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IAE Fichamento cap 3 Cano

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Vitória Correia de Oliveira 20170020026
Universidade Federal do Acre – Campus Rio Branco
Curso de Ciências Econômicas
Introdução à Economia I
Prof. Raimundo Claudio Gomes Maciel
Fichamento referente ao livro Introdução à Economia: Uma abordagem crítica
	A circulação numa Economia de mercado (pp. 53 – 70). Terceiro capítulo.
	CANO, Wilson. Introdução à Economia: Uma abordagem crítica. São Paulo: UNESP, 2007.
	“A análise das atividades econômicas pode ser feita de três perspectivas distintas, porém interconectadas: a produção de bens e serviços, a circulação [...] e a repartição, que estuda a forma pela qual a renda se distribui entre os detentores dos “fatores produtivos” [...]” (p. 53)
“[...] as seguintes abstrações:
Trata-se de um modelo de ‘economia fechada’;
Será aqui ignora a atuação governamental;
A economia é estacionária, não havendo expansão ou contração da capacidade produtiva” (p. 54)
“[...] o circuito do fluxo real em tal sistema: seu início dá-se precisamente junto às famílias, que, utilizando seus instrumentos de produção e os recursos naturais coletivos, empregam sua força de trabalho no aparelho produtivo. Neste, dá-se a chamada “materialização do trabalho”, pela manipulação dos insumos, dos recursos naturais e do capital, gerando-se então um fluxo real de bens e serviços” (p. 55)
“Esse último ato – o da alimentação – nada mais é do que o consumo e/ou a utilização do resultado da materialização do trabalho, pois, alimentando os homens ou provendo-lhes os instrumentos de produção, possibilita a essa comunidade a manutenção de sua força de trabalho e de todos os seus demais membros, com o que mantém-se a força produtiva da comunidade, podendo novamente o ‘fluxo real’ caminhar em direção ao aparelho produtivo, para uma nova geração de bens e serviços” (p. 56)
“[...] de início, há que mencionar duas variáveis importantes: os preços e a moeda. Na economia moderna, os preços e a moeda desempenham papel fundamental, os primeiros sendo, na realidade, o termo de relação de troca entre as mercadorias, e o segundo, o meio pelo qual a economia deixa de trocar mercadorias, simplificando bastante o ato da troca econômica” (p. 56)
“A comunidade como um todo será doravante chamada de “conjunto de família”. As famílias, portanto, são os proprietários dos fatores de produção: os trabalhadores, como donos da força de trabalho, e os demais proprietários que são os detentores de capital e recursos naturais. As famílias cedem, emprestam ou vendem os chamados serviços de fatores – a força de trabalho, o uso do capital e dos recursos naturais -, por medo do pagamento monetário que se estabelece por meio dos chamados preços dos serviços de fatores, que nada mais são do que a taxa de salários, juros, lucros, aluguel ou renda proveniente da cessão do uso dos recursos naturais [...]” (p. 56 – 57)
“Já dentro do aparelho produtivo, os serviços prestados pelos fatores de produção ao manipular e transformar os insumos geram um fluxo real de bens e serviços que será dirigido ao mercado de bens e serviços de consumo, no qual, por meio do sistema de preços existentes [...] são trocados pela massa monetária que constitui o fluxo nominal pertencentes às famílias (a renda) , com o objetivo, de um lado, de atender à demanda da comunidade e, de outro, obter recursos monetários suficientes para engendrar um novo ciclo produtivo: nova contratação de serviços de fatores e nova compra de insumos [...]” (p. 57)
“Em outros termos, o aparelho produtivo executa três atividades inter-relacionadas: exerce a demanda de serviços de fatores (fluxos real), efetua compras e vendas de insumos ‘que não vão a mercado’, ou seja, as chamadas transações intermediárias (fluxos real e nominal) e ainda, depois de efetuar a produção, oferta de produto de bens finais no mercado de bens e serviços de consumo. As famílias, por outro lado, ofertam seus serviços de fatores e demandam a produção de bens e serviços de consumo, gerando assim, respectivamente, um fluxo real e um nominal” (p.57 - 58)
