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Resumos História do Direito

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UNISINOS 
2017/2 
HISTÓRIA DO DIREITO 
RESUMOS 
 
 
 
1 
Sumário 
Introdução da Disciplina História do Direito ..................................................................................................................... 2 
DIREITO SEM ESCRITA – DIREITO PRIMITIVO .................................................................................................................... 4 
Direito nas Sociedades Primitivas ..................................................................................................................................... 5 
As referências observam os ensinamentos de Fustel de Coulanges em “A Cidade Antiga”. ........................................... 6 
Direito nas Primeiras Civilizações - Antigo Oriente - Oriente Próximo (da Ásia Menor, Egito, Babilônia, Assíria, Irã e 
Israel), e Extremo Oriente (da Ásia Maior, Índia e China). ............................................................................................... 9 
Direito Egípcio ................................................................................................................................................................. 11 
DIREITO HEBREU E MUÇULMANO .................................................................................................................................. 13 
DIREITO GREGO ou HELÊNICO ........................................................................................................................................ 15 
I – Leis de Drácon = 621 a. c., criadas afim de combater os abusos sociais................................................ 17 
I Lei escrita grega nasce e é aplicada somente na cidade de Atenas............................................................. 17 
Drácon foi um legislador e grande estudioso, encarregado de redigir ma legislação para cidade, até 
então orais. As leis eram severas, não atenderam as aclamações da sociedade, resultado crise política; 
Lei de Talião, pena de morte. Dracón deixa seu nome na História como sinônimo de severidade. 
(draconiana é a pessoa rigorosa, rígida, implacável, severa). ......................................................................... 17 
Direito Romano ............................................................................................................................................................... 18 
Direito da Idade Média ................................................................................................................................................... 22 
Junto ao Direito Feudal = marcado pela pelo princípio da Personalidade do ................................................ 24 
Direito, retorna-se ao Pluralismo Jurídico; ........................................................................................................... 24 
Surge o Direito Canônico =..................................................................................................................................... 24 
É produto da Religião Católica Romana, onde as principais figuras são os clérigos = pessoas que 
pertencem à religião católica, eram os únicos que sabiam a arte da escrita, foram grandes senhores 
feudais donos de + de 80% das terras da Europa, desfrutavam de grandes riquezas. Única classe 
letrada da época. ...................................................................................................................................................... 24 
· O catolicismo se instala em Roma e faz desta o centro irradiador para toda a Europa. Nos primeiros 
tempos a religião católica era considerada apenas uma seita judaica. .......................................................... 24 
· Caráter ecumênico = está ligado ao sentido de universalidade, significa que a religião católica 
coloca-se como a única religião verdadeira para dos homens, o catolicismo tenta impor sua concepção 
ao mundo inteiro. ...................................................................................................................................................... 25 
· A unidade e a uniformidade do Direito canônico eram proclamadas pelo Papa = autoridade maior; o 
I São Pedro, .............................................................................................................................................................. 25 
· É o direito marcado pelas “Ordálias” = onde a Justiça era feita apelando a Deus, eram as provas 
jurídicas os chamados juízos divinos, eram provas cruéis que geralmente levava os réus a morte. EX: 
ordálias do Fogo, ordálias do Monte, ao passar do tempo os religiosos foram aperfeiçoando-se nestas 
técnicas. ..................................................................................................................................................................... 25 
Entraram em conflito em relação às escolhas das autoridades Religiosas que em um primeiro momento 
eram escolhidas pelos nobres e depois existe toda uma luta para que estes sejam escolhidos entre os 
religiosos este fato deu origem a chamada “Concordata de Worns” = recebe este nome em razão da 
cidade o qual a concordata foi assinada, onde os bispos passam a ser escolhidos através de eleição no 
clero = corporação de sacerdotes que pertencem a religião católica, de cada diocese = circunscrição 
territorial sujeita a administração eclesiástica de um bispo. Em contrapartida davam estes religiosos 
investiduras espiritual ou divina aos nobres. ....................................................................................................... 26 
 
 
2 
 
Introdução da Disciplina História do Direito 
1. O que é História? 
Vem do grego “histor”, que significa o saber por ter visto, é o testemunho dos fatos ocorridos. 
2. Quem foi o primeiro historiador, ou o pai da História? 
Foi o grego Heródoto, que se ocupou da narração de fatos. 
3. Pq. do estudo da História do Direito? 
Para se ter ciência do pq. de certas práticas é necessário que se conheça o passado para que possamos 
compreender o presente e procurar soluções para o futuro. 
O Direito não é uma ciência inventada, mas um produto da evolução. 
4. A diferença entre Pré-História e História? 
A Pré-História - aquela em que se desconhece a arte da escrita - se evidência ou comprova através de 
vestígios. É o período de descobrimentos. 
A História também pode ser comprovada através de vestígios, mas principalmente através de documentos, 
período de molde, ajuste, técnicas. 
• Pré-História: antes da escrita, e é comprovada através de vestígios; 
• História: marca o surgimento da escrita, comprovada por vestígios e documentos; 
 
5. Linha do Tempo – Para trabalhar a disciplina, em um todo, podemos apresentar uma linha do tempo, a título 
de auxilio para localização, mas destacamos que esta não é a metodologia que adotamos, pois preferimos 
transitar constantemente em todos os períodos, trabalhando melhor a interação entre passado e presente. 
Linha do tempo: 
• Idade Antiga – tem como marco o início do Império Romano - seu início em 753 a c, até a queda de Roma, 
Império Romano do Ocidente em 476 d.c.; 
• Idade Média – tem como marco a queda do Império Romano do Ocidente - 476 d.c. até a tomada de 
Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, 1453 d.c.; 
• Idade Moderna – tem como marco inicial a queda do Império Romano do Oriente - 1453 d.c. até a 
Revolução Francesa, 1789 d.c.; 
• Idade Contemporânea da Revolução Francesa até hoje, pessoas do mesmo tempo. 
 
 
6. Na história do Direito nos vamos poder conhecer um pouco de cada civilização. O que são 
civilizações? 
É um estado cultural, onde os povos são conhecedores da agricultura, do manuseio pastoril, para garantia da 
subsistência. São povos que se preocuparam com leis e técnicas de segurança. As duascivilizações mais 
antigas com registros são a Egípcia e a Suméria. 
 7. Onde se estabeleceram as primeiras povoações? 
Sempre em lugares com terras férteis, próximos a rios, com água suficiente para uso geral. 
Os ataques ocorriam a fim de saciar a fome, a busca era de alimento. 
 
 
3 
• Para proteção, primeiramente foram feitas cercas com troncos, depois muros de terra, que depois 
passaram a ser de pedra, chamados de Muralhas. 
Estas povoações tb. se protegiam através dos grandes sulcos, ou valas, geralmente inundados com água. 
Depois do surgimento das Muralhas, surgiram tb, os portais - grandes portas de madeira - de entrada e saída 
dos povoados, fechadas em casos de perigo e ao anoitecer. 
Estas pequenas povoações tornaram-se cidades e, após, Estados, com governo próprio e Reis aconselhados 
por sacerdotes. As lutas ocorriam para garantir a sobrevivência, aumentando, deste modo, tb, os espaços 
territoriais deste Estados. 
Exemplos atuais de cidades Estado: Mônaco,Vaticano e São Marino 
8. Ataques 
I – Momento - “Caça do Ser Humano contra o Ser Humano”; 
II Momento – Aparecem os materiais de proteção, onde eles aprendem a lutar em conjunto. Surge a Disciplina, 
baseada na observação das matilhas, grupos de lobos, primeiro animal a ser domesticado. 
III – Aparecimento da Cavalaria - cavalos eram utilizados apenas para puxar alimento ou carros de combate. 
Depois foi desenvolvida a montaria, e isso significou uma grande diferença de desenvolvimento. Os primeiros 
foram os chineses. 
9. Fala-se em Povos bárbaros, o que isto significa? 
Eram povos que nas invasões destruíam tudo: queimando, mandando e colocando tudo abaixo. 
Obs: os Romanos, apesar de grandes conquistadores, não foram considerados bárbaros: avançavam 
territorialmente, invadiam, mas incorporavam aos seus costumes e cultura tudo aquilo que encontravam pela 
frente. Por isso foram grandes e proporcionaram uma miscigenação de cultura. Entre as principais, 
destacamos a helênica, a grega, a muçulmana, a árabe, etc... 
10. Como apareceu a escravatura? 
Ela surgiu com o fim de se ter pessoal para trabalhar na terra. Os povos começaram a deixar de “passar no fio 
da espada” a população dos povos conquistados. 
11. O comércio: 
Iniciou primeiramente de maneira interna, chamadas de “Permutas de Serviços” entre a família; depois entre 
as famílias; 
Após, surge a figura do “Escambo”, que era um tipo de comércio internacional, onde uns ofereciam aos outros 
aquilo que lhes sobrava; 
Em terceiro lugar surge a moeda - na Itália - onde o gado foi a primeira mercadoria usada como padrão para 
comparar os valores: 
 I – Pedaços de Metal dotados de peso; 
II – Ouro e a prata, e uma liga de ouro e prata chamada de Electro 
III – os Lingotes moedas de bronze 
12. Como nasceu o Direito? 
Antecipadamente, destaca-se a presença de vários estudiosos elencando várias possibilidades, todas elas 
assentadas em um sólido estudo. No decorrer da disciplina vamos procurar explorar algumas destas vertentes, 
a fim de construir um consistente arcabouço doutrinário. 
Mas, antes, apresentamos a ideia de que o Direito nasce junto com sociedade humana, “ubi societas, ibi 
ius”. Simploriamente, surge através do agrupamento social, onde foi necessária a utilização do Bom Senso a 
fim de se conseguir Soluções para os Conflitos nas Relações Sociais. (para muitos ha apenas uma 
“ordem de deveres”) 
13. Pode haver uma sociedade sem Direito? 
 
