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Princípios do Contrato

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CONTRATO 
 
O contrato é um negócio jurídico (natureza jurídica), regulamentador de interesses 
privados, reconhecido pelo ordenamento jurídico, visando criar, modificar ou 
extinguir obrigações. 
A coincidência de vontades há de realizar-se sobre os pontos essenciais ou 
decisivos para a formação do contrato. 
OBS:Sempre que houver desacordo, o contrato não nasce, será inexistente. 
 
Foi somente no Direito Canônico que o contrato se firmou, assegurando à vontade 
humana a possibilidade de criar direitos e obrigações. 
 
Contrato é o negócio jurídico formado pela convergência de vontades contrapostas 
(consentimento). 
Instrumento Contratual é a documentação do negócio. É sua expressão escrita, 
composta por cláusulas contratuais e, às vezes, anexos. Compõe-se de duas 
partes: 
Preâmbulo é sua parte introdutória. Contém a qualificação das partes, a descrição 
do objeto, e, por vezes, anunciam-se as razões ou justificativas do contrato. 
O Contexto contém as disposições do contrato, ou seja, as cláusulas contratuais. 
(não há limitação na quantidade de cláusulas contratuais) 
 
PRINCÍPIOS 
 
1- PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE OU CONSENSUALISMO 
A liberdade é um bem da vida. Ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar de 
fazer senão em virtude da lei. 
O contrato importa limitação da liberdade individual e como relação jurídica, impele 
as partes ao cumprimento do dever assumido, cerceando o “ser” pelo imperativo 
maior do “dever ser” assumido pelo pacto. 
Desse modo, é princípio basilar do direito contratual a “liberdade de contratar”, 
conhecida como autonomia da vontade ou consensualismo. 
Essa autonomia decorre: 
da liberdade de contratar ou não contratar; 
pela liberdade de escolha com quem contratar e, por fim, 
pela liberdade de fixar o conteúdo do contrato. 
 
Existem exceções a estas liberdades, por exemplo: 
Liberdade de contratar ou não contratar: contratação obrigatória de alguns 
seguros; 
Liberdade de escolha com quem contratar: vedação ao monopólio; 
Liberdade de fixar o conteúdo do contrato: contrato individual de emprego – 
conteúdo mínimo estabelecido na CF/88 e CLT. 
 
2-PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE E O CONTRATO DE ADESÃO 
O sistema impõe tratamento dissimilar nos contratos de adesão, cuja exegese, na 
dúvida, deverá favorecer o aderente. Isto porque se parte da idéia da posição de 
inferioridade deste, por não ter ele acesso à formulação das cláusulas. 
Art. 423, CC: quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou 
contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente. 
A mesma regra encontra-se no art. 47 do Código de Proteção e Defesa do 
Consumidor. 
 
3-PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA 
De nada valeria contratar livremente, se não houvesse a possibilidade do 
cumprimento da vontade manifestada no contrato; se o contrato não tivesse força 
obrigatória. o contrato é lei entre as partes. 
Celebrado com a observância dos pressupostos e requisitos necessários à sua 
validade, deve ser executado pelas partes como se suas cláusulas fossem 
preceitos legais imperativos. 
Este princípio não está expresso em nosso sistema positivo. 
OBS: SOMENTE APLICA ESTA FORÇA SE OBSERVAR TDOS OS PRINCIPIOS 
 
