Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 1 APOSTILA DE MEDIDAS E AVALIAÇÃO 1. Conceitos de medidas, teste e avaliação Segundo Araújo, a avaliação emite normalmente um juízo de valor ou julgamento. A avaliação interpreta um resultado de uma medida, sendo geralmente de caráter qualitativo. Para Mathews, o processo de avaliação, emprega medidas na aquisição de informação, para determinar o grau em que as metas educacionais estão sendo alcançadas. É a aplicação de medida e avaliação qualificada para o programa e para o aluno, que forma uma base estável para a prática de Educação Física (1986, p.2). Cineantropometria é uma área científica que estuda as formas, dimensões, proporções, composição, maturação e o desenvolvimento da ontogênese humana em relação ao crescimento, ao desporto,à atividade física e à nutrição. É uma palavra de origem grega onde:KINES=movimento e ANTROPHO significa home, e METRY é traduzido por medidas. Para Kiss(1987), Medida é uma determinação da grandeza. Refere-se também a comparar resultados de testes de grandezas conhecidas e preestabelecidas. Medir é o processo de designar um número a algumas características ou propriedade de um ser(aluno,cliente, atleta). Morrow ET. AL.(1995), relaciona a avaliação como um processo de tomada de decisões que estabelece um julgamento de valor sobre a qualidade de algo que se tenha medido. Se avaliação significa comparação entre resultados, necessita-se então de uma referência seja de outros(tabela) ou de si mesmo. CURIOSIDADE SOBRE A ORIGEM: A proposta do termo Cineantropometria foi feita pelo Dr. William D. Ross na sua célebre palestra proferida na Universidade Católica de Leuven, Bélgica em 1978. Nessa ocasião, a cineantropologia foi colocada como uma especialidade científica emergente. Este pesquisador baseou seus argumentos em Andreas Vesalius (De Humanis Corpori Fabrica, 1543), Nicolas Copernico (De Revolucionibus Orbium Coeslestim, 1543), entre outros cientistas da época renascentista, considerando-os como fundadores da nova ciência que tem como finalidade relacionar a estrutura humana e sua função. Dr. Ross também considera essencial a contribuição de Galileu Galilei, quando demonstrou que o crescimento da força é função quadrática à dimensão linear (L2), enquanto que as massas e volumes ao cubo da mesma dimensão (L3). O palestrante ainda assinalou que Giovani Alphso Borelli (De Moto Animalium) teve relevante papel histórico, quando explicou a ação muscular em bases mecânicas. No entanto, William Ross propôs o astrônomo e matemático Belga, Lambert Adolphe Jaques Quetelet (1796-1874) como o verdadeiro pai da Cineantropometria e da Antropologia Física. Sua grande contribuição foi a aplicação do método estatístico ao estudo do ser humano. A cineantropometria, é definida por Ross como: "... nós agora vemos a Cineantropometria como a aplicação aos humanos das medidas quanto a forma, tamanho, proporção, composição, maturação e funcionamento global. Sua finalidade nos ajuda a entender o movimento humano, no contexto do crescimento, exercício, desempenho e nutrição. Nos vemos sua proposta Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 2 essencialmente através de suas aplicações na medicina, educação, e governo, respeitando os direitos individuais a serviço da humanidade." Apesar de emergente, este campo do saber tem raízes bem antigas. Seus objetivos atuais são, desenvolver novos métodos e modelos, e estimular o uso cooperativo de dados e tecnologias, particularmente técnicas que revelem diferenças individuais dentro de tendências amostrais. Desta forma, a Cineantropometria poderá estabelecer novas perspectivas para a Educação Física. Fica patente que as ciências da atividade física abriu mais um ramo de suas abrangências, com características e propriedades inerentes à área de conhecimento da performance humana, sem no entanto, alternar-se em um contexto interdisciplinar. 2. Avaliação diagnóstica, formativa e somativa. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: Nada mais é do que uma análise dos pontos fortes e fracos do indivíduo ou da turma, em relação a uma determinada característica. Esse tipo de avaliação, comumente efetuado no início do programa, ajuda o profissional a calcular as necessidades dos indivíduos e, elaborar o seu planejamento de atividades, tendo como base essas características ou, então, a dividir a turma em grupos (homogêneos ou heterogêneos) visando facilitar o processo de assimilação da tarefa proposta. AVALIAÇÃO FORMATIVA: Esse tipo de avaliação informa sobre o progresso dos indivíduos, no decorrer do processo ensino-aprendizagem, dando informações tanto para os indivíduos quanto para os profissionais, indica ao profissional se ele está ensinando o conteúdo certo, da maneira certa, para as pessoas certas e no tempo certo. A avaliação é realizada quase que diariamente. Quando a performance do indivíduo é obtida e avaliada, em seguida é feita uma retroalimentação, apontando e corrigindo os pontos fracos até ser atingido o objetivo proposto. AVALIAÇÃO SOMATIVA: É a soma de todas as avaliações realizadas no fim de cada unidade do planejamento, com o objetivo de obter um quadro geral da evolução do indivíduo. 2.1 TIPOS DE AVALIAÇÃO CLÍNICA Avaliação clínica: Segundo o dicionário, ato ou efeito de avaliar, valor determinado. Exame clínico: Inspeção, observação minuciosa do cliente pelo médico. Exame complementar: Como o nome diz, é complemento, acabamento da observação 3. Definição e classificação da aptidão física adj.: Hábil; capaz; idôneo; próprio;conveniente; aprovado; são. s. f.: Qualidade do que é apto; capacidade;habilidade; disposição.( SILVEIRA BUENO) Estado de bem estar total de um indivíduo:físico, mental , emocional e social. Base da atividade diária que expressa uma necessidade maior de promoção da atividade física, capaz de fazê-la parte integrante da cultura.( STRACHAN, FERNANDES, 2003, p.238). Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 3 A aptidão total se refere á totalidade biopsico-social do homem, ou seja ao fato do indivíduo estar apto para todas as suas necessidades do ponto de vista biológico, psicológico ou social, levando-o a uma integração adequada no seu meio ambiente.( HEBBELINK). Aptidão total é aquela que proporciona força, resistência, razoável flexibilidade articular, um sistema cardiovascular de bom nível de capacidade aerobia e uma composição corporal com o peso sob controle.