiladores, exaustores e natural; 
Construir um banheiro para os funcionários no local de trabalho, pois o que é utilizado 
fica localizado fora do setor; 
Colocar em local visível uma caixa de primeiros socorros. 
 
Descrição dos riscos 
Área da Oficina 
 Riscos Físicos 
Ruídos: Lixadeiras, Tornos, Retificadora manual, Guilhotina, Furadeiras, Plainas, 
Fresadoras. 
Calor: Devido ao ambiente possuir pouca ventilação natural. 
Radiações não ionizantes: Solda elétrica, fornos, soldas de oxiacetileno. 
 Riscos Químicos 
Em solventes: Hidrocarbonetos alifáticos e destilados de petróleo; 
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Em Thinner: Ésteres, cetona, hidrocarbonetos, glicoéteres; 
Em graxas: Óleos minerais, sabão de lítio; 
Em aditivos: Antiferrugem, anticorrosivo, antioxidante; 
Gasolina, álcool, Diesel, óleo lubrificante. 
 
Riscos Ergonômicos 
Levantamento de peso (eventualmente); 
Serviços com postura inadequada (eventualmente). 
 
Riscos de acidentes 
Arranjo físico inadequado (na área de Soldagem); 
Iluminação inadequada; 
Manuseio de produtos químicos e trabalhos com soldagem. 
 
Área de Soldagem 
Riscos Físicos 
Radiações não-ionizantes (solda elétrica, solda de oxiacetileno). 
 
Riscos Químicos 
Solventes; 
Thinner; 
Graxas; 
Aditivos. 
 
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Riscos Ergonômicos 
Levantamento e transporte de peso 
 
Almoxarifado 
Riscos Físicos 
Calor; 
Ruído proveniente da sala ao lado (oficina). 
 
Riscos Químicos 
Tintas; 
Solventes; 
Gasolina; 
Óleos; 
Poeira; 
Graxa. 
 
Riscos Ergonômicos 
Manuseio de materiais pesados (barras, chapas e trilhos de aço, entre outros). 
Riscos de Acidentes 
Materiais cortantes; 
Iluminação inadequada 
 
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F) ACIDENTES DE TRÂNSITO: 
 Os acidentes ocorridos com veículos automotivos podem ser colocados entre os de maior 
número de acidentes de trajeto. 
 
 TABELA I - CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS. 
Grupo 1 
Verde 
Grupo 2 
Vermelho 
Grupo 3 
Marrom 
Grupo 4 
Amarelo 
Grupo 5 
Azul 
Riscos Físicos Riscos 
Químicos 
Riscos 
Biológicos 
Riscos Ergonômicos Riscos de acidentes 
• Ruídos 
• Vibrações 
• Radiações 
ionizantes 
• Radiações não 
ionizantes 
• Frio 
• Calor 
• Pressões 
anormais 
• Umidade 
• Poeiras 
• Fumos 
• Névoas 
• Neblinas 
• Gases 
• Vapores 
• Substâncias, 
compostos ou 
produtos 
químicos em 
geral 
• Vírus 
• Bactérias 
• Protozoários 
• Fungos 
• Parasitas 
• Bacilos 
• Esforço físico 
intenso 
• Levantamento e 
transporte manual de 
peso 
• Exigência de postura 
inadequada 
• Controle rígido de 
produtividade 
• Imposição de ritmos 
excessivos 
• Trabalho em turno e 
noturno 
• Jornadas de trabalho 
prolongadas 
• Monotonia e 
repetitividade 
• Outras situações 
causadoras de 
"Stress" físico e/ou 
psíquico 
• Arranjo físico 
inadequado 
• Máquinas e 
equipamentos sem 
proteção 
• Ferramentas 
inadequadas ou 
defeituosas 
• Iluminação 
inadequada 
• Eletricidade 
• Probabilidade de 
incêndio ou explosão 
• Armazenamento 
inadequado 
• Animais peçonhentos
• Outras situações de 
risco que poderão 
contribuir para a 
ocorrência de 
acidentes 
 
Curso de direção defensiva: 
- Foi desenvolvido nos EUA pela National Safety Council 
- Foi trazido para o Brasil em 1971 pelo SENAI. 
- Objetiva o aperfeiçoamento profissional do motorista 
 
Direção Defensiva: é dirigir de modo que se evitem acidentes, apesar das ações incorretas de 
terceiros e condições adversas. 
 
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G) FORÇA MAIOR, CASO FORTUITO: 
 Força maior: é o fato que não provém da essência da exploração, mas se forma fora dela; 
é um agente material ou humano irrompendo de fora para provocar o acidente. 
 Caso fortuito: é fator proveniente das próprias condições da exploração, ao que 
acrescentaremos o fator humano, não intelectual, quer por parte do patrão, quer dos operários. 
 São fatores externos ao trabalhador com os quais ele não contribui, mas acaba vítima no 
acidente. 
 
H) ÁLCOOL, TABAGISMO E TÓXICOS: 
 Embriaguez: é a intoxicação aguda e transitória causada pelo álcool, cujos efeitos podem 
progredir de uma ligeira excitação inicial, até ao estado de paralisia e coma. 
 Fases da embriaguez: 
a) Excitação (euforia, loquacidade, diminuição da capacidade de autocrítica), 
b) Depressão (confusão mental, falta de coordenação motora, irritabilidade, disartria - 
dificuldade de articulação das palavras devido a perturbação do sistema nervoso central (centro 
nervoso)), 
c) Sono (o ébrio cai e dorme, havendo anestesia e relaxamento dos esfíncteres, 
culminando com o estado de coma). 
 A embriaguez pode ser: 
• Completa: correspondente a segunda e terceira fase, 
• Incompleta: correspondente a 1a fase. 
Tendo em vista o elemento subjetivo do agente em relação à embriaguez, esta pode ser: 
- Caso fortuito, 
- Força maior. 
 
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
    73 
 
Figura 2 – Embriaguez 
Despojado da plenitude de sua capacidade de raciocínio, o embriagado expõe-se aos 
riscos com menos responsabilidade que o habitual. De reflexos mais acelerados, porém menos 
sensível, o etilizado nem sempre reage com as devidas cautelas. 
 Não só a embriaguez no serviço é prejudicial, a habitual pode levar o ébrio a gradativa 
perturbação de seu equilíbrio físico e mental, de forma a expô-lo aos perigos de seu ambiente de 
trabalho, mesmo que jamais tenha se apresentado embriagado em serviço. 
 Sensível aos problemas do álcool no organismo humano, a legislação trabalhista cuidou 
do ébrio através da CLT: 
 Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: 
™ Embriaguez habitual ou em serviço. 
 Além dos problemas no trabalho, o álcool afeta o fígado e o cérebro. 
™ Tabagismo(fumo): o tabagismo, pouco atacado, proibido em coletivos interurbanos no 
Estado de São Paulo (lei Estadual 110), porém pouco praticada, merece mais atenção. 
 O tabaco no pulmão do trabalhador contribui para acentuar os problemas oriundos de 
poeiras e outros agentes que atacam os pulmões, contribuindo para a evolução da doença, 
antecipando os seus efeitos maléficos sobre o trabalhador. 
™ Tóxicos: os entorpecentes, de comércio e consumo proibidos por lei, atuando de

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