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Resumos de Direito Constitucional

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Direito constitucional – 1º semestre – teste 1
Introdução ao direito constitucional
O que é o Direito Constitucional?
Definição segundo o Critério formal e material?
Em primeiro lugar é necessário definir o que é o DC: conjunto de princípios e de normas que regulam a organização, o funcionamento e os limites do poder Público do Estado, assim como o estabelecimento dos direitos das pessoas que pertencem à respetiva comunidade política.
O DC assenta numa tensão dialética entre o poder público estadual e a comunidade de pessoas em nome dos quais aquele poder é exercido e a sua explicação como setor da Ordem Jurídica podem fazer-se através de 3 elementos. 
O 1º é o Elemento Subjetivo que se define pelo destinatário da regulação que o DC contém, ao dirigir-se ao Estado na sua dupla vertente Estado-Poder e Estado-Comunidade.
O 2º é o Elemento Material que se define pelas matérias que são levadas a cargo pelo DC, normas e princípios de natureza jurídica que traçam opções fundamentais do Estado, ou seja, o DC regula parcelas da realidade, uma realidade externa.
O 3º é o Elemento Formal que se define pela posição hierárquico-normativa que o DC ocupa no nível supremo da Ordem Jurídica, que se traduz num ato Jurídico-público chamado “Constituição”.
Quais são as divisões Internas do DC?
Existem alguns grandes âmbitos em que o Direito Constitucional se desenvolve, tais como:
- Direito Constitucional Material: São o conjunto de princípios e das normas constitucionais que recaem sobre os direitos fundamentais das pessoas em reação ao poder Público.
- DC Económico, Fiscal e Financeiro: que são o conjunto dos princípios de das normas constitucionais que cuidam da organização económica da sociedade, medindo os termos da intervenção d poder público, no plano dos regimes económico, financeiro e fiscal;
-DC Organizatório: que são o conjunto dos princípios e das normas que fixam a disciplina do poder público recaindo no modo como se organiza e funciona;
- DC Garantístico: que são o conjunto de princípios e das normas constitucionais que estabelecem os mecanismos destinados a proteção da constituição e à defesa da sua prevalência dobre os atos jurídico-políticos que lhe sejam contrários.
Dentro destes grandes âmbitos em que o DC se desenvolve é ainda possível fazer distinções que assentam na existência de fenómenos mais específicos que justifiquem a existência de disciplinas constitucionais autónomas, de cunho complementar relativamente a um patamar geral que o DC inegavelmente possui:
- DC Internacional: traça as relações jurídico-internacionais do estado no ponto de vista da participação, formação e integração do Direito Internacional Público no Direito Interno e dos critérios que se colocam à sociedade internacional;
- DC dos Direitos Fundamentais: dedica-se à regulação dos direitos fundamentais das pessoas frente ao poder político;
Existem muitos mais divisões internas do DC como o Ambiental, Eleitoral, partidos Políticos, Parlamentar, entre outros.
Como surgiu historicamente o Direito constitucional?
O movimento constitucional que deu origem à constituição em sentido moderno tem várias raízes localizadas em diferentes espaços e tempo. Em termos rigorosos “não há um constitucionalismo, mas vários”, por outras palavras “diversos momentos constitucionais”. O Constitucionalismo é a ideologia, ou teoria, que ergue o principio do governo limitado indispensável à garantia dos direitos em dimensão estruturante da organização político-social de uma comunidade. Neste sentido, o constitucionalismo moderno representará uma “técnica especifica de limitação do poder com fins garantísticos”.
Num plano histórico, fala-se em constitucionalismo moderno para designar o movimento político, social e cultural que, sobretudo, a partir de meados do século XVIII questiona, nos planos político, filosófico e jurídico os esquemas tradicionais de domínio político, sugerindo assim uma nova orientação e fundação do poder político. Como o próprio nome indica, (o Constitucionalismo Moderno), pretende revoltar-se contra o Constitucionalismo Antigo em que vigorava um Direito Consuetudinário e, poderes e direitos, praticamente entregues e limitados na posse do monarca.
Quais as Caraterísticas do Direito Constitucional?