“Estaticamente, a oferta de serviços de fatores poderia ser considerada como o início da circulação, e a demanda de bens e serviços, o fim do processo; numa visão dinâmica e real, entretanto, esse circuito nada mais é do que uma órbita continua, modificada historicamente à medida que se processam alterações estruturais no sistema econômico” (p. 58)
“Como regra geral, as determinações as condições de venda de insumos e sobretudo de bens de capital são mais rígidas, dadas as especifidades desses bens e serviços e o reduzido número de empresas que controla cada segmento desses mercados. No caso dos bens de capital, há de lembrar de sua maior durabilidade e de seus altos custos e da necessidade de financiamento de longo prazo para sua aquisição” (p. 58 - 59)
“[...] Em síntese, ao defrontarem com um sistema anterior (insumos) e um posterior (bens finais) de preços e com uma gama de possibilidades técnicas de produção - a tecnologia -, elas escolhem por critérios técnicos e econômicos: uma dada função microeconômica de produção, particular a cada unidade produtora ou a cada tipo de produto, funções essas que, agregadas à totalidade do sistema, revelarão uma (média), função macroeconômica de produção” (p. 59)
“[...] Estabelecem-se, pois, coeficientes de utilização de insumos por unidade de produto, os quais, multiplicados pelo volumo físico de produto final, fixarão as necessidades fatoriais do sistema, ou, em outras palavras, determinarão a procura de fatores” (p. 59)
“Num sistema econômico desenvolvido, a oferta e a procura de fatores situam-se – em condições normais de funcionamento dos sistemas – em uma posição, senão de equilíbrio, pelo menos muito próxima dele. Tal não ocorre, porém, com os países subdesenvolvidos, em que é flagrante em desequilíbrio, especialmente no que se refere a um excesso de mão-de-obra e uma escassez de capital” (p. 60)
“Por outro lado, dado o atraso tecnológico vigorante nesses países, e também o regime e uso da propriedade, não raro o seu o seu estoque de recursos naturais torna-se igualmente limitado. Se tomarmos um exemplo um tanto quanto extremado, de bens absolutamente abundantes como e bens com teor de escassez como certos minérios, verificamos que, quanto mais escassa for a oferta de um bem num dado mercado, maior nível absoluto e relativo atingirá seu preço, e, num sentido inverso, quanto mais abundante sua oferta, menor será seu nível de preço” (p. 60)
“[...] O preço em si, nada mais é que a quantidade da moeda requisitada para a compra ou venda de uma unidade de um bem qualquer(ou serviço) no mercado. [...] Essa relação exprime o conceito de preço absoluto. Quando, no entanto, cotejamos o preço de um bem com o preço de outro bem, estamos tratando de preços relativos” (p. 60)
“Portanto, a utilização de tecnologias mais avançadas numa economia subdesenvolvida, ante, sobretudo, a escassez de capital nelas observada, condiciona a quantidade e a qualidade dos fatores de produção a serem utilizados, determinando, no que tanger ao fator trabalho, que tipos de trabalhadores – qualificados e não qualificados – e em que quantidade deverão ser empregados, sem considerar, por outro lado, se a aplicação dessa técnica gerará um grau maior ou menor de desemprego aberto de homens no sistema” (p. 62)
“[...] a oferta fatorial do sistema, refletindo a disponibilidade existente quando se dirige ao ‘mercado de serviços de fatores’ se depara com uma demanda fatorial pré-condicionada pela tecnologia e pelos preços relativos dos serviços de fatores. Estes últimos têm função condicional específica: como a existência de várias funções de produção para a obtenção de um mesmo produto oferece concomitantemente distintas combinações proporcional de fatores, os organizadores da produção calcularão o valor econômico correspondente a cada técnica de produção e escolherão – sempre que possível – aquela função de produção que lhes dê o menor custo e o maior lucro possível. Assim, a disponibilidadefatorial do sistema é relegada, mantendo-se como objetivo fundamental a maximização dos lucros” (p. 62)