(KATCH & McARDLE,2011). Clark (1980) adicionou:“Então a aptidão física é a capacidade de durar, de continuar, de resistir ao stress, de persistir em circunstâncias difíceis onde uma pessoa destreinada desistiria. A aptidão física é o oposto de estar cansado com os esforços do dia-á-dia, de falta de energia para realizar as actividades da vida com entusiasmo, tornando-se exausto em esforços físicos exigentes e inesperados… É uma qualidade positiva, estendendo de uma escala da morte até uma vida abundante.” Mais recentemente, Nieman (1986), sugeriu a seguinte definição de aptidão física: “Aptidão física é um estado dinâmico de energia e vitalidade que permite a cada um não apenas, realizar as tarefas diárias, as ocupações activas das horas de lazer e enfrentar emergências imprevisíveis sem fadiga excessiva, mas também ajudar a evitar doenças hipocinéticas, enquanto funcionando no pico da capacidade intelectual e sentindo uma alegria de viver.” Um estado dinâmico de energia e vitalidade que permita a cada um não apenas a realização de tarefas dos cotidiano, as ocupações ativas das horas de lazer , e enfrentar emergências imprevistassem fadiga excessiva, mas também evitar o aparecimento das disfunções hipocinéticas, enquanto funcionando no pico da capacidade intelectual e sentindo alegria de viver,(BOUCHARD,200). 3.1 Aptidão física relacionada à saúde e habilidades atléticas Mais recentemente, o documento produzido na Conferência Internacional sobre Exercício, Aptidão e Saúde, realizada no Canadá em 1988, com a finalidade de estabelecer consenso quanto ao estado atual do conhecimento nessa área, procurou definir saúde como condição humana com dimensões física, social e psicológica, caracterizada por um continuum com pólos positivos e negativos. A saúde positiva está associada à capacidade de apreciar a vida e de resistir aos desafios do cotidiano, e não meramente a ausência de doenças; enquanto a saúde negativa está associada à morbidez e, no extremo, à mortalidade (Bouchard et alii, 1990). Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 4 Fonte: Adaptado de Pitanga,2008. 4. Critérios para seleção e validação de testes de aptidão física Para que seja possível realizar avaliações precisas dos nossos alunos, é necessário selecionar testes que tenham validade, confiança e objetividade. Esses conceitos são fundamentais para que as avaliações de aptidão física sejam feitas com o mínimo de erro possível. A validade é a habilidade do teste para mensurar precisamente, com o mínimo de erros, o componente de aptidão física específico que o mesmo pretende medir. Os testes para medidas diretas do componente de aptidão física a ser avaliado oferecem critérios ou referências para validação dos protocolos indiretos. Por exemplo, para medida do consumo máximo de oxigênio, a ergoespirometria é considerada a melhor metodologia. A partir dos resultados são validados protocolos indiretos para determinação do consumo máximo de oxigênio. A confiança ou fidedignidade é a habilidade do teste em produzir medidas semelhantes, tomadas pelo mesmo avaliador, em diferentes ocasiões. Por exemplo, o teste de dobras cutâneas é considerado confiável se o técnico treinado nessas medidas obtém valores similares quando as medidas são realizadas na mesma pessoa. Objetividade é a habilidade do teste em produzir resultados semelhantes para dado individuo, quando o teste é administrado por diferentes avaliadores. DESENVOLVIMENTO FÍSICO Aptidão Física Aptidão Fisiológica Aptidão Física relacionado à saúde Habilidades Atléticas Força explosiva, agilidade, coordenação, capacidade anaeróbica, velocidade Pressão arterial, perfil lipídico e lipoproteínas, integridade óssea, níveis de glicose Capacidade aeróbica, composição corporal, resistência muscular e flexibilidade. Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 5 Norma é um padrão ao qual o resultado obtido em determinado teste pode ser comparado, sendo este uma abreviatura de normal, que em medidas refere-se ao desempenho médio de um grupo em relação aos escores obtidos em um determinado teste,(PITANGA,2008). O índice Kappa informa a proporção de concordância, além da esperada pela chance, sendo este variado de menos 1 até mais um, onde menos 1 significa completo desacordo e mais 1 exato acordo nas leituras. Quadro. 1. Interpretação de Kappa: Kappa Concordânica <0,00 Ruim 0,00-0,20 Fraca 0,21-0,40 Sofrível 0,41-0,60 Regular 0,61-0,80 Boa 0,81-0,99 Ótima 1,00 Perfeita Fonte: Adaptado de Pitanga,2008. 5. Objetivos e procedimentos para avaliação da aptidão física 1. Avaliar o estado do indivíduo ao iniciar uma programação; 2. Detectar deficiências, para uma orientação de como superá-las; 3.Auxiliar a escolha da atividade adequada para o desenvolvimento das aptidões adequadas; 4. Impedir que a atividade seja um fator de agressão; 5. Acompanhar o progresso(através da reavaliação); 6. Seleciona elementos de alto nível para integrar equipes de competição; 7. Desenvolver pesquisa em E.F.; 8. Acompanhar o processo de crescimento e desenvolvimento dos clientes; (CARNAVAL, 1995). Organograma de avaliação médica e aptidão física(Adaptado de PITANGA,2008) Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 6 6. Procedimentos para a administração dos testes de aptidão física Instruções principais: 1. Usar roupas e tênis confortáveis apropriados para atividade física 2. Não realizar ingestão de alimentos pesados, fumar, tomar café por três horas antecedentes a avaliação; 3. Não ingerir bebida alcoólica 24 horas antecedentes; 4. Não ter realizado exercício físico nas 24 horas antecedentes; 5. Ter dormido bem(6 a 8 horas) na noite anterior ao teste. Etapas Básicas: 1. Formulação de objetivos e definição de atributos: O que medir? Avaliação Clínica ECG de esforço, ergometria ou ergoespirometria Exames laboratorias Avaliação da aptidão física Anamnese Questionário PAR-Q Análise do Perfil de Risco coronário Análise do estilo de vida Sinais vitais Composição corporal Flexibilidade, agilidade, velocidade Força/ resistência Capacidade aeróbia/anaeróbia Avaliação nutricional Avaliação ortopédica Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 7 2. Seleção dos procedimentos e técnicas a serem utilizadas: Como medir? 3. Interpretação dos resultados. 6.1 Organização das baterias de testes Se for relacionada a saúde, recomendamos a seguinte ordem, caso seja feita em uma única sessão: 1. Sinais Vitais(F.C.repouso e P. A repouso); 2. Composição corporal; 3. Avaliação postural; 4. Flexibilidade; 5. Força/ resistência; 6. Capacidade aeróbia; Caso seja para desempenho atlético e seja realizada em um único dia/turno, deve-se respeitar a utilização das fontes energéticas, Pitanga(2008) sugere a seguinte sequência: 1. Antropometria; 2. Coordenação, equilíbrio e flexibilidade; 3. Anaeróbios(ATP-CP-Glicogênio); 4. Velocidade, tempo de reação, agilidade e potência; 5. Força, resistência muscular e resistência anaeróbia; 6. Aeróbio, resistência aeróbia. 