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Direito Penal II- Apostila

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DIREITO PENAL II
Prof. Me. Raquel Soveral
CONCURSO DE AGENTES
| Arts. 29 – 31, CP.
| Concursus delinquentium
TEORIAS
| Pluralística: tanto crimes quanto agentes;
| Dualística: um crime para atividade principal e 
outro crime para atividades secundárias
y 1 crime = executor partícipe
| Monística/Unitária: todo aquele que concorre para 
o crime causa-o na sua totalidade
CP: teoria monística (regra)
teoria dualística (exceção) 
REQUISITOS
| Pluralidade de participantes e de condutas
| Relevância causal de cada conduta
| Vínculo subjetivo entre os participantes
| Identidade de infração penal
Conivência
???
CONCEITO
| Em síntese, comente quando duas ou mais 
pessoas, unidas pelo liame subjetivo, levarem a 
efeito condutas relevantes dirigidas ao 
cometimento de uma mesma infração penal é que 
poderemos falar em concurso de pessoas (Greco)
AUTORIA
| O conceito de autoria não se limita a quem pratica 
pessoal e diretamente a figura delituosa, mas 
abrange também quem se serve de outrem como 
instrumento (autoria mediata). É possível 
igualmente que mais de uma pessoa pratique a 
mesma infração penal, ignorando que colabora na 
ação de outrem (autoria colateral), ou, então, 
consciente e voluntariamente coopere na ação de 
outrem, quer praticando atos de execução 
(coautoria), quer instigando, induzindo ou 
auxiliando (participação) na realização de uma 
conduta punível (Bitencourt)
AUTOR
| Conceito restritivo = núcleo do tipo
y Teoria objetivo-formal (autor ≠ partícipe) (descrição)
y Teoria objetivo-material (autor ≠ partícipe) (perigosidade)
| Conceito extensivo = contribuição
y Teoria subjetiva (animus auctoris ≠ animus socii)
TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO
| Autor é quem tem o poder de decisão sobre a 
realização do fato.
| Consequências:
y Autoria = realização pessoal e responsável
y Autoria mediata = é autor quem executa utilizando 
outrem como instrumento
y Domínio funcional do fato = é autor aquele que realiza 
parte do plano, mesmo que não seja a resolução 
delitiva comum.
Crimes 
Dolosos
E quem não 
detém o 
domínio 
funcional ?
AUTORIA MEDIATA
| Aquele que se utiliza de outra pessoa como 
instrumento para a realização do tipo penal.
| Ex: arts. 22, 62, III, 20, §2º, CP. 
| Pressupostos de punibilidade: “homem de trás”
Crimes 
próprios
Crimes de 
mão própria
Executor com 
dolo e 
consciência 
???
COAUTORIA
| Realização conjunta.
| Liame psicológico
| Princípio da divisão do trabalho
| O domínio do fato pertence aos vários 
intervenientes
Coautoria 
sucessiva
Acordo prévio
???
Autor 
intelectual
Art. 62, I, CP.
PARTICIPAÇÃO
| Intervenção em um fato alheio
| Atividade secundária (contribui, estimula ou 
favorece a execução da conduta proibida)
ESPÉCIES DE PARTICIPAÇÃO
| Instigação
y Estimulando, reforçando (moral)
| Induzimento (determinação)
y Faz surgir no pensamento a ideia (moral)
| Cumplicidade
y Auxílio (material)
REQUISITOS DA PARTICIPAÇÃO
| Eficácia causal
| Consciência de participar na ação de outrem
Se não há nem 
tentativa
???
Conhecimento de 
cooperação
TEORIAS SOBRE A PARTICIPAÇÃO
PRINCÍPIO DA ACESSORIEDADE
| Teoria da Acessoriedade extrema: punibilidade do 
partícipe estaria associada a do autor (fato típico, 
ilicitude, culpabilidade)
| Teoria da Acessoriedade mínima: se a conduta do 
autor for típica o partícipe também responderá
| Teoria da Acessoriedade limitada: participação 
deve ser punida se a ação do autor for típica e 
antijurídica, não é necessário que o autor seja 
culpável
Maioria doutrina
| Provocação de aparente excludente:
y A (instigador) induz B (terceiro) a agredir C (sempre 
armado). A tem a intenção de matar o próprio B.
Assim, B agride injustamente C, que reage em 
legítima defesa e mata o agressor induzido por A.
Pela teoria da acessoriedade limitada A pode ser punido 
como partícipe?
OBSERVAÇÕES
Nos crimes culposos é admitida a coautoria, mas não a 
participação
Desistência voluntária e arrependimento eficaz se aplicam ao 
autor da infração, mas não ao partícipe 
Arrependimento do 
partícipe???
| Participação em crime omissivo 
| Participação por omissão
| Cumplicidade Favorecimento real
AUTORIA COLATERAL
| Duas ou mais pessoas, ignorando uma a 
contribuição da outra, realizam condutas 
convergentes objetivando a execução da mesma 
infração
PUNIBILIDADE DO CONCURSO DE PESSOAS
| Art. 29, CP. 
y A pena reagirá na medida da culpabilidade entre autor e 
partícipe.
| Participação de menor importância: art. 29, §1º
| Cooperação dolosamente distinta: art. 29, §2º
CIRCUNSTÂNCIAS INCOMUNICÁVEIS
| Art. 30, CP.
| Dados, fatos que circundam o fato principal.
y Objetivos (fato, ex: condições da vítima, tempo, ...)
y Subjetivos (agente, ex: qualidade, estado, parentesco, ...)
| Circunstâncias e condições de caráter pessoal
y Não se comunicam
| Circunstâncias objetivas elementares do tipo
y Se comunicam se entrarem na esfera de conhecimento 
dos participantes
Qualificadora: uso de arma?
Qualificadora: recurso que 
dificulte a defesa da vítima?
Peculato: funcionário público?
Motivo fútil?
CASOS DE IMPUNIBILIDADE
| Art. 31, CP.
| A participação em um crime que não chegou a se 
iniciar, não teve eficácia causal, não há que se falar 
em participação.
Tentativa de 
participação?
Art. 286, CP?
| Pecados provocavam a fúria dos deuses. 
| Vingança.
| Lei de talião. (1780 a.C.)
| Penas estatais. Cruéis. Perseguições e torturas. 
(reis e igreja). (a partir de 1200)
| Princípio da humanidade (após 1750)
| “o fim das penalidades não é torturar e afligir um 
ser sensível, nem desfazer um crime que já está 
praticado” (Dos delitos e das penas. Beccaria)
| Igualdade na lei e perante a lei!
| Penas mais brandas. 
| Bem-estar social = legitima ao Estado a imposição 
de penas
| Princípio da individualização das penas.
AULA 2 DIREITO PENAL II
| Num primeiro momento pensava-se na pena como 
consequência do delito, somente (Escola Clássica).
| Após surgem duas teorias para justificar os fins das 
penas – retribucionista e prevencionista – as quais 
nasceram para justificar o direito de punir.
PENAS
| “Quando o agente comete um fato típico, ilícito e 
culpável, abre-se a possibilidade para o Estado de 
fazer valer o seu ius puniendi” (Greco)
| Art. 5º, XLVIII; XLVI; XXXIX; XLV, CF. 
ORIGEM
| Código de Hamurabi e de Manu;
| Até século XVIII = penas caracterizavam-se pela 
aflição, o agente pagava com o corpo;
| Ilumismo = modificações;
| Declaração Universal dos Direitos do Homem = 
preocupação com a integridade física e mental
EVOLUÇÃO
| Antiguidade: contenção e guarda até julgamento
| Idade média: detenção temporal e pena perpétua; 
prisão canônica (penitência)
| Idade Moderna: workhouses; galés flutuantes
TEORIAS DA PENA: PREVENÇÃO GERAL E
ESPECIAL
Finalidades das Penas
Teorias Absolutas Teorias Relativas
Ideia de 
retribuição
Ideia de 
prevenção
Reprovação Prevenção
Geral (+/-) Especial (+/-)
Teoria absoluta: 
Reprovação
Teoria relativa: 
Prevenção
Caráter retributivo da pena
Prevenção geral: prevenção por intimidação
Prevenção especial: ressocialização
Prevenção geral 
negativa
Prevenção geral 
positiva
Prevenção especial 
negativa
Prevenção especial 
positiva
Prevenção por intimidação propriamente 
dita
Integradora. Consciência geral
Neutralização do infrator
Caráter ressocializador
Críticas à prevenção por 
intimidação e ressocialização
?
Fere dignidade
Sistema penal falido
Teoria Mista / 
Unificadora da 
Pena: 
Art. 59, CP.| “Um mal (o fato punível), possa ser anulado pelo 
fato de que agregue um segundo mal (a pena)” 
(críticas à teoria retribucionista)
Se o mal já está feito, por que punir?
“Difícil compreender que se possa ser justo que se 
imponha um mal a alguém para que outros omitam 
cometer um mal” (Roxim)
SISTEMAS PENITENCIÁRIOS
AULA 3 DIREITO PENAL II
HISTORICAMENTE
| Pensilvânico (1790)
y Filadélfia ou celular; isolamento;
y Arrependimento; leitura da Bíblia;
| Auburniano (NY, 1818)
y Menos rigoroso; permitia trabalho;
y Isolamento noturno; silent system.
| Progressivo (XIX, progressivo em 3 estágios)
y 1º período de prova – isolamento;
y 2º período progressão – trabalho comum, isolamento e 
silêncio noturno;
y 3º período de public work-houses – vantagens maiores, 
podendo atingir o livramento condicional
Cruel; não 
reabilitador
Silêncio 
desumano; 
proibição visitas 
NO BR: Art. 33, CP.
CONCEITUAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
| Estabelecimentos Penais: 
y todos aqueles utilizados pela Justiça com a finalidade de alojar 
pessoas presas, quer provisórios quer condenados, ou ainda 
aqueles que estejam submetidos à medida de segurança;
| Estabelecimentos para Idosos: 
y estabelecimentos penais próprios, ou seções ou módulos 
autônomos, incorporados ou anexos a estabelecimentos para 
adultos, destinados a abrigar pessoas presas que tenham no 
mínimo 60 anos de idade ao ingressarem ou os que 
completem essa idade durante o tempo de privação de 
liberdade;
| Cadeias Públicas: 
y estabelecimentos penais destinados ao recolhimento de 
pessoas presas em caráter provisório, sempre de segurança 
máxima;
| Penitenciárias:
y estabelecimentos penais destinados ao recolhimento de 
pessoas presas com condenação à pena privativa de 
liberdade em regime fechado;
| Penitenciárias de Segurança Máxima Especial: estabelecimentos 
penais destinados a abrigar pessoas presas com condenação em 
regime fechado, dotados exclusivamente de celas individuais;
| Penitenciárias de Segurança Média ou Máxima: estabelecimentos 
penais destinados a abrigar pessoas presas com condenação em 
regime fechado, dotados de celas individuais e coletivas;
| Colônias Agrícolas, Industriais ou Similares: 
y estabelecimentos penais destinados a abrigar pessoas 
presas que cumprem pena em regime semi-aberto;
| Casas do Albergado: 
y estabelecimentos penais destinados a abrigar pessoas 
presas que cumprem pena privativa de liberdade em regime 
aberto, ou pena de limitação de fins de semana;
| Centros de Observação Criminológica: 
y estabelecimentos penais de regime fechado e de 
segurança máxima onde devem ser realizados os 
exames gerais e criminológico, cujos resultados 
serão encaminhados às Comissões Técnicas de 
Classificação, as quais indicarão o tipo de 
estabelecimento e o tratamento adequado para cada 
pessoa presa;
| Hospitais de Custódia e Tratamento 
Psiquiátrico: 
y estabelecimentos penais destinados a abrigar pessoas 
submetidas a medida de segurança.
CENÁRIO ATUAL
| Em junho de 2013, o Brasil tinha 574.027 pessoas 
presas - a quarta maior população carcerária do 
mundo, atrás de Estados Unidos, China e Rússia. 
| A taxa de encarceramento, índice que calcula o número 
de presos em cada grupo de 100 mil habitantes, saltou 
de 287,31 para 300,96 em apenas seis meses.
| A nova população carcerária brasileira é de 711.463 
presos. Os números apresentados pelo Conselho 
Nacional de Justiça (CNJ), dados apurados até 2014, 
levam em conta as 147.937 pessoas em prisão 
domiciliar.
| Segundo os novos dados do Ministério da Justiça, mais de 
43,8% dos presos brasileiros não têm condenação 
definitiva (no balanço anterior, de dezembro de 2012, 
eles somavam 41,8%). Esse quadro é responsável pela 
superpopulação das unidades prisionais e pelo 
consequente aumento nas violações contra os internos.
| Apuração em 2014 é que, além de alterar a população 
prisional total, a inclusão das prisões domiciliares no total 
da população carcerária também derruba o percentual de 
presos provisórios (aguardando julgamento) no País, que 
passa de 41% para 32%.
| Entre 1992 e 2013, a taxa de encarceramento 
(número de presos por cada grupo de 100 mil 
habitantes) do País cresceu aproximadamente 
317,9%, passando de 74 para 300,96. Nos Estados 
Unidos, o aumento foi de quase 41%. Na China, de 
11%. A Rússia foi o único país do grupo a registrar 
redução de cerca de 4%.
| Hoje, 45,6% das mulheres e 24% dos homens 
encarcerados respondem por crimes 
relacionados às drogas. Em 2005, esses índices 
eram, respectivamente, de 24,7% e 10,3%.
| Ranking – Com as novas estatísticas, o Brasil 
passa a ter a terceira maior população carcerária 
do mundo, segundo dados do ICPS, sigla em 
inglês para Centro Internacional de Estudos 
Prisionais, do King’s College, de Londres. As 
prisões domiciliares fizeram o Brasil ultrapassar a 
Rússia, que tem 676.400 presos.
Déficit – O novo número também muda o déficit 
atual de vagas no sistema, que é de 206 mil, 
segundo os dados mais recentes do CNJ. 
“Considerando as prisões domiciliares, o déficit 
passa para 354 mil vagas. Se contarmos o número 
de mandados de prisão em aberto, de acordo com 
o Banco Nacional de Mandados de Prisão –
373.991 –, a nossa população prisional saltaria 
para 1,089 milhão de pessoas”
ESPÉCIES DE PENAS
Penas privativas de liberdade, restritivas de direitos, 
pecuniárias e alternativas
AULA 4 DIREITO PENAL II
SANÇÃO PENAL
| Pena
y Sanção penal de caráter aflitivo imposta pelo Estado, 
em execução de uma sentença condenatória, 
consistente na restrição ou privação de um bem 
jurídico, cuja finalidade é aplicar a retribuição punitiva 
ao culpado e promover a sua readaptação social, além 
de prevenir novas transgressões
| Medida de segurança
y Sanção penal imposta pelo Estado cuja finalidade é 
exclusivamente preventiva, visando tratar o inimputável 
e o semi-imputável que demonstram, pela prática 
delitiva, potencialidade para a prática de novas ações 
danosas.
Privativa 
liberdade; 
restritiva 
direitos; 
pecuniárias
Internação 
em hospital 
de custódia 
ou 
tratamento 
psiquiátrico
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
| Previstas no preceito secundário de cada tipo penal (ex: 
art. 121; 123; 155; 163)
| Penas privativas de liberdade (gênero):
y Reclusão
y Detenção
| Na forma de execução são iguais, mas suas consequências diferem 
Mais graves = fechado, semi-aberto e aberto.
Menos graves = semi-aberto e aberto. Art. 33, 
CP
CONSEQUÊNCIAS QUE JUSTIFICAM ESSE SISTEMA
TRADICIONAL DUPLO DE PENA PRIVATIVA DE
LIBERDADE
| A) limitação na concessão de fiança = pode em 
detenção e reclusão, desde que a pena máxima 
não seja superior a 4 anos (art. 322, CPP)
| B) espécies de medidas de segurança 
y Reclusão = medida detentiva
y Detenção = tratamento ambulatorial (art. 97, CP)
Quando sujeito a esse tratamento o 
delinquente deve comparecer ao 
hospital nos dias em que o médico 
determinar, para que, de tal forma, 
seja aplicada a terapia prescrita.
implica internação. 
| C) incapacidade para o exercício do pátrio poder, 
tutela ou curatela = somente aplicável aos crimes 
punidos com reclusão
| D) prioridade na ordem de execução = executa-se 
1º reclusão e depois a de detenção, arts. 69 e 76, 
CP 
| E) influência decisiva nos pressupostos da prisão 
preventiva = art. 313, I, CPP.
REGIMES PENAIS
| Determinados pela espécie e quantidade de pena, 
bem como, pela reincidência, aliadas ao mérito do 
condenado
| Art. 33, §§1º, 2º, CP
Espécie de pena Quantidade de pena Reincidência 
mérito
Regime inicial
Pena de 
RECLUSÃO
Regime inicial
Pena de 
DETENÇÃO
Fechado
Semiaberto
Aberto
Semiaberto
Aberto
Pena aplicada + 8 anosPena aplicada + 4 ano e
-/= 8 anos
Pena aplicada =/- 4 anos
Réu reincidente: 
regime inicial 
obrigatório é o fechado
S. 
269, 
STJ
Pena aplicada + 4 anos
Pena aplicada -/= 4 
anos
Réu reincidente: 
regime inicial 
semiaberto
| A fixação do regime inicial de cumprimento de pena 
é de competência do juiz quando profere a 
sentença condenatória (art. 59, CP);
| Poderá haver a progressão de regime, art. 66, III, 
LEP
| Obs: súmula 719, STF
| Obs: súmula vinculante 26, STF (pode outro regime 
que não o fechado) (HC 109583/MS, STF, 2012)
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s
1=HC(109583%20.NUME.)&base=baseAcordaos
REGIME FECHADO ART. 34, CP
| Condenado cumpre pena em estabelecimento 
penitenciário de segurança máxima ou média;
| Trabalho em comum; 
| Isolamento noturno (art. 34, § 1º, CP e art. 88, LEP)
| 1/6 pena (arts. 37 e 41, II, LEP)
REGIME SEMIABERTO ART. 35, CP
| Executado em colônia agrícola, industrial ou 
estabelecimento similar;
| Trabalho comum diurno;
| Pode frequentar cursos;
| Pode trabalho externo; STJ, HC 
97.615/SP
REGIME ABERTO ART. 36, CP
| A pena será cumprida em casa de albergado;
| Autodisciplina;
| Apenado somente permanecerá recolhido durante 
o repouso noturno e nos dias de folga;
| Condenado deverá trabalhar; frequentar cursos ou 
exercer atividades fora do estabelecimento e sem 
vigilância;
| Tem que estar trabalhando (sem remição) 
REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO
| Art. 52, LEP (alterado pela Lei 10.792/03)
| Duração máxima 360 dias (possível repetir desde 
que não ultrapasse 1/6 da pena)
| Cela individual
| Banho de sol de 2 h e visitas semanais. 
PRISÃO DOMICILIAR
| Art. 117, LEP.
| STF: se não houver casa de albergado pode 
cumprir pena em regime aberto sob a forma de 
prisão domiciliar 
PROGRESSÃO DE REGIME
| Arts. 33, §2º, CP; 112 e 118, LEP.
| Evolui-se de um regime mais rigoroso para um 
regime menos rigoroso
Fechado Semiaberto Aberto
1/6
Bom 
comp.
1/6
Bom 
comp.
Inverso
?
| Lei 11.464/07 = crimes hediondos 
y 2/5 réu primário
y 3/5 reincidente
| Art. 33, §4º, CP.
Súmulas: 269 341, STJ; 716, 717, 718, 719, STF.
REGIME ESPECIAL
| art. 37, CP. 
| Tratamento especial às mulheres;
| Filhos em amamentação;
| Art. 5º, XLVIII e L, CF.
DIREITOS DO PRESO
| Art. 38, CP.
| Perde: liberdade e políticos, art. 15, III, CF.
| Respeito à integridade física e moral, art. 5º, XLIX, 
CF e art. 40, LEP.
| Deveres: arts. 38, 39, 44 ao 52, LEP.
| Direitos: arts. 10 ao 27, 41, LEP. 
DETRAÇÃO PENAL
| Art. 42, CP
| Permissão para descontar na pena ou na medida 
de segurança o tempo de prisão ou de internação 
que o condenado cumpriu antes da condenação;
| Considera-se para fixação de regime inicial de 
cumprimento de pena, art. 387, §2º, CPP.
REMIÇÃO PELO TRABALHO E PELO ESTUDO
| Art. 39, CP. 
| Pelo trabalho ou pelo estudo o preso fica 
desobrigado de cumprir determinado tempo de 
pena.
| Art. 126, LEP (contagem)
- 1 dia de pena 
para cada 
12 horas de estudo
- 1 dia de pena 
para cada 
3 dias de trabalho
Falta grave, art. 
127, §8º, LEP.
$ pelo 
menos ¾ 
s.m.
SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL
| Art. 41, CP
| O tempo de internação será computado no tempo 
de prisão.
| A medida de segurança não poderá ter duração 
superior ao correspondente à pena diminuída
E se a 
enfermidade 
persistir
?
