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VALMIR RANGEL BACEN TEC D.ADMINISTARTIVO Apostila Módulo II

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ACADEMIA DO CONCURSO PÚBLICO 
BANCO CENTRAL DO BRASIL 
TÉCNICO ADMINISTRATIVO 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Módulo II 
AGENTES ADMINISTRATIVOS 
SERVIDORES PÚBLICOS EM SENTIDO AMPLO 
SERVIDORES PÚBLICOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88 – art. 37/41 
Prof. Valmir Rangel 
 
MATERIAL COMPLEMENTADO COM CONTEÚDO MINISTRADO EM SALA DE AULA 
 
 
1. REGIMES JURÍDICOS DE PESSOAL 
 
 Denomina-se regime jurídico o conjunto de normas e princípios que regem um determinado instituto jurídico 
(exemplo: contratos.) ou uma determinada relação jurídica. No contexto específico, busca-se identificar qual o regime 
jurídico aplicável nas relações existentes entre as diversas categorias de agentes administrativos e a administração a 
qual se vinculam. 
 
 1.1 Regime Jurídico Legal/Normativo (Estatutário) 
 
 Trata-se do regime jurídico aplicado na relação jurídica que se estabelece entre a Administração Pública e 
os servidores ocupantes de cargos públicos (servidores públicos em sentido estrito). 
 
 O regime é pautado em leis e em atos administrativos que regulamentam a aplicação das leis. Em tal regime 
é comum a presença de uma lei central que recebe a denominação de Estatuto, e por isso, costuma-se fazer 
referência aos ocupantes de cargos públicos como "Servidores Estatutários". 
 
 Em função da autonomia administrativa que é própria das Entidades de Federação, essa lei geral (Estatuto) 
tem aplicação para todos os ocupantes de cargos dentro da respectiva Administração Pública (Federal, Estadual, 
Municipal ou Distrital), cujo regime jurídico é complementado por leis e atos normativos específicos para cada espécie 
de cargo público, conforme a natureza de suas atribuições, cujas regras poderão afastar a incidência de determinados 
normas estatutárias, quando forem incompatíveis. 
 
 O regime jurídico legal é próprio das Pessoas Jurídicas de Direito Público - Administração Direta, Autárquica 
e Fundações de Direito Público - onde encontram-se presentes os cargos públicos. 
 
 1.2 Regime Jurídico do Emprego Público ou Contratual (Celetistas) 
 
 É o regime jurídico aplicável aos ocupantes de empregos públicos no âmbito da administração pública. Tais 
servidores celebram um contrato de trabalho com a entidade administrativa que passam a estar vinculados, 
fundamentado nas lei trabalhistas, cuja norma principal é a CLT (Consolidação das Lei do Trabalho), razão pela qual 
são denominados vulgarmente de “celetistas” da administração pública. 
 
 O regime trabalhista é próprio das pessoas jurídicas de direito privado na administração pública, mais 
especificamente nas empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas de direito privado. Mas 
também é possível a presença de servidores vinculados à pessoas jurídicas de direito público (Administração Direta e 
Entidades Autárquicas) sob o regime trabalhista, apesar de ser incomum. 
 
 Convém anotar, desde já, que a investidura em emprego público depende de prévia aprovação em concurso 
público de provas ou provas e títulos (art. 37 II da CF), acarretando vinculação ao Regime Geral de Previdência Social 
(RGPS – art. 40 §13 da CF) e titularidade de todos os direitos sociais previstos no art. 7º da CF, destinados aos 
trabalhadores em geral. 
 
 1.3 Regime Jurídico Especial (Terceiro Regime) 
 
 É o regime aplicável aos contratados por tempo determinado para atender necessidade temporária de 
excepcional interesse público, na forma do art. 37, IX da Constituição. Este regime especial deve ser estabelecido por 
lei de cada uma das Entidades de Federação para suas respectivas administrações públicas. 
 
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 A forma de seleção dos contratados temporários não está vinculada à realização de Concurso Público, 
sendo admitido, na forma da Lei, a realização Processo Simplificado, admitindo-se inclusive a análise de curricular. 
Contudo, tal flexibilidade não afasta a possibilidade de realização de Concurso Público, a critério da autoridade 
competente, em respeito ao princípio da igualdade e da impessoalidade, o que é algo comum de se observar na 
prática. 
 
 Na administração pública federal, o regime de contratação de temporários está disciplinado pela Lei nº 
8.745/93, para os temporários da União. Sendo certo que Entidade da Federação tem autonomia para criar suas leis 
próprias fixando o regime dos temporários contratados. 
 
 O regime de previdência a que estão vinculados é o Regime Geral, na forma do art. 40 §13 da CF. 
 
 1.4 Direito à Regime Jurídico X Direito às Regras o Regime Jurídico 
 
 Constitui entendimento majoritário na doutrina de que é direito do agente administrativo a manutenção do 
regime jurídico pelo qual estabeleceu o vínculo inicial com administração pública, ou seja, se o servidor foi admitido 
sob o regime legal (estatutário), a administração não pode modificar tal regime de forma unilateral – para o trabalhista 
por exemplo. Para tal modificação seja produzida, é necessário a concordância do servidor. O mesmo ocorre para 
aqueles que foram admitidos pelo regime trabalhista (celetista). 
 
 O mesmo não ocorre em relação às regras do regime jurídico legal (estatutário), que podem ser modificadas 
unilateralmente pelo legislador ou pelo administrador, em se tratando de atos normativos que complementam as leis, 
no último caso. Ou seja, o servidor “estatutário” não tem direito à manutenção das regras vigentes no momento em 
que foi admitido, devendo se adequar e submeter às modificações legais ou normativas posteriormente promovidas, 
ressalvados os direitos já adquiridos no momento da alteração do regime. 
 
 Já no caso das regras do regime trabalhista ocorre disciplina distinta, pois o que vige é o contrato de 
trabalho, que, em regra, não pode ser alterado sem a concordância das partes. É necessária uma análise do caso 
concreto, a luz das cláusulas constantes no contrato de trabalho e dos princípios que norteiam as relações 
trabalhistas, para uma análise sobre a incidência, ou não, de regras modificadas do regime trabalhista, tema próprio 
do Direito do Trabalho. 
 
2. ASPECTOS CORRELATOS AOS REGIMES JURÍDICOS DE PESSOAL 
 
 2.1 Obrigatoriedade de Adoção de Regime Jurídico Único 
 
 Visando melhor organizar o regime jurídico dos servidores públicos, a Constituição Federal de 1988, em sua 
redação original, determinou que as Administrações Públicas deveriam estabelecer uma Regime Jurídico Único para 
todos os servidores da Administração Direta, Autárquica e e Fundacional (art. 39 da CF, redação original). 
 
 Diante de tal comando, as Administrações deveriam enquadrar seus servidores em um único regime jurídico 
- “estatutário ou celetista” - ao seu livre entendimento. A grande maioria das Entidades da Federação optou pelo 
regime estatutário, fundado na lei. A Administração Federal seguiu essa linha com a edição da Lei nº 8.112/90. 
 
 Com o advento da Emenda Constitucional nº 19/1998, foi alterada a redação do caput do art. 39 da CF, 
excluindo a necessidade de adoção de um regime jurídico único para os agentes da Administração Direta, das 
autarquias e para as fundações públicas de direito público. Com fundamento nessa alteração, a União editou a Lei nº 
9.962/00, disciplinando a contratação de pessoal nas pessoas jurídicas de direito público pelo regime de emprego 
público. 
 
 Contudo, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 2.135/DF, o Supremo Tribunal 
Federal (STF) suspendeu a liminarmente a eficácia da redação do caput do art. 39 da CF dada pela EC nº 19/1998, 
restaurando a redação inicial que determinava a existência de um Regime Jurídico Único. 
 
 Cabe destacar que, na forma da decisão liminar do STF, a Lei nº 9.962/00 continua sendo aplicável para o 
pessoal eventualmente contratado antes de sua suspensão (02/08/2007), sob o regime do emprego público na 
administraçãodireta, autárquica e fundacional Federal. Mas hoje voltou a vigorar a obrigatoriedade do Regime 
Jurídico Único. 
 
 2.2 Requisitos Constitucionais para o Acesso 
 
 Segundo o art. 37 II da CF, os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei. 
 
 No que tange ao regime do cargo público na administração federal, os requisitos para investidura em cargo 
público vem estabelecidos no art. 5º da Lei nº 8.112, bem como as hipóteses em que um estrangeiro poderá ser 
investido em cargos públicos federais, na forma do art. 5º §3º do mesmo estatuto. 
 