7. Fatores de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares Quadro 2. Fatores primários e secundários para doença coronariana Fatores Primários Fatores Secundários Não podem ser modificados Podem ser modificados Obesidade Estresse Diabetes Hereditariedade Sexo masculino Idade avançada Tabagismo Colesterol sérico elevado Hipertensão arterial Inatividade física Fonte: Adpatado de Powers e Howley (2000) Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 8 Tabela 1. Classificação de risco coronariano proposta pela Michigan Heart Association. Tabela de risco relativo Escore Categoria de Risco Relativo 06-11 Risco bem abaixo da média 12-17 Risco abaixo da média 18-24 Risco médio 25-31 Risco moderado 32-40 Alto risco 41-62 Risco muito alto, consultar seu médico Fonte: McArdle; Katch; Katch (2001) BOXE 2.2 ESTRATIFICAÇÃO INICIAL DE RISCO DO ACSM BAIXO RISCO Indivíduos mais jovens* que se apresentam assintomáticos e que se enquadram no limiar com no máximo um fator de risco do quadro 2.1 RISCO MODERADO Indivíduos mais velhos(homens >_ 45 anos e mulheres >_ 55 anos de idade) ou aqueles que se enquadram no limiar para dois ou mais fatores de risco do quadro 2.1 ALTO RISCO Indivíduos com um ou mais sinais/sintomas listados no boxe 2.1 ou com doença cardiovascular 1 , pulmonar 2 ou metabólica 3 conhecida. Homens < 45 anos e mulheres <55 anos de idade 1- Doença cardíaca,vascular periférica ou cerebral. 2- Doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, doença pulmonar intersticial, ou fibrose cística. 3- Diabetes mellito(tipo 1 e 2), distúrbio da tireóide, doença renal ou hepática. Fonte: Adaptado de ACSM, 2002. Tabela 2. Classificação da P.A em Adultos <130 <85 NORMAL REAVALIAR EM 01 ANO 130 A 139 85 A 89 NORMAL - LIMÍTROFE REAVALIAR EM 06 MESES 140 A 159 90 A 99 HIPERTENSÃO LEVE A CADA 02 MESES 160 A 179 100 A 109 HIPERTENSÃO A CADA 01 MÊS Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 9 MODERADA > OU = 180 > OU = 110 HIPERTENSÃO GRAVE IMEDIATO > OU = 140 > 90 HIPERTENSÃO SISTÓLICA A CADA 02 MESES Fonte: III Consenso de Hipertensão Arterial - SBC Tabela 3. Classificação da P.A Em adultos maiores de 18 anos. Categoria Pressão Sistólica (mm hg) Pressão Diastólica (mm hg) Ótima < 120 < 80 Normal 120 - 129 80 - 84 Normal Alta 130 - 139 85 - 89 Hipertensão Estágio 1 ( Leve) 140 - 159 90 - 99 Estágio 2 (Moderada) 160 - 179 100 - 109 Estágio 3 (Grave) Maior ou igual a 180 Maior ou igual a 110 Fonte: National Institutes of Health - 1997 Tabela de Relação Cintura-Quadril Tabela 4. Classificação de Riscos Para Homens Idade Baixo Moderado Alto Muito Alto 20 a 29 <83 0,83 a 0,88 0,89 a 0,94 >0,94 30 a 39 <84 0,84 a 0,91 0,92 a 0,96 >0,96 40 a 49 <88 0,88 a 0,95 0,96 a 1,00 >1,00 50 a 59 <0,90 0,90 a 0,96 0,97 a 1,02 >1,02 60 a 69 <0,91 0,91 a 0,98 0,99 a 1,03 1,03 Tabela 5. Classificação de Riscos Para Mulheres Idade Baixo Moderado Alto Muito Alto 20 a 29 <0,71 0,71 a 0,77 0,78 a 0,82 >0,82 Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 10 30 a 39 <0,72 0,72 a 0,78 0,79 a 0,84 >0,84 40 a 49 <0,73 0,73 a 0,79 0,80 a 0,87 >0,87 50 a 59 0,74 0,74 a 0,81 0,82 a 0,88 >0,88 60 a 69 0,76 0,76 a 0,83 0,84 a 0,90 >0,90 FONTE: APPLIED BODY COMPOSITION ASSESSMENT, PÁGINA 82 ED. HUMAN KINETICS, 1996. Tabela 6. Com valores de Referência para Glicemia Classificação Glicose Normal Até 100 mg/dl Elevado 100 - 139 mg/dl Diabetes Maior de 140 mg/dl Fonte: Ministério da Saúde (1996) Tabela 7. Com valores de referência para triglicérides plasmáticos Classificação Triglicerídios (mg/dl) Desejável até 200 mg/dl Aumentado maior de 200 mg/dl Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia (1996) Tabela 8. Com valores de referência dos níveis plasmáticos de colesterol Classificação Colesterol (mg/dl) Desejável até 200 mg/dl Limiar de 201 até 239 mg/dl Elevado a partir de 240 mg/dl Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia (1996) Quadro 3. Valores de referência para adultos- Lipídeos e Frações(maiores de 20 anos) Colesterol <200 mg/dl 200-239 mg/dl 240 mg/dl LDL - colesterol <130 mg/dl 130-159 mg/dl 160 mg/dl HDL - colesterol Proteção Padrão normal Risco Homens 55 mg/dl 35-54 mg/dl < 35 mg/dl Mulheres 65 mg/dl 45-64 mg/dl < 35 mg/dl Triglicérides Normal Limítrofe Hipertrigliceridemia <250 mg/dl 250-500 mg/dl > 500 mg/dl Fonte: Instituto Nacional de Saúde - EUA Os riscos de doença cardiovascular relacionados aos índices dos níveis de Lipídios no sangue, formulados pela AAM Americana são: Colesterol menor do que 200 mg % e HDL Colesterol maior do que 34 mg %. Se não houver outros fatores de risco, a chance de doença cardiovascular é relativamente pequena. Essa pessoa deve repetir os exames a cada 5 anos e deverá seguir as recomendações para prevenir as doenças cardiovasculares. Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 11 Colesterol menor do que 200 mg % e HDL Colesterol maior do que 35 mg %. Primeiro, deve verificar o LDL Colesterol e falar com o seu médico sobre qual a conduta a seguir. Segundo, controlar os outros fatores de risco e terceiro, aumentar a sua atividade física. Colesterol entre 200 e 239 mg % e HDL Colesterol acima de 34 mg % e menos do que dois fatores de risco. Essa situação pode duplicar as chances de ter doença cardiovascular. Os incluídos nesse grupo devem primeiro corrigir os outros fatores de risco; segundo, controlar o colesterol a cada dois anos e terceiro, basicamente, procurar modificar a sua dieta e aumentar sua atividade física. Nem todas as pessoas que têm esses níveis estão realmente ameaçadas de doença cardiovascular. Fale com o seu médico a respeito disso. Colesterol total de 200 a 239 mg %, HDL Colesterol menor do que 35 mg % e mais do que dois fatores de risco. Nesse caso a pessoa pode ter uma chance dobrada de doença cardiovascular assim como as pessoas com menos de 200 mg %. Deverá verificar o LDL Colesterol e falar com o seu médico, que o orientará sobre os controles e as medidas a seguir. Também deverá controlar os outros fatores de risco, corrigir a dieta e aumentar a atividade física. Colesterol acima de 240 mg %. O risco de doença cardiovascular é grande e maior ainda, se tiver outros fatores de risco. Deverá verificar o LDL Colesterol e mostrar ao seu médico que vai interpretar os exames. O seu médico irá orientá-lo para reduzir esse e os outros fatores de risco. Tabela 9. Relação CT/ HDL-C Classificação CT/HDL-CE Baixo Risco <3,5 Alto Risco >5,0 Fonte: Pollock, Wilmore e Fox(1986) Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 12 Quadro 4.Valores de Referência para Lipoproteínas Plasmática Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2001. Tabela 10 Fatores de Risco primários e secundários para desenvolvimento de doenças coronarianas. Idade 