 
4 
O material que temos, primeiramente é uma constituição social com regramentos administrados por uma 
autoridade. Onde a defesa gira em torno dos antigos, que já diziam que onde existe sociedade existe o Direito, 
sem o Direito ocorreria uma desagregação geral. 
14. O que a História do Direito contempla: 
Em especial: 
• A Filosofia, ao expor conceitos universais de Direito e impulsionar o questionamento; 
• A Sociologia: ao analisar os fatos sociais; 
• A Antropologia: ao investigar o ser humano em cada época, observando-o em cada contexto histórico; 
• A História jurídica: Dimensão temporal do direito, considerando o ponto de vista histórico-evolutivo, através 
do tempo. 
De forma generalizada contemplamos um pouco de todas as áreas de Direito (Civil, Penal, Processo, Ética, 
Direito Internacional, Constitucional, etc...), pois somos seu o nascedouro. Não trabalhamos de maneira 
estática, ao contrário, o movimento e a comparação são nossas principais marcas. 
15.Conceitos de Direito: 
Podemos definir o Direito como “ordem de deveres”, ou como Direito em nascimento, ou defender que o seu 
nascedouro esta acoplado ao nascimento da figura estatal, mas esta é uma discussão reservada para um 
segundo momento. 
Logo que iniciamos o curso, geralmente estamos ávidos por um conceito único, claro e objetivo de Direito. 
Impossível, pois encontramos muitos conceitos. Normal, afinal a construção de um conceito tem que ser de 
cada um, muda com o passar do tempo, várias vezes, e isso significa desenvolvimento pessoal. Construa, 
sustentado por doutrinadores, suas próprias definições. 
Ilustração: 
Para os Romanos: “O Direito é a arte do bom”. 
Del Vecchio, (autor italiano): “Coordenação objetiva de ações afim de um princípio ético”. 
Bodenheimer, (autor alemão): é a: “Solução de conflitos com buscas de igualdade”. 
Kelsen, (autor austríaco) “Direito é a associação homem e Estado”. 
Haroldo Valladão, (autor brasileiro): “Direito é a disciplina da vida social, o organizador da sociedade”. 
 
DIREITO SEM ESCRITA – DIREITO PRIMITIVO 
• Direito nas Sociedades Primitivas 
Chamado também de Direito Arcaico ou Direito sem Escrita. 
Fundamenta-se na Família, baseado em crenças, tradições e religião, onde o maior receio era o de vingança 
divina. 
Caracterizado pelo Direito não escrito, é um conjunto de usos, práticas e costumes repetidos ao longo do tempo 
e publicamente aceitos o que faz aparecer o Costume, ou seja, 
Direito confundido com os Costumes = prática reiterada, repetida. DIREITO CONSUETUDINÁRIO. 
Nesta fase o costume é a expressão da legalidade, é objeto de respeito e veneração, assegurado por sanções 
sobrenaturais dificilmente o homem primitivo questionava sua validez e aplicação. 
 
Família e Casamento 
 
 
5 
A Família é a primeira instituição do Direito. Instituição significa base, alicerce. É aquilo que sustenta, segura 
em pé. 
O casamento é considerado o primeiro instituto jurídico. Instituto significa regra, lei, norma. Na família a 
primeira regra que nasceu foi o casamento. 
• Significa A Religião não estava nos templos, mas sim nas casas e foi o principio constitutivo da Família 
antiga. 
• A criança ao nascer necessariamente precisava passar por um ritual de reconhecimento paterno, chamado 
de purificação, o filho só era considerado filho mediante a realização deste culto, que configurava o vínculo 
familiar. Sem a declaração a criança não era considerada filha era deixada de lado ou mesmo posta na 
mata ou rio. 
• Casamento, para mulher um grande significado e acontecimento, é o momento de ruptura, e de 
nascimento, onde ela abandona a religião familiar e assume3 a de seu marido ou do pai ou família de se 
marido. 
• O porque do noivo carregar a noiva no colo? Tem origem na família antiga o ato era chamado de rapto, 
quando o marido ficava com a mulher no colo até que se encerra-se a cerimônia de apresentação desta aos 
Deuses Lares da nova família, esta só tocava o chão após o final do culto. 
• Para a família era uma desgraça o nascimento de uma linhagem de mulheres, pois então a família 
empobrecia no pagamento de Dote = oferenda em razão do casamento. 
• A Cerimônia do casamento era estritamente familiar e significava continuidade. 
• O porque do bolo branco, porque o única forma de fazer o bolo era com a farinha detrigo, o que deixava o 
bolo claro, fazendo desta forma gerar a tradição do bolo claro. 
• A mulher tinha a obrigação de gerar, o filho significava garantia de felicidade, no caso de infertilidade era 
devolvida para família, ou morta sendo obrigada a jogar-se do penhasco. 
• Casamento Dissolvido na época só era conhecido pela Civilização Romana que o realizava através de uma 
cerimônia com o Bolo que ao invés de degustado era rejeitado pelo casal , configurando assim o 
rompimento. 
• Celibato era considerado um horror pessoal e familiar, significava a pessoa e a família uma maldição. 
• A fim de mascarar a infertilidade masculina, ocorriam casos em que o marido pedia ajuda ao irmão mais 
velho ou parente homem mais próximo afim deste manter relações sexuais com sua esposa sendo que a 
criança fruto deste momento era filho do marido oficial. 
• A adoção teve origem tb. Nas famílias antigas, que em alguns casos de não existência de filhos era 
adotado alguma criança com a justificativa de perpetuar a família e a sua religião. 
• Não conheciam a escrita. As regras eram mantidas pela tradição = costumes. 
• Cada organização social = família possuía um Direito único, com regras, religião e autonomia. 
• A multiplicidade do Direito em razão dos diversos costumes oriundos de diversas famílias. 
• Contaminado pela prática religiosa. 
• Dificuldade de discernir os efeitos naturais. 
OBS: Existem autores que dizem que a família primeiramente era uma instituição Matriarcal, observando a linha 
de parentesco através da mulher, da mãe. O homem era um ser de passagem, guerreiros, caçadores, etc... que 
habitavam o lar por períodos pequenos, de repouso ou para curara ferimentos. Depois sim passando a 
sociedade a Ter e ser regida pela família Patriarcal. 
 
Direito nas Sociedades Primitivas 
• Através da mulher, da mãe. O homem era um ser de passagem - guerreiros, caçadores, etc... - que 
habitava o lar por períodos pequenos, de repouso, ou para a cura de males. Foi seguida, mais tarde pela 
 
 
6 
Família Patriarcal, que observa a linhagem masculina. Enterra a Família Matriarcal e cria raízes na História, 
por motivos lógicos e não preconceituosos, qual seja, procriação. Uma mater poderia fazer uso da 
poliandria, mas teria apenas um filho ao ano, já o pater, com a poligamia, poderia ter vários filhos, 
dependendo do número de mulheres desposadas. 
• Cada organização social, Família, possuía um Direito único, com regras, religião e autonomia. 
• A multiplicidade do Direito, em razão dos diversos costumes oriundos de diversas famílias, gera a 
Pluralidade jurídica ou de Direitos, a presença de vários Direitos. 
• Dificuldades de discernir os efeitos naturais: entendiam como castigo divino. 
• Poder centrado em uma só pessoa: o Pater, homem mais velho do agrupamento, que exercia três funções 
básicas no grupo: sacerdote, administrador dos bens e juiz. 
• Dentre seus poderes o Pater é o detentor do pátrio-poder, tb chamado de Pátria Potestas, poder de mando 
e responsabilidade sobre todas as pessoas da família. 
• No período, ocorre uma grande valorização das pessoas idosas, pela experiência de vida, maior que 
qualquer outro subsídio. Critério inclusive de escolha dos lideres da época. 
• O comércio era mudo ou fechado, sem comunicação entre os envolvidos. Dava-se à distância, por 
dificuldades de sociabilidade. Havia um temor do outro, ou dos outros, e o principal motivo era o de 
preservação. O outro, ou outros, poderiam ser inimigos. 
• Principal busca e maior problema: o alimento (até os dias de hoje). As primeiras lutas, guerras, disputas 
ocorreram em razão da busca do alimento. 
Fontes do Direito Primitivo: os Costumes, os preceitos verbais e o precedente jurídico. 
As referências observam os ensinamentos de Fustel de Coulanges em “A Cidade 
Antiga”. 
 · Crenças Antigas = significa convicção, um acreditar. 
Uma das principais crenças antigas girava em torno da Morte, acreditavam que a morte era uma 
transformação da vida, e que o céu era um espaço reservado para grandes homens como recompensa. 
O Ato de sepultamento era sagrado e acreditavam que ali se encontrava algo vivo, tanto que alimentavam e 
enterravam juntos objetos que achavam ser de necessidade como vestes, vasos, armas. Decolavam cavalos e 
escravos afim de que estes fossem ir de encontro ao morto para servi-lo. 
 
O ato de sepultura teve origem em um verso de Píndaro, filósofo grego, onde conta que Frixo foi obrigado a 
deixar a Grécia fugindo para uma terra estranha lá morreu e depois apareceu a um amigo pedindo que este 
trouxe-se sua alma de volta a Grécia, pois sentia saudades da terra e da família e este feito só poderia ser 
concretizado através da remoção de seus restos mortais. 
Sendo assim a alma deveria fazer morada na terra em que viveu, permanecendo deste modo ligada a esta. A 
alma que não possuía túmulo não possuía morada, vagava, tornando-se malfeitora, infeliz. 
• Encontra-se no direito primitivo a origem da crença em alma de outro mundo. 
 A realização da cerimônia fúnebre era um ato para assegurar o repouso e a felicidade do morto. 
Eram castigados com suplícios eternos aqueles que não cumprissem com os rituais sagrados, que envolvia 
formalidades. 
 
• Outra visão sobre a morte é de imaginavam existir uma região subterrânea, onde as almas 
encontravam-se distribuídas segundo seus méritos terrenos. 
 