 2.3 Acesso aos Deficientes Físicos (Portadores de Necessidades Especiais - PNE) 
 
 A Constituição da República, na forma do seu art. 37 VIII, determinou que lei deverá reservar percentual dos 
cargos e empregos públicos para pessoas portadoras de deficiência, e definirá os critérios de sua admissão. 
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 No âmbito federal, a Lei nº 8.112/90, em seu art. 5º §3º, prevê a destinação de até 20% das vagas, devendo 
também ser levado em consideração a natureza das atribuições do cargo em conjunto com a deficiência do candidato 
no caso concreto, a depender de perícia. 
 
 Cabe destacar que o Decreto nº 3.298/99, a pretexto de regulamentar a Lei nº 7.853/89, estabelece um 
mínimo de 5% de vagas para Deficientes Físicos em concurso públicos em geral. 
 
 Ressalte-se que nem todo concurso deverá destinar vagar para deficientes físicos, pois determinados cargos 
exigem a capacidade física plena (como por exemplo os cargos de Policial), não admitindo, assim, a investidura por 
portadores de deficiência física. Mas é certo que essa verificação deve ser desenvolvida a luz do caso concreto e 
sempre dará margens para discussões. 
 
 2.4 Acumulação Remunerada de Cargos, Empregos e Funções Públicas 
 
 Conforme determina a Constituição Federal, em seu art. 37 XVI e XVII, é vedada a acumulação remunerada 
de cargos, empregos e funções públicas, na administração direta e indireta, de qualquer dos poderes, da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
 
 Contudo, existem algumas hipóteses em que a Constituição (e somente ela poderá fazê-lo) admite a 
acumulação de cargos, empregos ou funções públicas. Nas seguintes hipóteses e desde que preenchidos o requisito 
da Compatibilidade de Horários: 
 
 a) Dois cargos de Professor; 
 b) Um cargo de Professor com outro técnico ou científico; 
 c) Dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. (EC nº 
34/01) 
 
 A compatibilidade de horários será reconhecida quando houver possibilidade do exercício das duas 
funções, em horários diversos, sem prejuízo do número regulamentar de horas de trabalho determinado para cada 
uma. 
 
 Importante: A Constituição, em seu art. 37 §10 também vedou a percepção simultânea de proventos de 
aposentadoria com remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvando os cargos acumuláveis previstos 
na própria constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e 
exoneração. 
 
 Ou seja, se um aposentado quiser voltar ao serviço público e não estiver dentro das hipóteses citadas, terá 
que abrir mão dos seus proventos de aposentadoria. 
 
 Em relação a exercício de Mandato Eletivo, como será visto a seguir, a constituição admite o exercício do 
mandato de vereador cumulativamente com as atribuições do cargo público se houver compatibilidade de horários, 
forma do art. 38. 
 
 O estatuto da administração pública federal – Lei nº 8.112/90 - tece disciplina sobre o tema em seus artigos 
118 a 120, e impõe responsabilidade para quem ocupar mais de uma função pública remunerada de forma ilegal, 
conforme art. 132 XII e art. 133. 
 
 2.5 Concurso Público 
 
 A aprovação prévia em concurso público é obrigatória para investidura em cargo público efetivo e emprego 
público (art. 37 II da CF), sendo facultado no regime de contratação temporária, e dispensado para os cargos em 
comissão, que são de livre nomeação e exoneração, a critério da autoridade competente. 
 
 O concurso poderá ser de provas ou de provas e títulos, nunca exclusivamente de títulos. É importante 
esclarecer que títulos são qualificações consideradas relevantes para o preenchimento de cargo específico, devendo 
estar previsto no edital de abertura do concurso, o qual deve atribuir determinada pontuação para os detentores de 
tais qualificações, aspecto de provavelmente irá influir na classificação final do concurso. 
 
 O prazo de validade do concurso, que deverá vir previsto no edital de abertura, será de até dois anos, a 
contar de sua homologação, podendo ser prorrogado o prazo por uma única vez, por igual período, a critério da 
autoridade competente. Dentro do prazo de validade do concurso é que poderão ser nomeados os candidatos 
aprovados. (art. 37 III da CF/88) 
 
 Em regra, um novo concurso para o mesmo cargo somente poderá ser realizado no prazo improrrogável do 
primeiro concurso, como prioridade de nomeação para os aprovados do primeiro concurso, até a extinção de seu 
prazo de validade (art. 37 IV da CF). No caso de inexistirem aprovados do primeiro concurso ou caso todos tenham 
sido nomeados, não existirá tal proibição 
 
 Cabe destacar que o estatuto federal – Lei nº 8.112/90 -, nesse ponto, restringiu ainda mais a possibilidade 
de realização de novo concurso para o mesmo cargo, ao estabelecer, em seu art. 12 §2º, que “Não se abrirá novo 
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concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado”. Dessa forma, o 
candidato deve ter muita atenção no enunciado da questão para identificar se o tema está sendo cobrado sob a ótica 
da Constituição ou da Lei nº 8.112/90. 
 
 Outro tema em destaque no estudo sobre concurso público é a natureza do direto daquele candidato que 
fica classificado dentro do número de vagas previstas no edital de abertura. O entendimento jurisprudencial antigo era 
no sentido de que esse candidato não teria direito à nomeação, sendo detentor apenas de expectativa de direito, ou 
seja, a nomeação dependeria de eventual interesse público relacionado à admissão de pessoal, hipótese em que a 
administração deveria seguir rigorosamente a ordem de classificação do concurso. 
 
 Conduto, decisões jurisprudenciais mais atuais tem afirmado categoricamente que o candidato classificado 
dentro do número de vagas previstas no edital tem direito subjetivo à nomeação, pois o interesse público estaria 
presente já com a simples previsão do número de vagas no edital, podendo o candidato se valer do Poder Judiciário 
para ter garantida sua nomeação, caso não tenha sido nomeado dentro do prazo de validade do concurso, aspecto 
sedimentado pelo STF no Recurso Extraordinário 598099, de 08/11, da Relatoria do Ministro Gilmar Mendes, em 
homenagem ao Princípio da Proteção à Confiança do Administrado. Segue decisão do STJ seguindo o entendimento 
mais atual, como exigência em concurso público: 
 
 
(STJ) SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - INFORMATIVO 461 – 01 a 04 de Fevereiro de 2011 - SEGUNDA 
TURMA 
CONCURSO PÚBLICO. VAGAS. EDITAL. 
A Turma reafirmou que o candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas 
previstas em edital tem direito líquido e certo à nomeação e à posse no cargo. Precedentes 
citados: RMS 31.611-SP, DJe 17/5/2010, e AgRg no RMS 30.308-MS, DJe 15/3/2010. REsp 
1.220.684-AM, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 3/2/2011. 
 
 
 Cabe ressaltar também que a violação das regas do concurso tem como consequências a nulidade do ato 
de provimento e a punição da autoridade responsável, conforme expressa previsão constitucional (art. 37 §2º). 
 
 
 2.6 Justiça Competente para Solução de Litígios entre Servidor e AdministraçãoOs ocupantes de cargos públicos federais terão seus litígios, decorrentes de sua relação com a 
Administração Pública Federal, processados e julgados pela Justiça Federal. 
 
 Já as pendências entre ocupantes de cargos públicos estaduais, municipais e do Distrito Federal, e as 
respectivas administrações, terão como foro competente para solução dos litígios a Justiça Comum Estadual e do 
Distrito Federal, respectivamente. 
 
 De outro modo, toda a pendência judicial que envolva o empregado público e qualquer administração pública 
(Federal, Estadual, Municipal ou Distrital) será competente para processar e julgar a Justiça do Trabalho (justiça 
especializada da União), desde que o litígio envolva a relação de emprego existente entre o servidor empregado e a 
administração pública. 
 
 Por fim, aos litígios decorrentes da relação funcional estabelecida pelos "servidores temporários", regime 
previsto no art. 37 IX da CF/88, deve ser dado o mesmo tratamento conferido aos titulares de cargo públicos, para 
fixação do Justiça Competente para processar e julgar as ações decorrentes de tais litígios, segundo o entendimento 
do STF sobre o tema, no sentido de que os servidores temporários celebram uma relação jurídico-administrativa 
 
 2.7 Responsabilidade por Atos de Improbidade Administrativa 
 
 Todo agente público, incluídos aí os agentes administrativo, que exercer irregularmente suas atribuições, 
poderá ser responsabilizado pela prática dos chamados a “atos de improbidade administrativa”. A Constituição, em 
seu art. 37 §4º, prevê, genericamente, as sanções passiveis de aplicação àqueles que praticarem atos de improbidade 
administrativa, como se segue: 
 
 
 a) Suspensão dos direitos políticos. 
 b) Perda da função pública. 
 c) Indisponibilidade de bens. 
 d) Ressarcimento ao erário. 
 