Direito Público
Interessa situar o DC no contexto da Ordem Jurídica, pelo que é válido inserir o DC no Direito Público pois, é um ramo do direito que evidentemente clama o interesse público e é nele que são expressas as normas da vida comum sob responsabilidade do Estado. É também um ramo que regula essencialmente o poder público e as suas relações com as pessoas e outros poderes. Para além disto é um ramo que eleva o poder público à sua suprema autoridade, atribuindo-lhe as mais amplas faculdades que se conhece.
Porém para um mais amplo conhecimento de DC devemos focar-nos nos seus traços distintivos que permitem a respetiva singularização no contexto mais vasto do Direito em que este ramo se integra. Deste modo podemos evidenciar as várias Características do DC:
Supremacia – está no topo da pirâmide da Ordem jurídica (organizada hierarquicamente por diferentes patamares) ocupando a posição suprema, (exemplo: Artº3º Nº 2,3 – CRP). Esta supremacia interna implica, como referido no exemplo, o Principio da Constitucionalidade, que obriga a que todas as normas estejam em conformidade com a CRP. Está conformidade atua de duas formas: formal – todas as normas da OJ e atuação do Estado devem respeitar os procedimentos estabelecidos pela CRP; e material – o conteúdo dessas normas deve respeitar as normas da constituição. Posto isto, o DC implica a adoção de mecanismos de verificação dessa mesma supremacia, isto é, um Sistema de Fiscalização da constitucionalidade (art 227) e claro a devida consequência para os atos e comportamentos que violem o DC.
Transversalidade – Traça grandes opções de uma comunidade política, relaciona-se com diversos temas e abrangendo múltiplos temas. Em consequência fala-se hoje em “Constitucionalismo de direito” porque o DC fixa os grandes princípios de todos os ramos do direito.
 
Politicidade – O alvo principal do Direito Constitucional é o exercício do poder público, porém existe uma dificuldade em entender que casos devem ser deixados para o jogo da política.
Dialogo entre o Direito e a Realidade – A Constituição reflete os valores e aspirações de uma determinada geração, porém as mentalidades e sociedades mudam, para evitar este afastamento foi criado o Principio da Revisibilidade (7 revisões entre 1982-2005) e Mutações ou transições constitucionais onde o texto não se altera, mas sim o significado das normas, é considerada uma revisão informal.
Qual a relação entre o Direito Constitucional, o Direito Internacional e Direito da EU?
A relação do DC com os dois tipos de direitos apresentados em cima trata-se pelo facto do DC estabelecer uma relação de supremacia e, claro, a ordenação da própria Ordem Jurídica, nesse aspeto o Direito da EU estabelece a organização e o funcionamento dos órgão da EU, as relações que mantém com outras entidades e a formação da própria Ordem Jurídica, o DC autoriza a pertença à UE e define as relações entre as duas Ordens Jurídicas.
Já o Direto Internacional Público estabelece as normas e os princípios eu disciplinam a organização e a atividade dos membros da sociedade internacional e relaciona-se com o DC no modo da sua inserção e no respetivo lugar hierárquico, bem como a regulação dos diversos poderes das pessoas coletivas internas no que respeita à participação nas relações internacionais.
O Estado
Porque o estudo do estado é importante para o direito constitucional?
Muito resumidamente o DC, como já sabemos, disciplina o poder político, regulando a sua organização e funcionamento de modo a restringir o seu poder e garantir os direitos fundamentais ás pessoas.
Este poder politico é exercido através de Estruturas sendo o Estado a principal e, consequentemente, tornando-se o principal referente do Direito, logo o estudo do DC implicaalgum estudo jurídico do estado.
O que é o Estado?
o Estado surgiu com a separação de poderes, é uma forma histórica, um modo de organização jurídica dotada de qualidades que a distinguem de outros “poderes” ou “organizações de poderes”, essas qualidades são a cidadania, soberania e territorialidade. Esta estrutura juridicamente personalizada exerce, num determinado território, um poder politico soberano, em nome de uma comunidade de cidadãos que a esse mesmo Estado se vinculam e, é ainda hoje, um modo de organização que satisfaz os interesses dos cidadãos.