4-PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA 
Prescreve o art. 187, CC que: "também comete ato ilícito o titular de um direito 
que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim 
econômico e social, pela boa-fé ou pelos bons costumes". 
Para a incidência desse dispositivo, é necessário que além de o contratante 
exceder os limites impostos pela boa-fé - o que será aferido pelo juiz no caso 
concreto - que tal conduta cause prejuízo ao outro contratante, a terceiros ou até 
mesmo a toda a coletividade. 
OBS:QUANDO ESTIVER FALANDO DE BOA FE NO SENTIDO CONTRATUAL 
ESTOU ANALISANDO A BOA FÉ OBJETIVA .OBJETIVA èE O PRINCIPIO 
SUBJETIVAèCOMPORTAMENTO. 
Assim, o exercício dos direitos previstos contratualmente pelas partes deve levar 
em conta seus fins econômicos e sociais, bem como a boa-fé e os bons costumes, 
sob pena de ser reputado ilícito e acarretar ao seu titular o dever de indenizar os 
prejuízos causados ao outro contratante de forma objetiva. 
Ainda, a boa-fé objetiva pode atingir diretamente o componente obrigacional, seja 
para ampliar-lhe o conteúdo, seja para minorá-lo. 
No caso da redução da amplitude obrigacional, temos quatro institutos: 
 
Supressioè consiste na redução do conteúdo obrigacional pela inércia de uma das 
partes em exercer direito ou faculdades, gerando na outra legítima expectativa. A 
faculdade ou direito consta efetivamente do pacto, todavia, a inércia qualificada de 
uma das partes gera na outra a expectativa legítima (diante das circunstâncias) de 
que a faculdade ou direito não será exercido. Advém, daí a supressão de direito ou 
faculdade ou a redução de seu alcance. 
 
Surrectioè ao contrário da supressio, representa uma ampliação do conteúdo 
obrigacional. Aqui, a atitude de uma das partes gera na outra a expectativa de 
direito ou faculdade não pactuada. 
 
Venire contra factum proprium è Nesta hipótese, o contratante assume um 
determinado comportamento o qual é posteriormente contrariado por outro 
comportamento seu. A locução ‘venire contra factum proprium’ traduz o exercício 
de uma posição jurídica em contradição com o comportamento assumido 
anteriormente pelo exercente. Vale ressaltar que ambos os atos devem ser lícitos, 
pois se a mudança de posicionamento do contratante implicar em ato ilícito, o 
fundamento da revisão será outro, ou seja, o abuso de direito, que se constitui em 
fato ilícito. 
 
Tu quoque è A locução significa "tu também" e representa as situações nas quais 
a parte vem a exigir algo que também foi por ela descumprido ou negligenciado. 
Em síntese, a parte não pode exigir de outrem comportamento que ela própria não 
observou. OBS:se eu não cumpri a obrigação bilateral eu não posso cobrar. 
BOA-FÉ OBJETIVA DEVERES ANEXOS OU LATERAIS 
Dever de lealdade e cooperação è Cumpre as partes cooperarem na busca da 
validade e eficácia da relação negocial, cientes de que é a manutenção da avença 
que melhor atende aos seus interesses. As partes devem auxílio mútuo para que a 
o contrato atinja sua finalidade, ainda que, eventualmente, tenham um, ou mesmo 
os dois lados, de ceder, de fazer concessões tendo em mira a razoabilidade e a 
proporcionalidade. 
Dever de proteção e cuidadoè O dever de proteção e cuidado dirige-se 
imediatamente ao objeto da prestação, mas a ele não se limita, incidindo também 
em relação aos próprios contratantes. 
Dever de informação ou esclarecimentoè A informação a respeito do objeto da 
prestação ou da forma como esta se executará é elemento imprescindível para 
que o contratante possa fiscalizar o cumprimento da avença. Pode ser invocado 
ainda que a hipótese não se amolde ao artigo 147, CC: Art. 186, verbis: "Aquele 
que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e 
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". Art. 
927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica 
obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único: [...] 
OBS:Se eu vendo uma TV q so pega digital e eu não aviso ela poderá reincidir o 
contrato. 
 
5-PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS 
No Código Civil, busca-se tutelar o objeto da contratação em seu aspecto 
individual e social, prevalecendo este último no caso de divergência. 
A autonomia privada se relativizou, subordinando-se a valores maiores, os 
sociais.Vinculou-se o princípio da autonomia da vontade à exigência teleológica do 
cumprimentoda função social pelo contrato, sem desprezar a sua 
instrumentalidade de regulação privada do comportamento dos 
Assim, partindo do contrato como instrumento de movimentação da ordem 
econômica, este também está submetido aos ditames de justiça social, e por 
consequência, possui uma função social a ser atendida. 
Também nos contratos, deve-se conciliar dois princípios constitucionais, quais 
sejam a dignidade da pessoa humana (art 1º, inc. III) e o princípio da livre iniciativa 
(art. 170, caput). 
 