10 a 20 anos (1) 21 a 30 anos (2) 31 a 40 anos (3) 41 a 50 anos (4) 51 a 60 anos (6) Acima de 60 anos (8) Herança familiar Nenhum parente com cardiopa tia (1) um parente com cardiopati a (2) dois parente com cardiopati a (3) Três parente com cardiopati a (7) Quatro parente com cardiopati a (7) Cinco parente com cardiopati a (7) Percentual de gordura M- <12% F- <16% (0) M- 12 a 15,99% F- 16 a 19,99% (1) M- 16 a 19,99% F- 20 a 24,99% (2) M- 20 a 21,99% F- 25 a 32,99% (3) M- 22 a 29,99% F- 33 a 39,99% (5) M- acima de 30% F- acima de 40% (7) Fumo Não fuma (0) Até 10 cigarros/ Dia (1) De 11 a 20 cigarros/ Dia (2) De 21 a 30 cigarros/ Dia (4) De 31 a 40 cigarros/ Dia (6) Acima de 40 cigarros/ Dia (10) Exercícios Minuto por semana Acima de 240 minutos (0) De 120 a 240 minutos (1) De 80 a 119 minutos (2) De 60 a 79 minutos (3) De 31 a 59 minutos (6) Abaixo de 30 minutos (8) Colesterol Abaixo de 180 (1) De 181 a 205 (2) De 181 a 205 (3) De 181 a 205 (4) De 181 a 205 (5) Acima de 280 (7) Pressão arterial sistólica De 110 a 119 mmhg (1) De 120 a 139 mmhg (2) De 140 a 159 mmhg (3) De 160 a 179 mmhg (4) De 180 a 199 mmhg (6) Acima de 200 mmhg (8) Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 13 Pressão arterial diastólica Abaixo de 70 mmhg (1) De 71 a 76 mmhg (2) De 77 a 82 mmhg (3) De 83 a 93 mmhg (4) De 94 a 105 mmhg (6) Acima de 106 mmhg (8) Fonte:Adaptado da Sociedade de Cardiologia de Michigan Quadro 5 .Classificação do risco de perfil coronariano Pontuação Classificação 05 a 11 pontos Risco Bem Abaixo da média 12 a 17 pontos Risco Abaixo da média 18 a 24 pontos Risco médio Habitual 25 a 31 pontos Risco moderado 32 a 40 pontos Risco Perigoso 41 a 63 pontos Perigo Urgente- Procure Seu Médico Fonte:Adaptado da Sociedade de Cardiologia de Michigan BOXE 2.2 ESTRATIFICAÇÃO INICIAL DE RISCO DO ACSM BAIXO RISCO Indivíduos mais jovens* que se apresentam assintomáticos e que se enquadram no limiar com no máximo um fator de risco do quadro 2.1 RISCO MODERADO Indivíduos mais velhos(homens >_ 45 anos e mulheres >_ 55 anos de idade) ou aqueles que se enquadram no limiar para dois ou mais fatores de risco do quadro 2.1 ALTO RISCO Indivíduos com um ou mais sinais/sintomas listados no boxe 2.1 ou com doença cardiovascular 1, pulmonar 2 ou metabólica3 conhecida. Homens < 45 anos e mulheres <55 anos de idade 4- Doença cardíaca, vascular periférica ou cerebral. 5- Doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, doença pulmonar intersticial, ou fibrose cística. 6- Diabetes mellito(tipo 1 e 2), distúrbio da tireóide, doença renal ou hepática. 8. Questionário PAR-Q 1. Algum médico já disse que você possui algum problema de coração e que só deveria realizar atividade física supervisionada por profissionais de saúde? 2. Você sente dores no peito quando pratica atividade física? 3. No último mês, você sentiu dores no peito quando praticava atividade física? 4. Você apresenta desequilíbrio devido à tontura e/ou perda de consciência? 5. Você possui algum problema ósseo ou articular que poderia ser piorado pela atividade física? Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 14 6. Você toma atualmente algum medicamento para pressão arterial e/ou problema de coração? 7. Sabe de alguma outra razão pela qual você não deve realizar atividade física? PAR-Q (Physical Activit Readiness Questionnaire, © Soc. Canadense de Fisiologia do Exercício,1994) OBSERVAÇÃO: Se você respondeu SIM para uma ou mais questões do questionário acima é recomendável uma avaliação médica antes de iniciar a prática de exercícios físicos. Quadro 5. Presença de médico durante a realização de testes de aptidão física e programas de exercício físico Presença Médica Baixo Risco Risco Moderado Alto Risco Testes Submáximo Não Necessário Não Necessário Recomendável Teste Máximo Não Necessário Recomendável Recomendável Exercício Moderado Não Necessário Não Necessário Recomendável Exercício Vigoroso Não Necessário Recomendável Recomendável Fonte ACSM,2000. Métodos para avaliação dos níveis de atividade física Para bouchard ET AL(1983) o gasto energético e os padrões de vida do ser humano tem sido divulgado através de variados métodos, que em muitas vezes não são aplicáveis aos estudos populacionais. Calorimetria direta e indireta, através de freqüência cardíaca sobre atividades diárias, questionários retrospectivos, entre outros. Dentre os diversos procedimentos existentes para avaliar os níveis de atividade física, os mais precisos são a calorimetria direta e indireta, porém, pelo custo elevado inviabiliza-se o uso em estudos populacionais. Em contrapartida os questionários de auto-recordação tem baixo custo e possibilitam informações detalhadas, dependendo apenas da confiabilidade das respostas do avaliado. Essa estimativa é necessária para dimensionar a demanda energética diária e possibilitar a correta prescrição de treinamento para hipertrofia, redução do peso, definição, estudo de fatores de risco e do estilo de vida sedentário. Além de servir para a prescrição de dietas adequadas. Os estudos podem ocorrer através de variadas técnicas disponíveis na literatura: 1. Através de monitores de frequência cardíaca, registrando as variáveis fisiológicas; 2. Avaliação nutricional através do consumo calórico; 3. Avaliação direta por meio de movimentos; 4. Uso de marcadores(calorimetria direta e indireta); 5. Análise cinemática. Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 15 Figura1. Tipos de Atividade do Cotidiano e seu equivalente energético. Calorimetria Direta e indireta Sensores de movimento, monitor de frequência Pedômetros Questionários de auto-recordação Análise Cinemática do Movimento Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 16 Figura 2. Disposição do Gasto Energético diário Antropometria “Antropometria é a ciência que estuda e avalia as medidas de tamanho, peso, e proporções corporais do ser humano”, (FERNANDES FILHO,1999, pág17). Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 17 A antropometria é um ramo auxiliar da ciência que vem se desenvolvendo desde os antigos egípcios e hindus, os quais já possuíam a curiosidade de medir seus corpos, empregando partes do corpo como unidades de medida, como o dedo médio, o polegar, o pé etc. Esta ramificação do conhecimento foi evoluindo, com destaque para Da Vinci, Viola, Pende, até chegar a Clarcke, que observa a influência dos fatores antropométricos no desempenho atlético, segundo Carnaval(1999). Desde então, procura-se formular tipos físicos para definir os tipos físicos e recentemente Sheldon(1940) classificou como endomorfo, mesomorfo e ectomorfo. Figura 3. Biótipos Físicos Fonte: imagens Google(diogooliveira-dancadesalao.blogspot.com) Figura 4. Biótipos físicos Fonte: imagens Google(efdeportes.com) Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 18 Pontos Anatômicos 1. Vértex: É a parte mais alta do crânio. Sua identificação está condicionada à manutenção do plano horizontal de Frankfurt. Plano Horizontal de Frankfurt: A cabeça é posicionada de modo que a linha imaginária que liga a pálpebra inferior (Orbitale) à parte mais alta do lóbulo da orelha (Trago) esteja paralela em relação ao solo. 2. Cervical: É o ponto mais posterior do processo espinhoso da sétima vértebra cervical. 