O que é o povo? – rapidamente explicando, o povo são o conjunto de pessoas ligadas a um estado pela vinculação jurídico-política da cidadania, ou seja, o conjunto de cidadãos de um estado.
Partindo do principio de que o povo é soberano, isto é, o poder político provém do povo (Artigoº 2º - CRP), o poder passa também a ser imposto a quem o cria. Este aspeto leva-me a conceber o povo como “povo em sentido político”, isto é, grupos que agem segundo ideias, interesses e representações de natureza política afastando-se assim do conceito naturalista de que o povo é caracterizado pela origem, língua e cultura comum.
2.a) i- O que é a cidadania? – Estatuto jurídico que atribui uma serie de posições jurídicas (direitos e deveres) aos seus beneficiários. A relação de cidadania implica um estatuto (o estatuto de cidadão) e um direito (o direito à cidadania). A cidadania como estatuto designa um conjunto de posições jurídicas atribuídos à pessoa, e que ela beneficia. A cidadania como direito traduz-se no processo para se obter o estatuto de cidadão, respeitando alguns critérios de atribuição:
ius sanguinis: relações de sangue, porque se os progenitores pertencem a certa cidadania, ela comunica-se aos seus descendentes; 
ius soli: o lugar do nascimento, por uma ligação afetivo-territorial justificar a atribuição da cidadania
2. a) ii – O que são a População e a Nação? - 
População trata as pessoas residentes ou habitantes do território estadual, independentemente do vinculo de cidadania, nacional ou estrangeiro, ou do não vinculo, os apátridas, em que não há cidadania. Este é um conceito sobretudo estatístico e demográfico. 
Nação – pessoas que se ligam entre si com base em dados sociopsicológicos, como uma mesma cultura, religião, etina, língua ou tradições formando uma comunidade com esses traços identitários. Relembro que Nação e Estado são distintos pelo facto de nem todas as nações possuírem um território, característica essencial de um estado. De modo a exemplificar, apresento o caso Espanhol, um Estado com muitas Nações, ou até o caso de Israel e Palestina.
2. a) iii – O que diz a CRP acerca da cidadania?
A Constituição da República Portuguesa fala no Artigo 4º do tema da cidadania, indica que: “São cidadãos portugueses todos aqueles que sejam considerados como tal pela lei ou pela convenção internacional”. Este artigo leva-nos à consulta obrigatória da Lei da nacionalidade tanto a portuguesa como as demais (convenção internacional), destaco o Artigo 1º que expõe os critérios da nacionalidade portuguesa originária (Jus Solis e Jus Sanguinis), esta lei trata todos os critérios, como: 
Iure Matrimonii – que, expresso no Artigo 3º indica que casado há mais de 3 anos com um cidadão português, qualquer estrangeiro pode adquirir a nacionalidade portuguesa; 
Outro destaque vai para o Artigo 6º onde se relatam os critérios para a obtenção da nacionalidade portuguesa via naturalização, critérios como:
Residir em território nacional por, pelo menos, 6 anos; 
O conhecimento da Língua; 
Não ter sido condenado por crime punível com pena de prisão superior a 3 ou mais anos; 
entre outros.
Para além disto a CRP expressa, no Artigo 122º que apenas “são elegíveis os cidadãos eleitores, portugueses de origem (…)” para o cargo de Presidente da Republica, deixando assim de fora todos Naturalizados.
Por último a CRP estabelece, no Artigo 26º, nº4, duas normas sobre a perda da cidadania: “a privação da cidadania (…) só podem efetuar-se nos casos e termos previstos na lei, não podendo ter como fundamento motivos políticos”.
2. a) iv- cidadania originária = cidadania derivada?
2 b) O que é a Soberania?
i – Qual a diferença da soberania na ordem externa e interna?
A soberania em termos gerais e no sentido moderno traduz-se no poder supremo no plano interno e de um poder independente no plano internacional. Esta é o elemento funcional do Estado e expressa a organização de meios que se destinam a operacionalizar a atividade estadual em ordem de alcançar respetivos fins.
Existem dois tipos de Soberania.