Níveis da função social: 
Intrínsecoèo contrato visto como relação jurídica entre as partes negociais, 
impondo-se o respeito à lealdade negocial e a boa-fé objetiva, buscando-se uma 
equivalência material entre os contratantes; 
Extrínsecoè o contrato em face da coletividade, ou seja, visto sob o aspecto 
eficacial na sociedade em que fora celebrado. 
Função Social do Contrato no CC:Art. 421. 
CRITERIO 
finalístico ou teleológicoèverifica-se que toda a atividade negocial encontra sua 
razão de ser, o seu escopo existencial, na sua função social. 
limitativo èprevê que a liberdade negocial deverá encontrar justo limite no interesse 
social e nos valores superiores de dignificação da pessoa humana. Qualquer 
avanço além deste limite poderá caracterizar abuso, judicialmente atacável 
 
6-PRINCÍPIO DA EQUIVALÊNCIA MATERIAL 
Este princípio busca realizar e preservar o equilíbrio real de direitos e deveres nos 
contrato, antes, durante e após sua execução, para harmonização dos interesses. 
Busca a preservação da equação e o justo equilíbrio contratual, seja para manter a 
proporcionalidade inicial dos direitos e obrigações, seja para corrigir os 
desequilíbrios supervenientes, pouco importando que as mudanças sejam 
previsíveis. 
Alguns autores entendem que este princípio é um desdobramento da função social 
do contrato e da boa-fé objetiva. 
 
7-PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE DOS EFEITOS DO CONTRATO 
Preconiza que o acordo de vontades vale entre as partes contratantes, não 
beneficiando, nem prejudicando terceiros que dele não participaram. 
O elemento central para a construção do princípio é quanto aos efeitos internos do 
contrato, isto é, os direitos e obrigações dos contratantes, somente a eles se 
limitam, reduzem-se e circunscrevem-se. Sua eficácia interna é relativa às pessoas 
intervenientes em sua formação e quanto ao objeto pactuado. 
Dessa maneira, o contrato não pode ir além do objeto pactuado ou atingir pessoas 
estranhas aos contratantes, salvo as exceções legalmente permitidas. 
Não obstante, aludido princípio sofre algumas exceções, dado os efeitos externos 
de alguns contratos que atingem terceiros que deles não participaram. 
Dentre elas, as estipulações em favor de terceiros (ex.: beneficiário do contrato de 
seguro, que embora não participe do contrato será por ele beneficiado); contrato 
de locação que estabelece a vigência mesmo em caso de alienação (o adquirente 
do imóvel, terceiro em relação ao contrato, terá que respeitar a locação celebrada), 
etc. 
 
NEGOCIAÇÕES PRELIMINARESè São tratativas que antecedem à formação do 
contrato e que têm por finalidade debater as condições e conveniência da 
contratação. 
Nelas, os interessados tomam conhecimento do conteúdo e extensão do vínculo, 
bem como das circunstâncias e viabilidade do negócio jurídico. 
 
Obs:Negociação não é um contrato. Não têm força vinculante. Se em decorrência 
delas, uma das partes obrigar a outra a efetuar despesas na expectativa da futura 
contratação e, posteriormente, sem aparente razão, encerrar a contratação, a 
pessoa lesada terá direito a pedir indenização, fundamentando seu pedido na 
responsabilidade pré-contratual. 
 