3. Mesoesternal: É o ponto médio do esterno. Esse ponto localiza-se na direção da quarta articulação côndrio-esternal. Lembrar que as articulações são identificadas a partir da junção manúbrio-esternal, que corresponde ao segundo arco costal. 4. Mesoumeral: É o ponto médio da distância entre o ponto acromial e o ponto radial. 5. Mesofemural: É o ponto médio da distância entre o ponto trocantérico e o tibial medial. 6. Acromial: É o ponto mais lateral do bordo superior e externo do processo acromial. 7. Radial: É o ponto mais alto do bordo superior e lateral da cabeça do rádio,com o braço estendido ao lado do corpo. 8. Estiloidal: É o ponto mais distal do processo estilóide do rádio com o braço estendido ao lado do corpo. 9. Dactiloidal: É o ponto mais distal da extremidade do dedo médio da mão, com o braço estendido ao lado do corpo. 10. Iliocristal: É o ponto mais lateral do bordo superior da crista ilíaca. 11. Epicôndilos: Proeminências existentes acima de cada côndilo do fêmur e do úmero. 12. Trocantérico: É o ponto mais superior do trocanter maior do fêmur. 13. Tibial: É o ponto mais superior do bordo da cabeça da tíbia, podendo ser medial ou lateral. 14.Maleolar: Situa-se no ponto mais inferior do maléolo tibial. 15. Pternial: É o ponto mais posterior do calcanhar. Figura 5. Pontos anatômicos. Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 19 Fonte:Oliveira,2003. Classificação das medidas antropométricas Podem ser classificadas em Lineares, superfície e massa. 1. Medidas Lineares Dividem-se em logitudinais, transversais, anteroposteriores e circunferenciais. 1.1 Medidas Lineares Longitudinais: Realizada no eixo ,longitudinal, recebem o nome de altura. Ex: Altura total, altura do vertéx, dos MMII e MMSS. 1.2. Medidas Lineares Transversais: Realizada no eixolateral(trasnversal). Ex: Envergadura e diâmetros ósseos. 1.3. Medidas Lineares anteroposterior: Realizadas no eixo anteroposterior(Sagital). Ex:Diâmetro torácico anteroposterior. 1.4. Medidas Lineares Circunferênciais: Proporcionam informações sobre a totalidade das estruturas morfológicas na secção transversal do segmento corporal..Ex: medidas de circunferência de MMSS e MMII. 2. Medidas de Superfície Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 20 É a medida de superfície corporal, normalmente utiliza-se os nomorgamas para seu cálculo(Pitanga,2008). Figura 6. Nomograma para estimativa da superfície corporal em adultos. Para calcular, pode-se utilizar a seguinte equação: SC= 0,007 X estatura(cm) 0,725 x Peso corporal(Kg) 0,475 3. Medidas de Massa A medida do peso corporal é um bom exemplo. Antropometria Aplicada Composição Corporal A composição corporal pode ser obtida através de variadas técnicas estimativas para a composição corporal. Estas, podem ser diretas, indiretas ou duplamente indiretas. O método direto, envolve a dissecação dos tecidos corporais, jamais podendo ser aplicada em indivíduos vivos, restringindo-se apenas a cadáveres. Serviu de forte base para os aprofundamentos teóricos e criação de outras diversas técnicas, foi através dela que Matiegka(1921) calculou o peso dos diversos componentes. Porém, cabe citar outro de grande relevância nesta área que Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 21 e o de DRINKWATER et alii (1984). No estudo de DRINKWATER et al, 1984, foram estudados 25 cadáveres, com idades variando entre 5 e 94 anos, que foram medidos e dissecados. Este estudo foi o único onde os dados de medidas de superfície e composições anatômicas foram coletadas nos mesmos cadáveres; o mesmo contribuiu para a obtenção de novos dados sobre as quantidades dos tecidos e órgãos no corpo humano adulto, relatando as quantidades destes tecidos e órgãos por medidas corporais externas, produzindo dados que podem ser usados para a validação de vários métodos de estimativa da composição corporal humana "in vivo", e para o desenvolvimento de novos métodos antropométricos (DRINKWATER et al, 1984). É importante ressaltar que a utilização das equações propostas por este estudo deve ser cuidadosa no que se refere a populações jovens, crianças e atletas, pois a amostra era composta só por indivíduos idosos e isso pode proporcionar um erro significativo nos resultados. As principais técnicas indiretas utilizadas na analise da composição corporal são a pesagem hidrostática, Plestismografia de Deslocamento de Ar e a Absorção Radiológica de Dupla Energia (DEXA). Pesagem hidrostática A pesagem hidrostática, também conhecida como densiometria, é um dos meios mais comuns para estimar a composição corporal em locais de pesquisa e é freqüentemente utilizada como método de critério para avaliar o percentual de gordura corporal. Um método de critério fornece o padrão com os quais outras metodologias são comparadas, baseia-se no princípio de Arquimedes, onde: “Todo corpo mergulhado num fluído (liquido ou gás) sofre, por parte do fluido, uma força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo”. Assim, quando um corpo é pesado dentro da água é possível obter seu volume e através da relação entre massa e volume, calcula-se sua densidade. Ao realizar esse procedimento, uma pessoa entra em um taque de água norma, submerge abaixo da superfície da água e então expira completamente, enquanto técnicos registram seu peso. Como esse procedimento envolve adaptação ao meio líquido, são realizadas de 8 a 12 pesagens submersas, sendo que é utilizada na fórmula a média das três maiores médias. DIRETOS Dissecação de Tecidos e estudos em animais INDIRETOS Densitometria(pesgem hidrostática, pletismografia) hidrometria(diluição de isótopos), espectometria, tomografia computadorizada, ativação de neutrons, ultrassom, absometria de dupla energia- DEXA), etc. DUPLAMENTE INDIRETOS Interância de raios infra-vermelhos, antropometria e bioimpedância. Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 22 Métodos indiretos são validados a partir do método direto São aqueles onde não há a manipulação dos componentes separadamente, mas a partir de princípios químicos e físicos visam a extrapolação das quantidades de gordura e de massa magra. Entre os métodos indiretos podemos citar como métodos químicos a contagem de potássio radioativo (K40 e K42), diluição de óxido de deutério, excreção de creatinina urinária e etc., com relação aos métodos físicos os mais conhecidos são o ultra-som, o raio-x, o raio-x de dupla energia, a ressonância nuclear magnética e a densimetria. Entre estes, a pesagem hidroestática tem sido considerada como referencia para a validação de métodos duplamente indiretos. Ela é baseada no princípio de Arquimedes, onde um corpo quando mergulhado em água desloca um volume de água igual ao seu próprio volume. Devido à necessidade de técnicos altamente treinados e equipamentos laboratoriais caros, a determinação da composição corporal por pesagem hidrostática é raramente utilizada em situações de campo. A alternativa mais comum é o uso de algumas formas de métodos antropométricos. Estes incluem proporções peso-estatura, circunferências corporais e medidas de dobras cutâneas (BAUMGARTNER & JACKSON, 1995). Métodos duplamente indiretos São aqueles validados a partir de um método indireto, mais comumente a densimetria. Temos como mais utilizados a técnica antropométrica e a impedância bioelétrica. Medidas antropométricas são aplicáveis para grandes amostras e podem proporcionar estimativas nacionais e dados para a análise de mudanças seculares, este método pode incluir medidas de peso, estatura, perímetros corporais, diâmetros ósseos e espessura de dobras cutâneas, sendo esta última a mais utilizada quando o objetivo é predizer a quantidade de gordura corporal. TÉCNICAS DE MEDIDA DA COMPOSIÇÃO CORPORAL Para analise da composição corporal podem-se empregar técnicas com procedimentos de determinação direta, indireta e duplamente indireta. Nos últimos anos, os recursos indiretos de maior destaque envolvem a técnica da densiometria, espectrometria e da absortometria radiológica de dupla energia. Contudo, não se pode ignorar a existência de outros métodos igualmente importantes, como a ultrasonografia, a tomografia axial computadorizada, a ressonância magnética ativa. PESO Para averiguar o peso corporal pode-se utilizar diversos tipos de balança. A mais fidedigna é a mecânica. Para a utilização, deve-se lembrar que a precisão deve ser de 100g. Protocolo: O avaliado deve se posicionar em pé, de costas para a escala da balança, com afastamento lateral dos pés, estando a plataforma entre os mesmos. Em seguida coloca-se sobre e no centro da plataforma, ereto, com o olhar em um ponto fixo a sua Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 23 frente. Deve usar o mínimo de roupa possível. É realizada apenas uma medida,(FERNANDES FILHO,1993, pág18). PRECAUÇÕES: Nivelamento do solo; Aferir a balança através do ajuste da tara, calibra a cada 10 pesagens e realizar apenas 1 medida com aproximação de 0,1 Kg. O avaliado a ser pesado deve: Controlar o peso na mesma hora do dia(manhã), estar próximo da nudez ou com a mesma vestimenta, colocar-se no centro da balança, evitar vestir-se ou despir-se sobre a balança. Travar a balança antes e após cada pesagem; Não permitir que o avaliado suba de frente para balança; Subir o cilindro maior para o encaixe suave da dezena dopeso; Destravar a balança para efetuar a aferição; Deslocar o cilindro que indica as gramas suavemente até o nivelamento dos dois ponteiros guias; Realizar a leitura na borda interna da escala; Retornar os cilindros a posição inicial após finalizar a aferição. ESTATURA MATERIAL: Pode-se utiliza estadiômetro de madeira, antropômetro metálico de MARTIN, ou ainda uma fita métrica na parede. Deverá ter graduação em centímetro e décimo de centímetro, um cursor ou esquadro antropométrico. PROTOCOLO: O avaliado deverá estar na posição ortostática(PO): Em pé, posição ereta, braços estendidos ao longo do corpo, pés unidos, procurando pôr em contato em contato com o instrumento de medida as superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região occipital. Realizar a apnéia inspiratória e utilizar o plano de Frankfurt(paralelo ao solo). COMPRIMENTO TRONCO ENCEFÁLICO É a distância entre o ponto mais alto da cabeça(Vértex) e o plano de apoio da bacia(Espinhas isquiáticas), estando o avaliado sentado. O avaliado deverá estar sentado em um banco de 50 cm de altura, o mais próximo possível do instrumento de medida, com os quadris formando um ângulo de 90º. Utilizar conforma a anterior o plano de Frankfurt e seguir todos os procedimentos. Deverá ser utilizada a média de três medidas. ENVERGADURA É a distância entre o dactylion direito e esquerdo. Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 24 O avaliado em pé e os braços em abdução 90º. com o tronco, os cotovelos estendidos e os Antebraços supinados. Media de três medidas. Altura Total A altura total compreende a distância entre o ponto dactiloidal da mão direita e a região plantar, estando o membro superior desse lado, elevado acima da cabeça. O avaliado deve estar na posição ortostática, com braço direito elevado e estendido acima da cabeça, formando um ângulo de 180° com o tronco (Figura 5). A leitura é feita quando o cursor encontra o dactílio. O avaliador deve ficar próximo à escala, subir em um banco para fazer a leitura, quando necessário e, a cada medida, pedir que o avaliado saia e retorne à posição. Recomenda-se o registro da hora da avaliação. COMPOSIÇÃO CORPORAL A mensuração das dobras(pregas) cutâneas, é uma técnica simples, pouco onerosa, de fácil manuseio, e apresenta alta fidediginade quando relacionadas com outras técnicas mais sofisticadas. É também a mais utilizada por pesquisadores da área de educação física e esportes,(FERNADES FILHO,1999;POLLOCK,1993. Os valores das dobras cutâneas(DC) são encontrados com aparelhos específicos denominados de compasso de dobras, plicômetro ou adipômetro. Existem diversas marcas e modelos no mercado, oas mais conhecidos são> Lange, Cescorf, Harpeden e Sanny. São características específicas do aparelho: pressão constante de 10 g/mm2 em qualquer abertura; precisão de 0,1 mm para Harpender, Cescorf e Sanny e 0,5 mm para o Lange. Procurar utilizar um Compasso Científico. Pois sua precisão É de 0,01mm. Dando assim, maior Fidedignidade ao resultado. PROCEDIMENTOS: Identificar os pontos de referência; Demarcar o ponto de medida; Destacar e pinçar a DC; Realizar a leitura; Retirar o compasso; Soltar a DC. (FERNANDES FILHO,1999) NORMAS BÁSICAS: Todas as DC devem ser aferidas do lado direito; Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 25 As dobras devem ser pinçadas com os dedos indicador e polegar; O compasso deve estar perpendicular a DC; Após o pinçamento, espera-se um tempo aproximado de 2 seg; As pontas do compasso devem se localizar a 1 cm do ponto de reparo; Ajustar o zero em equipamento que possua o relógio comparador. Tabela 