 
 A Lei nº 8.429/92 – Lei de Improbidade Administrativa (LIA) – estabelece regras procedimentais para a 
responsabilização do agente público que pratica atos de improbidade, especificando três gêneros de condutas 
consideradas ímprobas: atos que importam enriquecimento ilícito; atos que causam lesão ao erário; e atos que 
atentam contra os princípios da administração pública. Para cada gênero de conduta a LIA prevê diversas sanções 
passíveis de aplicação, com respectivas graduações. 
 
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3. ASPECTOS CONSTITUCIONAIS ESPECÍFICOS DO REGIME DO CARGO PÚBLICO (ESTATUTÁRIO) 
 
 3.1 Conceito e Características Gerais 
 
 Em síntese, utilizando o conceito expresso no art. 2º da Lei nº 8.112/90, cargo público é um conjunto de 
atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional da administração pública que devem ser 
cometidas a um servidor. 
 
 Todos os cargos devem ser criados por lei, que especificará sua denominação e as atribuições a serem 
exercidas por seus titulares. A constituição - e somente ela poderia estabelecer isso – prevê hipóteses de criação de 
cargos sem a necessidade de edição de lei forma, na forma de seus artigos. 51 IV e 52 XIII, mas pela via de ato 
normativo primário previsto na Constituição. 
 
 A extinção dos cargos também deverá se dar por lei, com as exceções constitucionais expressas nos artigos 
51 IV, 52 XIII, e 84 VI b, está última hipótese mais comum nas questões de concurso: “cargos vagos no 
executivo”. 
 
 Recebimento de remuneração pelos cofres públicos, a qual deverá ser também fixada por lei. Nesse ponto, 
cabe destacar que os empregados públicos não necessariamente serão remunerados com verbas oriundas do 
orçamento público, pois determinadas empresas estatais poderão remunerar seu pessoal com os lucros advindos de 
sua atividade econômica, constituindo, inclusive, uma espécie de exceção o teto remuneratório na administração 
pública, como será visto a seguir. 
 
 A denominação dada especificamente aos ocupantes de cargo público é “servidor público”, na linha do 
expressamente previsto no art. 2º da Lei nº 8.112/90. Nesse caso, costuma-se enfatizar que trata-se do “servidor 
público em sentido estrito”. 
 
 3.2 Espécies de Cargos Públicos 
 
 Os cargos públicos, submetidos ao regime estatutário, podem ser divididos em três categorias: cargos 
vitalícios, com regime jurídico, prerrogativas, e restrições especiais; os cargos efetivos, cujo vínculo assegura maior 
perspectiva de continuidade; e cargos em comissão, com um vinculo mais precário, de livre nomeação e exoneração. 
Todos possuem as mesmas características gerais, e estão submetidos aos mesmos requisitos gerais para sua 
investidura, previstos nos estatutos. 
 
 I) CARGOS VITALÍCIOS 
 
 Essa de cargo público, é denominado de vitalício porque confere aos seus ocupantes limitações e privilégios 
especiais em relação aos titulares de outras espécies de cargos, dentre os quais o prerrogativa da vitaliciedade, que é 
uma garantia de permanência no cargo mais rígida que a estabilidade - própria dos cargos efetivos -, pois só há uma 
única hipótese de perda do cargo, a contra gosto da vontade, para os titulares de cargos vitalícios, que é uma decisão 
judicial transitada em julgado, na forma e procedimento especial previsto em lei. 
 
 Tais cargos, suas prerrogativas e restrições, são típicas dos Magistrados, dos Membros do Ministério 
Público e dos Ministros ou Conselheiros dos Tribunais de Contas, que pouco se submetem ao estatuto geral dos 
servidores, já que possuem estatuto próprio. E por isso, em regra, não têm seu estudo aprofundado, salvo previsão 
específica no conteúdo programático do edital. 
 
 Cabe ressaltar que boa parte de suas prerrogativas e restrições já estão estabelecidas nos texto 
Constitucional, sendo complementadas pelos respectivos Estatutos, e que tais aspectos específicos são estabelecidos 
em razão das atribuições que são conferidas por lei para tais agentes públicos, que, atuando com independência 
funcional, não podem se sentir coagidos, por qualquer meio, quando da tomada de suas decisões, que, não raras 
vezes, contrariam interesse políticos e econômicos, dentre outros. 
 
 A aquisição da vitaliciedade ocorre, para o concursado, após aprovação em estágio desenvolvido no prazo 
constitucional de 02 anos, na forma da CF/88 e Estatutos próprios. Já para os nomeados diretamente, ocorre com a 
posse, nas hipóteses de Ministros dos Tribunais Superiores que não são originários das Carreiras de Magistratura e 
do Ministério Público, e também no caso dos integrantes dos diversos Tribunais de Contas. 
 
 
 II) CARGOS EFETIVOS - Características Específicas 
 
 1. Investidura mediante prévia realização de concurso público. (tema já estudado) 
 2. O ocupante poderá adquirir estabilidade, desde que preenchidos os requisitos para 
tal. (tema trabalhado a seguir) 
 3. Seus titulares são filiados ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), com 
disciplina constitucional no art. 40. (tema trabalhado a seguir) 
 
 III) CARGO EM COMISSÃO (CC) (art. 37, V, da CF/88) 
 
 Dispensa realização de concurso para sua investidura, sendo de livre nomeação e exoneração, a cargo da 
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autoridade legalmente competente para nomear no cargo em comissão específico. 
 
 Deve ser preenchido por critérios de confiança e competência. Um percentual previsto em lei deve ser 
ocupado por servidores já titulares de cargo efetivo; e o percentual restante estará livre para investidura de qualquer 
pessoa que preencha os requisitos legais, inclusive servidores efetivos, na melhor interpretação do art. 37, V, da 
CF/88. 
 
 É possível que o servidor efetivo seja nomeado e tome posse em um Cargo em Comissão, quando este será 
afastado do cargo efetivo para ser investido no cargo em comissão. Quando, por qualquer motivo, ocorrer a 
exoneração do cargo em comissão, o servidor retornará, normalmente, ao exercício do cargo efetivo de que foi 
afastado. Nessa hipótese, o servidor, em momentoalgum perdeu seu vínculo com o Regime Próprio de Previdência 
Social (RPPS), disciplinado pelo art. 40 da CF/88. 
 
 Contudo, quem ocupa exclusivamente um cargo em comissão, isto é, foi investido em um cargo em 
comissão sem ser titular de cargo efetivo, é denominado "ocupante exclusivo de cargo em comissão" e estabelece 
vínculo previdenciário no Regime Geral de Previdência Social (RGPS - INSS), conforme determina o art. 40 §13 da 
CF/88.. 
 
 Por fim, cabe destacar que na qualidade de titular de cargo em comissão não se adquire estabilidade e que 
suas atribuições serão de Direção, Chefia ou Assessoramento. Ou seja, os cargos em comissão, por expressa 
previsão constitucional, somente podem ser criados para exercer as referidas atribuições, apresentadas de forma 
genérica pelo texto constitucional. 
 
 
 3.3 Função de Confiança (art. 37 V. da Constituição Federal) 
 
 As funções de confiança não se confundem com a figura do cargo público. Trata-se de um conjunto de 
atribuições de direção, chefia ou assessoramento que só poderão ser conferidas a um servidor já ocupante de cargo 
público efetivo, sendo estas suas principais características. 
 
 Assim, só poderá ser investido em uma função de confiança aquele que já for titular de uma cargo efetivo, 
que passará a receber uma gratificação pelo exercício da função, mantendo sua vinculação ao regime próprio de 
previdência social durante o período de exercício da função. 
 
 Como não se trata de cargo, não há que se falar de nomeação ou exoneração (provimento/vacância), mas 
sim de livre designação e dispensa, com base em critérios de confiança, e a cargo da autoridade legalmente 
competente para designar. 
 
 Assim como os cargos, as funções também devem ser criadas por lei com a previsão de suas atribuições, 
garantindo ao seu ocupante uma retribuição pelo seu exercício, normalmente uma gratificação pelo exercício da 
função. Assim como os cargos, as funções poderão ser extintas por decreto do Chefe do Executivo quando estiverem 
vagas, na forma do art. 84, VI, da CF/88. 
 
 
 3.4 Direitos Sociais Extensíveis aos ocupantes de Cargos Públicos 
 
 Determinados direitos trabalhistas, previstos no art. 7º da CF/88, são estendidos aos ocupantes de cargo 
público por intermédio de do art. 39 § 3º da CF. 
 
 Considerando o número de direitos estendidos, seria mais adequado fixar os direitos que não se aplicam aos 
servidores ocupantes de cargos públicos: Fundo de Garantida por Tempo de Serviço (FGTS); Seguro Desemprego; 
Reconhecimento de Convenções Coletivas; participação em lucros, entre outros. 
 