PROPOSTAè Conforme assevera Orlando Gomes, a proposta é a declaração de 
vontade dirigida a pessoa a qual se quer contratar. A proposta deve ser séria, 
objetiva e conter todos os aspectos essenciais do negócio jurídico que se quer 
realizar. 
Como toda declaração unilateral da vontade, obriga o proponente, se o contrário 
não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do 
caso. (art. 427) 
Causas excludentes da obrigatoriedade da proposta (art. 428): 
 
Proposta e AceitaçãoèA declaração inicial da vontade dirigida a uma pessoa, com 
intuito de formar o contrato, é chamada de proposta ou oferta. A parte que a emite 
é chamada de proponente ou policitante. A outra declaração, que sucede à 
proposta e concorda com a formação do contrato é chamada de aceitação. A parte 
que a exprime é chamada de aceitante ou oblato. 
Como a proposta é declaração receptícia da vontade, começa a obrigar a partir do 
momento que o oblato toma conhecimento da policitação. 
Não se exige que seja um conhecimento efetivo, mas, pelo menos, potencial. Art. 
429. 
ACEITAÇÃOè A aceitação é a concordância a uma proposta de contrato e 
exterioriza-se com simples “sim” ou “de acordo”. Deve haver total concordância do 
aceitante com a proposta elaborada pelo policitante para formar o contrato. O 
dissenso, por mínimo que seja, não tem o condão de criar o liame obrigacional. A 
declaração de vontade do aceitante pode ser tácita, se a lei não exigir que seja 
expressa. O silêncio do donatário, na doação pura e simples, ou a execução do 
serviço, na empreitada de lavor é uma manifestação inequívoca de aceitação da 
proposta do contrato. Art. 430. A nossa legislação civil exige que a adesão do 
aceitante seja plena. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições ou 
modificações, importará nova proposta. (art. 431). 
Se concordar com a nova proposta, passará da condição de proponente para a de 
aceitante e o aceitante para a condição de proponente. 
Exemplo è fora do prazo (ex.: uma concessionária de veículos lança uma 
promoção de venda de determinado automóvel com validade até o dia trinta de 
abril. Não obstante, no dia dois de maio, ou seja, dois dias após o término da 
oferta, aparece um interessado em adquirir o referido bem, nas condições 
estabelecidas na promoção); 
A aceitação, como manifestação da vontade, é retratável. Se após a sua 
expedição, houver arrependimento, pode o oblato revogá-la. Mas para que seja 
eficaz, a retratação tem de chegar ao proponente antes ou simultaneamente com a 
aceitação. Art. 433 
 
LUGAR DA FORMAÇÃOèA legislação pátria adotou, como lugar da formação do 
contrato, aquele em que for feita a proposta e nos contratos internacionais, o lugar 
em que residir o proponente. O lugar determina a autoridade judicial competente, 
quando esta não for eleita pelas partes. 
 
MOMENTO DA FORMAÇÃOèHá de ser observado que o negócio jurídico pode 
ser concluído entre pessoas que estão na mesma localidade (entre presentes) ou 
entre pessoas que estão em lugares diversos (entre ausentes). 
Entre presentes: o contrato está concluído no momento em que o aceitante 
concorda com a proposta de contrato. 
Entre ausentesèa doutrina elenca quatro teorias: 
a) teoria da cognição ou informação – o contrato está formado no momento em 
que o proponente toma conhecimento da aceitação; 
b) teoria da agnição – o contrato está concluído no momento em que o aceitante 
manifesta a sua concordância à proposta de contrato. A agnição apresenta três 
orientações: 
 
b.1) teoria da declaração propriamente dita – o contrato está constituído no 
momento em que o aceitante formula a resposta favorável; 
b.2) teoria da expedição – o contrato está formado no momento em que o 
aceitante expede a resposta; adotado pelo CC. 
b.3) teoria da recepção – o contrato está concluído no momento em que a resposta 
chega às mãos do proponente. 
 
Embora todas as teorias sejam amplamente defendidas por eméritosdoutrinadores, o Código Civil, no Artigo 434, adotou, expressamente, a teoria da 
expedição (Teoria da agnição) para os contratos concluídos entre ausentes. 
Exceções: 
I - se antes da aceitação ou com ela chegar ao proponente a retratação do 
aceitante; 
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta; 
III - se ela não chegar no prazo convencionado. 
 