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
Arts. 43 e ss. CP
AULA 5 DIREITO PENAL II
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
| Natureza: restritivas e pecuniárias
| Sanções modernas
| Art. 44, CP: penas autônomas e, em alguns casos, 
substituem a pena privativa de liberdade.
Normas penais: 
preceito +sanção Art. 44 e incisos
(flexibilidade)
REQUISITOS
| Objetivos
y Quantidade de pena aplicada
| Não superior a 4 anos (dolo/culpa)
y Natureza do crime
| Privilegia-se os crimes culposos 
y Modalidade de execução
| Sem violência ou grave ameaça (não se aplica ao culposo)
Violência contra 
coisa (art. 155, 
§4º,I) ???
Redução da defesa 
da vítima (violência 
presumida) ???
| Subjetivos
y Réu não reincidente em crime doloso
| Em tese, não se substitui p.p.l. por p.r.d. aos casos de 
reincidência em crime doloso
| (§3º)
y Prognose de suficiência da substituição
| Devem ser analisados, rigorosamente, os critérios de 
culpabilidade, antecedentes, conduta social e personalidade 
do condenado
OBSERVAÇÕES
| §2º: 
y condenação =/< 1 ano multa ou p.r.d.
y condenação > 1 ano multa e p.r.d ou 2 p.r.d.
| §4º: 
y Conversão da p.r.d. em p.p.l.
y Deverá cumprir o preso somente o período restante, mas não 
poderá ficar preso menos que 30 dias
y Art. 181, §§ 1º, 2º, 3º, LEP 
| §5º:
y Condenação posterior a p.p.l. conversão não obrigatória
y Juiz pode decidir pela subsistência da pena restritiva de 
direitos sempre que o seu cumprimento for compatível com a 
nova sanção
ESPÉCIES DE PENAS RESTRITIVAS
| Finalidade: reparar o dano causado com a infração 
penal
| Destinatário principal: Vítima e dependentes
| Outro destinatário: entidade pública ou privada com 
destinação social
y Se não houver dano a reparar
y Não houver vítima imediata
Prestação Pecuniária: art. 45, §1º, CP
| Se houver condenação civil = desconta-se o 
montante pago como prestação pecuniária
| §2º: prestação inominada (ex: cestas básicas)
| §3º: perda de bens e valores 
y Confisco generalizado do patrimônio ilícito do 
condenado
y Destinatário: Fundo Penitenciário Nacional (LC 79/94 e 
Dec. 1093/94)
y Teto: montante do prejuízo ou do proveito obtido com o 
delito
| Dever de prestar determinada quantia de horas de 
trabalho não remunerado e útil para a comunidade durante 
o tempo livre, em benefício de pessoas necessitadas ou 
para fins comunitários.
| Atividades atribuídas devem guardam compatibilidade 
com as aptidões pessoais
| 1h de tarefa por dia de condenação
y §4º: >1 ano = pode cumprir mais horas, para cumprir a pena em 
menos tempo, mas não inferior a metade
Prestação de serviços à comunidade ou à 
entidades públicas: art. 46, CP
Relação de 
emprego?
| Pena específica, aplicável a determinados crimes
| Considera que tem grande impacto e potencial preventivo
| Obs: as hipóteses do art. 47, I e II
y Deve haver correlação entre o delito praticado e o mau uso do 
direito interditado
y Crimes praticados com abuso ou violação dos deveres 
inerentes ao cargo/emprego/atividade. 
Interdição temporária de direitos: art. 47, 
CP
| I – proibição do exercício do cargo, função ou 
atividade pública e mandato eletivo:
y Funcionários públicos, art. 327, CP
y Não precisa ser crime contra a Adm. Púb., mas deve ter 
sido cometido com violação dos deveres inerentes ao 
cargo (ex: arts. 312, 311, §1º, CP)
| II – proibição do exercício de profissão, atividade 
ou ofício que dependam de habilitação especial, 
licença ou autorização do poder público:
y Qualquer profissional que seja condenado por crime 
praticado no exercício do seu mister, com infringência 
aos deveres que lhes são inerentes, poderá sofrer essa 
sanção
Pode retornar ao 
cargo?
| III – Suspensão de autorização ou habilitação para 
dirigir veículo
y Modalidade aplicada somente aos crimes culposos de 
trânsito (art. 57, CP)
| IV – Proibição de frequentar determinados lugares
y Restringe-se ao lugar que foi cometido o delito
y Lugar infração agente
| V – Proibição de inscrever-se em concurso, 
avaliação ou exames públicos
y Busca evitar fraudes em provas
y art. 311-A, CP. 
| Consiste na obrigação de o condenado 
permanecer aos sábados e domingos por 5 horas 
em casa de albergado ou estabelecimento 
adequado,de modo a permitir que a sanção seja 
cumprida em dias de “descanso”
| Ex: 1 mês de pena = 10h por semana
Limitação dos finais de semana: art. 48, 
CP. 
ATENÇÃO
| Penas restritivas como incidentes de execução
| Art. 180, LEP.
| Para as p.p.l de curta duração que não foram 
substituídas ou suspensas podem ser substituídas 
por p.r.d. durante a execução:
y Restante da pena de até 2 anos
y Esteja em regime aberto
y Já tenha cumprido ¼ da pena
y Antecedentes e personalidade
CONVERSÃO DAS PENAS RESTRITIVAS DE
DIREITOS: ART. 44, §§ 4º, 5º.
| Conversão da p.r.d em p.p.l.
| Hipóteses:
y Descumprimento injustificado da restrição imposta
y Nova condenação por outro crime (se não puder 
cumprir de forma simultânea)
MULTA: PENA PECUNIÁRIA: ART. 49-52, CP
| Art. 5º, XLV, CF.
| A essência da pena pecuniária é o pagamento em 
favor do Estado de determinada quantia em 
dinheiro
| Classificação tradicional: confisco, multa 
reparatória, multa
| Conceito: pagamento ao Fundo Penitenciário de quantia 
fixada na sentença calculada em dias-multa
| Características da multa penal (≠ civil, adm)
y Possibilidade de sua conversão em pena de prisão, caso não 
seja paga.*
y Caráter personalíssimo (impossibilidade de ser transferida 
para herdeiros e sucessores)
*arts. 44, 
§4º; 51, CP
SISTEMA DIAS-MULTA
| O valor de um dia-multa deverá corresponder à 
renda média que o autor do crime aufere em um 
dia, considerando-se sua situação econômica e 
patrimonial
| Princípio da proporcionalidade e igualdade
| Limites da pena de multa:
y Valor mínimo: trinta avos do maior salário mínimo
y Valor máximo: 5 vezes esse salário
y Limite mínimo: 10 dias-multa
y Limite máximo: 360 dias-multa
Art. 60, §1º
triplo
| Dosimetria da pena de multa:
| Juiz considera renda média que o condenado 
aufere por dia
gravidade do delito e 
culpabilidade do agente
1ª operação: fixa a quantidade de dias-multa, considerando 
a gravidade do delito, culpabilidade do agente, 
antecedentes, conduta social, personalidade, motivos, 
consequências;
2ª operação: fixa o valor de cada dia-multa, levando em 
consideração a situação econômica do condenado.
OBSERVAÇÕES
| Concurso de pessoas: mesma quantidade de dias, 
mas o valor pode ser diferente.
| Detração não é cabível.
OBSERVAÇÕES
| A multa enquanto pena restritiva pecuniária pode 
ser convertida em pena privativa de liberdade, art. 
44, §4º, CP.
| A multa enquanto pena autônoma não poderá ser 
convertida em pena privativa de liberdade, art. 51, 
CP. 
A PENA DE MULTA PODE:
| Estar prevista isoladamente no preceito secundário 
do tipo penal
| Estar contemplada juntamente com a pena 
privativa de liberdade (+)
| Substituir a pena privativa de liberdade 
S. 171, STJ
| Pagamento da multa: art. 50, CP. 
| 10 dias do trânsito em julgado (art. 164, LEP)
| Pode parcelar
| 3 modalidades:
y Pagamento integral: forma “normal”, recolhe o valor 
para o Fundo Penitenciário Nacional;
y Pagamento parcelado: em prestações mensais e 
sucessivas;
y Pagamento em folha: prestações mensais descontadas 
na remuneração mensal; limitada a ¼ do salário
Revogação: 
atraso ou 
melhora na 
situação £
Juízo das 
execuções 
criminais
S. 693, 
STF
| Prescrição da pena de multa:
y A multa aplicada isoladamente prescreve em 2 anos 
contado do trânsito em julgado
| Da cominação das penas:
| Arts. 53-58, CP.
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
Dosimetria da pena
AULA 6 DIREITO PENAL II
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
| Idade Média: arbítrio judicial
| Direitos fundamentais e segurança jurídica: 
definição de crimes e respectivas sanções
| O que é preferível: a indeterminação absoluta ou a 
absoluta determinação?
Individualização das 
penas: máx. e mín.
MOMENTOS DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
| Individualização legislativa
y Estabelece critérios de fixação entre as penas máximas 
e mínimas ao fatos puníveis;
| Individualização judiciária
y Elaborada em sentença, concretizando a pena 
abstratamente prevista;
| Individualização executória
y Cumprimento da pena;
ELEMENTARES DO CRIME
| São elementos essenciais constitutivos de um delito que 
integram a descrição da conduta típica.
| Ex: art. 121 Matar alguém; art. 123 infanticídio (estado 
puerperal)
| Se retirar a elementar não tem crime ou tem crime diverso.
Concurso de pessoas: elementar do tipo de comunica 
(seja ela subjetiva ou objetiva)
CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME
| Influenciam na dosagem da pena, mas não fazem parte 
da figura típica.
| Se retirar a circunstância não se altera a caracterização 
do crime;
| Podem ou não existir;
No concurso de pessoas não se comunicam se 
forem subjetivas.
| As circunstâncias que não constituem e nem 
qualificam o crime são circunstâncias judiciais, 
legais ou causas de aumento e de diminuição de 
pena.
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS: ART. 59, CP
| Culpabilidade
y Analisa-se a maior ou menor exigibilidade de conduta diversa;
y Analisa-se, novamente o dolo, quanto mais intenso maior a 
pena.
| Antecedentes
y Fatos (bons ou maus) anteriores praticados pelo réu;
y Maus antecedentes = merecem reprovação da autoridade 
pública; decisões condenatórias irrecorríveis
Processos em 
andamento?