 
 3.5 ESTABILIDADE 
 
 A estabilidade é uma proteção que a Constituição confere ao servidor ocupante de cargo efetivo que 
preencha os requisitos para sua aquisição. O principal aspecto da estabilidade é a garantia conferida ao servidor de 
que somente poderá perder o cargo, em desacordo com sua vontade, em hipóteses previamente previstas na 
Constituição Federal. 
 
 I) Requisitos Constitucionais para aquisição da Estabilidade (art. 41 da CF/88 - alterado pela EC nº 
19/98) 
 
 1. Três anos de Efetivo Exercício. 
 2. Avaliação Especial de Desempenho por comissão instituída para essa finalidade. 
 
 II) Hipóteses Constitucionais de Perda do Cargo Público pelo servidor Estável 
 
 1. Sentença Judicial Transitada em Julgado. 
 2. Processo Administrativo Disciplinar, assegurada ampla defesa. 
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 3. Procedimento de Avaliação Periódica de Desempenho, na forma de Lei Complementar, assegurada 
ampla defesa. 
 4. Excesso de Gastos da Administração com Pessoal (art. 169 §4º CF) 
 
 Cabe ressaltar que a estabilidade não é adquirida no cargo público, e sim no serviço público, o que garante 
uma maior proteção ao estável, como por exemplo, nas hipótese de extinção de seu cargo. 
 
 3.6 Extinção ou declaração de desnecessidade de cargo público (art. 41 §3º da CF) 
 
 No caso de extinção ou declaração de desnecessidade de cargo público, a condição de estável será 
determinante para a permanência do servidor na administração publica, como se segue: 
 
 a) Servidor não estável – sem proteção pelo ordenamento jurídico. 
 b) Servidor estável – Colocado em disponibilidade com proventos proporcionais ao tempo de serviço, 
até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 
 
 
 3.7 Reintegração 
 
 A Reintegração é uma forma de provimento de cargo público expressamente disciplinada na Constituição 
Federal, caracterizada pelo reingresso no cargo do servidor estável que foi demitido do serviço público, em razão de 
decisão judicial. (art. 41 §3º da CF/88). É comum o reconhecimento de que decisão administrativa também possa 
determinar a reintegração de servidor estável, quando reconhecer a inadequação de demissão imposta a servidor. 
 
 No mesmo dispositivo, a Constituição estabelece regras que orientam o destino de um eventual ocupante do 
cargo em que ocorre a reintegração do anterior ocupante, a saber: 
 
 a) Atual ocupante não estável - sem destino ou proteção expressa no texto, a quem sustente que seria 
caso de exoneração, mesmo que não haja previsão expressa sobre tal providência 
. 
 b) Atual ocupante estável – Recondução ao Cargo de Origem, sem direito à indenização (se houver); 
aproveitamento em outro cargo, ou colocação em disponibilidade com proventos proporcionais ao tempo de serviço. 
 
 O estatuto federal, Lei nº 8.112/90, disciplina o mesmo tema em seu art. 28. 
 
 
 3.8 Exercício de Mandato Eletivo pelo Servidor Público (art. 38 da CF) 
 
 Conforme expressa previsão no art. 38 da Constituição, o servidor público da administração direta, 
autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, terá a seguinte disciplina: 
 
 I) Mandato Eletivo Federal, Estadual ou Distrital - ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; 
 
 II) Mandato de Prefeito - será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela 
sua remuneração; 
 
 III) Mandato de Vereador - havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu 
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, poderá 
optar pela sua remuneração da função efetiva. 
 
 Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será 
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento. 
 
 Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no 
exercício estivesse. 
 
 
 3.9 Sindicalização 
 
 Ao servidor ocupante de cargo público é garantida de livre associação sindical, na forma do art. 37 VI da CF. 
 
 Nesta hipótese, trata-se de norma constitucional auto aplicável, ou seja, independe de regulamentação o 
exercício do direito de livre associação sindical. As diversas categorias de servidores estão autorizadas, pelo próprio 
texto constitucional, a criar suas associações sindicais e desenvolver a defesa de seus direitos por este meio. 
 
 
 3.10 Direito de Greve 
 
 O exercício do direito de greve depende de Lei Específica Regulamentadora – art. 37 VII da CF -, e por 
tratar-se de norma constitucional de eficácia limitada, o efetivo exercício do direito dependerá da edição da referida lei 
específica, regulamentando os contornos legais do exercício do direito em questão. 
 8 
 
 a) Direito de Greve para ocupantes de Emprego Público – exercício na forma da Lei 7.783/89, lei 
de greve o regime trabalhista. 
 
 b) Direito de Greve para ocupantes de Cargo Público – Ainda não existe lei específica para 
exercício do direito. O STF decidiu, em sede de mandado de injunção, que diante de inércia do poder legislativo em 
normatizar o exercício do direito de greve dos servidores ocupantes de cargos públicos, deve ser aplicada a lei7.783/89 para viabilizar o exercício do direito, até que surja lei específica. 
 
 Importante: Os Direitos de Sindicalização e de Greve são vedados aos militares, por expressa proibição 
constitucional. 
 
4. SISTEMA RETRIBUTIVO DOS SERVIDORES PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
 
 A Constituição estabelece regras definidoras do regime de retribuição pecuniária dos servidores públicos, 
prevendo duas formas de retribuição possíveis, a saber: 
 
 4.1 Forma de Remuneração ou Vencimentos 
 
 Composta de vencimento e demais acréscimos pecuniários: gratificações, adicionais e demais verbas 
componentes do sistema remuneratório, previstas nas leis que integram o regime jurídico do servidor. É a forma mais 
freqüente na administração pública, cujo sistema de retribuição admite diversos componentes, sob as mais diferentes 
denominações, o que atrapalha a sistematização do tema, e consequentemente, seu estudo. 
 
 4.2 Forma de Subsídio 
 
 O Subsídio é caracterizado pela presença de uma única parcela de retribuição (recompensa pelas 
atribuições do cargo), cujo valor é estabelecido levando-se em conta todas as características e especificidades da 
atribuições desenvolvidas pelo agente público, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, 
verba de representação ou outra espécie remuneratório (art. 39 §4º da CF). 
 
 Com se observa, não são vedados os acréscimos decorrentes de parcelas de caráter indenizatório, como 
as diárias, ajuda de custo e auxílios, que não remuneram o serviço prestado, mas restituem gastos realizados pelo 
servidor no exercício de suas funções, ou possuem caráter securitário. 
 
 - Recebem obrigatoriamente por Subsídio - O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os 
Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais (art. 39 §4º da CF), dentre outros previstos 
expressamente no texto constitucional – Magistrados (art. 92 V), Membros do Ministério Público (art. 128 §5º I c.); 
Defensores e Advogados Públicos (art. 135 da CF); Membros dos Tribunais de Contas; e Policiais (art. 144 §9º da 
CF). 
 
 - Podem receber por Subsídio – Servidores em carreira. (art. 39 §8º da CF). 
 
 4.3 Critérios de Fixação dos Vencimentos 
 
 Conforme previsão expressa na Constituição - art. 39 §1º – a fixação dos padrões de vencimento e dos 
demais componentes do sistema remuneratório observará os seguintes critérios: 
 
 I) A natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada 
carreira. 
 II) Os requisitos para a investidura. 
 III) As peculiaridades dos cargos. 
 
 4.4 Teto Remuneratório 
 
 O limite remuneratório que vincula toda a administração pública é o subsídio mensal, em espécie, dos 
Ministros do Supremo Tribunal Federal, conforme previsão expressa no art. 37 XI da Constituição. 
 
 O mesmo dispositivo estabelece Sub-Tetos Constitucionais, para os demais entes da federação, como se 
segue: 
 I) Municípios – subsídio do prefeito. 
 II) Estados e Distrito Federal: 
 1) Poder Executivo – subsídio dos governadores. 
 2) Poder Legislativo – subsídio dos deputados estaduais. 
 3) Poder Judiciário – subsídio dos desembargadores dos Tribunais de Justiça, limitados à 
90,25% do subsídio dos Ministros do STF, vinculados a este os Procuradores, Defensores e Membros do 
Ministério Público das respectivas entidades estatais. 
 
 É possível que os Estados e o DF fixem tetos remuneratórios regionais, mediante emenda às respectivas 
Constituições e Leis Orgânicas, na forma do art. 37 §12. 
 9 
 
 Importante: Exceções ao Teto Remuneratório: 
 
 Determinadas verbas, por previsão constitucional, não têm seu recebimento limitado ao teto constitucional 
de remuneração, a saber: 
 
 I) Parcelas de Caráter Indenizatório previstas em lei (art. 37 §11), as quais visam ressarcir o 
servidor por gasto decorrentes do exercício de suas atribuições, ou possuem natureza securitária. 
 