 
7 
• Alimento aos Mortos chamado de repasto fúnebre era uma comemoração, que a família realizava, onde 
leite e vinho eram derramados sobre o túmulo afim de saciar a sede e os alimentos enterrados para que 
chegassem ao morto, fora isso o restante era colocado em vasos. Estas oferendas eram chamadas 
de “Manium Jura”, em caso de algum vivo no alimento toca-se estaria condenado pelas leis divinas. O 
morto sem alimento estava condenado à fome eterna. 
 
· Outra crença era o Culto dos Mortos = 
Todas esta tradições em torno do morto e de sua sepultura gerou da religião da morte, onde os mortos 
passam oficialmente a ser seres sagrados, eram os deuses lares, onde para cada família seus mortos eram 
deuses. Gregos os chamavam de Deuses subterrâneos, e os romanos de Deuses Manes. 
 A codificação de Manu se refere a este culto como o mais antigo da humanid . 
Antes de conceber e adorar qualquer outra coisa o homem adorou os mortos, deles teve medo e 
orou dando origem desta forma ao sentimento religioso e a idéia do sobrenatural , confiando em coisas 
além do que via , onde a morte se caracteriza como o primeiro mistério da humanidade. 
 
• Outra crença Antiga = O Fogo Sagrado. 
Todas as casas possuíam um altar, sobre este altar mantinham uma chama, este fogo era conservado dia e 
noite, o fogo era divino, ele só se apagava quando a família fosse completamente extinta. Nenhum objeto sujo 
poderia ser ali jogado, o que representava que nenhuma ação de malfeitoria deveria ser realizada na sua 
presença. Para os Romanos o dia primeiro de março era uma data especial neste dia eles apagavam um fogo e 
imediatamente acendiam outro, era um ritual sagrado. 
Ao fogo dava-se oferendas, frutas, vinho, incenso, flores, pedia-se a ele proteção dirigindo orações. Era um 
Deus que protegia a casa e a família. Era invocado pelo Homem cada vez que este de sua casa saia e quando 
a ela retornava. Caso o fogo se apagasse o deus deixava de existir e a família estava exposta às desgraças 
divinas. 
• Repasto = era o alimento da família que passava por um ritual de repartição com o Deus, possui o 
significado de um ato religioso por excelência, era a comunhão entre o Homem e o Deus, a fim de evitar a 
fúria e o castigo. 
• Fala-se bastante em Gregos e Romanos, mas independente da Civilização tratada é de 
conhecimento histórico que os cultos e crenças antigas erampartilhadas por todos os homens, 
diferenciando-se apenas em razão de geografia. Historiadores afirmam que o homem é oriundo de 
uma mesma raça, que em épocas remotas viviam na Ásia Central, separando-se afim de 
sobrevivência, mas mantendo seus cultos e crenças. 
• O fogo doméstico é considerado uma espécie de ser moral, possui consciência, concebe deveres, e vigia 
seu cumprimento, nutre a alma, é a força pensante que governa nosso corpo. 
• Religião Doméstica = reúne em uma só crença a adoração aos mortos e ao fogo sagrado. Destaca-se que, 
apesar de ser doutrinariamente chamada de Religião, é considerada a primeira crença humana, em razão 
do número diminuto de adeptos, somente a Família. 
• Chamada também de Religião primitiva, onde cada família adorava seus Deuses (seus mortos e seu fogo). 
Os cultos realizados eram estritamente familiares. O Pater fazia às vezes de sacerdote familiar dele 
também vinha às regras familiares. A crença não estava em templos, mas em casa, e era propagada de 
geração em geração. O Pater ao conceber a vida ao seu filho também lhe dava ao mesmo tempo a crença, 
o direito de propagar a religião doméstica, vinculo este que era necessário. A Religião doméstica somente 
 
 
8 
propagava-se de Homem para Homem, onde a mulher participava somente em razão da intermediação do 
Pater, ou do marido. 
• A crença não estava nos templos, mas sim nas casas e foi o principio constitutivo da Família antiga, 
primeira instituição jurídica da humanidade. 
• A criança ao nascer necessariamente precisava passar por um ritual de reconhecimento paterno, espécie 
de batismo, chamado de purificação, o filho só era considerado filho mediante a realização deste culto, que 
configurava o vínculo familiar. Sem a declaração a criança não era considerada filha, era deixada de lado 
ou mesmo posta na mata ou rio. 
• O Casamento, primeiro instituto jurídico da humanidade, para mulher possuía um grande significado era 
acontecimento, é o momento de ruptura, e de nascimento, onde ela abandona a religião familiar e assume a 
de seu marido ou do pai ou família de se marido. 
• O porquê de o noivo carregar a noiva no colo? Tem origem na família antiga chamada de rapto, quando o 
marido ficava com a mulher no colo até que se encerra a cerimônia de apresentação desta aos Deuses 
Lares da nova família, esta só tocava o chão após o final do culto. 
• Para a família era uma desgraça o nascimento de uma linhagem de mulheres, pois então empobrecia no 
pagamento de Dote, oferenda em razão do casamento. 
• A cerimônia do casamento era estritamente familiar e significava continuidade. 
• O porquê do bolo branco, porque a única forma de fazer o bolo era com a farinha de trigo, o que deixava o 
bolo claro, fazendo desta forma gerar a tradição do bolo claro. 
• A mulher tinha a obrigação de gerar, procriar, o filho significava garantia de felicidade, no caso de 
infertilidade era devolvida para família, ou morta sendo obrigada a jogar-se do penhasco. 
• Casamento dissolvido na época só era conhecido pela Civilização Romana que o realizava através de uma 
cerimônia com o Bolo que ao invés de degustado era rejeitado pelo casal, configurando assim o 
rompimento. Chamado de repúdio. 
• Celibato era considerado um horror pessoal e familiar, significava para pessoa e para sua família, maldição. 
• A fim de mascarar a infertilidade masculina, ocorriam casos em que o marido pedia ajuda ao irmão mais 
velho ou parente homem mais próximo afim deste manter relações sexuais com sua esposa sendo que a 
criança fruto deste momento era filho do marido oficial. 
• A adoção teve origem também na família antiga. Onde em alguns casos de não procriação, eram adotadas 
crianças com a justificativa de perpetuar a família e a sua religião. 
 
A importância, religião doméstica, reside na idéia de que foi a responsável, com todas as suas 
peculiaridades, pelo nascedouro daquilo que hoje chamamos de direito privado. 
 
A religião doméstica de uma certa forma sempre trabalhou e defendeu a autonomia e reserva familiar, 
impedindo na maioria das vezes uma sociabilidade entre os agrupamentos. Isso os preservou ao mesmo os 
limitou. 
• Surge o Animismo, adoração dos elementos da natureza, primeira Religião do ser humano (envolve um 
número grande de adeptos). Propicia o desenvolvimento da sociabilidade humana, os agrupamentos 
deparam-se com uma adoração incomum. Não desaparece a Religião doméstica, ela apenas se torna mais 
flexível, fogo sagrado e túmulos em comum. Em razão dessa aproximação humana começam a surgir 
grupos maiores, entre eles as tribos e cidades. Este espaço fértil nos possibilita adentrar na esfera 
pública do Direito. Pois mesmo não havendo a figura estatal, as formações anteriores são consideradas 
embriões de Estado. Os agrupamentos maiores são administrados por lideres escolhidos de acordo com a 
idade, o mais idoso do grupo. Primeiro instituto jurídico público são os impostos 
 
 
9 
Direito nas Primeiras Civilizações - Antigo Oriente - Oriente Próximo (da Ásia Menor, Egito, Babilônia, Assíria, Irã e 
Israel), e Extremo Oriente (da Ásia Maior, Índia e China). 
Direito nas Primeiras Civilizações - Antigo Oriente - Oriente Próximo (da Ásia Menor, Egito, Babilônia, Assíria, 
Irã e Israel), e Extremo Oriente (da Ásia Maior, Índia e China). 
Destaque ao “Renascimento Oriental” processo recente (Século XX) de reconhecimento do desenvolvimento 
sócio-cultural-científico da região e de suas contribuições para com a humanidade. 
 
O DIREITO DOS POVOS CUINEFORMES 
• Chamado também de Direito do Antigo Oriente Médio. 
• É o nome dado ao Direito dos Diversos Povos que na Antigüidade se localizaram, caminhavam ou se 
originaram na Mesopotâmia, entre Rios, os Rios Tigre e o Eufrates. 
• Eram Povos que utilizavam um processo de escrita em forma de prego, a chamada escrita cuneiforme. 
• Pluralidade jurídica. Não é um Direito único, mas um conjunto de Direitos de acordo com os períodos e bem 
como de acordo com cada etnia - comunidade com nome e memória comum - onde Poder Político e 
Religioso são os principais instrumentos. 
• Estes diretos são representados pelas RECOLHAS, que são os textos jurídicos, com base nos julgamentos 
da época e ensinamentos relacionados a casos concretos (a tradução e a interpretação destes documentos 
antigos estão sendo feitas). Dentre eles destaca-se Ur-Nammu (dinastia de Ur) 2.040 a.c.; Esnunna, 1.930 
a.c. e Lipit-Istar, do rei Isin, 1.880 a.c. (região da Suméria e Acádia). 
 
 CÓDIGO DE HAMURABI 
• Local = Babilônia, chamada tb. de “Torre de Babel”, hoje Iraque. 
• Redigido + ou – em 1694 a.c.. 
• É considerado o documento jurídico mais importante antes do Direito Romano e o mais antigo da 
humanidade. 
• A escrita utilizada foi à escrita cuneiforme. 
• Foi escrito em uma Pedra negra chamada “Dorita”. 
• Tem uma forma cilíndrica, onde a escrita foi feita em toda a circunferência. 
• Possui 2,50 de altura e 1,90 de circunferência. 
• Nele consta 282 Artigos, registra um período desenvolvido. 
• Criou a Instituição Contratual, acordo de vontades, que antigamente já exigia métodos de segurança, eles 
escreviam, colocavam camada de barro e escreviam de novo. Três vezes buscando segurança. 
PQ Código de Hamurabi? Hamurabi foi o Rei responsável pela construção do documento. Relata a História de 
que este teria recebido as Leis do Deus Sol, maior divindade da época. Reinou por 43 anos. 
Tornou-se uma Divindade terrena, chamada de rei legislador, encarregado de implantar a justiça na terra. 
Organizou tribunais civis vinculados a ele. E foi o responsável pela unificação de agrupamentos, com cultura 
diversificada, constituindo uma grande civilização. 
• O Código de Hamurabi hoje se encontra no Museu do Louvreem Paris na França. 
• Foi encontrado pelo Francês Jacques Morgan, em uma expedição científica, na Cidade de Susa na Persia, 
em 1901. 
• O Código de Hamurabi dividiu o povo em três classes Sociais, o que enfatiza desde cedo a desigualdade 
perante a Lei. 
 
