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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVIL DA COMARCA DE MACEIÓ-ESTADO DE ALAGOAS 
VICTOR, brasileiro, estado civil, portador da carteira de identidade n° ___ SSP/AL, inscrito no CPF n°____, residente e domiciliado na Rua XXXX, n° XX, bairro XXXX, CEP 0000,Alagoas, neste ato representado por meio de seu procurador infra assinado, propor a presente,
AÇÃO DE DANO INFECTO c/c PEDIDO DE LIMINAR E TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA 
Pelo procedimento comum, em desfavor de LÍVIA, brasileira, estado civil, portadora da identidade nº___, expedida pelo órgão___/SSP-AL residente e domiciliada em Maceió/AL, pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
Conforme (art.319 do NCPC), a audiência de conciliação visa a estimular a auto composição em fase processual, em que os ânimos ainda não estejam tão acirrados, porque ainda não foi apresentada contestação pelo réu, que ocorre não perante o juiz, mas sim, perante o conciliador em ambiente menos formal, intimador e mais propício.
 DOS FATOS
Victor é proprietário e possuidor de um imóvel em Maceió onde localiza-se seu escritório, Lívia, Ré, é possuidora de um terreno vizinho ao seu imóvel onde iniciou a construção de um barracão, ferindo as posturas municipais vez que trata-se de obra não autorizada. 
A obra da demandada causa ao autor vários prejuízos pois em face da altura das paredes o imóvel do autor ficará desprovido de ventilação e claridade tendo em vista que suas janelas são ao lado da parede do barracão,
Contudo a obra ainda invade a área do terreno do autor onde cai toda água do beiral sobre o escritório, ocorrendo diretamente a precipitação de goteiras no imóvel do demandante. 
 DOS FUNDAMENTOS 
O autor encontra seu direito amparado no artigo 937 e 1280 do Código Civil, ao versar que:
Art.937 dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
Art. 1280. O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prédio vizinho a demolição, ou a reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste caução pelo dano iminente. Grifo nosso.
O qual faz corrobora o direito do autor em vim a juízo solicitar de Vossa Excelência que determine o fim da obra. A fim de proteger a integridade física do bem e do autor. Para que possa continuar a gozar do direito ao exercício da sua propriedade. 
Acrescenta-se ainda o artigo 927 e parágrafo único do Código Civil, que diz:
Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
O que faz prevê que, a ré, é responsável por todos os danos que a sua construção causar ou que venha a realizar sobre a do autor.
Analisemos, a mais, o conceito de ato ilícito no artigo 186 c/c o 187 do Código Civil:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Em análise ao artigo 937 encontramos o nascimento da obrigação de reparar em detrimento de dano causado a outrem. Dano esse classificado pelo CC como ilícito. E que esta responsabilidade nascerá independente de culpa, já que implica em risco ao direito do outro.
Como nota-se no caso posto, a Ré ao iniciar uma obra não autorizada pelos órgãos municiais coloca em risco o direito do autor de usufruir da melhor forma possível o seu bem. E que ao comprometer a ventilação e luminosidade do imóvel do autor incorre em ato ilícito. O que nascer para ela a responsabilidade de reparação. 
DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
Para que seja concedida a tutela antecipada, devemos observar dois requisitos principais: presunção de um direito (fumus boni iuris) e o perigo na demora (periculum in mora). O primeiro está caracterizado mediante a evidência de um direito a ser questionado, tendo em vista ser ilegal a posse injusta e precária do demandado, conforme amplamente demonstrado. Já o "perigo da demora", ou seja o "periculum in mora", emerge do fato de que caso não seja deferida o requerente continuará sofrendo danos ao seu patrimônio . Portanto, Excelência, requer o deferimento da antecipação de tutela, para que o demandado reintegre o imóvel questionado ao seu proprietário. Portanto, Excelência, requer o deferimento da antecipação de tutela, para que a obra seja embargada, paralisada ou demolida. 
Art. 300  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
 Ressaltando que a decisão é pacifica na jurisprudência:
APELAÇÃO CÍVEL. CAUTELAR INOMINADA. CÓDIGO DE EDIFICAÇÕES DO DISTRITO FEDERAL. CONSTRUÇÃO IRREGULAR. EMBARGO DA OBRA. PARALISAÇÃO DA CONSTRUÇÃO. LEGITIMIDADE. 1. O Código de Edificações do Distrito Federal, Lei Distrital nº 2.105/98, no artigo 51, condiciona o início de qualquer edificação à obtenção de licenciamento na Administração Regional do local. 2. No âmbito de sua Região Administrativa e no exercício de vigilância do território, o poder fiscalizador, nos termos do artigo 17 do Código de Edificações do DF, pode vistoriar, notificar, embargar, interditar e até demolir obras que estejam sendo erigidas sem a devida autorização do Poder Público. 3. A ausência de autorização por parte do Poder Público enseja a aplicação das medidas administrativas cabíveis, dentre as quais, o embargo à construção determinando a paralisação da obra. 4. Recurso de apelação conhecido e desprovido. Unânime.
 DO PEDIDO
Diante de todos os fatos e dos direito expostos, requer:
A) A citação da demandada, para contestação a ação no prazo legal, sob pena de confissão e revelia;
 B) Que seja designada audiência de conciliação ou mediação na forma do previsto no artigo 319. Do Novo Código de Processo Civil;
C) A condenação do demandado as custas processuais , bem como honorários advocatícios nos termos da lei;
D) Que seja concedido o pedido de liminar, referente a tutela antecipada de urgência;
E) Protesta e requer a produção de todas a provas em direitos admitidas, em especial documental e testemunhal;
F) Que seja julgado procedente o pedido referente ao Dano Infecto; em decorrência dos prejuízo do autor;
 
4. DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do Código de Processo Civil, em especial a documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal da Ré.
Nestes termos
Pede deferimento.
 Maceió, (dia) de (mês) de (ano)
 Assinatura
 Nome do Advogado
 OAB/UF

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