 II) Quadro de pessoal das Sociedades de Economia Mista e Empresa Pública que não utilizem 
verbas públicas para pagamento de seu Pessoal - Empresas Estatais Independentes (art. 37 §9º CF/88). 
 
 III) Vantagens decorrentes de Direitos Constitucionais: Gratificação Natalina / Adicional de 
Férias. 
 
 
 4.5 Aspectos Gerais do Sistema Retributivo do Servidor na Constituição/88 
 
 I) Fixação em Lei com Revisão Anual – a remuneração e subsídio somente poderão ser fixados ou 
alterados por lei e deverão ser e revistos anualmente, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão 
geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices. (art. 37 X) 
 
 II) Isonomia de Vencimentos - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário 
não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo (art. 37 XII). 
 
 III) Vedação de Vinculação de Vencimentos - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer 
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público (art. 37 XIII). 
 
 IV) Vedação de Acumulação de Acréscimos Pecuniários - "proibição do efeito cascata" - os 
acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de 
concessão de acréscimos ulteriores (art. 37 XIV). 
 
 V) Irredutibilidade de Vencimentos e Subsídios - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de 
cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV do art. 37 e nos arts. 39, § 4º, 
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; todos da CF. (art. 37 XV) 
 
 VI) Publicação Anual - Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os 
valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. 
 
 VII) Relação entre Maior e Menor Remuneração - Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer 
caso, o disposto no art. 37, XI. (art. 39 §5º) 
 
5. APOSENTADORIA DO SERVIDOR PÚBLICO 
 
 5.1 Regimes de Previdência a que estão vinculados os Agentes Públicos 
 
 5.1.1 Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) 
 
 Destinado à seguridade social dos titulares de cargos públicos efetivos, administrado pela Administração 
Púbica Instituidora, tendo sua disciplina constitucional no art. 40 da CF, complementada por leis específicas sobre o 
Regime Próprio. 
 
 5.1.2 Regime Geral de Previdência Social (RGPS) 
 
 Regime público ao qual estão vinculados todos os demais agentes públicos e trabalhadores da iniciativa 
privada, das diversas naturezas. Considerando o cenário da Administração Pública, a Constituição Federal, em seu 
art. 40 §13, expressamente prevê o vínculo com o Regime Geral de Previdência Social para o servidor ocupante, 
exclusivamente, de cargo em comissão, bem como de outro cargo temporário ou de emprego público. 
 
 A administração dos benefícios do RGPS cabe ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS – Autarquia 
Federal), na forma do art. 201 da CF, e das Leis nº 8.212/90 e 8.213/90, objetos de estudo do Direito Previdenciário. 
 
 5.2 Regime Próprio de Previdência Social (art. 40 CF) 
 
 Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado o regime de previdência de caráter contributivo e solidário, 
mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados 
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. 
 
 É fato que alguns municípios, por falta de estrutura suficiente para respectiva instituição, não possuem 
 10 
efetivamente o regime próprio de previdência social, hipótese em que os servidores, mesmo titulares de cargos 
efetivos, serão vinculadosao RGPS, situação de fato não abordada em questões de concursos. 
 
 5.2.1 Características do Regime 
 
 a) Contributividade – Aponta a necessidade de contribuição para o acesso aos benefícios do 
regime, não é mais considerado o tempo de serviço, mas sim o tempo de contribuição, sendo vedado ao legislador 
estabelecer tempo de contribuição fictício (art. 40 §10 da CF). Devem contribuir: o ente público instituidor do 
regime, os servidores ativos e inativos; e os pensionistas. 
 
 b) Solidariedade – Indica que todos os participantes do regime devem contribuir para um fundo 
único em benefício de todos os participantes, dando fundamento para a contribuição dos inativos e pensionistas, na 
forma do art. 40 §§ 18 e 21 da CF. 
 
 
 5.2.2 Espécies de Aposentadoria 
 
 I)Aposentadoria por Invalidez Permanente - Com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou 
incurável, na forma da lei. (art. 40 §1º I) 
 
 II) Aposentadoria Compulsória – Ocorre os setenta anos de idade, com proventos proporcionais 
ao tempo de contribuição. Hipótese em que o servidor será aposentado de ofício pela administração, ou seja, a 
aposentadoria é imposta ao servidor, independentemente de requerimento. 
 
 III) Aposentadoria Voluntária- Desde que preenchidos os seguintes requisitos: 
 
 • Requisitos Gerais (Para Todas as Aposentadorias Voluntárias) 
 
 10 anos de efetivo exercício no serviço público. 
 05 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria. 
 
 a) Aposentadoria Voluntária por Tempo de Contribuição 
 
 Homem: 60 anos de idade e 35 de contribuição. 
 Mulher: 55 anos de idade e 30 de contribuição. 
 
 a) Aposentadoria Voluntária por Idade 
 
 Homem: 65 anos de idade. 
 Mulher: 60 anos de idade. 
 
 No caso de Aposentadoria Voluntária por Tempo de Contribuição, os requisitos de idade e de tempo de 
contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação à aposentadoria com proventos integrais, para o professor 
que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no 
ensino fundamental e médio (art. 40 §5º). 
 
 Por ocasião de sua concessão, os proventos de aposentadoria e as pensões não poderão exceder a 
remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para 
a concessão da pensão (art. 40 §2º). 
 
 5.2.3 Adoção de Critérios Diferenciados para Concessão de Aposentadoria 
 
 O texto constitucional veda a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de 
aposentadoria aos abrangidos pelo Regime Próprio, ressalvando, na forma dos termos previstos em Leis 
Complementares, os casos dos seguintes servidores, a saber(art. 40 §4º): 
 
 I) Portadores de deficiência. 
 II) Que exerçam atividade de risco. 
 III) Cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física. 
 
 5.2.4 Vedação de Acumulação de Aposentadorias - Acumulação de Cargos 
 
 Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma da Constituição, é vedada a 
percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de próprio de previdência dos servidores públicos (art. 
40 §6º). 
 
 5.2.5 Abono de Permanência 
 
 O servidor que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária com proventos integrais, e 
que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição 
 11 
previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória (art. 40 §9º). 
 
 5.2.6 Fixação da Renda Mensal Inicial dos Proventos de Aposentadoria - Proporção das 
Contribuições na forma da Lei - Fim da Integralidade (EC nº 41/03) (art. 40 §3º e 17) 
 
 Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as 
remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este 
artigo e o art. 201, na forma da lei, devidamente atualizados. 
 
 5.2.7 Garantia de Reajustamento (Fim da Paridade - EC 41/2003) (art. 40 §8º) 
 
 É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, 
conforme critérios estabelecidos em lei. 
 
 5.2.8 Contagem de Tempo de Contribuição (art. 40 §9º e 10º) 
 
 O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo 
de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. Sendo que lei não poderá estabelecer qualquer forma de 
contagem de tempo de contribuição fictício. 
 
 5.2.9 Incidência do Teto Remuneratório (art. 40 §11º) 
 
 Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando 
decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição 
para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com 
remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. 
 
 5.2.10 Proibição de mais de um Regime Próprio em um mesmo ente de Federação (art. 40 §20) 
 
 5.2.11 Pensão por Morte (art. 40 §7º) 
 
 Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: 
 
 I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os 
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 da CF, acrescido de setenta por cento da 
parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou 
 II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, 
até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 da 
CF, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. 
 
 5.2.12 Contribuição dos Inativos e Pensionistas (art. 40 §18 e 21) 
 
 5.2.13 Previdência Complementar (art. 40 §7º) 
 
 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência 
complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das 
aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido 
para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. 
 
 O regime de previdência complementar será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, 
observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos da CF/88, no que couber, por intermédio de entidades fechadas 
de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios 
somente na modalidade de contribuição definida. 
 
 Somente mediante sua prévia e expressa opção, o Regime de Previdência Complementar poderá ser 
aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do 
correspondente regime de previdência complementar. 
 
 O Regime de Previdência complementar dos Servidores Federais teve sua instituição deflagrada pela Lei nº 
12.618/2012, prevendo a criação de Fundações Públicas de Direito Privado para gerir os diversos fundo de 
aposentadoria complementar vinculados a cada um dos Poderes da União, encontrando-se em fase de estruturação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES 
 
 
01) CESPE/Técnico Judiciário/TRE-GO/2008 
 Considerando o tratamento constitucional dado à administração pública,assinale a opção correta: 
 
a) As autarquias serão criadas por decreto presidencial específico, que será submetido ao Congresso Nacional 
para apreciação. 
b) São imprescritíveis os ilícitos que causem prejuízo ao erário, bem como as respectivas ações de 
ressarcimento. 
c) Os estados e o Distrito Federal podem fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e 
Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos desembargadores do respectivo tribunal de justiça, 
limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos ministros do Supremo 
Tribunal Federal (STF). 
d) A proibição de acumular cargos, prevista na CF, não se estende aos empregos e funções das empresas 
públicas e sociedades de economia mista. 
 