OBS: MAUS ANTECEDENTES E REINCIDÊNCIA
| Reincidência: arts. 63 e 64, CP.
| Indivíduo que volta a cometer crimes depois de 
condenado com trânsito em julgado por outro crime;
| A reincidência estará desnaturada após o transcurso do 
lapso temporal de 5 anos;
| Crimes políticos e propriamente militares não 
geram reincidência
y LSN (7170/83) 
y CPM
| Sentença condenatória estrangeira: homologação, 
art. 105, i, CF.
| Contravenções penais?
| Personalidade
y Síntese das qualidades morais e sociais do réu;
y Desvio de caráter;
y Pode considerar aqui as infrações penais praticadas 
pelo réu enquanto menor de idade;
| Conduta social
y Conduta do agente em seu meio social; família, amigos, 
trabalho, sociedade, etc.
| Circunstâncias do crime
y Não são as dos arts. 61, 62, 65 e 66, CP;
y Forma, natureza, objetos, tempo, execução, do crime
E se nos autos não 
for comprovada a 
conduta social?
Se analisados em outro momento, não utiliza aqui (bis in 
idem é vedado)
| Consequências do crime
y Não se confundem com as consequências naturais do crime;
y Analisa-se a maior ou menor danosidade decorrente da ação 
delituosa
y Ex: homicídio = morte? Família perdeu o provedor?
| Comportamento da vítima
y Por vezes a vítima contribui decisivamente para a consecução 
do delito;
y Não justificam o delito, mas podem minorar a censurabilidade 
do comportamento delituoso;
y Ex: furto de veículo cujo dono deixou o vidro aberto.
CIRCUNSTÂNCIAS LEGAIS: ATENUANTES E
AGRAVANTES GENÉRICAS: ARTS. 61, 62, 65 E 66, 
CP.
| Valoram-se as atenuantes/agravantes sempre que não 
constituam elementares, qualificadoras ou causas de 
aumento ou diminuição de pena;
| CP não estabeleceu limites de aumento e diminuição 
aqui, doutrina tem sugerido 1/6;
| Atenção: art. 67, CP. (preponderam as circunstâncias 
subjetivas) 
y STF: <21 anos sempre prepondera
y Se houver 1 agravante e 1 atenuante = afastam-se as duas
AGRAVANTES
| Reincidência
y Art. 63, CP.
| Ter o agente cometido o crime por motivo fútil ou 
torpe
y Fútil: insignificante
y Torpe: repugnância
| Ter o agente cometido o crime para facilitar ou assegurar 
a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de 
outro crime
y Crime meio praticado para sucesso do crime fim; praticar delito 
a fim de ocultar outro ou para garantir a impunidade deste;
| Ter o agente cometido o crime à traição, de emboscada, 
ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou 
outornou impossível a defesa do ofendido
y Traição: ataque súbito, sorrateiro;
y Emboscada: tocaia;
y Dissimulação: ocultação da intenção hostil;
| Ter o agente cometido o crime com emprego de veneno, 
fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, 
ou de que podia resultar perigo comum
y A maldade e os meios cruéis aumentam a reprovabilidade;
| Ter o agente cometido o crime contra ascendente, 
descendente, irmão ou cônjuge
y Parentesco comprovado (natural/adoção)
| Ter o agente cometido o crime com abuso de autoridade 
ou prevalecendo-se de relações domésticas, de 
coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a 
mulher na forma da lei específica
| Ter o agente cometido o crime com abuso de poder 
ou violação de dever inerente a cargo, ofício, 
ministério ou profissão
y Refere-se aos servidores públicos
| Ter o agente cometido o crime contra criança, 
maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher 
grávida
y Até 12 anos (ECA);
| Ter o agente cometido o crime quando o ofendido 
estava sob a imediata proteção da autoridade
y Ofende-se a vítima e o Estado;
| Ter o agente cometido o crime em ocasião de incêndio, 
naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou 
de desgraça particular do ofendido
y Calamidades;
| Ter o agente cometido o crime em estado de embriaguez 
preordenada
y Aqui é o caso da embriaguez preordenada para o cometimento 
do delito.
Existem agravante no caso do concurso de pessoas, art. 62, CP. 
(quem organiza, pensa; autoria mediata; comete o crime e 
recebe $)
ATENUANTES
| Ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do 
fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da 
sentença
y < 21 e > 70 
| O desconhecimento da lei
y Atua como redutora, mas o agente continua tendo 
culpabilidade;
y Quanto maior a influência do desconhecimento da lei, 
maior será a redução de pena
| Ter o agente cometido o crime por motivo de relevante 
valor social ou moral
y Social: atende aos interesses sociais;
y Moral: atributo pessoas do agente (ex: honra)
| Ter o agente procurado, por sua espontânea vontade e 
com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe
as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o 
dano
y Diminui as consequências do seus atos;
y Não se confunde com o arrependimento posterior (art. 16)
| Ter o agente cometido o crime sob coação a que podia 
resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade 
superior, ou sob a influência de violenta emoção, 
provocada por ato injusto da vítima
y Possibilidade de resistir há diminuição de pena; se irresistível 
?
| Ter o agente confessado espontaneamente, perante a 
autoridade, a autoria do crime
y Confessar a autoria do delito perante a autoridade (polícia ou 
judiciária);
| Ter o agente cometido o crime sob a influência de 
multidão em tumulto, se não o provocou
y Ex: brigas entre torcidas;
Circunstâncias atenuantes inominadas (ex: juiz pode 
considerar o ambiente no qual o réu se densevolveu)
CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO DE
PENA: MAJORANTES E MINORANTES
| Estabelecidas em quantidades fixas (ex: triplo; metade) 
ou variáveis (ex: de 1 a dois terços);
Qualificadora Majorante
São tipos penais Causas modificadoras de pena
Pena base Pena definitiva
Ex: 121, §2º Ex: art. 155, §1º
Diferenças Majorantes e 
Minorantes
Agravantes e 
Atenuantes 
(circunstâncias 
genéricas)
Em relação a colocação 
no CP
Nos tipos penais (parte 
geral e especial)
Parte geral 
Em relação ao quantum
de valoração
Estabelecem uma 
quantia fixa ou variável
Arbítrio do magistrado
Em relação ao limite de 
incidência
O juiz não está preso 
aos limites fixados 
abstratamente
Atenuantes podem 
reduzir a pena aquém do 
mínimo*; mas o juiz está 
limitado ao máximo de 
pena em abstrato
* Doutrina majoritária e jurisprudências tem entendido que é possível 
fixar a pena provisória aquém do mínimo legal
DOSIMETRIA DA PENA: ART. 68, CP
| Todas as operações realizadas na dosimetria da 
pena que não se resumem a uma simples 
operação aritmética devem estar devidamente 
fundamentadas;
| Art. 5º, XXXIX e XLVI, CF.
3 FASES
| 1º pena base
y Analisa-se as circunstâncias judiciais
| 2º pena provisória
y Analisa-se as circunstâncias genéricas (atenuantes e 
agravantes)
| 3º pena definitiva
y Analisa-se as causas de diminuição e de aumento de pena 
(majorantes e minorantes)
PENA BASE: CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS
| Art. 59, CP.
| “É a pena inicial fixada em concreto, dentro dos limites 
estabelecidos a piori na lei penal, para que, sobre ela, 
incidam, por cascata, as diminuições e os aumentos 
decorrentes de agravantes, atenuantes, majorantes ou 
minorantes” (BOSCHI)
| Nulidade absoluta da decisão: ausência de 
fundamentação ou de análise (deficiente) das 
circunstâncias judiciais
| O cálculo da pena deve iniciar a partir do limite mínimo e 
só excepcionalmente, quando as circunstâncias judiciais 
revelarem especial gravidade, se justifica a fixação da 
pena base afastada do mínimo legal;
Se as operadoras do art. 59: mínimo legal:
favoráveis pena base fica
algumas desfavoráveis pena base afasta
conjunto desfavorável aproxima-se do 
termo médio
(média da soma dos 
dois extremos)
PENA PROVISÓRIA: AGRAVANTES E
ATENUANTES
| Arts. 61; 65, CP.
| Encontrada a pena base o juiz examinará as 
circunstâncias legais aumentando ou diminuindo a 
pena em certa quantidade, resultando a pena 
provisória;
| Analisa-se as circunstâncias legais genéricas, 
enfatizando-se as preponderantes quando 
concorrerem agravantes e atenuantes
y Ex: concorrem: reincidência e motivo de relevante valor 
social = prevalece qual?
OBS:
| Nenhuma circunstância atenuante pode deixar de 
ser valorada, ainda que não seja invocada pela 
defesa, bastando que se encontre comprovado nos 
autos;
| Se houverem duas qualificadoras, uma é invocada 
enquanto qualificadora e a outra como agravante 
genérica, desde que elencada nestas 
circunstâncias. 
y Ex: art. 121, §2º, II e III
PENA DEFINITIVA: MAJORANTES E
MINORANTES
| Analisam-se as causas de aumento e de 
diminuição, incidindo sobre a pena provisória (2ª 
fase) ou sobre a pena base (1ª fase) no caso de 
não existirem atenuantes ou agravantes;
| Se houver mais de uma majorante ou mais de uma 
minorante, os aumentos ou diminuições se operam 
em cascata, primeiro se aplicam as causas de 
aumento e depois de diminuição (incidem umas 
sobre as outras);
y Atenção: art. 68, parágrafo único.
DOSIMETRIA DA PENA: ART. 68, CP
| Todas as operações realizadas na dosimetria da 
pena que não se resumem a uma simples 
operação aritmética devem estar devidamente 
fundamentadas;
| Art. 5º, XXXIX e XLVI, CF.
3 FASES
| 1º pena base
y Analisa-se as circunstâncias judiciais
| 2º pena provisória
y Analisa-se as circunstâncias genéricas (atenuantes e 
agravantes)
| 3º pena definitiva
y Analisa-se as causas de diminuição e de aumento de pena 
(majorantes e minorantes)
PENA BASE: CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS
| Art. 59, CP.
| “É a pena inicial fixada em concreto, dentro dos limites 
estabelecidos a piori na lei penal, para que, sobre ela, 
incidam, por cascata, as diminuições e os aumentos 
decorrentes de agravantes, atenuantes, majorantes ou 
minorantes” (BOSCHI)
| Nulidade absoluta da decisão: ausência de 
fundamentação ou de análise (deficiente) das 
circunstâncias judiciais
| O cálculo da pena deve iniciar a partir do limite mínimo e 
só excepcionalmente, quando as circunstâncias judiciais 
revelarem especial gravidade, se justifica a fixação da 
pena base afastada do mínimo legal;
Se as operadoras do art. 59: mínimo legal:
favoráveis pena base fica
algumas desfavoráveis pena base afasta
conjunto desfavorável aproxima-se dotermo médio
(média da soma dos 
dois extremos)
PENA PROVISÓRIA: AGRAVANTES E
ATENUANTES
| Arts. 61; 65, CP.
| Encontrada a pena base o juiz examinará as 
circunstâncias legais aumentando ou diminuindo a 
pena em certa quantidade, resultando a pena 
provisória;
| Analisa-se as circunstâncias legais genéricas, 
enfatizando-se as preponderantes quando 
concorrerem agravantes e atenuantes
y Ex: concorrem: reincidência e motivo de relevante valor 
social = prevalece qual?