CONTRATO PRELIMINARè O contrato preliminar é forma de se vincular 
juridicamente, pois ambas as partes se obrigam a formar o futuro contrato. É 
diferente da negociação preliminar. 
O contrato preliminar deve ter todas as informações e requisitos necessários 
essenciais ao contrato futuro. Art. 462. 
 
Obs:Primeiro diferenciar contrato cm negociação preliminar. 
Negociação não tem vínculo e o contrato preliminar tem vinculo. 
O contrato de bem imóvel e a escritura e a transferência e a ass no registro de 
imóveis, 
Escritura de compra e venda e um contrato . 
 
Devemos classificar os contratos preliminares de acordo com a sua: 
Exigibilidadeè Pode ser unilateral ou bilateral 
Unilateralè A faculdade de exigir o cumprimento reserva-se única e exclusivamente 
a uma das partes, sendo que a outra contrai uma obrigação cujo adimplemento 
fica subordinado à vontade da que pode exigi-lo.Ex.: promessa de doação 
BilateralèCada parte pode exigir da outra a execução do contrato que projetaram. 
Ex.: promessa de venda - tanto o promitente vendedor, quanto o promitente 
comprador podem exigir a realização do negócio jurídico prometido, a saber, a 
venda do bem. 
 
retratabilidade è 
 
onerosidadeè A promessa pode ser onerosa ou gratuita, pois nada impede que se 
pactue o pagamento de uma retribuição (um prêmio, por exemplo), como 
contraprestação ao exercício do direito potestativo de realização do contrato (nas 
promessas unilaterais) ou ao exercício do direito subjetivo de exigir a contratação 
(nos pré-contratos bilaterais). 
 
Não cumprimento do contrato preliminarè Art. 463 
Suprimento da vontadeè Art. 464 
Impossível ou Cumprimento Posterior = Perdas e Danos 
- Possível com Cumprimento Posterior: Tutela Específica + Perdas e Danos (até a 
efetivação da tutela) OU Perdas e Danos (se o autor não tiver mais interesse na 
obrigação específica de fazer) 
 
VALIDADE DO CONTRATO 
O contrato, como todo negócio jurídico, requer, no momento da sua formação, a 
conjunção de determinados elementos. 
São eles responsáveis pela válida formação do contrato. 
 
Para qualquer negócio jurídico ser válido, é necessário (Art. 104) 
 
CAPACIDADE DAS PARTESè Arts. 3O ,4º ,5º A capacidade das partes é 
indispensável à formação válida do contrato. Assim, os absolutamente incapazes 
deverão ser representados por seus pais, tutores ou curadores e os relativamente 
incapazes deverão ser assistidos por quem a lei determinar. 
Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela 
outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, 
neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum. 
Há determinados contratos que exigem, além da capacidade comum a todos os 
atos jurídicos, uma capacidade especial conhecida por legitimação e decorre da 
relação pessoal do sujeito com o objeto contratual. Art. 1.647. 
 
Objeto lícito 
O contrato exige, ainda, que o objeto seja conforme a lei, aos bons costumes, à 
ordem pública e a moral, ou seja, em uma palavra, lícito. Art. 113. 
A impossibilidade (física ou jurídica) só invalida o contrato se for absoluta ou não 
cessando antes de realizada a condição. Se for relativa, não constitui obstáculo ao 
negócio jurídico. Art. 106 
 
Forma prescrita ou não defesa em lei 
Nos contratos vigora o princípio da forma livre. Os contratos formais ou solenes 
constituem exceção. 
A forma tem relevância jurídica somente quando exigida para a perfeição do 
contrato. Art. 107. Art. 108. Art. 109. 
 