 
02) CESPE/Técnico Judiciário/TRE-GO/2008 
 Acerca do tratamento constitucional dado à administração pública, assinale a opção correta: 
 
a) Os cargos, empregos e funções públicas são vedados aos estrangeiros. 
b) É vedado ao servidor público civil associar-se a sindicato. 
c) As funções de confiança e os cargos em comissão podem ser exercidos por servidores ocupantes de cargo 
efetivo ou por pessoas de fora do serviço público. 
d) É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração 
de pessoal do serviço público. 
 
 
03) CESPE/Analista Judiciário/TRE-MT/2010 
 Acerca das disposições gerais da administração pública e dos servidores públicos, estipulados na CF, assinale 
a opção correta: 
 
a) No caso de moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei, o servidor público 
será aposentado por invalidez permanente com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. 
b) Existe vedação absoluta à percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência próprio. 
c) É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores públicos civis 
titulares de cargos efetivos. 
d) A CF não assegura ao servidor público a contagem do tempo de serviço e de contribuição para sua 
aposentadoria quando o regime de previdência seja próprio de outro ente federativo distinto daquele para o qual 
o servidor contribuiu anteriormente. 
e) O servidor público será aposentado voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de quinze anos de 
efetivo exercício no serviço público e dez anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, entre outros 
requisitos específicos. 
 
04) CESPE/Técnico Judiciário/TRE-MA/2009 
 Com base nas disposições contidas na CF relativas à administração pública, assinale a opção correta: 
 
a) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário podem ser superiores aos pagos pelo 
Poder Executivo, em razão da iniciativa privativa de cada poder para dispor a respeito da remuneração de 
seus servidores. 
b) É proibida a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias com vistas à remuneração de 
pessoal do serviço público. 
c) A vedação de acumular dois cargos públicos não abrange empregados de empresas públicas, sociedades de 
economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. 
d) Os cargos, os empregos e as funções públicas são acessíveis apenas aos brasileiros que preencham os 
requisitos estabelecidos em lei, não havendo qualquer acessibilidade aos estrangeiros. 
e) O prazo de validade de concurso público é de até um ano, prorrogável uma vez, por igual período. 
 
05) CESPE/Analista Administrativo/TRE-PA/2007 
 Em relação à acumulação de cargos e aos vencimentos e proventos de aposentadoria dos servidores públicos, 
assinale a opção que está de acordo com o entendimento do STF. 
 
a) É possível a acumulação de mais de uma aposentadoria, se elas forem relativas a cargos que, na atividade, 
seriam cumuláveis. 
b) As aposentadorias são inacumuláveis em razão do princípio da moralidade administrativa. 
c) Permite-se a cumulação de aposentadorias sem restrições se ficar caracterizado direito adquirido pelo 
servidor. 
d) Não há vedação constitucional à acumulação de cargos públicos, desde que haja compatibilidade de horários 
e o acesso tenha se dado por concurso público. 
e) A Constituição veda a cumulação de cargos públicos por uma mesma pessoa. 
 13 
 
06) CESPE/Agente Administrativo/DPU/2010 
 Com relação aos princípios e normas que regem a administração pública brasileira, assinale a opção correta: 
 
a) A chamada Reforma da Administração Pública trouxe nova hipótese de demissão de servidor público, a qual 
consiste na possibilidade de demissão do servidor para adequar as despesas do ente aos limites fixados na Lei 
de Responsabilidade Fiscal, desde que já tenham sido excluídos do quadro todos os servidores não estáveis 
e, ainda assim, a redução de despesas não tenha sido suficiente. 
b) A investidura em cargo ou emprego público depende sempre de aprovação prévia em concurso de provas ou 
de provas e títulos, de acordo com a sua natureza e complexidade. 
c) Os vencimentos dos cargos do Poder Executivo não podem ser superiores aos pagos pelos Poderes 
Legislativo e Judiciário. 
d) Os atos de improbidade administrativa importam a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, 
a indisponibilidade de bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da 
ação penal cabível. 
e) Embora seja vedada a acumulação remunerada de cargos, a CF excepciona tal regra em algumas situações, 
entre as quais o exercício de dois cargos de médico, exceção essa que não alcança os demais profissionais da 
saúde. 
 
07) CESPE/Analista Técnico Administrativo/DPU/2010 
 A respeito dos princípios e normas que regem a administração pública brasileira, assinale a opção correta: 
 
a) A proibição constitucional de acumular cargos públicos alcança os servidores de autarquias e fundações 
públicas, mas não os empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista. 
b) O princípio da publicidade se verifica sob o aspecto da divulgação externa dos atos da administração, não 
propiciando o conhecimento da conduta interna dos agentes públicos. 
c) Apenas brasileiros, por preencherem os requisitos estabelecidos em lei, podem assumir cargos, empregos e 
funções públicas. 
d) O servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo federal, 
estadual ou distrital, fica afastado de seu cargo emprego ou função, e pode optar pela sua remuneração. 
e) O princípio da irredutibilidade dos vencimentos alcança todos os servidores, inclusive os que não mantêm 
vínculo efetivo com a administração pública. 
 
08) CESPE/Técnico Judiciário/TRE - MG/2008 
 Assinale a opção correta quanto às disposições gerais relativas à atuação da administração pública: 
 
a) É vedado o acesso de estrangeiros a cargos, empregos e funções públicas, por se tratar de prerrogativa 
exclusiva de brasileiro nato ou naturalizado. 
b) Serão computados ou acumulados os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público, para o fim de 
concessão de acréscimos ulteriores. 
c) A contratação por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse 
público afronta o princípio constitucional do concurso público. 
d) A proibição de acumulação remunerada de cargos públicos não se estende a empregos e funções, razão pela 
qual não abrange autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. 
e) O servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, investido no mandato de vereador, 
poderá perceber as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo 
eletivo, se houver compatibilidade de horários. 
 
09) CESPE/Técnico Judiciário/TRE - MG/2008 (Adaptada) 
 Acerca dos preceitosaplicáveis ao servidor público, assinale a opção correta: 
 
a) Antes de adquirir a estabilidade, o titular de cargo efetivo somente poderá ser exonerado mediante decisão 
judicial transitada em julgado. 
b) Após quatro anos contados do início do exercício nas atribuições do cargo, ocorre o encerramento do estágio 
probatório, ocasião em que o servidor adquire automaticamente a estabilidade. 
c) A estabilidade garante ao servidor a manutenção do vínculo com o Estado, mesmo se o cargo de que é titular 
vier a ser extinto. 
d) Na hipótese de invalidação da demissão de servidor estável, por sentença judicial, este deverá ser 
reintegrado. O eventual ocupante da vaga, se estável, deverá ser reconduzido ao cargo de origem, com 
direito à respectiva indenização. 
e) O servidor público nomeado para cargo em comissão adquire a estabilidade no serviço público após três anos 
de efetivo exercício nesse cargo. 
 
10) CESPE/Analista Judiciário/TSE-TRE RJ e RR/2007 
 Um órgão público publicou edital de concurso público para provimento de uma única vaga de ortodontista. O 
Edital continha cláusula determinando que o concurso seria válido por seis meses, contados da homologação do 
concurso. Nessa situação, é correto afirmar que essa cláusula é: 
 
a) Válida. 
b) Inconstitucional, pois a Constituição da República determina que a validade mínima de concursos públicos é 
de 2 anos. 
c) Ilícita, pois a lei determina que os concursos públicos devem valer por no mínimo 1 ano. 
 14 
d) Inválida, porque é incompatível com o princípio da moralidade administrativa. 
 
11) CESPE/Técnico Judiciário/TSE – TRE RJ e RR/2007 
 Considere que, em virtude da extinção de determinado órgão da administração direta federal, os seus 
servidores foram postos em disponibilidade, inclusive os ocupantes de cargos comissionados, e permanecem nessa 
situação há quatro meses, recebendo remuneração calculada com base em 50% do vencimento dos seus cargos. 
Nessa situação, ocorre ilegalidade, pois: 
 
a) Servidores públicos estáveis não podem ser colocados em disponibilidade, devendo ser imediatamente 
reaproveitados em outros órgãos. 
b) A lei veda a colocação em disponibilidade de servidores em virtude da extinção do órgão em que eram 
lotados. 
c) Os servidores em disponibilidade devem receber remuneração calculada com base no seu vencimento 
completo. 
d) A lei veda disponibilidade mais longa que três meses. 
 