“As famílias, ao se dirigirem ao mercado de serviços de fatores, apresentam uma oferta que corresponde à disponibilidade fatorial do sistema, mas que, estruturalmente, pode diferir daquela demanda preestabelecida. Se a economia funcionasse num regime de livre concorrência, os preços dos fatores abundantes tenderiam a níveis muito baixos, e os dos escassos tenderiam a preços muito altos” (p. 62 - 63)
“[...] se o preço da força de trabalho fosse unicamente fixado pelas condições de oferta e procura existentes no sistema, esse preço estaria hoje, nos países subdesenvolvidos, a um nível bastante inferior ao de subsistência, o que equivale dizer que a maior parte da força de trabalho (e também da população inativa) estaria num verdadeiro estado de pobreza” (p. 63)
“Por outro lado, muito embora a oferta total de trabalho seja excessiva em relação a demanda, há que distinguir a fração dessa demanda que requisita uma qualificação maior do trabalho, para certas atividades específicas” (p. 63)
“Se, entretanto, esses trabalhadores qualificados têm uma ‘válvula de escape’, tal não se dá, porém, com os não qualificados. Estes, ao se defrontarem em excesso no mercado, não têm outra alternativa senão o desemprego ou, na melhor das hipóteses, exercer atividades marginais em termos de salários ou ocupações, criando-se assim o chamado desemprego ‘disfarçado ou oculto’. Desemprego aberto e oculto são efeitos decorrentes da dinâmica do processo de acumulação de capital. Ambos compõem e amplificam o exército industrial de reserva, como explicou Marx” (p. 64)
“No tocante ao capital, podemos classificar sua remuneração em duas taxas específicas: a de lucro e a de juros. A de juros ocupa papel de destaque na teoria econômica, enquanto determinadora do investimento, dos preços, de técnicas de produção etc. aqui será tratada simplificadamente, como simples remuneração fatorial. [...] Imaginemos que esse investidor não dispõe, na realidade, de equivalente, e que o banco tenha fixado, como remuneração mínima ao seu capital, uma taxa anual de 10%, o que impõe um pagamento ao banco de um montante de $1.000, a título de juros sobre o capital emprestado. Restaria, segundo os cálculos desse investidor, um saldo (1.500 – 1.000) de $500, que seria por ele apropriado e que se denominaria lucro. Assim, o lucro e o juro são as remunerações pagas ao capital próprio e de terceiros, respectivamente” (p. 65)
“Como em nossos países o capital é relativamente escasso, seu preço – o juro, neste caso – poderia atingir níveis muito altos. Para impedir isto, os governos podem atenuar essa alta, por meio de mecanismos legais, disciplinando o mercado financeiro e estabelecendo ‘tetos’ para a taxa de juros. [...] como incentivo [á entrada de capital financeiro do exterior e a nossos banqueiros, beneficiando a especulação e deprimindo o investimento produtivo” (p. 66)
“O terceiro condicionamento se refere à própria estrutura da propriedade, que se apresenta com duas faces: a da propriedade e a da renda. De um lado, as famílias apresentam-se no mercado de serviços de fatores dotadas de um estoque de bens de capital, de posse dos recursos naturais, do volume da força e trabalho qualificado e não qualificado” (p. 67)
“A propriedade desses fatores estabelece uma tipificação das famílias, segundo o tipo e a quantidade de fatores a elas pertencentes” (p. 67)
“Neste mercado, os produtores ofertam a corrente de bens e serviços de consumo – fluxo real -, mediante preços preestabelecidos por eles mesmos, e as famílias adquirem esse produto, mediante a utilização da renda, retornando assim o fluxo nominal, das famílias ao aparelho produtivo e, portanto, ‘encerrando-se’ o circuito econômico” (p. 69)
“mesmo quando existe um grande número de produtores de um bem no mercado, alguns deles concentram altas frações dessa produção, sujeitando assim a oferta a manipulações de preços pela ação do(s) produtor(es) dominante(s), ou pela ação conjunta de todos os produtores” (p. 70)

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