OBS:
| Nenhuma circunstância atenuante pode deixar de 
ser valorada, ainda que não seja invocada pela 
defesa, bastando que se encontre comprovado nos 
autos;
| Se houverem duas qualificadoras, uma é invocada 
enquanto qualificadora e a outra como agravante 
genérica, desde que elencada nestas 
circunstâncias. 
y Ex: art. 121, §2º, II e III
PENA DEFINITIVA: MAJORANTES E
MINORANTES
| Analisam-se as causas de aumento e de 
diminuição, incidindo sobre a pena provisória (2ª 
fase) ou sobre a pena base (1ª fase) no caso de 
não existirem atenuantes ou agravantes;
| Se houver mais de uma majorante ou mais de uma 
minorante, os aumentos ou diminuições se operam 
em cascata, primeiro se aplicam as causas de 
aumento e depois de diminuição (incidem umas 
sobre as outras);
y Atenção: art. 68, parágrafo único.
CONSIDERE A SITUAÇÃO ABAIXO, E NA CONDIÇÃO DE JUIZ QUE ESTEJA
PROFERINDO SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA, REALIZE A DOSIMETRIA
DA PENA.
|O réu Antônio, com 20 anos de idade, cometeu e
confessou o cometimento do delito de furto
tipificado no art. 155, do CP, durante o período de
repouso noturno.
|No transcurso do processo foi comprovado, por
documentos e testemunhas, que o réu possuía
boas condições financeiras, personalidade difícil e
comportamento social desviante.
CONSIDERE A SITUAÇÃO ABAIXO, E NA CONDIÇÃO DE JUIZ QUE
ESTEJA PROFERINDO SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA, REALIZE
A DOSIMETRIA DA PENA.
|Em 2014, José, de 40 anos dos idade,
matou por asfixia João, de 72 anos de
idade.
|José já havia cumprido pena por outro
crime, tendo findado o cumprimento desta
em 2007.
|Nenhuma outra comprovação restou
demonstrada nos autos.
CONCURSO DE CRIMES
Primeira parte
AULA 7 DIREITO PENAL II
CONCURSO DE CRIMES: ARTS. 69, SS., CP.
| Um único sujeito, mediante unidade ou pluralidade 
de comportamentos, praticar dois ou mais delitos.
| Concursus delictorium
| 1 agente
| Unidade ou pluralidade de condutas
| Dois ou mais crimes
SISTEMA DE APLICAÇÃO DA PENA
| A) Cúmulo material:
y Soma-se as penas de cada um dos delitos componentes do 
concurso
| B) Exasperação:
y Aplica-se a pena mais grave, aumentada de determinada 
quantidade em decorrência dos demais delitos
| C) Cúmulo jurídico:
y A pena aplicada deve ser maior do que a cominada a cada um 
dos delitos, mas não há soma
| D) Absorção:
y A pena do delito mais grave absorve a do menos grave
ESPÉCIE DE CONCURSO DE CRIMES
| Concurso Material
y Pluralidade de condutas e de crimes
y Se crimes idênticos = concurso material homogêneo
y Se crimes diferentes = concurso material heterogêneo
| O agente, mediante mais de uma conduta, pratica dois ou 
mais crimes, idênticos ou não. Ex: dois homicídios; um 
estupro e um homicídio
| Concurso Formal:
y Unidade de ação
y Pluralidade de crimes
| O agente, mediante uma só conduta, pratica dois ou mais 
crimes, idênticos ou não.
| Unidade do elemento subjetivo que impulsiona a ação.
| Concurso formal próprio:
y O agente deve querer realizar apenas um crime, obter 1 
resultado danoso.
y Não devem existir desígnios autônomos.
| Concurso formal impróprio:
y O agente deseja a realização de mais de um crime, tem 
consciência e vontade em relação a cada um deles.
y Ocorrem desígnios autônomos (unidade de ação e 
multiplicidade de eventos).
DOSIMETRIA NO CONCURSO DE CRIMES
| Concurso material
y Sistema de cúmulo material
| Concurso formal próprio
y Sistema da exasperação
| Concurso formal impróprio
y Sistema de cúmulo material
Art. 70, p.ú.
DOSIMETRIA
| 1. Fulano, armado com um revolver, atira em Cicrano e 
depois atira em Beltrano.
y Concurso material: art. 121
y Penas: somam-se
| 2. Fulano queria matar o pai, porque ele era uma pessoa 
violenta, e espancava sua esposa e seus irmãos. Fulano 
oferece o chá ao pai que toma e morre por 
envenenamento. Porém, a mãe de Fulano, 
acidentalmente, toma o chá envenenado e também morre 
em decorrência do envenenamento. 
y Concurso formal próprio: art. 121
y Penas: uma das penas, aumentada de 1/6 até metade
| 3. Fulano atropela duas pessoas, uma delas morre
y Concurso formal: art. 121, art. 129
y Penas: aplica-se a mais grave, aumentada de 1/6 até 
metade
y Atenção: se essa aplicação resultar em pena maior do 
que a do concurso material, aplica-se o sistema de 
cúmulo material.
| 4. Fulano quer matar os pais para ficar com a 
herança da família. Ele coloca veneno no chá e 
oferece aos pais, que tomam e morrem por 
envenenamento
y Concurso formal impróprio: art. 121 
y Penas: soma-se
CRIME CONTINUADO, ERRO NA
EXECUÇÃO E RESULTADO DIVERSO
DO PRETENDIDO
AULA 9 DIREITO PENAL II
CRIME CONTINUADO
| Art. 71, CP.
| Ficção jurídica concebida por razões de política criminal, 
que considera que os crimes subsequentes devem ser 
tidos como continuação do primeiro.
| Tratamento unitário = pluralidade de atos
| Diversas ações, cada uma em si mesma criminosa, que a 
lei considera, por motivos de política criminal, como crime 
único.
| CP: Teoria objetiva
y Apuram-se os elementos da continuidade delitiva 
objetivamente, independentemente do elemento subjetivo 
(programação do agente)
y É o conjunto das condições objetivas que forma o critério 
aferidor da continuação criminosa.
| Exige-se homogeneidade
y Bens jurídicos atingidos
y Processo executório
REQUISITOS
| Pluralidade de condutas
y O mesmo agente deve praticar duas ou mais condutas
| Pluralidade de crimes da mesma espécie
y Crimes que se assemelham nos seus tipos fundamentais, por 
seus elementos objetivos e subjetivos, violares de um mesmo 
interesse jurídico
| Nexo da continuidade delitiva
y Circunstâncias de tempo, lugar, modo de execução e outras 
semelhantes
y Analisa-se no conjunto, não separadamente
| Ementa: APELAÇÕES CRIMINAIS. CRIME CONTRA O
PATRIMÔNIO. ROUBOS TENTADOS MAJORADOS PELO
EMPREGO DE ARMA E CONCURSO DE PESSOAS. MÉRITO. [...]
CONTINUIDADE DELITIVA. Demonstrada a prática de dois ou
mais crimes da mesma espécie, nas mesmas condições de
tempo, lugar e modo de execução, mediante mais de uma ação,
caracterizada está a hipótese do crime continuado. O aumento
da pena deve levar em conta o número de crimes cometidos
pelos agentes. No caso, sendo dois os delitos, o aumento deve
ser reduzido para 1/6. PENA DE MULTA. Réus pobres. Manutenção
da cobrança. A pena de multa tem caráter cumulativo com a privativa
de liberdade, inadmitindo-se seu afastamento da condenação.
Redução ao mínimo legal. APELAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
PROVIDA E RECURSO DOS RÉUS PROVIDO EM PARTE.
(Apelação Crime Nº 70060158995, Sétima Câmara Criminal,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Carlos Alberto Etcheverry,
Julgado em 03/09/2015)
CRIME CONTINUADO ESPECÍFICO
| Art. 71, parágrafo único, CP
| Vítimas diferentes
| Violência ou grave ameaça
| Crime doloso
| Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. TRIBUNAL DO JÚRI. HOMICÍDIO
QUALIFICADO, DUPLA TENTATIVA DE HOMICÍDIO E RECEPTAÇÃO.
INSURGÊNCIA DEFENSIVA. MANUTENÇÃO DO ÉDITO CONDENATÓRIO. I.
MÉRITO. DECISÃO MANIFESTAMENTE CONTRÁRIA À PROVA DOS AUTOS.
TESE DESACOLHIDA. 1. A decisão dos jurados está em conformidade com a
prova dos autos, haja vista que demonstradas as qualificadoras de homicídio e
tentativas de homicídio cometidos mediante recurso que dificultoua defesa da
vítima, resultando ausente a mencionada contrariedade. 2. No caso em apreço, o
recorrente efetuou disparos de arma de fogo em plena via pública, diretamente
contra as vítimas, visando atingi-las, tanto que, de efeito, acarretou o óbito de
uma delas, restando presentes o elemento doloso e o animus necandi.
[...] CRIME CONTINUADO. A continuidade delitiva deve
ser reconhecida, tendo em vista que, além dos
critérios objetivos identificados, a unicidade de
desígnios - critério sub já que o mesmo contexto
fático que envolve os delitos conduz à conclusão de
que o propósito do réu ao atirar contra os três
ofendidos era um só. Desse modo, preenchidos os
requisitos objetivos e não havendo dúvida sobre a
existência da unicidade de desígnio, impõe-se a
aplicação do art. 71 do CP. Decisão por maioria. APELAÇÃO
PARCIALMENTE PROVIDA. (Apelação Crime Nº 70050500883, Segunda
Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sandro Luz Portal, Julgado
em 17/09/2015)
ERRO NA EXECUÇÃO
| Art. 73, CP.
| É o acidente ou o erro no uso dos meios de execução.
| Ex: Tício atira em Mévio, mas o projétil atinge Caio, que 
estava nas proximidades, matando-o. Tício responderá 
pelo crime como se tivesse cometido contra Mévio.
| Aberratio ictus com unidade simples
y Resultado único
y Art. 73, caput, primeira parte.
| Aberratio ictus com unidade complexa
y Resultado duplo
y Aplica-se a regra do concurso formal próprio
y # se houver dolo eventual?
| Ementa: LESÕES CORPORAIS. ART 129 DO CP. ERRO DE
EXECUÇÃO (ABERRATIO ICTUS). ART. 73 DO CP.