Consentimento 
A declaração de vontade pode ser tácita, quando a lei não exigir que seja 
expressa, desde que se evidencie inequivocamente de um ato, positivo e 
induvidoso, do contraente a manifestação do seu querer, pois não teria sido 
praticado, sem o ânimo de aceitar o contrato. Exemplos que o silêncio possui 
efeitos de declaração de vontade: Art. 111. Art. 539. 
 
UNILATERAL E BILATERALè Todo contrato é sempre bilateral quanto às partes 
(no mínimo duas partes) 
 
Quanto aos efeitos pode ser: 
 
BILATERALèTambém conhecido como sinalagmático.Cria direitos e deveres 
equivalentes para ambas as partes. 
Exemplos:Compra e venda, pois o comprador tem o dever de dar o dinheiro e o 
direito de exigir a coisa, enquanto o vendedor tem a obrigação de dar a coisa e o 
direito de exigir o dinheiro; Locação, pois o locador tem a obrigação de transferir a 
posse do imóvel e o inquilino tem a obrigação de pagar o aluguel. 
 
UNILATERALècria direito para uma das partes e apenas obrigação para a outra; 
uma das partes será só credora e a outra só devedora. 
Exemplos: doação, pois só o doador tem a obrigação de dar e o donatário apenas 
o direito de exigir a coisa, sem nenhuma prestação em troca. Empréstimo e fiança 
OBS:Não confundir negócio jurídico bilateral/unilateral com contrato 
bilateral/unilateral: 
- Negócio Jurídico Unilateral – apenas uma manifestação de vontade (ex.: 
renúncia, testamento, promessa de recompensa, etc.). 
- Negócio Jurídico Bilateral – duas manifestações de vontade (ex.: perdão – ele 
precisa ser aceito para valer; todos os contratos de uma forma em geral; o 
casamento, etc.). 
- Contrato Unilateral: duas vontades, mas apenas uma se obriga (ex.: doação pura 
e simples, comodato, etc.). 
- Contrato Bilateral: duas vontades – ônus e vantagens recíprocas (ex.: compra e 
venda, locação, etc.). 
 
ONEROSOS E GRATUITOS 
Contratos onerososè ambas as partes têm vantagem e proveito econômico, ex: os 
contratos bilaterais, onde ambas as partes ganham e perdem. 
Contratos gratuitosèsão aqueles que oneram somente uma das partes, 
proporcionando à outra uma vantagem, sem qualquer contraprestação (ex: doação 
pura e simples, depósito, comodato, etc.) 
OBS: Em regra, os contratos onerosos são bilaterais e os gratuitos são unilaterais. 
Porém pode haver contrato unilateral e oneroso quando existe uma 
contraprestação da outra parte. 
Ex1: A doa uma fazenda a B com o ônus de construir uma escola para as crianças 
carentes da região. 
Ex2: mútuo sujeito a juros. Além da obrigação de restituir a quantia emprestada 
(contrato unilateral), deve-se pagar juros (contrato oneroso). 
 
COMUTATIVOS E ALEATÓRIOS 
COMUTATIVOSè (também chamados de pré-estimados) quando existe uma 
equivalência entre a prestação (vantagem) e a contraprestação (sacrifício). Ou 
seja, quando as prestações de ambas as partes são conhecidas e guardam 
relação de equivalência.Ex: compra e venda, troca, locação, etc. 
ALEATÓRIOSè é aquele em que a prestação de uma das partes não é conhecida 
com exatidão no momento da celebração do contrato. Depende de uma álea (alea 
– do latim – sorte ou azar, incerteza, risco, perigo, etc.), que é um fator 
desconhecido; depende de um risco futuro e incerto, não se podendo antecipar o 
seu montante.O risco de perder ou ganhar pode sujeitar um ou ambos os 
contratantes. 
 