 
12) CESPE/Técnico Judiciário/TSE-TRE RJ e RR/2007 
 Considerando que Aderbal desempenhe licitamente função de confiança no Serviço Público Federal, é correto 
afirmar que ele: 
 
a) Ocupa cargo comissionado. 
b) Ocupa cargo de provimento efetivo. 
c) Não está investido em cargo público. 
d) Ocupa emprego público. 
 
 
13) CESPE/Policial Rodoviário Federal/DPRF-MJ/2008 
 Quanto às normas constitucionais sobre a administração pública e seus servidores, julgue os itens a seguir: 
I. É possível a percepção simultânea de proventos de aposentadoria com a remuneração de cargo em comissão 
declarado em lei de livre nomeação e exoneração. 
II. A prática de atos de improbidade administrativa implica a perda dos direitos políticos, a indisponibilidade dos 
bens e o ressarcimento ao erário. 
III. O teto remuneratório, como limite máximo de remuneração no serviço público, alcança também os detentores 
de mandato eletivo nas esferas federal, estadual e municipal. 
IV. O servidor público investido em mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal será afastado do 
cargo, emprego ou função sendo-lhe facultado optar pela remuneração de servidor. 
V. Com a extinção do cargo público ou a declaração de sua desnecessidade, o servidor estável ocupante deste 
será aposentado, com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
 
 Estão corretos apenas os itens: 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) III e V. 
d) IV e V. 
 
 
14) FCC/Técnico Judiciário/TRT- 6ª Região – PE/2012 
 A Constituição Federal previu, em seu art. 37, inciso IX, a possibilidade de contratação por tempo determinado, 
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos da lei. Partindo-se do 
pressuposto de que não foi realizado concurso público para a contratação de servidores temporários, é correto afirmar 
que os admitidos: 
 
a) Ocupam cargo efetivo. 
b) Ocupam emprego. 
c) Ocupam emprego temporário. 
d) Desempenham função. 
e) Desempenham função estatutária. 
 
 
15) FCC/Analista Executor de Mandados/TRT- 6ª Região – PE/2012 
 João, servidor público da administração direta federal, foi eleito para o cargo de Prefeito em seu Município. De 
acordo com as disposições constitucionais e legais aplicáveis à espécie, ele: 
 
a) Poderá solicitar afastamento do cargo ou licença parcial com redução proporcional da remuneração. 
b) Deverá ser exonerado do cargo, pois se trata de cumulação vedada com impossibilidade de afastamento. 
c) Poderá solicitar exoneração a pedido e reversão ao cargo de origem ao final do mandato. 
d) Ficará afastado do cargo durante o período de mandato, podendo optar entre a remuneração do cargo público 
ou do eletivo. 
e) Poderá permanecer em exercício no cargo de origem desde que comprove a compatibilidade de horários e 
atribuições. 
 
 15 
16) FCC/Analista Administrativo/TRT- 11ª Região – AM/2012 
 Sara, Professora titular de cargo efetivo no Estado de São Paulo, completou simultaneamente cinquenta e um 
anos de idade, e vinte e três anos de serviço público dedicados às funções de Magistério no ensino médio e 
fundamental. Permanecendo no cargo, Sara poderá requerer a aposentadoria com proventos integrais quando 
completar: 
 
a) Cinquenta e dois anos de idade. 
b) Cinquenta e três anos de idade. 
c) Cinquenta e oito anos de idade. 
d) Cinquenta e nove anos de idade. 
e) Sessenta anos de idade. 
 
17) FCC/Analista Judiciário/TJ-RJ/2012 
 Um servidor público estável, ocupante de cargo efetivo em órgão da administração direta municipal, perde o 
cargo mediante processo administrativo, em que lhe é assegurada ampla defesa. Questionando judicialmente a 
decisão administrativa, o servidor reverte a decisão, sendo sua demissão invalidada por sentença judicial, anos mais 
tarde. Durante esse período, a vaga foi preenchida por servidora estável, que permaneceu no exercício efetivo do 
cargo: 
 Nesse caso: 
 
a) A demissão processou-se irregularmente, pois o servidor público estável somente pode perder o cargo em 
virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de procedimento de avaliação periódica de desempenho, 
assegurada ampla defesa. 
b) A invalidação de demissão por sentença judicial é irregular, pois a Constituição admite a perda de cargo de 
servidor público estável mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. 
c) O servidor será submetido a avaliação especial de desempenho, por comissão instituída para essa finalidade, 
como condição para sua reintegração no cargo. 
d) O servidor ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado 
aproveitamento em outro cargo, permanecendo a ocupante da vaga no cargo em questão. 
e) O servidor será reintegrado no cargo e a ocupante da vaga, sendo estável, será reconduzida ao cargo de 
origem, sem direito a indenização, aproveitada em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração 
proporcional ao tempo de serviço. 
 
18) FCC/Técnico de Atividade Judiciária/TJ-RJ/2012 
 De acordo com a Constituição Federal, a acumulação de um cargo remunerado de magistrado com outro cargo 
remunerado de professor é: 
 
a) Vedada, tendo em vista que a natureza da primeira ocupação não está contemplada na previsão 
constitucional. 
b) Permitida, desde que haja compatibilidade de horário e que um dos cargos seja em comissão. 
c) Vedada, pois configuraria infração à normaconstitucional que instituiu o teto remuneratório para o 
funcionalismo público. 
d) Permitida, observadas as normas constitucionais que disciplinam o teto da remuneração mensal dos 
servidores públicos e a compatibilidade de horário. 
e) Permitida, desde que um dos cargos tenha sido preenchido antes da vigência da Emenda Constitucional 
19/98. 
 
19) FCC/Técnico Judiciário/TRE-TO/2011 
 Maria foi investida no mandato de Prefeita da cidade XYZ. Tendo em vista que Maria é servidora pública da 
administração direta ela: 
 
a) Não será afastado de seu cargo, se houver compatibilidade de horário, e perceberá as vantagens de seu 
cargo sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo. 
b) Será afastada de seu cargo, recebendo obrigatoriamente a remuneração relativa ao cargo eletivo. 
c) Será afastada de seu cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. 
d) Não será afastada de seu cargo, se houver compatibilidade de horário, e perceberá apenas as vantagens de 
seu cargo. 
e) Não será afastada de seu cargo, se houver compatibilidade de horário, e perceberá as vantagens apenas do 
cargo eletivo. 
 
20) FCC/Técnico Judiciário/TRE-PE/2011 
 Tibério, servidor público estável, foi demitido, cujo cargo de diretor foi ocupado por Pilatos, também servidor 
público estável, que ocupava cargo de auxiliar na mesma repartição pública. A demissão de Tibério foi invalidada por 
sentença judicial e, conforme previsto na Constituição Federal, por consequência será: 
 
a) Reintegrado ao cargo de diretor e Pilatos serão reconduzido ao seu cargo de origem que se encontra vago, 
sem direito à indenização. 
b) Diretamente conduzido ao cargo de origem de Pilatos, que se encontra vago. 
c) Posto em disponibilidade porque seu cargo está ocupado por Pilatos e não pode ser rebaixado de função. 
d) Promovido de cargo a título de compensação por ter sido demitido. 
e) Avaliado previamente por psicólogo, que emitirá laudo sobre efeitos da demissão e se tem condições ou não 
de voltar ao trabalho público. 
 16 
 
21) FCC/Analista Judiciário – Execução de Mandados/TRF- 4ª Região/2007 
 Quanto à Administração Pública, estabelece a Constituição Federal que: 
 
a) A proibição de acumulação remunerada de cargos públicos não se estende as funções ou empregos 
abrangidas por autarquias, fundações ou empresas públicas. 
b) Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público serão computados ou acumulados para fim de 
concessão de acréscimos ulteriores. 
c) A criação de empresa pública ou de fundação, assim como a participação de qualquer delas em empresa 
privada, independe de autorização legislativa. 
d) É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para efeito de remuneração do 
pessoal do serviço público. 
e) São imprescritíveis os ilícitos praticados por agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário. 
 
22) FCC/Analista Judiciário – Execução de Mandados/TRF- 4ª Região/2007 
 Quanto aos Servidores Públicos Civis, estabelece a Constituição Federal que: 
 
a) São efetivos após 03 (três) anos de exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo ou 
em comissão. 
b) O servidor estável, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, ficará em disponibilidade, com 
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 
c) Invalidada a demissão do servidor efetivo por decisão administrativa com trânsito em julgado, será ele 
colocado em disponibilidade remunerada, caso ocupado o seu cargo de origem. 
d) Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão, semestralmente, os valores do subsídio dos cargos 
públicos, ficando vedada a publicação das respectivas remunerações. 
e) Fica vedada a avaliação especial de desempenho de servidor, por comissão instituída para essa finalidade, 
como condição para a aquisição da estabilidade. 
 