SUFICIÊNCIA PROBATÓRIA. SENTENÇA ABSOLUTÓRIA
REFORMADA. 1- Demonstrado que a ré agrediu a vítima
com uma pedrada, ainda que na intenção de acertar pessoa
diversa, a condenação é a consequência necessária. 2- O
erro na execução, previsto no art. 73 do CP, não exime a ré
de responsabilidade, pois assumiu o resultado danoso e o
risco de produzi-lo. 3- Da mesma forma, a paixão ou a
violenta emoção ou ainda a embriaguez voluntária ou culposa
(art. 28 do CP) não excluem a imputabilidade e não isentam a
ré de pena. 4- Afastada a tese de excludente da legítima defesa
porque não resultou minimamente comprovada. RECURSO
MINISTERIAL PROVIDO. (Recurso Crime Nº 71004160149,
Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Cristina
Pereira Gonzales, Julgado em 25/02/2013)
RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO
| Art. 74, CP
| Aberratio delicit
| Exs:
y Agente arremessa pedra para quebrar vitrine da loja e 
atinge, também, a balconista 
| Responde pelo crime de dano e pela lesão corporal culposa
y Agente arremessa a pedra para ferir um transeunte e 
acaba quebrando, também, a vitrine
| Somente responderá pela lesão corporal dolosa, pois o crime 
de dano não tem a figura na modalidade culposa
SURSIS
Suspensão Condicional da Pena
AULA 10 DIREITO PENAL II
ARTS. 77, SS. CP.
| Suspensão parcial da pena privativa de liberdade,
durante certo tempo e mediante determinadas condições.
| Direito público subjetivo do condenado (art. 157, LEP)
| Alternativa aos meios sancionatórios tradicionais.
y Obs: dificilmente se executa a p.p.l. de curta duração em
casos de réus não reincidentes e de prognose favorável
REQUISITOS OBJETIVOS
| Natureza e quantidade de pena
y Pena privativa de liberdade
y Não superior a dois anos
| Inaplicabilidade de penas restritivas de direitos
y A aplicabilidade de penas restritivas de direitos afasta 
automaticamente a possibilidade de suspensão 
condicional da execução
REQUISITOS SUBJETIVOS
| Não reincidência em crime doloso
y Condenação por contravenção penal ou crime culposo 
não obsta a concessão do Sursis
| Uma condenação por crime doloso não impossibilita a 
obtenção posterior do sursis pela prática de crime culposo
| Prognose de não voltar a delinquir
A confirmação de duas condenações 
revoga os dois benefícios, a não ser que 
a soma de ambas não ultrapasse o 
limite de 2 anos.
Teoricamente é possível que um 
condenado já beneficiado com o Sursis 
receba novamente esse mesmo 
benefício, enquanto aguarda eventuais 
recursos.
ESPÉCIES
| SURSIS SIMPLES OU COMUM
y Condenado fica sujeito ao cumprimento de prestação 
de serviço à comunidade ou limitação do final de 
semana
| SURSIS ESPECIAL
y Ao condenado que preencher além dos requisitos 
simples, os seguintes:
| Reparar o dano (salvo na impossibilidade)
| Circunstâncias do art. 59, CP. inteiramente favoráveis
| Obs: as condições do §1º são substituídas pelas do §2º
| SURSIS ETÁRIO
y Cidadão com mais de 70 anos
y Limite de pena até 4 anos
y Período de 4 a 6 anos
| SURSIS POR RAZÃO DE SAÚDE
y Qualquer idade, desde que as razões de saúde 
justifiquem
y Pena não superior a 4 anos
| Obs: os requisitos gerais do sursis simples também são 
aplicados ao etário e ao de saúde.
CONDIÇÕES DO SURSIS
| Legais
y Lei estabelece
y Art. 78, §§1º, 2º
| Judiciais
y Margem de discricionariedade ao juiz
y Adequadas ao fato e ao condenado
y Não tem um rol
Sentenciado pode 
recusar
?
PERÍODO DE PROVA
| Lapso temporal em que o beneficiário tem a 
execução da pena suspensa.
| Período comum = 2-4 anos
| Período etário = 4-6 anos
| Deverá ser fixado segundo a natureza do crime, 
personalidade do agente e intensidade da pena, 
não podendo o juiz, senão em hipótese 
excepcional, estabelecê-la no prazo máximo. 
| Tem início após o trânsito em julgado.
y Faz-se a audiência de admoestação (admonitória) para 
que o juiz advirta o beneficiário sobre as consequências 
do descumprimento das condições
| A revogação do sursis obriga o sentenciado a cumprir 
integralmente a pena suspensa, independentemente do tempo 
já cumprido deste período de prova
CAUSAS DE REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIAS
ART. 81, CP. 
| Condenação em sentença irrecorrível por crime 
doloso
y Não importa a data do fato, aqui basta condenação 
transitada em julgado.
| A condenação a pena pecuniária não é causa de revogação 
do sursis; nem a condenação estrangeira (mas é impeditivo 
para sua concessão)
| Frustrar, embora solvente, a execução da pena de 
multa
y O simples não pagamento não é causa de revogação.
y O condenado deverá criar embaraços que obstem a 
cobrança da multa.
| Não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do 
dano
y Ex: situação econômica é justificativa
| Descumprir a prestação do serviço à comunidade 
ou a limitação de fim de semana
y Descumprimento injustificado
| Não comparecimento, injustificado, do réu à 
audiência admonitória
y Cassação do sursis (art. 161, LEP)
CAUSAS DE REVOGAÇÃO FACULTATIVA
ART. 81, §1º, CP.
| Descumprimento de outras condições do sursis
y Discricionariedade do juiz, que pode decidir por 
prorrogar o período de prova (se já não estiver no 
máximo)
y São as condições do §2ª, art. 78 e as condições 
judiciais (art. 79, CP)
| Condenação irrecorrível por crime culposo ou 
contravenção penal à pena privativa de liberdade
y Não entra a pena de multa
| Prática de nova infração penal
y Doutrina e jurisprudência tem trabalhado, em 
unanimidade, no sentido de que a prática de nova 
infração penal não é causa revogadora de sursis.
| E se o sujeito em sursis cometer mais duas, três, quatro 
outras infrações?
PRORROGAÇÃO DO PERÍODO DE PROVA
| Art. 81, §2º, CP.
| A prorrogação facultativa, como alternativa à 
revogação, é apenas uma das possibilidades de 
prorrogação, que desaparecerá se o período 
probatório já estiver fixado no máximo.
| Prorrogação automática/obrigatória: se o 
beneficiário do sursis estiver sendo processado por 
outro crime ou contravenção penal durante o 
período de prova, tal prorrogação prolonga-se até o 
julgamento definitivo do novo processo.
| Se houver nova condenação, revoga-se o sursis e 
o condenado cumprirá as duas penas.
yProrroga-se somente o prazo depurador, não as 
condições. 
EXTINÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
| Decorrido o período probatório sem que tenha 
havido causa(s) para a revogação, estará extinta a 
pena privativa de liberdade .
| Art. 82, CP. 
| Ementa: REVISÃO CRIMINAL. CRIME DE LESÃO
CORPORAL GRAVÍSSIMA (ARTIGO 129, § 2º, III, DO
CP). Os requerentes foram denunciados pelo delito
acima referido, sendo condenados, mediante sentença
de fls. 161/164 nos termos da denúncia, o que restou
referendado no acórdão de fls. 195/199 do volume
principal dos autos em apenso. Pretensão da defesa
referente à aplicação do sursis. Afastada,
corretamente, a substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos, uma vez que o delito
foi cometido com violência contra a pessoa, não
estando preenchido o requisito insculpido no artigo 44,
inciso I, do CP. Cabível, entretanto, a concessão da
suspensão condicional da pena, por satisfeitos os
requisitos do artigo 77, do CP, como pretendem os
requerentes. REVISÃO CRIMINAL PROCEDENTE.
POR MAIORIA. (Revisão Criminal Nº 70064265127,
Primeiro Grupo de Câmaras Criminais, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: José Antônio Cidade Pitrez,
Julgado em 02/10/2015)
QUESTÕES
| No dia 26 de janeiro de 2011, João Porto, 21 anos, ofendeu a
integridade corporal de seu vizinho, Jorge Antônio, ao desferir-
lhe um soco no olho esquerdo, causando-lhe a perda da visão.
O Ministério Público ofereceu denúncia contra o acusado pelo
crime de lesão corporal de natureza grave, art. 129, §1º, inciso
III (debilidade permanente de sentido), do CP. A peça vestibular
foi recebida no dia 14 de fevereiro de 2011. A ação penal foi
julgada procedente, condenando João Porto à pena de um ano
de reclusão, dada a sua condição de primário, de bons
antecedentes e com circunstâncias judiciais favoráveis. A
sentença condenatória foi publicada no dia 29 de março de
2014, que se tornou definitiva para as partes em abril do mesmo
ano. Assim, na hipótese apresentada, e com base na pena
aplicada, confere-se ao condenado o direito à
| a)suspensão condicional da pena.
| b)substituição da pena privativa de liberdade por uma restritiva 
de direitos.
| A suspensão condicional da pena
| a) é incabível nos crimes cometidos com violência ou grave 
ameaça à pessoa.
| b) obriga, necessariamente, à prestação de serviços à 
comunidade ou à limitação de fim de semana no primeiro ano 
do prazo.
| c) é incabível para o condenado reincidente, 
independentemente da natureza do crime que originou a 
agravante.
| d) é estendida às penas restritivas de direitos e à multa.
| e) é subsidiária em relação à substituição por pena restritiva 
de direitos.
|
| Com relação ao sursis, é correto afirmar:
| a) Pode ser concedido a réu reincidente.
| b) É especial aquele em que o condenado, no 
primeiro ano do período de prova, deverá prestar 
serviços à comunidade ou submeter-se à limitação 
de fim de semana.
| c) É simples (ou comum) aquele em que o 
condenado arcará, dentre outras, com a condição 
de não se ausentar da comarca onde reside sem 
autorização judicial.
| d) O descumprimento injustificado de condição 
estabelecida em sua versão simples implica causa 
facultativa de revogação.
| e) A duração máxima do período de prova é de 
quatro anos.
LIVRAMENTO CONDICIONAL
Arts. 83, ss., CP.
Arts. 131, ss., LEP
AULA 11 DIREITO PENAL II
CONCEITO
| O instituto do livramento condicional, 
modernamente, é considerado como fase final da 
execução da pena privativa de liberdade e, 
portanto, é parte integrante desta.
| É uma antecipação, limitada, da liberdade.
| Assim, o condenado a pena privativa de liberdade 
pode sair do estabelecimento antes do término 
fixado na sentença condenatória, claro, sempre 
que houverem determinadas circunstâncias e 
preenchidas determinadas condições. 