Alguns contratos são aleatórios devido à sua natureza (ex.: rifa, bilhete de loteria, o 
jogo e a aposta, seguro, etc.);Outros são acidentais, por terem por objeto coisa 
incerta ou de valor incerto (ex.: contrato de garimpo, venda de colheita futura, 
peixes que vierem na rede do pescador, etc.). 
Duas espécies de contratos aleatórios previstas 
no CódigoCivil: de coisas futuras e de coisas existentes: 
 
COISAS FUTURAS SE SUBDIVIDE EM DOIS: 
EMPTIO SPEIè um dos contratantes toma para si o risco relativo à existência da 
coisa, ajustando um preço, que será devido integralmente, mesmo que nada se 
produza, sem que haja culpa do alienante. Art. 458. Ex. alguém compra de um 
pescador, por preço certo, o lanço de sua rede. Assim, mesmo que não pesque 
nada, deverá ser pago o valor integral, pois o objeto é o lanço, e não os peixes. 
EMPTIO REI SPERATAE – se o risco versar sobre a quantidade maior ou menor 
da coisa esperada. Vale dizer, é certo que o bem objeto do contrato venha a 
existir, sendo impossível, no entanto, delimitar em que quantidade. Art. 459.Ex: 
compro, por um preço determinado, a próxima colheita de laranjas; se nada colher 
estará desfeito o contrato. 
 
COISAS EXISTENTES: 
O contrato versa sobre coisa existente, sujeitas ao risco de se perderem, 
danificarem ou, ainda, sofrerem depreciação. Art. 460; Art. 461. Ex.: mercadoria 
que é vendida, mas transportada até o destino de navio; o comprador assume a 
álea (risco) de ela chegar ou não ao seu destino; se o navio afundar a venda será 
válida e o vendedor terá direito ao preço. 
 
PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS 
Contrato principalè é aquele que tem vida própria e existe por si só. 
Contrato acessórioè a existência depende de outro contrato.Ex: a fiança é um 
contrato acessório que geralmente garante uma locação principal; a hipoteca é 
outro contrato acessório que geralmente garante um empréstimo principal. A fiança 
e a hipoteca vão servir assim para satisfazer o credor caso haja inadimplemento 
dos contratos principais. 
 
 
INSTANTÂNEOS E DE DURAÇÃO 
A regra é o contrato ser instantâneo, ter vida curta/efêmera.Ex: compra e venda, 
troca, doação, que duram segundos ou minutos; mesmo uma compra e venda a 
prazo é instantânea, sua execução é que é diferida. Já outros contratos são 
duradouros e se prolongam por dias, semanas e meses. Ex: empréstimo, locação, 
seguro. 
 
DE DURAÇÃO 
contrato de duração. Sua execução prolonga-se necessariamente no tempo, 
pertencendo para alguns tratadistas à subespécie de contratos de trato sucessivo 
e, para outros, à dos contratos de execução continuada.EX:locação. 
 
PESSOAIS E IMPESSOAIS 
Contrato pessoalè também chamados de personalíssimos ou intuitu personae (em 
razão da pessoa). São aqueles em que a pessoa do contratante é considerada 
pelo outro como elemento determinante de sua conclusão. Exs: Desejo que o 
advogado “Y” me defenda no Tribunal do Júri. Quero que o cirurgião “X” me opere. 
Contrato um ator famoso para gravar um filme, caso ele desista, não aceitarei o 
filho no lugar dele. 
Contrato impessoalèsão os que a pessoa do contratante é juridicamente 
indiferente para a conclusão do negócio. Pode ser cumprido por terceiros.Exs: 
Obrigações de dar, referente a entrega de cem reais. Então se A me deve cem 
reais, não tem problema que B ou C me entreguem tais cem reais. Contrato uma 
empresa para pintar minha casa. Tanto faz que o serviço seja realizado pelo pintor 
“A” ou “B”. 
 
TÍPICOS E ATÍPICOS 
Contratos típicosè (ou nominados) têm previsão no tipo/na lei, e foram 
disciplinados pelo legislador, pois são os contratos mais comuns e importantes 
com “nomem juris” (nome na lei). Ex: os cerca de vinte contratos previstos no CC, 
no Título VI do Livro I, do art. 481 ao 853. Quando o contrato é típico, a lei serve 
para completar a vontade das partes, o que se chama de norma supletiva. 
Contratos atípicosè não têm previsão no tipo/na lei.Ex. cessão de clientela, 
factoring, etc.O art. 425 CC permite às partes estipular contratos atípicos, 
observadas as normas gerais fixadas no Código Civil.Devem ser escritos e 
minuciosos já que não há lei para regulamentá-los. 
 