 
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1. AWILUNS – homens livres e no gozo de seus direitos; 
2. MUSKÊNUMS – em geral eram as pessoas pobres, trabalhadoras, soldados, pastores; 
3. ESCRAVOS – Prisioneiros de guerra. 
• O Sistema Familiar era Patriarcal, ou Patrilocal. 
• O Casamento poderia ser Poligâmico, homens com várias mulheres, mas somente a primeira a casar é que 
possuía o status de oficial. 
 
Principais Legados ou Heranças: 
• É o código de Hamurabi que registra pela primeira vez a lei de Ta1ião, utilizada por muitos anos por 
diversos povos e civilizações. 
• A lei de Talião é representada pelo adágio “Olho por olho, dente por dente”, onde a pena iguala-se ao 
dano. 
• Os únicos que estavam a salvo de tal dispositivo eram os Awiluns que pagavam pelos seus atos danosos 
através de uma mina de prata. 
• Instituiu na História o salário mínimo, ou seja, uma paga mínima aos 
 trabalhadores livres. 
• Foi o primeiro Código a estabelecer leis que regrassem a atuação profissional. É considerado embrião dos 
códigos Deontológicos, que são aqueles que regram a vida profissional. EX: O Código de Ética da OAB. 
Moral - Caráter pessoal, individual cada pessoa tem suas noções, que sofrem é obvio influência do meio. 
Ética - é mais abrangente trabalham com regras impostas a grandes grupos envolve a coletividade. Não é 
sinônimo de bom. É a disciplina que explora o positivo e negativo dos atos e fatos. 
 
Código de Manu 
 
• Data mais ou menos 1.000 a.c.. 
• Tb. chamado de Manava-dharma-çastra. 
o Local: Índia 
• Retrata a legislação do povo e o desenvolvimento da época. 
• Foi escrito em Sânscrito, antiga língua sagrada dos brânames, espécie de sacerdotes. 
• Pq Manu? Em razão de uma lenda indiana que menciona o dilúvio, onde citam Manu como o pai da raça 
humana, era um poderoso Deus, que saiu salvo do dilúvio. 
• Tinha a capacidade de assumir diversas formas que representavam o grande sábio, o juiz e o guerreiro. 
• Os Indianos possuem 4 grandes livros sagrados, são os chamados “sagrados de vedas”. Vedas 
têm o significado de ciência e deu origem ao termo védico que significa saber da vida; 
• O Código de Manu faz parte e é considerado o mais antigo; 
• Possui 3 grandes divisões: a religião, a moral e leis civis. 
• São 5.400 versículos, divididos em 12 livros com destaque a 746 artigos. 
• Com valor jurídico reduzido, pois é impregnado de preceitos religiosos, onde os líderes eram os religiosos. 
• Estabelece e é definido por uma divisão social bastante rígida e que segundo estudiosos os limita de forma 
agressiva. Casamentos, status, negócios, ocupações, estudos, deveres, tudo é regido pela divisão de 
classes. 
 
 
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Classes Sociais: 
1. Brânames = nobres, sacerdotes. 
2. Comerciantes, militares e os agricultores, trabalhadores em geral; 
3. Sudras, que não eram os escravos, mas pessoas com poucos direitos, sendo colocados abaixo de 
alguns animais. 
• O Código de Manu prevê a adm. da Justiça através da figura do Rei, acompanhado dos brânames; 
• Introduz a necessidade de prova testemunhal e de juramento, onde jurar em falso é crime; 
• Estabelece sistemas de cooperativas, onde ocorre uma união de várias pessoas afim de cooperação, com 
um trabalho fim, entre eles, dividindo igualmente os resultados; 
• A Lei de Talião, impregnada principalmente nos casos de ofensa física. 
• Destaque ao filho homem na família indiana, e caso este não fosse gerado entre o casal, patriarca e 
mulher, havia um dispositivo que manda buscar o filho com união carnal autorizada com um parente 
próximo; 
• A mulher era protegida e venerada fisicamente, apesar de ser considerada incapaz, sempre estava 
subordinada a um homem “Não se bate em uma mulher nem com uma flor”; 
• A finalidade do Código era a proteção do Homem e da Religião. 
• A população coexiste com as Monções - enchentes - que alimentam a terra, é o chamado mal necessário, 
se adaptaram as enchentes que duram 4 meses começando no mês de julho, possuem 8 meses de seca e 
sofrem também com isso, e inclusive tirando as benfeitorias que este mal pode propor, vivem durante estes 
meses em razão da pesca que é farta, e exportam os mariscos investindo no mercado internacional. Estão 
construindo dikes, de forma artesanal, ou seja, a mão e de barro, a título de tentar controlara os efeitos 
negativos causados pelas monções. A água moldou e continua moldando o planeta. Ela desgasta o solo e 
cria novas formas. EX: Kenion nos Estados Unidos. 
• O povo é marcado pela grande miscigenação de raças, sofreu em toda sua História com diversas invasões 
e hoje possui colonização inglesa. 
• Destaque para a diferença entre Direito oficial, estatal e o direito costumeiro, onde os costumes suplantam 
o oficial. 
• No Direito defendem e trabalham muito com os Deveres, considerados Leis Morais constituídas 
individualmente, são particulares, estão de acordo com a nossa vontade, recebem influência dos costumes 
e do meio principalmente familiar. As Obrigações são consideradas Leis Jurídicas, são imposições que 
independem da nossa vontade, nos são oferecidas pelo Estado. 
Direito Egípcio 
Direito Egípcio 
Acumula uma História mais ou menos de 30 séculos com um elevado grau de desenvolvimento. 
• Localização: as margens do Rio Nilo, único local com possibilidades de assentamento no deserto do 
Saara. Por isso conhecida como uma Civilização hidráulica, pela exploração e dependência do Nilo. 
• Marcados pelo Despotismo Oriental, todo poder estava centrado na mão do Faraó (I Faraó, Menês). O rei 
era considerado uma encarnação divina, símbolo de divindade e vida; a História da Civilização foi marcada 
por dinastias. 
• O Rei era auxiliado por um “Conselho de Ministros” que eram as pessoas de confiança deste e chefiadas 
por um Vizir, principal cargo de poder depois do Rei; eram agrupados em departamentos: finanças, 
registros, oras públicas etc... 
• A civilização egípcia foi a primeira a tratar o homem com respeito e igualdade; (Princípio da 
Dignidade Humana) 
 
 
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• A liberdade era seu principal bem (Princípio da Liberdade), por isso um forte questionamento sobre a 
prática ou não do escravagismo. Os escravos eram os prisioneiros de guerra que não eram mal tratados e 
não ficavam enclausurados, recebiam bons tratos e boa alimentação, se enquadravam melhor na noção de 
agregados. Ocorria uma troca trabalho por alimento. Os escravos se envolviam assim como toda a 
população nas obras públicas. 
• Todos eram iguais perante a lei. Principalmente homens e mulheres. (Princípio da Igualdade) 
• As mulheres em especial e diferente do era comum na época possuíam vida própria, possuíam 
liberdade de comercio, possuíam os mesmos direitos familiares do que os homens manuseavam a 
religiosidade e até mesmo ascendiam ao poder, ocupando o cargo de Faraó.(Princípio da Igualdade) 
• O Egito foi a primeira civilização a desenvolver um Direito individualista, com atenção ao indivíduo 
e a individualização. (Princípio da Dignidade da Pessoa Humana) 
• Em razão destes pontos, destacados acima, fizemos a conexão da História com o Direito 
Constitucional: Direitos do Homem, Direito Humanos e Direitos Fundamentais. 
Direitos do Homem = chamados tb. de direitos naturais. São direitos nato do ser humano. Todos nascem e 
morrem com eles. Ninguém os concede, ninguém os pode negar. 
Direitos Humanos = são direitos naturais amparados em documentos internacionais, independe de cor, raça, 
credo, etnia ou decultura. (Declarações, Tratados e Convenções) EX: Declaração dos Direitos do Homem e do 
Cidadão. 
Direitos Fundamentais = são direitos naturais, eleitos pelos Estados para serem amparados 
constitucionalmente (Constituição). Cada Estado possui liberdade, autonomia, para determinar seus próprios 
direitos fundamentais de acordo com as suas concepções. 
São formulados, em sua maioria, como Princípios (normas superiores). EX: Princípio da Igualdade, da 
liberdade, vida ect... 
Destaca-se, no sistema jurídico brasileiro, o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, trabalhado como um 
complexo de princípios (reúne em si todos os outros). 
A redundância “Pessoa Humana”, não é por acaso. Ocorre, a título de enfatizar que o ser humano deve agir 
como pessoa (racionalmente) e não como animal (irracional). 
A Dignidade da Pessoa Humana ninguém perde, independe das nossas ações. Todos nós possuímos, até 
mesmo quem comete crimes brutais. 
OBS: Desenvolvemos de forma resumida, mais subsídios: ver bibliografia da Atividade IV, Fórum I. 
 