11. CLASSIFICAÇÕES DO PERCENTUAL DE GORDURA NA COMPOSIÇÃO CORPORAL. PERCENTUAL DE GORDURA (G%) PARA HOMENS Nível /Idade 18 - 25 26 - 35 36 - 45 46 - 55 56 - 65 Excelente 4 a 6 % 8 a 11% 10 a 14% 12 a 16% 13 a 18% Bom 8 a 10% 12 a 15% 16 a 18% 18 a 20% 20 a 21% Acima da Média 12 a 13% 16 a 18% 19 a 21% 21 a 23% 22 a 23% Média 14 a 16% 18 a 20% 21 a 23% 24 a 25% 24 a 25% Abaixo da Média 17 a 20% 22 a 24% 24 a 25% 26 a 27% 26 a 27% Ruim 20 a 24% 20 a 24% 27 a 29% 28 a 30% 28 a 30% Muito Ruim 26 a 36% 28 a 36% 30 a 39% 32 a 38% 32 a 38% PERCENTUAL DE GORDURA (G%) PARA MULHERES Nível /Idade 18 - 25 26 - 35 36 - 45 46 - 55 56 - 65 Excelente 13 a 16% 14 a 16% 16 a 19% 17 a 21% 18 a 22% Bom 17 a 19% 18 a 20% 20 a 23% 23 a 25% 24 a 26% Acima da Média 20 a 22% 21 a 23% 24 a 26% 26 a 28% 27 a 29% Média 23 a 25% 24 a 25% 27 a 29% 29 a 31% 30 a 32% Abaixo da Média 26 a 28% 27 a 29% 30 a 32% 32 a 34% 33 a 35% Ruim 29 a 31% 31 a 33% 33 a 36% 35 a 38% 36 a 38% Muito Ruim 33 a 43% 36 a 49% 38 a 48% 39 a 50% 39 a 49% FONTE: POLLOCK E WILMORE,1993. DOBRAS CUTÂNEAS Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 26 SB- Subescapular:É obtida obliquamente ao eixo longitudinal seguindo a orientação dos arcos costais, sendo localizada a 2 cm abaixo do ângulo inferior da escápula TR- Triciptal: É detereminada paralelamente ao eixo longitudinal do braço, agora na face posterior, sendo seu ponto exato de reparo a distância média entre a borda supero- lateral do acrômio e do olécrano. BI-Biciptal: É determinada no sentido do eixo longitudinal do braço, na sua face anterior, no ponto meso-umeral do bíceps. PT- Peitoral:H- Tomada na diagonal na metade da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo. M- A 1/3 da distância da linha axilar anterior e a mama. SE-Supra- espinhale: ponto médio entre a SI e Abdominal. AB-Abdominal: é determinada paralelamente ao eixo longitudinal do corpo, aproximadamente a 2cm á direita da borda lateral da cicatriz umbilical. SI- Supra- Íliaca: O avaliado afasta levemente o braço direito para trás procurando não influenciar o avaliador na obtenção da medida. Realizada no sentido oblíquo a 2cm da crista íliaca ântero – superior. AM- Axilar Média: É medida também oblíquamente, acompanhando o sentido dos arcos intercostais. Localização da dobra é no ponto de intersecção da linha média com uma linha imaginária horizontal que passaria pelo apêndice xifóide. O avaliado desloca o braço lateralmente. CX- Coxa: É determinada paralelamente ao eixo longitudinal da coxa sobre o músculo reto femural a 1/3 da distância do ligamento inguinal e bordo superior da patela. PM- Panturrilha medial: Com o avaliado sentado, joelho em 90º. de flexão, tornozelo em posição anatômica e pé sem apoio, toma-se a DC no sentido paralelo ao eixo longitudinal do corpo, na altura da maior circunferência da perna, destacando-a com o polegar apoiado no bordo medial da tíbia. PERIMETRIA As medidas antropométricas de circunferências corresponde aos chamados perímetros. Pode ser definido como perímetro máximo de um segmento corporal quando medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo. MATERIAL: Fita métrica (de preferência metálica) com precisão de 0,1cm,(FERNANDES FILHO,1999). PREOCUPAÇÕES Marcar os pontos corretamente, utilizar lápis ou caneta dermográfica; Medir em um ponto fixo(variações demonstram erros); Medir sempre pela pele nua; Nunca utilizar fita elástica ou de baixa flexibilidade; Não esquecer o dedo entre a fita e a pele; Prof.Ms.Demétrius CavalcantiBrandão 27 Não dar pressão excessiva ou deixar a fita frouxa; Realizar três medidas e anotar a média; Não medir o avaliado após atividade física. LOCAL DE TOMADA DAS MEDIDAS Pescoço:Protocolo: Com o avaliado em PO, passa-se a fita logo abaixo da epiglote(pomo- de adão). Tórax: Masculino: Coloca-se a fita num plano horizontal, passando por cima da cicatriz mamilar. Feminino: Coloca-se a fita num plano horizontal, passando por baixo das linhas axilares. Cintura: Protocolo: Em PO, com abdome relaxado, no ponto de menor circunferência, abaixo da última costela, coloca-se a fita num plano horizontal. Abdomem: Protocolo: Avaliado em PO, coloca-se a fita num plano horizontal, passando por cima da cicatriz umbilical. Quadril: Protocolo: Avaliado em PO, braços levemente afastados, pés juntos e glúteos contraídos, coloca-se a fita num plano horizontal, no ponto de maior massa muscular das nádegas, realizar a medida lateralmente. Coxa Proximal: Protocolo: Avaliado em PO, pernas levemente afastadas,coloca-se a fita num plano horizontal,logo abaixo da prega glútea. Coxa Meso-femural: Protocolo: Avaliado em PO, com pernas levemente afastadas,coloca-se a fita no nível do ponto meso-femural(ponto médio entre a prega inguinal e a borda superior da patela) num plano horizontal . Coxa Distal: Protocolo: Avaliado em PO, coloca-se a fita num plano horizontal, passando por cima do bordo superior da patela. Perna: Protocolo: Avaliado em PO, com as pernas levemente afastadas,coloca-se a fita num plano horizontal, no ponto de maior massa muscular. Braço Forçado e Normal: Protocolo: Avaliado em PO, antebraço em posição supinada,coloca-se a fita num plano horizontal, passando por cima do ponto meso- umeral(ponto médio entre o acrômio e olécrano. Braços a 90º. Fita em ângulo reto em relação ao eixo do braço. Ante-braço: Protocolo: Avaliado em PO, com os antebraços supinados,coloca-se a fita no maior ponto de massa muscular. Punho: Protocolo: Avaliado em PO, braços ao longo do corpo , posição anatômica com o braço voltado a frente,coloca-se a fita ao redor do punho nos processo estilóides e ulnar. Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 28 DIÂMETROS ÓSSEOS São medidas realizadas em projeção entre dois pontos considerados, que podem ser simétricos ou não, situados, geralmente, em planos perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo. São de suma importância para acompanhamento do crescimento e desenvolvimento ósseo. Utiliza-se o lado direito por ser dominante. Material: Paquímetro ou antropômetro. DIÃMETRO BI-ESTILÓIDE RÁDIO-ULNAR(PUNHO) Objetivo: Medir a distância entre as apófises estilóides do rádio e da ulna. Protocolo: Avaliado em pé, braço estendido a 45º., paquímetro paralelo ao solo. DIÃMETRO BI-EPICÔNDILO UMERAL(Cotovelo) Objetivo: Medir a distância entre as bordas externas dos epicôndilos lateral e medial do úmero. Protocolo: Avaliado em pé, cotovelo flexionado a 90º., hastes do paquímetro há 45º. em relação a articulação úmero- rádio- ulnar. DIÃMETRO BI-CONDILIANO DO FÊMUR(Joelho) Objetivo: Medir a distância entre as bordas externas dos côndilos medial e lateral do fêmur. Protocolo: Avaliado sentado, com a perna e coxa formando um ângulo de 