Na Ordem Interna esta soberania recai nos centros do poder politico o que implica que as entidades intraestaduais não gozem de Soberania, mas sim, de Autonomia. Todos os centros políticos lhe devem obediência e a sua existência e amplitude são decididas pelo próprio estado. No fundo é o reconhecimento de que o poder político do Estado é soberano. 
Na Ordem Externa, a Soberania Internacional, a que muitos se referem a independência, é por natureza relativa, visto que existirá sempre o “alter ego” de outro Estado, mas, ainda assim, significa a igualdade soberana dos Estados que não reconhecem qualquer poder superior ao deles. Esta soberania significa também alguns direitos, como por exemplo:
Ius tractuum – direito de celebrar tratos;
Ius Legationis – direito de estabelecer relações consulares e diplomáticas;
Ius Belli – direito de apresentar queixa e reagir em legitima defesa; 
Porém alguns países têm limitações específicas em matéria de Soberania Externa, os Estados Exíguos devido à sua pequenez não são aceites pela comunidade Internacional (microestados ou estados Lilipute como Andorra ou Mónaco), ou os Estados Neutralizados que por vontade própria ou ordem externa ficam privado de poder intervir militarmente no plano internacional (Suíça, Áustria, Japão).
Posto isto, dentro do seu território o Estado detém a soberania máxima e dele depende a fonte da Ordem Jurídica.
c) O que é o território?
Domínio geográfico onde o Estado exerce o seu poder. Como funções é possível destacar o facto de ser sede dos órgãos estaduais e de ser o lugar da aplicação das políticas públicas do estado, bem como a residência de maior parte dos seus cidadãos.
Existem 3 características do Território:
Permanência: o poder do Estado é tido por duradouro e não consubstancia qualquer situação de vigência limitada
Plenitude: o poder do Estado é exercido na máxima potencialidade que se conhece 
Exclusividade: o poder do Estado não é partilhável com mais ninguém ao seu nível de soberania nesse domínio territorial
Quais as subdivisões do Território?
Existem 3 subdivisões do Território:
A primeira é o Espaço terrestre, corresponde à massa de terra seca, continental ou insular, onde o estado, os seus órgãos e os respetivos cidadãos desenvolvem a sua atividade. Inclui também cursos fluviais, porções de água doce, assistidas de corrente circulatória, que percorrem os meandros da terra seca e lagos e lagoas porções de água doce, sem corrente circulatória, que se encerram em espaços delimitados por terra seca.
A segunda divisão trata do Espaço Aéreo abrange a camada de ar sobrejacente aos espaços terrestres e marítimos submetidos à soberania estadual, até a um limite superior a partir do qual se considera existir o espaço exterior, aí vigorando um regime internacional, e não já de soberania interna.
Por fim temos o Espaço Marítimo abrange a porção de água salgada que circunda o território terrestre, solo e subsolo marítimos. 
Não confundir espaço marítimo com:
Zona contígua: espaço marítimo delimitado entre as 12 e as 24 milhas, a seguir ao mar territorial, em que o estado costeiro pode exercer poderes de fiscalização com vista a evitar ou reprimir violações às suas leis e regulamentos internos; 
Zona económica exclusiva: espaço marítimo delimitado entre as 12 e as 200 milhas, a seguir ao mar territorial, nela o estado exercendo direitos preferenciaisde aproveitamento dos recursos biológicos vivos aí existentes, para além de poderes de jurisdição e de fiscalização
O que diz a CRP acerca do Território? 
Temos apenas o Artigoº 5º, Artigo 5.º “Portugal abrange o território historicamente definido no continente europeu e os arquipélagos dos Açores e da Madeira./ A lei define a extensão e o limite das águas territoriais, a zona económica exclusiva e os direitos de Portugal aos fundos marinhos contíguos./ O Estado não aliena qualquer parte do território português ou dos direitos de soberania que sobre ele exerce, sem prejuízo da rectificação de fronteiras.”
Classificação das Constituições 
Constituição Material e Formal
Constituição material – conjunto de normas, escritas ou não, cujo conteúdo seja considerado propriamente constitucional, isto é, essencial à estruturação do Estado, à regulação do exercício do poder e ao reconhecimento dos direitos fundamentais.