• A Civilização passou por quatro períodos ao longo de 30 séculos: onde ocorreram grandes fases de 
decadência, por enfraquecimento dos faraós, pelas invasões estrangeiras, e em razão das ocupações 
Persa, Grega e depois Romana, tornado-se por fim uma província Romana 
1. Antigo Império – 3300. 23000 ac 
2. Médio Império – 2100. 1745 ac 
3. Novo Império – 1580. 1090 ac 
4. Renascimento Saíta - 660. 525 ac 
• A Lei é a principal fonte do Direito supera o costume apesar de nada se Ter como registro, ela é 
promulgada pelo Rei depois de um parecer do Conselho de legislação. 
• O maior legado foram seus atos práticos, encontrados nos vestígios; 
• De documentação temos apenas “Introdução” e a “ Sabedoria” que contém elementos jurídicos procurando 
preservar e assegurar o respeito ao ser humano e a seus bens; 
 
 
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• A célula social é a família, onde marido e mulher são vistos com igualdade, como tb os filhos, o casamento 
é monogâmico com exceção ao faraó. 
• A pequena propriedade rural é dominante; Foram grandes na irrigação. 
• Os Contratos são bastante desenvolvidos, com atos de compra e venda, arrendamento, doação. 
Desenvolvidos principalmente por Bocóris (Bocchoris) um dos faraós do século VIII a.c.. 
• O direito penal não obedece a regras cruéis, não se encontra, por exemplo, representação da pena de 
morte. 
• Regime Senhorial, que ocorre no período final do Antigo Império, é uma oliquarquia social baseada em uma 
nobreza sacerdotal, onde a evolução do direito público começa a ser acompanhada pela a do direito 
privado, período de declínio geral, onde o individualismo impera e as províncias se separam do poder 
central. 
• Em 525 a.c., começa a ocupação Persa, seguida pela Grega e depois a Romana, quando o Egito torna-se 
província Romana; 
• Uma das principais descobertas e legados foi o Papiro, fazendo surgir o papel que agilizou o processo de 
desenvolvimento da escrita. Veio do caule de uma árvore própria da região do Nilo; 
• Faz-se destaque aos “escribas” que eram representantes do Poder central, do faraó, detinham o 
conhecimento da escrita e da contabilidade registrando as determinações gerais; 
• A escrita era o “Hieroglifo”, escrita ilegível, difícil de decifrar; mais a “Hierática”, usada para textos correntes 
e a Demótica a mais simples e popular; 
• As famosas pirâmides do Egito são na realidade sepulturas de Faraós, eles acreditavam que em outra vida 
por isso a prática da MUMIFICAÇÃO, a título de preservação, primeiro somente os faraós e depois prática 
geral mediante paga; 
• Eles eram Antopozoomórficos, onde os deuses são representados por figuras meio humanas meio animais; 
• Ísis a principal deusa, quando chorava inundava o Nilo; Rá, era o Deus Sol; 
• A última faraó foi Cleópatra, mulher de personalidade forte, que se envolveu com dois Romanos (Cezar e 
Marco Antonio) e a título de manter a civilização existindo. Aliou-se a Roma, mas foi traída por Marco 
Antônio, que invade e toma o Egito. Matou-se para não ter que ser exposta a humilhação de ter sido 
vencida e de ver sua civilização se tornar de outros. 
• Teve dois filhos que se perderam na História foram misturadas às crianças da sociedade e nunca foram 
encontrados, não se ouviu falar nada destes. Desta forma, o Egito perde totalmente sua independência 
para Roma. 
DIREITO HEBREU E MUÇULMANO 
• As denominações, segundo estudiosos, possuem vários significados: hebreus – hibri, os do outro lado – os 
invasores; judeus – o povo da Judéia e legislação mosaica pela construção dissecadas. 
• Oferecem uma grande contribuição religiosa, sendo que são o nascedouro das três maiores religiões do 
mundo: religião judaica, muçulmana e cristã. 
• Viviam em 12 tribos nômades, cada uma conduzida por um chefe. 
o É a história de uma longa caminhada ela atravessaram a Palestina, foram até o Egito onde ficaram 
prisioneiros por vários anos e retornaram para a Antiga Palestina, hoje Israel, em busca da terra 
prometida, a volta chama-se “Êxodo”; 
o Localizaram-se perto do Rio Jordão, em Canaã, na terra Prometida, hoje Palestina, foram guiados por 
Abraão; 
o Viviam da criação de gado e posteriormente da agricultura; 
o Judeus, Judaísmo, conjunto de pensamentos religiosos das instituições religiosas do povo de Israel; 
o É um Direito Religioso. Baseado no Monoteísmo, ou seja, uma única crença, o que contrariava de 
maneira aviltante as práticas religiosas da época, que era o Politeísmo, crença em vários Deuses; 
 
 
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o O Direito é dado por Deus ao Povo, é divino e todo crime é pecado; 
o Nos apresenta o decálogo, dez palavras, que se desenvolveram nos dez mandamentos. É sua 
primeira e principal fonte. Considerado o documento de mais alta expressão moral da 
humanidade irradiando reflexos por diversos povos e civilizações. 
o Além de Abraão, outra figura de destaque é Moisés, que viveu por 120 anos. Casado com Séfora filha 
de um grande sacerdote chamado Jetro de quem recebeu grande influência religiosa em sua obra; 
o Que obra? Foi ele que escreveu a primeira parte da Bíblia, ou seja, o Velho Testamento, a segunda 
fonte do Direito hebreu; 
o Este também é chamado de Pentateuco, que significa cinco livros ou Thora, lei escrita; 
Os livros são: 
1. Gênese = criação do mundo; 
2. Êxodo = fuga para Terra Prometida; 
3. Levítico = parte dedicada a família, em homenagem a um grande pater da época chefe da fam. Levi; 
4. Número = se refere à numeração dada as doze tribos; 
5. Deuteronômio = é a principal parte onde foram estabelecidas leis de conduta. 
• A terceira fonte do Direito hebreu é a Mischina - ensino – considerada como a lei oral que na realidade foi 
uma interpretação feita pelos rabinos. 
• O conjunto de fontes do Direito Hebraico recebe a denominação de Talmude – o ensinamento. 
• Instituem o dízimo, dar a Deus parte do rendimento dos fiéis, e o dia do descanso; 
• A Thora como toda Lei precisou de adaptação em razão da evolução, feitas pelos rabinos; 
• Além de sacerdotes os rabinos são tidos como comentadores das leis e suas interpretações formam a 
chamada Lei Oral, importante trabalho doutrinal que assemelha-se aos Jurisconsultos Romanos. 
• O Processo ocorria perante o público, de forma verbal. O réu possuía o direito de pedir nova decisão caso 
não esteja de acordo, buscando isso em um Tribunal superior; 
• Caso o processo torna-se tumultuado parava-se com tudo e oravam, jejuavam em busca de luz e 
purificação para solucionar o conflito; 
• Poder Judiciário: 
1. Tribunal dos Três = seus integrantes eram os “Schopletim” julgavam casos todos os casos de direito; 
2. Tribunal dos 23 = grau superior = recebia as apelações do anterior; 
3. Tribunal Superior = + ou – 70 juizes, com funçõesjurídicas e políticas. Interpretavam as leis. São 
doutrinadores que votavam apenas em casos de decisões especiais. 
• Destaque hoje aos Kibutz, chácaras ou sítios, socialistas que mantém a sociedade, proporcionam a seus 
integrantes casa, comida, escola, salário igual, creches, trabalho é conjunto, pagam a faculdade dos jovens 
e foram responsáveis pela criação dos limites; 
• Jerusalém é a cidade sagrada, em razão do muro das lamentações. 
 
Direito Muçulmano – Islâmico 
 
• Fonte: Alcorão, foi escrito por Maomé. 
• Foi Implantado em Meca 
• Islamismo, deriva de Islã, submissão a Deus, onde governo e povo são submetidos a Lei do Islã, Lei que 
vem de Deus. 
 
 
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• Consta na História que Maomé (Muhammad) recebeu revelações divinas, que lhes forma transmitidas pelo 
anjo Gabriel, nestas revelações estava incluso a História do Juízo final, estabelecendo recompensas aos 
fiéis e punição aos descrentes. 
• Em um primeiro momento atingiu somente parte da população, os pobres e os escravos. 
• Maomé defendia a crença em um único Deus Alá, e por isso sofreu perseguições e fugiu de Meca, indo se 
refugiar em Medina onde encontrou adeptos e estrutura financeira, o que fortaleceu e proporcionou um 
desenvolvimento da crença, sempre violentos a força foi outro método utilizado para a introdução do 
Islamismo. 
• Mais tarde em razão do grande número de adeptos e da força que havia se estruturado Maomé firmou um 
acordo com os Oligarcas - governo de poucas pessoas, grupo na direção pública - que permitiram a 
insta1ação oficial do Islamismo. 
• O Alcorão possui 114 suratas, artigos. 
• Que são escritos de maneira versada, através de versos, linguagem poética. 
• Foi construída em Meca a Kaaba – casa de Deus, local de adoração - considerado um centro de pregação. 
• Algumas disposições: 
1. Filhos adotivos não eram recebidos como os naturais; 
2. Pena para o boato, comunicação falsa; 
3. Poligamia permitida, onde o homem pode ter quantas mulheres poder sustentar; 
4. Mulher com situação de submissão total; 
5. Roubo e furto punido com o corte das mãos; 
6. As provas testemunhais são mais valorativas do que as provas documentais; 
7. Sucessão, filhos homens recebem o dobro do que as filhas mulheres; 
8. No caso de dissolução do casamento a mulher escolhe ficar com os bens ou com os filhos, a preferência 
de ficar com os filhos é masculina; 
9. Uso da Lei de Talião; 
• Com o desenvolvimento do Estado, a Religião Muçulmana interfere da vida de cada cidadão. 
1. Maneira de urinar 
2. Maneira de comer e beber, 17 princípios. 
3. Relações sexuais, 
4. Casamento contínuo e o casamento rapidinho; 
DIREITO GREGO ou HELÊNICO 
Local: Grécia Antiga 
Origem: Aqueus, Jônios, Cólios, Dórios; 
• Eupátrias = nobres, bem nascidos; 
• Períodos Históricos = I Micênio vai do surgimento da Grécia, fundação, até a criação das cidades-estados; 
II Período Arcaico, desenvolvimento das cidades e desenvolvimento do comércio marítimo; III Período 
Clássico, apogeu econômico e cultural e das grandes guerras; IV Período Helenístico, desenvolvimento 
militar, os militares assumem o poder. 
• Hoje vivem em uma Democracia Representativa, e sua base econômica é turismo; 
• Colocavam o conhecimento acima da fé. Foram os primeiros a racionalmente fazer a distinção entre religião 
e as demais áreas, mas isso nunca significou negá-la. 
• Foram grandes pensadores políticos e filósofos; 
 