23) FCC/Técnico Judiciário/TRF- 5ª Região/2008 
 Considere as assertivas abaixo, relacionadas à Administração Pública: 
 
I. É permitida, desde que estabelecida em lei, a contratação por tempo determinado para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público. 
II. O direito à livre associação sindical é irrestritamente garantido ao servidor público civil e ao militar. 
III. A administração fazendária goza, dentro de sua área de competência e jurisdição, de precedência sobre os 
demais setores administrativos, na forma da lei. 
IV. Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público civil ou militar serão computados para fins de 
concessão de acréscimos ulteriores. 
V. Os vencimentos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder 
Executivo. 
 
Estão corretas apenas as que se encontram em: 
a) II e IV. 
b) I, II e IV. 
c) I, III e IV. 
d) I, III e V. 
e) III e IV. 
 
24) FCC/Técnico Judiciário/TRF- 5ª Região/2008 
 O servidor público abrangido pelo regime de previdência previsto na Constituição Federal, será aposentado 
compulsoriamente aos: 
 
a) Sessenta e cinco anos de idade, com proventos integrais. 
b) Setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. 
c) Sessenta e cinco anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço. 
d) Setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço. 
e) Sessenta anos de idade, com proventos integrais. 
 
25) FCC/Técnico Judiciário/TRF- 5ª Região/2008 
 Nos termos da Constituição Federal de 1988, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão os 
valores dos subsídios e da remuneração dos cargos e empregos públicos: 
 
a) Anualmente. 
b) Semestralmente. 
c) Trimestralmente. 
d) Bimestralmente. 
e) Mensalmente. 
 
26) FCC/Analista Judiciário – Execução de Mandados/TRF- 5ª Região/2008 
 Em relação aos servidores públicos, estabelece a Constituição Federal, dentre outras situações, que: 
 
a) Os proventos de aposentadoria, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do 
 17 
respectivo servidor, no cargo em comissão em que se deu a aposentadoria, salvo se em cargo efetivo fixado o 
limite de até vinte por cento. 
b) As pensões, por ocasião de sua concessão, poderão exceder em até vinte e cinco por cento a remuneração do 
respectivo servidor, no cargo efetivo que serviu de referência para a sua concessão. 
c) Os proventos de aposentadoria, por ocasião de sua concessão, poderão exceder em até trinta por cento a 
remuneração do respectivo servidor, no cargo em comissão em que se deu a aposentadoria. 
d) As pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no 
cargo efetivo que serviu de referência para a sua concessão. 
e) As pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no 
cargo em comissão que serviu de referência para a sua concessão, salvo se em cargo efetivo fixado o limite de 
até trinta e cinco por cento. 
 
27) FCC/Analista Judiciário – Execução de Mandados/TRF- 5ª Região/2008 
 
I. A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de 
excepcional interesse público. 
II. É garantido ao servidor público civil e ao militar o direito à livre associação sindical e à reunião em qualquer 
local, vedada a interferência estatal no seu funcionamento. 
III. Independe de lei ou de autorização legislativa a criação de autarquia e de fundação, salvo de sociedade de 
economia mista, que se fará por delegação do Chefe do Executivo. 
IV. Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins 
de concessão de acréscimos ulteriores. 
V. Os vencimentos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder 
Executivo. 
 
Estão corretas as que se encontramapenas em: 
a) I, IV e V. 
b) II, III e V. 
c) III e IV. 
d) I e II. 
e) II e III. 
 
28) FCC/Analista Judiciário – Execução de Mandados/TRT- 11ª Região – AM-/2012(Gabarito D) 
 Segundo a Constituição Federal, a instituição de fundação pública deve ser autorizada por: 
 
a) Ato administrativo emanado pelo Poder Público federal que, inclusive, definirá suas áreas de atuação. 
b) Ato administrativo emanado pelo Poder Público municipal, do Município onde estiver localizada sua sede que, 
inclusive, definirá suas áreas de atuação. 
c) Ato administrativo emanado pelo Poder Público estadual que, inclusive, definirá suas áreas de atuação. 
d) Lei específica, cabendo à lei complementar definir suas áreas de atuação. 
e) Decreto municipal, emitido pelo Prefeito do Município onde estiver localizada sua sede que, inclusive, definirá 
suas áreas de atuação. 
 
29) FCC/Analista Administrativo/TRT- 22ª Região – PI/2010 
 Em tema de Administração Pública e à luz da Constituição Federal, é incorreto afirmar: 
 
a) É permitida a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração 
de pessoal do serviço público, sendo que os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público serão 
computados ou acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores. 
b) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em 
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos 
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. 
c) A proibição de acumular cargos estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas 
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, 
pelo poder público. 
d) Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, 
a indisponibilidade de bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da 
ação penal cabível. 
e) É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical e o direito de greve será exercido nos 
termos e nos limites definidos em lei específica. 
 
30) FCC/Analista Judiciário – Execução de Mandados/TRT- 22ª Região – PI/2010 
 Sobre a Administração Pública, considere: 
 
I. É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, sendo certo que o direito de greve será 
exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica. 
II. A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de 
excepcional interesse público. 
III. É permitida, em qualquer caso, a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o 
efeito de remuneração de pessoal do serviço público. 
IV. Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público serão computados ou acumulados para fins de 
concessão de acréscimos ulteriores. 
 18 
V. Ao servidor público da administração direta e indireta, salvo autárquica, em qualquer caso que exija o 
afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para promoção por 
antiguidade e merecimento. 
 
Está correto o que se afirma apenas em: 
a) I e II. 
b) I, III e IV. 
c) II, III e V. 
d) III e IV. 
e) IV e V. 
 
31) FCC/Analista Judiciário/TRT- 22ª Região – PI/2010 
 Rosa, servidora pública titular de cargo efetivo da União, pretende se aposentar. Ela conta com sessenta e 
dois anos de idade, vinte anos de efetivo exercício no serviço público, seis anos no cargo efetivo em que se dará a 
aposentadoria, tendo contribuído para o regime de previdência por vinte e sete anos. Nesse caso, Rosa: 
 
a) Já cumpre os requisitos para a aposentadoria compulsória e receberá proventos proporcionais ao tempo de 
exercício efetivo no cargo. 
b) Poderá se aposentar voluntariamente com proventos integrais, pois contribuiu por mais de vinte e cinco anos 
para a previdência. 
c) Não poderá se aposentar voluntariamente, uma vez que não conta com a idade mínima de sessenta e cinco 
anos, nem com mais de trinta e cinco anos de contribuição para a previdência. 
d) Não poderá se aposentar voluntariamente, uma vez que não possui mais de quinze anos de efetivo exercício 
no cargo onde se dará a aposentadoria. 
e) Poderá se aposentar voluntariamente com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. 
 
32) FCC/Técnico Judiciário/TRT- 22ª Região – PI/2010 
 No tocante aos servidores públicos, é correto afirmar que: 
 
a) A Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos 
orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para 
aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, 
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, excluído sob a forma de adicional ou 
prêmio de produtividade. 
b) A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento 
dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na 
carreira, sendo obrigatória, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados, que 
deverão promovê-los anualmente. 
c) O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e 
Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio em quatro parcelas, trimestrais, vedado o 
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie 
remuneratória. 
d) A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará a 
natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira; os requisitos 
para a investidura; e as peculiaridades dos cargos. 
e) Os titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, excluídas suas 
autarquias e fundações, é assegurado o regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante 
contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios 
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. 
 
33) FCC/Analista Judiciário/TRT- 24ª Região – MS/2011 
 No que diz respeito à Administração Pública, 
 
a) Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público serão computados e acumulados para fins de 
concessão de acréscimos ulteriores. 
b) É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de 
pessoal do serviço público. 
c) A administração fazendária e seus servidores fiscais não terão, ainda que dentro de suas áreas de competência 
e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos. 
d) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de fundação, cabendo à lei 
ordinária, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. 
e) Independe de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias de sociedade de economia mista, 
assim como a participação delas em empresa privada. 
 
34) FCC/Oficial de Justiça Avaliador/TJ-PI/2009 
 Quanto aos Servidores Públicos, considere as seguintes assertivas: 
 
I. É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, 
conforme critérios estabelecidos em lei. 
II. O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de 
serviço correspondente para efeito de disponibilidade. 
III. A lei poderá estabelecer, em qualquer caso, critérios diferenciados de contagem de tempo de contribuição

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