 Constituição formal – diz respeito ao documento escrito, por órgão soberano instituído com tal finalidade. Em geral, compreende tanto as normas materialmente constitucionais como normas formalmente constitucionais.
Constituição rígida e flexível
Constituição rígida não pode ser modificada com leis ordinárias, demandam um processo de reforma mais exigente.
Constituição flexível podem ser modificadas pelo procedimento ordinário (por exemplo: a Constituição do Reino Unido)
“a rigidez consiste na atribuição às normas constitucionais de uma “capacidade de resistência à derrogação superior as leis ordinárias” – Manuel Afonso Vaz.
 Constituição escrita e costumeira (base na forma)
Constituições escritas são documentos escritos e solenes promulgados pelo órgão competente
Constituições costumeiras ou Consuetudinárias são constituições não escritas fundadas nos costumes, e decorriam principalmente no tempo do Absolutismo.
Nota: a constituição do Reino Unido pode ser definida como parcialmente costumeira, por ser formada por uma parte consuetudinária, isto é, oral, e pela parte escrita. É formada por State laws (leis escritas), por Case laws (sentenças), parlamentary customs (costumes parlamentares) e por fim constitutional conventions (convenções cnstitucionais).
Constituição outorgada e democrática (base na Origem)
Constituições outorgadas eram concedidas pelo Rei/Chefe de Estado, mediante um ato unilateral. Constitui uma autolimitação do poder
Constituições democráticas são fruto do poder soberano do povo. Elaboradas por uma Assembleia Constituinte (normalmente eleita), que pode submeter o projeto constitucional a referendo.
Fontes do Direito Constitucional 
Quais são as fontes de Direito Constitucional?
A principal fonte do Direito Constitucional é sem duvida a própria Constituição.
A) O que são normas constitucionais avulsas ou extravagantes?
São normas que não se encontram na constituição. Em Portugal não as temos, podendo retirar assim esta conclusão do Artigo 287º nº1: “As alterações da Constituição serão inseridas no lugar próprio, mediante as substituições, as supressões e os aditamentos necessários.”. Existem, no entanto, uns atos normativos externos a CRP que acabam por ser Constitucionalizados por receção, operada pela CRP, por exemplo o Artigo 11º da Declaração dos Direitos Humanos.
B) O que são as normas constitucionais costumeiras?
Os costumes constitucionais, são normas costumeiras, não escritas que disciplinam a Ordem Constitucional. A CRP nunca as refere, e estas possuem uma relevância bastante mitigada em Portugal, em que vigora o primado do DC escrito.
Para que possa haver costume é necessário o uso prolongado e a convicção da sua juridicidade. Como todos os costumes podem ser de três tipos:
Secundum legem ( neste caso – secundum constitutionem) – de acordo com as normas constitucionais. Podem confirmar o sentido das normas da constituição ou ajudar na interpretação.
Praeter legem (neste caso – praeter constitutionem) - além das normas constitucionais. Tem função integrativa.
Contra legem (neste caso – contra constitutionem) – em contraste contra a constituição
Os dois primeiros costumes não levantam grandes problemas. Já os Contra legem levantam mais problemas, alguns autores consideram-nos como verdadeiras normas constitucionais, enquanto outros rejeitam-nos por completo. Porem se estes costumes refletirem verdadeiramente o desejo da auto-organização politica, então serão o verdadeiro Direito Constitucional.
C) Qual o papel da Jurisprudência?
A jurisprudência são todas as decisões tomadas pelos tribunais que interpretam e aplicam o direito constitucional e, desse modo, acabam por fixar entendimentos com caracter normativo. 
Porém estes entendimentos não podem ser vistos com verdadeira fonte do Direito Constitucional, juntando-se ao fato de em Portugal não vigorar a regra do precedente, aplicando-se, é claro, a exceção do Tribunal Constitucional que pode declarar com força obrigatória geral a inconstitucionalidade de uma norma infraconstitucional.
DC – 1º Teste – 1º Semestre João GD Teixeira – ISCAL

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