 
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• Foram os primeiros a elaborar uma Ciência Política, ciência de governo, artes de dirigir as relações 
governamentais. Suas criações políticas foram exemplo e modelo para outras civilizações e para 
modernidade; 
• Neste plano político destaca-se as cidades–estados, chamadas de Polis, independentes entre si, o que se 
explique pelas dificuldades geográficas, ilhas, ou planícies, separadas por braços de mar; 
• Pluralidade de Direitos, vários Direitos; cada cidade tinha o seu próprio direito; havia uma multiplicidade de 
Direitos; 
• Unidade na cultura, na língua, na escrita, na religião e nos jogos esportivos Religião. 
• Crença no fogo sagrado, nos antepassados, Deuses lares, e nas coisas da natureza, Monte Olimpo, lugar 
de morada dos Deuses Ex: Zeus, Hera, Atena, Apolo, Afrodite; 
• Deusa da justiça, Diké, segurava a balança com as duas mãos o que representa a firmeza e as duas 
extremidades deveria estar em ângulo reto. Justiça, não possuía olhos vendados; 
• São Antropomórficos, vários deuses que se assemelham aos homens; 
• Família chamada de Genos, patriarcal; Mulheres inferiores e incapazes na Sucessão só herdam os filhos 
homens; 
• Educação: formação tinha que ser completa, física, intelectual e artística, começa aos 7 anos, em casa, 
depois eram entregues aos pedagogos; 
• Eclésia (Atenas) Ápela (Esparta) = Assembléias populares dela participavam os homens maiores de 18 
anos de idade; 
• Heléia, tribunal popular, escolhido por sorteio; 
• Gerúsia, conselho de anciãos, 28 membros, mais de 60 anos, elaboravam leis e decidiam sobre a política; 
• Éfocos, 5 membros fiscalizavam os costumes e tradições; 
• Possuíam um grande número de escravos, pois precisavam de tempo para se dedicar aos estudos políticos 
e filosóficos, eram os Hilotas. 
• Divisão social: 
1. Estamento; cidadãos gregos, nobres, pessoas que participavam da vida política, direitos transmitidos de 
pais para filhos; 
2. Estamento; Estrangeiros não pertenciam à vida pública, piriecos ou metecos; 
3. Estamento hilotas, escravos, realizavam todos os serviços manuais; 
• Esparta e Atenas, modelos de organização política; 
• Atenas: democrática, progressista, urbana, avançada intelectualmente e artisticamente, portos, comércio 
marítimo, jazidas minerais; 
Democracia, governo do povo. Era considerado cidadão grego aquele que era residente na cidade ou Demo, 
democracia é o governo dos demos dos municípios. 
A democracia Direta ou Clássica = significa que os membros da comunidade deliberam diretamente sem a 
interferência de representantes, possível em razão da população diminuta. 
A Ágora era a praça local de reunião para o exercício do poder político. 
Famosa pela Lei de Drácon, (legislador), primeira lei escrita grega, lei severa e que não protegia as camadas 
inferiores. 
• Esparta: Conservadora, agrícola, provinciana; militar, sempre prontos para guerra. 
Nos apresentam no Direito uma pluralidade jurídica, cada cidade possui o seu Direito, destaque: 
 
 
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I – Leis de Drácon = 621 a. c., criadas afim de combater os abusos sociais. 
I Lei escrita grega nasce e é aplicada somente na cidade de Atenas. 
Drácon foi um legislador e grande estudioso, encarregado de redigir ma legislação para cidade, 
até então orais. As leis eram severas, não atenderam as aclamações da sociedade, resultado 
crise política; Lei de Talião, pena de morte. Dracón deixa seu nome na História como sinônimo de 
severidade. (draconiana é a pessoa rigorosa, rígida, implacável, severa). 
II Leis de Sólon = em 594 a.C. Substitui a lei anterior. Sólon tb é um legislador e grande estudioso, foi indicado 
para redigir leis novas. Proibiu a escravidão por dívida. 
Era uma lei mais amena do que a anterior, na realidade elas são uma reformulação da anterior. Nasce e é 
aplicada em Atenas. Exigiu e fez um acordo com os governantes que esta ficaria em vigência por mais de 10 
anos. 
III Lei de Clístenes – em 506 a.c., institui o regime democrático com reformas políticas e administrativas. Divide 
a região de Atenas em 100 Demos, chefiada por um demarca, eleito por um ano. Foram criadas 10 tribos 
formadas por demos. Seu principal objetivo era a integração e a diminuição da plutocracia grega. Destaque as 
penalizações políticas. 
IV Lei de Licurgo = A única lei escritade Esparta. 
I Legislador Espartano, mais religioso do que jurídico, considerado um Deus, sua lei tida como divina o que 
contrariava a ideologia Grega de laicização, por isso em alguns momentos repudiada.. 
Pensadores de Destaque: 
• Platão – Nobre defendia a aristocracia, amigo de Sócrates, e fez de tudo para salvá-lo. Fundou a chamada 
Academia = destinada a pesquisa e ao estudo sistemático das ciências em geral. Presidiu a academia até a 
sua morte aos 80 anos de idade. 
A Academia foi a primeira idéia de Universidade, no Direito davam destaque a figura da Jurisprudência., 
Arcádia, Elis e Pirra. 
Possui ao todo 36 trabalhos, entre eles a “República” trata de direito, moral, filosofia, e ética. 
Foi o I a introduzir uma teoria do Estado, buscava o Estado ideal. 
Dizia que aprender é recordar, base da reencarnação. 
• Aristóteles estudou a psicologia, lógica, moral, a ciência, a política, biologia e literatura. 
 Chamado popularmente de “Peripotético” = peripato = passeio, ou seja ele ensinava andando. 
Conhecido por muitos como sendo o maior filósofo da humanidade. Discípulo de Platão. “Homem é um ser 
eminentemente social”. 
Cria por intermédio do termo politeia, a noção de “forma de governo” ou “constituição” nos quais administra os 
órgãos públicos. Estabelece três tipos de relação de poder: o do pai para com os filhos, do senhor para com o 
escravo e do governante para com o governado. 
Sempre defendeu a mediação, o meio entre dois extremos. 
• Sócrates - Ateniense, reto e incorruptível. 
 
 
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Criou a figura do “daimon”, demônio interior, onde pregava que o homem deveria conhecer a si próprio. 
Criou a “Maiêutica”, que se caracteriza por ser um processo pedagógico de fazer nascer perguntas, afim de 
obter um objetivo. Deu este nome ao processo em homenagem a mãe que era parteira = maiêutica é parir; 
Não aceitava que religião e política caminhassem juntas a fim de corromper o povo. Dizia que os Deuses nada 
trazem de positivo para seres humanos, a título de racionalidade, onde se deve buscar o racional, ou seja, 
explicações com fundamento para todas as dúvidas. 
Morreu frente a acusação de corromper a juventude, alguns levantam a possibilidade de homossexualismo, 
outros não levantam questões de influência política. Foi condenado a morte e morreu por envenenamento 
tomando cicuta, veneno mortal. Recusou por motivos morais, o auxílio de pagamento de amigos afim de livrá-lo 
da morte, fiança, tb. lhe propuseram a fuga , não aceitou teria que viver escondido em pátria outra o que para 
os homens antigos significava castigo maior que a morte. ( a pessoa deve ser enterrada em sua terra de 
origem). 
Seu tema de estudo no período antes de ser morto foi o da imortalidade da alma, um dos seus principais 
amigos Critão, a quem ele pede que mate um galo em homenagem ao Deus Esculápio, considerado o Deus 
dos males e da fadiga, por isso tb. Representa a Medicina. 
Direito Romano 
• Foi o direito que vigorou por 12 Séculos. 
• Caracteriza por ser o Direito Privado Romano, ou seja, trata diretamente do direito do homem particular. 
• É representado pelo Corpus Júris ou Iuris, Conjunto ordenado de regras jurídicas, reduzido a um só corpo, 
formado de várias partes, planejado no Século VI pelo Imperador Romano Justiniano. 
• É um marco histórico, antes do Direito Romano não se falava em Sistema Jurídico, só se emprega este 
termo após o D. Romano em razão da abrangência ou seja primeiro regional e depois nacional, em todo 
território do Império. 
 