NATUREZA JURÍDICA
| Direito público subjetivo do apenado.
| Período de prova: integrado pelo resto de pena, 
iniciando com a audiência admonitória
| Art. 137, LEP. 
Pena < a 2 anos: pode beneficiar-se com a suspensão condicional da pena
Pena > a 2 anos: pode ter o livramento condicional
Pena de exatos 2 anos: pode ambos (conf. caso)
REQUISITOS OBJETIVOS
| A) Natureza e quantidade de pena: art. 83
y Pena privativa de liberdade
y Igual ou superior a 2 anos
| B) Cumprimento de parte da pena:
y Mais de 1/3 da pena imposta para os condenados não 
reincidentes em crimes dolosos e com bons 
antecedentes
y Mais da metade se for reincidente
Art. 83, v, CP
+2/3
Crimes hediondos
Reincidente em 
crime culposo pode:
+2/3 e requisitos
| C) Reparação do dano, salvo efetiva 
impossibilidade
y Como um dos efeitos da condenação é a reparação do 
dano (art. 91, I, CP), a efetiva impossibilidade deve ser 
comprovada
y Não basta apenas atestado de pobreza.
Para receber o 
benefício, o condenado 
precisa passar pelas 
três fases de regime de 
cumprimento de pena?
REQUISITOS SUBJETIVOS
| A) Bons antecedentes:
y Se o condenado não tiver bons antecedentes, terá de 
cumprir mais da metade da pena para fazer jus ao 
benefício.
y Ex: outras condenações (que não reincidência)
y Consideram-se fatos ocorridos antes do início de 
cumprimento da pena
| B) Comportamento satisfatório durante a execução:
y Abrange todo tempo de execução, não só o 
encarceramento
y Deve-se verificar a capacidade de readaptação do 
condenado
| C) Bom desempenho no trabalho:
y Dentro e fora da prisão
y Autogerir
| D) Aptidão para prover a própria subsistência com 
trabalho honesto:
y Sujeito deve ter disposição para trabalhar de forma 
honesta.
y Realidade social; bom-senso
y (art. 132, §1º, a, LEP)
REQUISITO ESPECÍFICO
| Art. 83, parágrafo único, CP.
| Destinada aos autores de crimes violentos 
(justamente por não existir medida de segurança 
ao imputável)
| Verifica-se se cessou a periculosidade do sujeito
y Obs: o juiz pode pedir exame pericial, a fim de verificar 
se o condenado demostre que voltará a cometer delitos
CONDIÇÕES DO LIVRAMENTO CONDICIONAL
| Art. 85, CP.
| Pelo livramento condicional o liberado conquista a 
liberdade antecipadamente, mas apenas em 
caráter provisório e sob condições
CONDIÇÕES DE CARÁTER OBRIGATÓRIO
| Art. 132, §1º, LEP.
| A) Obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável
y No menor tempo possível, o liberado deverá obter ocupação 
lícita e informar aos órgãos de execução
y O que é razoável?
y Comprovação de procura ao emprego
| Deficiência física que torne o apenado incapaz para o trabalho, por si 
só, não obsta a obtenção do livramento condicional
| B) Comunicar ao juiz, periodicamente, sua ocupação
y Comunicar ao juiz da execução, o qual fixará prazo máximo de 
intervalo dessas comunicações (art. 26, II, LEP)
| C) Não mudar do território da comarca, sem prévia 
autorização judicial
y A fim de facilitar o acompanhamento do liberado.
y Breves saídas?
CONDIÇÕES DE IMPOSIÇÃO FACULTATIVA
| Condições judiciais
| Imposição facultativa, mas de cumprimento 
obrigatório (art. 137, III, LEP)
| Adequadas ao fato delituoso e à personalidade do 
sujeito.
y Podem ser modificadas no transcorrer do livramento 
(art. 144, LEP)
Se o condenado não 
aceitar as condições?
EXEMPLIFICATIVAMENTE
| A) Não mudar de residência sem comunicar ao juiz 
e às autoridades incumbidas da observação e 
proteção cautelar
| B) Recolher-se à habitação em hora fixada
| C) Não frequentar determinados lugares
| D) Abstenção de práticas delituais
y Exigir que o liberado não cometa outro delito enquanto 
estiver em livramento condicional
REVOGAÇÃO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL
| Além do descumprimento das condições legais ou 
judiciais, existem outras causas que, se ocorrerem, 
revogarão obrigatoriamentea liberdade concedida; 
e outras causas de revogação facultativa, onde o 
liberado deverá ser ouvido antes da revogação
CAUSAS DE REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIAS
| Art. 86, CP.
| A) Condenação irrecorrível por crime cometido 
durante a vigência do livramento condicional
y Decisão condenatória transitada em julgado à pena 
privativa de liberdade.
y Doloso ou culposo.
| Se a condenação for por contravenção ou por crime mas à 
pena restritiva de direitos e/ou multa, a revogação não é 
compulsória
| B) Condenação por crime cometido antes da 
vigência do livramento condicional
y Aqui, a causa da condenação é anterior ao benefício
y Admite-se a soma de que trata o art. 84, CP.
| A nova pena deve ser somada a que estava sendo cumprida, 
em suas totalidades. E, se o tempo de pena cumprida 
convalidar a concessão do livramento, a revogação não se 
operará.
| Ver arts. 143 e 145, LEP. 
CAUSAS DE REVOGAÇÃO FACULTATIVA
| Art. 87, CP.
| Ocorrendo uma das causas facultativas o juiz 
poderá, em vez de revogar, advertir o liberado ou 
agravar as condições do livramento
| O juiz deverá orientar-se pela
y gravidade da causa ocorrida
y situação penal do apenado
y consequências do comportamento do apenado
| A) Deixar de cumprir qualquer das obrigações 
constantes da sentença
y Quais?
y condições obrigatórias (art. 132, §1º, LEP)
y condições facultativas (art. 132, §2º, LEP
| B) Condenação por crime ou contravenção a pena 
que não à privativa de liberdade
y Não importa o momento que a infração penal ocorreu, 
desde que a punição seja de multa ou pena restritiva de 
direitos (condutas de menor censurabilidade)
| Obs: a doutrina defende que a condenação a p.p.l. por 
contravenção poderá levar a revogação do livramento 
condicional
| Obs: art. 142, LEP. Caso haja a revogação, não se computará 
na pena o tempo em que o apenado esteve solto
SUSPENSÃO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL
| Art. 145, CP.
| Suspensão Revogação
provisório definitiva
ficará no aguardo da decisão final
sobre o novo crime, que se for
condenado, haverá a revogação do livramento
EFEITOS DA NOVA CONDENAÇÃO
| Art. 88, CP.
| Dividem-se em 4 hipóteses, exigindo-se exame 
individual
| 1ª) Condenação irrecorrível por crime praticado 
antes do livramento condicional
y Após a concessão do benefício o liberado não praticou 
outras infrações, terá tratamento excepcional
y a) terá direito à obtenção de novo livramento, mesmo 
em relação à pena a que estava cumprindo
y b) as duas penas podem ser somadas para efeito de 
obtenção de novo livramento
| Somam-se as penas integralmente, se o tempo cumprido, 
incluído o período em que esteve solto, possibilita o 
livramento, este nem será revogado, pois o apenado já 
cumpriu tempo suficiente para obter a liberdade antecipada
y c) o tempo em que esteve em liberdade condicional é 
computado como de pena efetivamente cumprida
| 2º) Condenação irrecorrível por crime praticado 
durante a vigência do livramento
| Resultado do fracasso da tentativa de possibilitar ao apenado 
o retorno antecipado ao convívio social
y a)Impossibilidade de concessão de novo livramento em 
relação à mesma pena
| A 1ª pena não se somará a 2ª condenação para fins de 
recebimento do benefício
y b) Não se computa o tempo em que esteve solto, em 
liberdade condicional, como pena efetivamente 
cumprida.
| Considera-se o período efetivamente cumprido, desprezando-
se o período de prova
| 3ª) Descumprimento das condições impostas na 
sentença
y A rebeldia do apenado obrigá-lo-á a cumprir sua pena 
integralmente; não poderá obter novo livramento em 
relação a esta pena.
| 4ª) Condenação por contravenção penal
y Se revogado conforme o art. 87, CP., terá os mesmos 
efeitos que a hipótese 3ª, não será computado o tempo 
em que esteve solto e não poderá obter novo 
livramento em relação a mesma pena.
PRORROGAÇÃO DO LIVRAMENTO E EXTINÇÃO
DA PENA
| Arts. 89 e 90, CP.
| Se o liberado não der causas de revogação, o 
livramento condicional é cumprido e a pena 
considera-se extinta.
| O juiz antes de declarar extinta deve ouvir o MP.
| A prorrogação do livramento condicional ocorrerá 
enquanto estiver correndo processo por crime 
cometido durante a vigência do benefício.
| Prorroga-se somente o período, não as condições. 
| HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. PROVIMENTO MONOCRÁTICO DE
RECURSO ESPECIAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. OFENSA AO PRINCÍPIO
DA COLEGIALIDADE. LIVRAMENTO CONDICIONAL. FALTA GRAVE (FUGA).
DATA-BASE DE RECONTAGEM DO PRAZO PARA NOVO LIVRAMENTO
CONDICIONAL. ORDEM CONCEDIDA. 1. Além de revelar o fim socialmente
regenerador do cumprimento da pena, o art. 1º da Lei de Execução Penal
alberga um critério de interpretação das suas demais disposições. É falar: a Lei
7.210/84 institui a lógica da prevalência de mecanismos de reinclusão social (e
não de exclusão do sujeito apenado) no exame dos direitos e deveres dos
sentenciados. Isto para favorecer, sempre que possível, a redução das
distâncias entre a população intramuros penitenciários e a comunidade
extramuros. Tanto é assim que o diploma normativo em causa assim dispõe: "O
Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade nas atividades de
execução da pena e da medida de segurança" (Art. 4º), fazendo, ainda, do
Conselho da Comunidade um órgão da execução penal brasileira (art. 61). 2.
Essa particular forma de parametrar a interpretação da lei (no caso, a LEP) é a
que mais se aproxima da Constituição Federal, que faz da cidadania e da
dignidade da pessoa humana dois de seus fundamentos (incisos II e III do art.