SOLENES E INFORMAIS 
Contratos Solenesè a lei exige solenidades para a conclusão do contrato, devido à 
suas particularidades.Exs. Doação e fiança, que devem ser por escrito (541 e 819); 
Compra e venda de imóvel, além de escrito deve ser feito por tabelião, sendo 
necessário também celebrar uma escritura pública (arts. 108 e 215). 
Contratos Informais ou Não Solenesè são os contratos que se perfazem pelo 
simples acordo das partes. Basta o consenso das partes envolvidas. Não se exige 
nenhuma forma especial para a sua celebração.Exs.: compra e venda de bens 
móveis, locação, transporte, etc. 
REAIS 
Contratos Reaisèalém do acordo de vontades, a lei exige a entrega da coisa 
(tradição). 
Podem até ser verbais/informais, mas não nascem antes da entrega da coisa. A 
tradição não é requisito de validade, mas de existência dos contratos reais. Ex. 
doação de bens móveis (par. único do 541), comodato (579), mútuo, depósito 
(627) 
Se A promete emprestar sua casa de praia para B passar o verão (= comodato), 
só haverá contrato após a ocupação efetiva da casa por B 
 
 
OBSERVAÇÃO 
Na compra e venda, troca, locação, etc., já vai existir contrato preliminar após o 
acordo de vontades e mesmo antes da entrega da coisa, de modo que uma 
eventual desistência pode ensejar perdas e danos ou a execução compulsória. 
Se A se obriga a alugar sua casa de praia a B durante o verão (= locação), o 
contrato surgirá do acordo de vontades, e eventual desistência de A, mesmo antes 
da entrega das chaves, ensejará indenização por perdas e danos. 
 
CONTRATOS PARITÁRIOS OU DE ADESÃO 
PARITÁRIOSèsão aqueles em que os Interessados, colocados em pé de 
igualdade, discutem as cláusulas contratuais, uma a uma, eliminando os pontos 
divergentes mediante transigência mútua. 
DE ADESÃO èSão aqueles em que a manifestação de vontade de uma das partes 
se reduz a mera anuência a uma proposta da outra. Uma das partes elabora o 
contrato e a outra parte apenas adere às cláusulas já estabelecidas, não sendo 
possível a discussão das cláusulas. 
Exemplos: contrato bancário, de transporte, luz, telefone, seguro, espetáculo 
público, contrato bancário, etc.O contrato de adesão deve ser sempre escrito com 
letras grandes e legíveis. O contrato de (ou por) adesão não pode ser impresso em 
“letras miúdas”, com redação confusa, com terminologia vaga e ambígua, nem 
cláusulas desvantajosas para um dos contratantes. A cláusula que implicar 
limitação ao direito do consumidor deverá ser redigida com destaque (letras 
maiores), permitindo sua imediata e fácil compreensão. Na dúvida vigora a 
interpretação mais favorável ao aderente. São nulas as cláusulas que estipulam a 
renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.O art. 
54 do Código de Defesa do Consumidor admite essa espécie de contrato, 
acrescentando que a inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza 
de adesão do contrato (seria uma apertada margem reservada à 
negociação).Código Civil:Art. 423. Art. 424. 
 
Outras modalidades de contratos 
A doutrina ainda aponta outras espécies de contratos: 
De Massa èsão os apresentados em fórmulas prontas, geralmente impressos, 
adquiridos até mesmo em papelarias. 
Necessários –èquando existe obrigação em contratar. 
Autorizados è dependem de licença especial dos poderes públicos. 
Coletivos ècelebrados entre categorias funcionais, como contratos coletivos de 
trabalho.

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