Linha do Tempo = chamada também de períodos ou fases de desenvolvimento. Ela é dividida segundo alguns 
autores pelo critério político, outros pelo conteúdo das normas vistos de forma cronológica. 
Realeza - 753 - 510 ac 
República - 510 - 27 ac 
Alto Império - 27 ac - 284 dc 
Baixo Império - 284 – 565 dc 
Bizantino - 565 – 1453 dc 
 
O estudo começa com a formação da cidade de Romana = Roma 
Era considerada cidade por excelência, ou a cidade invicta, 
 Cidade para os Romanos era chamada de = Urbs, fundada em 753 antes de Cristo. 
A Formação de Roma: deu-se em um território formado por pântanos e estendeu-se até as margens do Rio 
Tibre, em um primeiro momento era apenas um pequeno centro rural. 
A Lenda: os gêmeos, Remo e Rômulo, alimentados loba, fundaram a cidade e Rômulo tornou-se após a morte 
do irmão o primeiro rei de Roma. 
O povo romano é considerado um povo ambicioso, organizado e grandes militares, possuíam legiões, eram 
grupos militares de 4000 à 6000 homens. 
 A sociedade era “plutocrática” ou seja, à vontade dos ricos é que prevalecia. 
Diversão: 
 
 
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Circos = Na cidade de Roma, a título de diversão surgiram no decorrer da história os circos, lugares destinados 
as corridas de cavalos, bigas, carros puxados por dois cavalos, ou as quadrigas, carros puxados por quatro 
cavalos, no circo tb se assistia a lutas. EX: Circo máximo. 
Anfiteatros, o mais famoso é o Coliseu, onde ocorria às lutas de gladiadores, primeiro eram prisioneiros de 
guerra que postos a lutar com feras, posteriormente eram militares, existindo até mesmo escola de gladiadores, 
local tb. Destinado a espetáculos de domadores. 
Termas, local público, com comércio, biblioteca, onde os romanos reuniam-se para conversar. Ex: termas de 
caracalas 
 
Ius ou Jus - vocábulo em latim que representa o Direito, mas não significa. Ius ou Jus significa sagrado, não 
em razão da religiosidade, sim em razão da importância, do valor do Direito para o cidadão e par Civilização 
Romana. 
 
Capacidade Jurídica de gozo = é a capacidade de Direito, significa a aptidão do homem para ser sujeito de 
Direitos e Obrigações. 
Cidadania = Status Civitatis, só era garantida ao cidadão Romano = Precisa ser um cidadão Romano. 
Situação Familiar = Status Familae = Precisa ser Independente, ou seja, não pertencer mais ao Pátrio Poder. 
Liberdade = chamado de Status Libertatis, pois os homens eram livres ou escravos. 
 
 Os três grandes Direitos de um Romano: Direito de participar do exercito, Direito de pagar impostos e 
Direito de voto. 
 
Observando os Períodos de Desenvolvimento: 
REALEZA. 
1. REX = REI, período em que Roma foi governado por Reis. Foram ao todo sete reis. 
O Rei tinha o Poder de IMPERIUM, poder de dar ordem e de se fazer obedecer, o poder imperava prevalecia. O 
Ia Rei foi Rômulo. 
POVO = A grupavam-se os habitantes da cidade de Roma em 2 categorias bem distintas e opostas PATRICÍOS 
e PLEBEUS, destaca-se a existência tb dos CLIENTES. 
PATRÍCIOS = são homens livres descendentes de homens livres que se acham agrupados em clãs familiares, 
do tipo patriarcal. 
PLEBEUS = estão em posição de inferioridade, sob proteção do rei, habitam a cidade, mas não fazem parte da 
organização social. Primeiramente não possuem direitos, mas também não tem deveres. 
CLIENTES = de origem diversa, grupo de pessoas agregadas aos patrícios. São estrangeiros, refugiados em 
Roma, ou escravos manumitidos pelo pater = libertados. 
Os Patrícios reuniam-se em assembléia para a votação de Leis, estas eram chamadas de “COMITIA 
CURIATA”, num recanto chamado de FORUM = as leis votadas recebem o nome de LEGES CURIATAE, onde 
a unidade de voto é a Cúria. 
Os Plebeus após terem sido admitidos como cidadãos romanos, reuniam-se tb. Em assembléia chamada de 
“COMITIA CENTURIATA”, onde a unidade de voto é a Centuria. 
• REFORMA DE SERVIO TÚLIO = penúltimo Rei de Roma, que introduz profundas mudanças na situação 
da Plebe, em razão DA DISCREPÂNCIASOCIAL É A LUTA ENTRE CLASSES. 
Sérvio Túlio luta para incorporar a plebe à cidade, para isso realiza o I Recenseamento da História, contando as 
pessoas e seus bens. 
 
 
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Acaba com a divisão da sociedade, determinando que todos os que têm bens integram a sociedade Romana e 
podem pagarimpostos, servir ao exercito e praticar o comércio. 
Foi uma reforma social, militar, financeira e política. 
 
 
REPÚBLICA = 510 - 27 ac 
Instalação: Revolução Liderada por BRUTUS e COLATINO, que derrubaram a Realeza e implantaram a 
República, a fim de retomar as rédeas. 
Poder Político = Senado = 300 Senadores 
Tb. Com a função de ratificar ou confirmar as leis aprovadas pelo Povo. 
Povos = Patrícios e Plebeus (Clientes, chamados de peregrinos, são os estrangeiros/ Agregados e 
Escravos = RES = coisa). 
• TRIBUNO DA PLEBE = a classe trabalhadora era bem mais numerosa que a classe de patrícios, em razão 
das insatisfações sociais retiram se da cidade deixando tudo parado, foi uma retirada em massa ao Monte 
Sagrado, paralisando a cidade, é a primeira greve registrada da humanidade. 
 Preocupados os patrícios mandam um negociador chamado de Menêmio Aripa, que vai negociar, surgindo daí 
o tribuno da Plebe = magistrados encarregados de defender a plebe em qualquer circunstância. Representante 
da plebe no senado. Alta responsabilidade deveria dormir de portas e janelas abertas, o que simboliza proteção 
incondicionada. 
 
MAGISTRADOS MAIS IMPORTANTES = Em razão do crescimento do Estado (Império), surge uma 
quantidade considerável de cargos públicos. Eleitos por um ano, dotados de poder em nome do estado, Poder 
de Imperium e Ius EDICENDI = poder de expedir editos, chamados de magistrados. 
Cônsules = magistratura suprema como governantes de Roma, onde Roma é governada por 2 (dois) Cônsules, 
ao invés de reis do período anterior agora o poder está com os Cônsules, eleitos tb. Por um ano e governando 
alternadamente, um cada mês. Os dois primeiros foram Brutus e Colatino. 
O Cônsul no poder detinha o poder de imperium e o outro o poder de Intercessio poder de vetar as ações 
daquele que está no cargo. 
Em casos de ameaça de perigo para o Estado, o Cônsul no poder revestia –se de poder absoluto tornando-se 
um ditador perdendo o segundo a interferência. 
Censores = magistrados encarregados de realizar o recenseamento. A escolha dos senadores e a fiscalização 
dos costumes. 
Questores = magistrados encarregados da administração financeira e da guarda do tesouro. 
Edis Curis = encarregados da função de policiar a cidade fiscalizar os gêneros alimentícios e o comércio em 
geral. 
Pretores = magistrados encarregados de aplicar o direito e distribuir a justiça são os mais importantes da época. 
Praefecti iure dicundo = Delegados dos pretores nas províncias 
Governadores Províncias = governar as províncias, aplicar o Direito e distribuir a Justiça. 
Ditactor = Poder absoluto em casos de perigo interno ou externo. 
 
 
Lei da 12 Tábuas = Teve origem na insatisfação social em razão das grandes dif. entre os patrícios e plebeus. 
Data 476 a.c. 
 
 
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Primeiramente foram criadas 10 Tábuas ou Leis, que quando analisadas pelos jurisconsultos, estes concluíram 
que estavam incompletas era necessária a criação de + duas. Elas foram colocadas em praça pública, ou seja, 
no Fórum até um incêndio que as destruíram. 
Possuíam caráter privado, público, Sacro e Processual Civil. Tidas como a fonte suprema de todo Direito 
Privado e público. 
Depois do incêndio as Tábuas foram reconstruídas integralmente, isto foi possível porque foram 
exaustivamente utilizadas sendo então decoradas. Seu conteúdo deixa claro o sentido prático, imediatista e 
violento do povo Romano. 
 
INTERPRETATIO PRUDENTIUM ou RESPONSA PRUDENTIUM = 
Significa interpretação ou resposta dos prudentes chamados tb. De jurisconsultos = pessoas encarregadas de 
dar consultas orais ou escritas, e assistir juridicamente os clientes no processo, na redação de atos jurídicos. 
Realizavam a função de preencher as lacunas do Direito, ajustando-o no tempo. Surge a figura da 
Jurisprudência não com significado de hoje. Em Roma é a interpretação dos prudentes e jurisconsultos o que 
hoje se aproxima a figura da doutrina. 
Jurisprudência hoje = é uma uniformidade de decisões a respeito de um caso determinado, é fundamentação 
de valia legal, que pode o juiz adotar ou não em razão do “Princípio da Autonomia Funcional”. 
 
 Edicta Magistratuum = Editos dos Magistrados = os editos eram considerados como uma plataforma de 
trabalho. 
Estes editos originaram um Ramo do D. Romano que se chama Direito Pretoriano = Direito Honorário ou de 
Honra 
 
Edito do Pretor = Foi o magistrado mais importante, seu edito primeiro era feito de forma oral, depois começou 
a ser escrito em preto e vermelho em uma tábua pintada de branco, que se chamava de Álbum. 
Estavam divididos em: Edito do pretor Urbano: expedidos pelos pretores que trabalhavam em Roma, 
Edito do pretor Peregrino: expedido pelo pretor dos estrangeiros, cuidava dos casos que envolviam cidadãos 
Romanos e estrangeiros. 
Edito do pretor Perpétuo: feito para prevalecer por um ano período do mandato. 
Edito Repentino: era o de emergência para casos especiais não previstos. 
Edito Traslaticium: Parte do edito anterior do pretor anterior pelo novo pretor , é aproveitada. 
Equidade: significa Igualdade, onde os juristas romanos resolveram que casos iguais seriam resolvidos de 
forma igual. 
 