1º). Mais: Constituição que tem por objetivos fundamentais erradicar a
marginalização e construir uma sociedade livre, justa e solidária (incisos I e III
do art. 3º). Tudo na perspectiva da construção do tipo ideal de sociedade que o
preâmbulo de nossa Constituição caracteriza como "fraterna". 3. O livramento
condicional, para maior respeito à finalidade reeducativa da pena, constitui a
última etapa da execução penal, timbrada, esta, pela idéia-força da liberdade
responsável do condenado, de modo a lhe permitir melhores condições de
reinserção social.
| 4. O requisito temporal do livramento condicional é
aferido a partir da quantidade de pena já
efetivamente cumprida. Quantidade, essa, que não
sofre nenhuma alteração com eventual prática de
falta grave, pelo singelo mas robusto fundamento
de que a ninguém é dado desconsiderar tempo de
pena já cumprido. Pois o fato é que pena cumprida
é pena extinta. É claro que, no caso de fuga (como é
a situação destes autos), o lapso temporal em que o
paciente esteve foragido não será computado como
tempo de castigo cumprido. Óbvio! Todavia, a fuga
não "zera" ou faz desaparecer a pena até então
cumprida. 5. Ofende o princípio da legalidade a
decisão que fixa a data da fuga do paciente como nova
data-base para o cálculo do requisito temporal do
livramento condicional. 6. Ordem concedida. (STF. HC
94163, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Primeira
Turma, julgado em 02/12/2008, DJe-200 DIVULG 22-
10-2009 PUBLIC 23-10-2009 EMENT VOL-02379-04
PP-00851)
| RECURSO DE AGRAVO. LIVRAMENTO CONDICIONAL.
PRÁTICA DE FALTA GRAVE. NÃO INTERRUPÇÃO DO
LAPSO TEMPORAL. CUMPRIMENTO DE MAIS DA
METADE DA PENA. INFORMAÇÕES CONTRADITÓRIAS
E IMPRECISAS ACERCA DO COMPORTAMENTO DO
CONDENADO. DE OFÍCIO DECLARADA NULA A
DECISÃO. RECURSO PREJUDICADO. O cometimento
de falta grave durante a execução da pena, embora não
interrompa o prazo para a obtenção do livramento
condicional, por constituir requisito objetivo não
contemplado no artigo 83 do Código Penal, afasta o
preenchimento do requisito subjetivo, obstando a
concessão do benefício. (TJPR - 4ª C.Criminal - RA
1004193-7 - Foro Central da Comarca da Região
Metropolitana de Curitiba - Rel.: Miguel Pessoa - Unânime
- J. 16.05.2013)
| EXECUÇÃO PENAL.HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE
RECURSO ORDINÁRIO. LIVRAMENTO CONDICIONAL.
REQUISITO OBJETIVO. MAUS ANTECEDENTES. AÇÕES
PENAIS EM ANDAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. NOVA
CONDENAÇÃO POR CRIME DOLOSO. UNIFICAÇÃO DAS
PENAS. ALTERAÇÃO DA DATA-BASE PARA CONCESSÃO
DO LIVRAMENTO CONDICIONAL. I - Em respeito ao princípio
da presunção de inocência, inquéritos e processos em
andamento não podem ser considerados como maus
antecedentes e, por conseguinte, equiparados à reincidência
para exacerbar o tempo de pena a cumprir previsto para fins
de concessão do livramento condicional. II - Sobrevindo nova
condenação ao apenado no curso da execução da pena - seja
por crime anterior ou posterior - interrompe-se a contagem do
prazo para a concessão do benefício do livramento
condicional, que deverá ser novamente calculado com base na
soma das penas restantes a serem cumpridas. Ordem
parcialmente concedida. (STJ. HC 131.975/RN, Rel. Ministro
FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 13/08/2009,
DJe 05/10/2009).
| INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE
JURISPRUDÊNCIA - AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL
- UNIFICAÇÃO DE PENAS - MARCO INICIAL PARA
CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS DA EXECUÇÃO. - O
marco inicial para a concessão de novos benefícios na
execução penal, após a unificação das penas, será a
data do trânsito em julgado da nova sentença
condenatória, independente se o crime foi praticado
antes ou após o início do cumprimento da pena. (TJMG.
Inc Unif Jurisprudência 1.0704.09.136730-7/002,
Relator(a): Des.(a) Silas Vieira , CORTE SUPERIOR,
julgamento em 22/08/2012, publicação da súmula em
14/09/2012)
EXERCÍCIOS
| 1) NÃO é requisito para obtenção do livramento 
condicional:
| a) Cumprimento de mais de dois terços da pena, 
nos casos de condenação por crime hediondo ou 
assemelhado.
| b) Pagamento da pena de multa.
| c) Reparação do dano, salvo impossibilidade de o 
fazer.
| d) Cumprimento de mais de um terço da pena se 
não for reincidente em crime doloso e tiver bons 
antecedentes.
| e) Cumprimento de mais da metade se for 
reincidente em crime doloso.
| 2) Luan é reincidente na prática do crime do Art. 
217-A do Código Penal. Os fatos que justificaram 
ambas as condenações ocorreram em 2010 e 
2014.
Nesse caso, é correto afirmar que o benefício do 
livramento condicional
| a) poderá ser concedido após cumprimento de 2/3 
da pena.
| b) poderá ser concedido após cumprimento de 3/5 
da pena
| c) não poderá ser concedido a Luan.
| d) poderá ser concedido após cumprimento de 1/2 
da pena.
|
| 3) Após ter cumprido a metade da pena por crime não 
hediondo, um indivíduo reincidente obteve livramento 
condicional pelo período de cinco anos. Faltando dois 
anos para a reaquisição integral da liberdade, ele foi 
denunciado pela suposta prática de homicídio que teria 
sido praticado durante o período de prova do livramento 
condicional.
Nesse caso,
| a) haverá a revogação obrigatória e imediata do 
livramento condicional.
| b) haverá a revogação facultativa do livramento 
condicional.
| c) ao final do livramento condicional em gozo, não 
ocorrendo decisão definitiva no novo processo, haverá 
extinção da pena pelo cumprimento.
| d) ao final do livramento condicional em gozo, não 
havendo decisão definitiva, deverá o livramento 
condicional ser prorrogado até o trânsito em julgado no 
novo processo.
| 4) N. G. foi condenado a penas privativas de 
liberdade que somam sessenta anos de reclusão. 
Sabendo-se que N. G. é primário e de bons 
antecedentes, e que nenhum dos crimes pelos 
quais foi condenado é hediondo ou equiparado, 
este condenado somente poderá obter livramento 
condicional depois de cumpridos mais de :
| a) dez anos de pena.
| b) quinze anos de pena
| c) vinte anos de pena.
| d) trinta anos de pena.
| 5) “X”, primário e de bons antecedentes, cumpre, 
com bom comportamento, pena de vinte anos de 
reclusão em regime fechado, pela prática do crime 
de latrocínio. Até o momento, “X” cumpriu quatorze 
anos do total da pena. Nesse caso, a resposta 
correta para a pergunta – “X” tem direito à 
concessão de algum benefício? – é:
| a) “X” tem direito ao livramento condicional.
| b) “X” tem direito à concessão da liberdade 
provisória.
| c) “X” tem direito à concessão do sursis.
| d) “X” tem direito à concessão da suspensão 
condicional da pena.
MEDIDAS DE SEGURANÇA
Arts. 96, ss., CP.
AULA 12 DIREITO PENAL II
MEDIDA DE SEGURANÇA
| Aplica-se, como regra, ao inimputável que houver 
praticado um conduta típica e ilícita, não sendo, 
porém, culpável.
| Tem fim diverso da pena, pois destinam-se a cura 
ou tratamento (além da prevenção)
| Arts. 26, caput e parágrafo único, CP. 
| Fundamenta-se na periculosidade (potencialidade 
de praticar ações lesivas)
ESPÉCIES
| Art. 96, I e II, CP. 
| O tratamento poderá ocorrer dentro ou fora de um 
estabelecimento hospitalar
| Assim, pode ser 
y detentivas (internação) ou 
y restritivas (tratamento ambulatorial)
INÍCIO DO CUMPRIMENTO
| Arts. 171 e 173, LEP.
PRAZO DE CUMPRIMENTO
| Como é providência judicial curativa, não tem prazo certo, 
persistindo enquanto houver a necessidade de tratamento
| Perícia médica constatará a cessação ou não da 
periculosidade
y Art. 97, §§1º, 2º, CP.
y Art. 175, LEP
| Constitucionalmente isto é possível???
| Pena perpétua???
y STJ: medida de segurança não pode ultrapassar o 
limite máximo da pena abstratamente prevista ao 
delito
y STF: medida de segurança não pode exceder 30 
anos
DESINTERNAÇÃO OU LIBERAÇÃO
CONDICIONAL
| Art. 97, §3º
| Ocorrendo a desinternação, o doente deixa o 
tratamento realizado em regime de internação junto 
ao Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico 
e dá início ao tratamento ambulatorial
| Se não houver mais a necessidade de tratamento, 
haverá a sua liberação.
| Condições: art. 178, LEP. 
ATENÇÃO
| A suspensão da medida está condicionada ao 
prazo de 1 ano de liberação ou desinternação sem 
a prática de fato indicativo de periculosidade
| A prescrição e outras causas extintivas de 
punibilidade são aplicáveis à medida de segurança
| O inimputável é absolvido e aplicada a medida; o 
semi-imputável deverá ser condenado com a 
respectiva pena, para após, comprovado a 
necessidade de tratamento, a pena ser substituída 
pela medida de segurança
SUBSTITUIÇÃO DA PENA POR MEDIDA DE
SEGURANÇA PARA O SEMI-IMPUTÁVEL
| Art. 98, CP.
| 2 hipóteses
y Semi-imputável (art. 26, p.ú., CP)
y Superveniência de doença mental
| Aqui o prazo de duração da medida não pode ser 
superior ao correspondente à pena substituída
y E se findar esse prazo e o sujeito ainda apresentar 
problemas???
DIREITOS DO INTERNADO
| Art. 99, CP.
| O sujeito que recebe a medida de segurança tem 
direito à tratamento adequado e não será recolhido 
a prisão. 
EFEITOS DA CONDENAÇÃO E DA
REABILITAÇÃO
DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO
| Arts. 91 e 92, CP.
| Principal consequência do trânsito em julgado da 
sentença penal condenatória é: ________
| Existem efeitos secundários gerados pela sentença 
condenatória. 
| Natureza extrapenal (os de natureza penal estão 
espalhados pelo CP, CPP, LEP)
| Art. 91 = efeitos genéricos
| Art. 91 = efeitos específicos (juiz deverá declara-
los, motivadamente, na sentença) *
| Finalidade
y Os efeitos específicos da condenação objetivam afastar 
o condenado da situação criminógena;
y Reforçam a proteção dos bens jurídicos violados e 
previnem a reiteração da conduta.
EFEITOS GENÉRICOS
| Automáticos (ope legis)
| Art. 91, I e II, CP.
Precisa 
determinação 
expressa na 
sentença
???
Aplica-se aos 
crimes dolosos 
e culposos
TORNAR CERTA A OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR
| I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano 
causado pelo crime
| A sentença

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