 
ALTO IMPÉRIO ou PRINCIPADO - 27 Antes de Cristo - 284 Depois de Cristo. 
Um dos principais fatos deste Período foi em 212 depois de Cristo, através do Imperador Caracalas que fez o 
“Edito de Caracalas” que veio conceder a cidadania romana a todos as pessoas que integravam o Império, que 
se encontravam nos seus limites; 
• Príncipe e senado governam juntos; 
Príncipe é considerado sagrado e inviolável, possui poderes de chefe supremo; 
Poder de Tribunício = recebido do povo ao ser coroado; 
Fontes do Direito no Alto Império: 
 
 
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Costume = prática reiterada; 
Lei: Leges Datae = aparecem no final do Período da República, eram leis baixadas por um magistrado em 
razão do seus poderes para favorecer uma pessoa , um grupo, município ou província nestes dois últimos 
casos como espécie de estatuto. 
Leges Rogatae = leis rogadas, leis iniciadas pela proposta de um magistrado; 
Senatusconsultos = são as medidas legislativas tomadas pelo senado; São medidas feitas a pedido do príncipe 
que não são discutidas são automaticamente aceitas; 
Editos = anteriores, mas com valoração diminuta do que a do período anterior; 
6. Constituições Imperiais = emanam do Príncipe, mas são formuladas por jurisconsultos de importância da 
época em nome deste; O que agrada o Imperador tem força de Lei; Se dividem: 
Edicta = ordens em geral. 
Mandata, orientações do Imperador a seus funcionários administrativos; 
Decreta, são sentenças, ou decisões que o Imperador toma como juiz nos casos de grande importância que a 
ele são submetidos; 
Rescripta, respostas as consultas feitas ao Imperador por magistrados e pelo senado; 
 Responsa Prudentium = resposta ou as interpretações feitas pelos jurisconsultos, agora com a obrigação de 
serem escritas e assinadas, deixam de ser orais; 
Grandes Jurisconsultos Romanos; 
Período em que se formam em Roma escolas de Jurisconsultos antagônicas que por intermédio das freqüentes 
disputas enriqueceram ainda mais as suas interpretações e estudos; ocupavam lugar de destaque e eram 
respeitados por todos; 
Gaio = um dos mais notáveis, sua obra máxima “Os Comentários”; que serviu de modelo ao Corpus Iuris; 
Papiano, considerado o príncipe dos Jurisconsultos, seus pareceres sempre prevaleciam; 
Ulpiano, culto, e preferido dos magistrados; 
Paulo, e Modestino; 
 
 
BAIXO IMPÉRIO - 284 – 565 depois de Cristo. 
Período em que a Civilização Romana começa a entrar em declínio. 
As grandes conquistas, um dos motivos de glória do período anterior, agora passa a ser um dos motivos de 
derrocada. O Império não consegue manter mais suasfronteiras protegidas, ocorre uma crise no exército, 
ocorre uma série de epidemias etc... 
O Imperador Teodósio I divide o Império em dois, como uma tentativa de sobrevivência. Império Romano do 
Ocidente, capital Roma, e Império Romano do Oriente, capital Constantinopla. O primeiro é tomado em 476 
depois de Cristo, e o segundo, ultrapassa o Baixo Império e chega até o Período Bizantino, chamado pela 
História geral de Idade Média. 
• O grande marco do Baixo Império foi à realização do compilado de Direito Romano o Corpus Iuris, feito por 
ordem do Imperador Justiniano. Principal fonte de todo Sistema Jurídico Romano. 
Direito da Idade Média 
• Idade Medieval – início queda do Império do Ocidente até a tomada de Constantinopla, Império do oriente. 
 
 
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• Para muitos autores significa, ou seja, é o sinônimo de atraso, ignorância. Período de grandes invasões; Os 
autores ligados ao Direito Romano mencionam como sendo a fase do Direito Bizantino, onde figura o 
Direito Vulgar Romano, onde ocorre todo um retroceder do Direito Romano, eles deixam para trás tudo 
aquilo que criaram e desenvolveram em trono do direito, ocorre uma grande miscigenação de raças em 
razão das grandes invasões, onde os principais invasores eram os: 
I – os germanos- de origem indo-européia, anglos, saxões, etc... 
II – os celtas, povos da área da escócia, Irlanda; 
III – os eslavos – área que hoje é a Rússia. 
IV – os árabes – Arábia Saudita 
• Visigodos, Ostrogodos, Lombardos e os Francos, onde a principal invasão foi a da Gália hoje França. 
• Ocorre também uma grande dificuldade de comunicação entre estes povos o que faz surgir em torno do 
Direito o chamado “Princípio da Personalidade do Direito” onde os indivíduos vivem de acordo com as 
regras jurídicas de seu povo, tribo, raça. Com o princípio da personalidade do Direito volta-se a ter o 
“Pluralismo de Direitos” e desaparece novamente a unidade do Direito. 
• Apesar do Império Romano ter decaído este não desaparece continua existindo através das 
jurisprudências, ou seja, as jurisprudências romanas eram de grande valia, só que agora com uma 
característica própria da época, observando os costumes de cada local levando em consideração a origem. 
• Surge então a figura do Feudalismo = é um regime medieval em que o poder real era dividido entre os 
nobres, tomando por base o poderio territorial. O território europeu se transformou em uma diversidade de 
Feudos = propriedade territorial sob o domínio de um senhor economicamente auto-suficiente. São 
comandados por senhores feudais, que possuíam exércitos próprios e poder judicial. 
• O feudalismo admitia que o direito de governar era privilégio de quem possuísse terras. 
• Desaparece a figura das grandes famílias, clãs ou genos e surgem os feudos onde o senhor feudal ocupa 
os mesmos papeis que anteriormente são do pater-familias. São nobres que possuem autonomia. 
• A figura dos grandes reis continuam existindo só que agora com poderes figurativos ou seja perdem força e 
são mantidos pelos senhores feudais os quais tb mantém a assistência bélica. 
• É o período onde surge às chamadas vendettas = são as soluções dos 1litígio (conflitos), 
• O período feudal se caracteriza por ser um período sem legislação única e oficial, o que predominava na 
época era a concessão de privilégios de senhores para senhores feudais dependendo da importância 
destes que se valorizava em trono dos bens. A sociedade continua sendo plutocrática = prevalece a 
vontade dos ricos. 
• O costume é a única fonte do direito; onde ocorre uma infinidade de costumes locais, sem nenhum escrito 
jurídico. 
• Existiram na época os chamados Tribunais Feudais = faziam parte os senhores feudais mais abastados, 
de maior respaldo os quais não sabiam ler nem escrever, era um conjunto de juizes que julgava os casos 
que envolvia litígios entre feudos. De forma interna cada senhor feudal julgava dentro do seu feudo. 
• Os clérigos possuíam autoridade para absolver os pecados. 
• Cristianismo tornando-se oficial alastrou-se e assim tornou-se a única instituição internacional a existir, isto 
é que possibilitou que a religião desenvolve-se o seu próprio sistema jurídico = direito único e 
abrangente, que atinge uma grande coletividade. 
 
 
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 Junto ao Direito Feudal = marcado pela pelo princípio da Personalidade do 
Direito, retorna-se ao Pluralismo Jurídico; 
Surge o Direito Canônico = 
É produto da Religião Católica Romana, onde as principais figuras são os clérigos = pessoas que 
pertencem à religião católica, eram os únicos que sabiam a arte da escrita, foram grandes 
senhores feudais donos de + de 80% das terras da Europa, desfrutavam de grandes riquezas. 
Única classe letrada da época. 
· O catolicismo se instala em Roma e faz desta o centro irradiador para toda a Europa. Nos 
primeiros tempos a religião católica era considerada apenas uma seita judaica. 
 
 
• As fontes do Direito católico são: 
1. A bíblia, livro sagrado escrito por símbolos, através de simbologia, que interpretada era retirado os 
preceitos divinos virando material doutrinário, reconhecido dentre as noções de Direito. 
2. “Ius Divinium” = vontade de Deus que emanava das autoridades da religião, 
3. Legislação Canônica = são as decisões eclesiásticas reunidas em compilações que recebiam o nome 
de Coleções canônicas. 
4. Cânones = são as decisões dos concílios = assembléias gerais sacras 
5. Constitutiones = são os escritos do Papa respondendo as consultas feitas a ele. 
6. Costume = ser seguido mais de 30 anos, ser razoável e ser legítimo ou seja de acordo com a 
instituição religiosa. 
 
 
 
 
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· Caráter ecumênico = está ligado ao sentido de universalidade, significa que a religião 
católica coloca-se como a única religião verdadeira para dos homens, o catolicismo tenta impor 
sua concepção ao mundo inteiro. 
· A unidade e a uniformidade do Direito canônico eram proclamadas pelo Papa = autoridade 
maior; o I São Pedro, 
· É o direito marcado pelas “Ordálias” = onde a Justiça era feita apelando a Deus, eram as 
provas jurídicas os chamados juízos divinos, eram provas cruéis que geralmente levava os réus a 
morte. EX: ordálias do Fogo, ordálias do Monte, ao passar do tempo os religiosos foram 
aperfeiçoando-se nestas técnicas. 
• Tribunais Eclesiásticos = compostos de religiosos que julgavam os litigiosos da época. (entre eles e nobres 
a busca sempre era pela conciliação). 
• “Privilegium Fori” era o privilégio que os religiosos tinham de serem julgados somente por religiosos 
chamada tb de Decleresia. 
 
• Fala-se na presença de duas competências; 
 
Competência Ratione Personae = era a exclusividade de julgar os religiosos, os cruzados, os membros da 
Universidade, e os miseráveis, viúvas e órfãos. 
 
Competência Ratinoe Materiae = exclusividade de julgar, os casos penais, de família, infrações contra a religião 
e sucessão. 
 
• Igreja / Estado = sempre buscaram associação, 
 
 
 
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Entraram em conflito em relação às escolhas das autoridades Religiosas que em um primeiro 
momento eram escolhidas pelos nobres e depois existe toda uma luta para que estes sejam 
escolhidos entre os religiosos este fato deu origem a chamada “Concordata de Worns” = recebe 
este nome em razão da cidade o qual a concordata foi assinada, onde os bispos passam a ser 
escolhidos através de eleição no clero = corporação de sacerdotes que pertencem a religião 
católica, de cada diocese = circunscrição territorial sujeita a administração eclesiástica de um 
bispo. Em contrapartida davam estes religiosos investiduras espiritual ou divina aos nobres. 
 
• Cruzadas Cristãs = nos séculos 12 e 13, a Europa Cristã empenhou-se

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