90º.hastes ajustadas á altura dos côndilos em um ângulo de 45º. do solo. DIÃMETRO BI-MALEOLAR(Tornozelo) Objetivo: Medir a distância entre os dois maléolos(medial e lateral). Protocolo: Avaliado sentado, com a perna e coxa formando um ângulo de 90º e pés idem.hastes ajustadas á altura dos maléolos paralelamente ao solo. Tabela 12. Relação Cintura-Quadril Classificação de Riscos Para Homens Idade Baixo Moderado Alto Muito Alto 20 a 29 <83 0,83 a 0,88 0,89 a 0,94 >0,94 30 a 39 <84 0,84 a 0,91 0,92 a 0,96 >0,96 40 a 49 <88 0,88 a 0,95 0,96 a 1,00 >1,00 50 a 59 <0,90 0,90 a 0,96 0,97 a 1,02 >1,02 60 a 69 <0,91 0,91 a 0,98 0,99 a 1,03 1,03 Classificação de Riscos Para Mulheres Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 29 Idade Baixo Moderado Alto Muito Alto 20 a 29 <0,71 0,71 a 0,77 0,78 a 0,82 >0,82 30 a 39 <0,72 0,72 a 0,78 0,79 a 0,84 >0,84 40 a 49 <0,73 0,73 a 0,79 0,80 a 0,87 >0,87 50 a 59 0,74 0,74 a 0,81 0,82 a 0,88 >0,88 60 a 69 0,76 0,76 a 0,83 0,84 a 0,90 >0,90 FONTE: APPLIED BODY COMPOSITION ASSESSMENT, PÁGINA 82 ED. HUMAN KINETICS, 1996. Tabela 13. Classificação do IMC em Adultos(OMS) I.M.C. – QUANTO A CLASSIFICAÇÃO DO PESO (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE) BAIXO MENOR DE 18,5 ACEITÁVEL OU IDEAL DE 18,5 A 24,9 OBESIDADE LEVE DE 25,0 A 29,9 OBESIDADE MODERADA DE 30,0 A 39,9 OBESIDADE SEVERA MAIOR OU IGUAL A 40,0 I.M.C. - QUANTO AOS RISCOS A SAÚDE (CORBIN & LINDEY, 1994) CLASSIFICAÇÃO MASCULINO FEMININO RISCO BAIXO 17,9 A 18,9 15,0 A 17,9 IDEAL 19,0 A 24,9 18,0 A 24,4 RISCO MODERADO 25,0 A 27,7 24,5 A 27,2 RISCO ELEVADO ACIMA DE 27,8 ACIMA DE 27,3 Tabela 14. Classificação do Perímetro Abdominal SEXO RISCO AUMENTADO RISCO MUITO AUMENTADO HOMEM 94 cm 102 cm Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 30 MULHER 80 cm 88 cm FONTE: CONSENSO LATINOAMERICANO DE OBESIDADE,1999. Cálculos Para avaliação da composição corporal: Peso gordo ou gordura absoluta= Gordura/100 x Peso corporal Massa magra(peso magro)= Peso do corpo(kg)- peso gordo(Kg) % da Massa magra= 100- peso gordo Peso ideal: Homens= massa magra/0,85 , Mulheres= massa magra/0,75 Peso em excesso= Peso corporal- Peso ideal Peso desejável= Peso atual- peso desejável o valor encontrado de Densidade Corporal (DC) deve ser substituído nesta equação: {%G = [(4.95/DENSIDADE C.) - 4.50] X 100 (Fómula de Siri) PROTOCOLOS: JACKSON e POLLOCK(1978 e 1980) 3DC DC Homens (18- 61anos)= 1,1093800 - 0,0008267(X1) + 0,0000016 (X1)² - 0,0002574 (X3) . X1=Peito, Abdome e Coxa.X3=Idade DC Mulheres (18-55 anos)= 1,0994921 - 0,0009929(X2) + 0,0000023 (X2)² - 0,0001392 (X3). X2=Tríceps, Supra-Ilíaca e Coxa. X3=Idade G%= [(4,95/Densidade Corporal) - 4,50] x100 (fórmula de Siri). JACKSON e POLLOCK(1978 e 1980) 7DC DC Homens Adultos = 1,11200000 - [0,00043499 (ST) + 0,00000055 (ST)²] - [0,0002882 (idade)] DC Mulheres Adultas = 1,0970 - [0,00046971 (ST) + 0,00000056 (ST)²] - [0,00012828 (idade)] ST- Soma de todas as dobras Subescapular, axilar média, tríceps; coxa; supra-ilíaca; abdome e peitoral CALCULANDO O PERCENTUAL DE GORDURA: Em seguida, Siri (1962). % Gordura = (4,95/DENS – 4,50) 100 Sexo feminino (18 e 55 anos) – soma das dobras cutâneas do tríceps, suprailíaca e coxa. Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 31 DENS = 1,0994921 – 0,0009929(X3) + 0,0000023(X3)² - 0,0001392(X4) Onde: X3 = DC TR + CX + SI X4 = Idade Em seguida, Siri (1962). % Gordura = (4,95/DENS – 4,50) 100 FALKNER(1987) *Dobras utilizadas: subescapular, suprailíaca, abdome e tríceps. % de gordura = [ (TR +SI +SB + AB) x 0,153 + 5, 783] PG (peso gordo em Kg) = G% x Peso Corporal/100 Massa Magra (kg) = Peso Corporal - PG Peso Ideal (kg)= Massa Magra x Constante [fixado pelo autor em: Nadadores (1,09), Futebolistas (1,12) e demais esportes e mulheres (1,14)] YUHASZ (ACSM,1987) Dobras utilizadas: subescapular, supra-ilíaca, abdome, tríceps, coxa e peitoral. G%= (S6) x 0,095 + 3,64 S6= Soma das dobras SLAUGHTER et al.(1988) 2 DC G% Homens= 0,735 (soma das dobras cutâneas) + 1,0 G% Mulheres= 0,735 (soma das dobras cutâneas) +5,1 Dobras= Tríceps e Perna PETROSKI (1995) Homens do sul do Brasil de 18 a 61 anos de idade D = 1,10726863 – 0,00081201 (subescapular + tríceps + suprailíaca + panturrilha medial) + 0,00000212 (subescapular + tríceps + suprailíaca + panturrilha medial)2– 0,00041761 (idade em anos) Mulheres do sul do Brasil de 18 a 61 anos de idade D = 1,1954713 – 0,07513507 Log10 (axilar média + suprailíaca + coxa + panturrilha medial) – 0,00041072 (idade em anos) GUEDES(1994)3 DC- ( características Brasileiras) Homens: Tríceps supra-ilíaca e abdome; Mulheres: Subescapular, supra-ilíaca e coxa. Cálculo de Densidade Corporal: HOMENS: Densidade = 1,17136 - 0,06706 log (TR + SI+AB ) MULHERES: Densidade = 1,16650- 0,07063 log (CX + SI+ SB). Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 32 GUEDES CRIANÇAS E ADOLESCENTES(7 a 18 anos) Rapazes Brancos (S= somatória das D.C. Tríceps e Subescapular) Pré-Púbere=G% = 1,21 (S) - 0,008 (S)² - 1,7 Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 3,4 Pós-Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 5,5 Rapazes Negros= Pré-Púbere=G% = 1,21 (S) - 0,008 (S)² - 3,5 Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 5,2 Pós-Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 6,8 GUEDES CRIANÇAS E ADOLESCENTES(7 a 18 anos) Moças de qualquer raça e nível de maturidade = G% = 1,33 (S) - 0,013 (S)² - 6,8 Obs: Quando o (S) for maior que 35 mm, será utilizada uma única equação para cada sexo, para qualquer raça e nível de maturidade: Rapazes=G% = 0,783 (S)² +1,6 Moças =G% = 0,546 (S)² +9,7 (LOHMAN TJ, 1987) Mulheres Anoréxicas (Jackson et al, 1980) S = tríceps, suprailíaca e coxa (18 a 55 anos) Dc (g/cm3) = 1,0994921 - 0,0009929 (S 3PC) + 0,0000023 (S 3PC)2 - 0,0001392 (Idade) % Gord = [(5,26/Dc) - 4,83] x 100 Protocolo de Guedes, para Crianças e Adolescentes (7-18 anos) - 2 Dobras cutâneas: Tríceps, subescapular Rapazes Brancos= (S= somatória das D.C. Tríceps e Subescapular) Pré-Púbere=G% = 1,21 (S) - 0,008 (S)² - 1,7 Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 3,4 Pós-Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 5,5 Rapazes Negros= Pré-Púbere=G% = 1,21 (S) - 0,008 (S)² - 3,5 Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 5,2 Pós-Púbere = G% =1,21 (S) - 0,008 (S)² - 6,8 Moças de qualquer raça e nível de maturidade = G% = 1,33 (S) - 0,013 (S)² - 6,8 Obs: Quando o (S) for maior que 35 mm, será utilizada uma única equação para cada sexo, para qualquer raça e nível de maturidade: Rapazes=G% = 0,783 (S)² +1,6 Moças =G% = 0,546 (S)² +9,7 Protocolo de Pollock e col., 1984 - 5 Dobras cutâneas (DC): Tríceps; coxa; supra-ilíaca; abdome e peitoral (X1=somatória de peitoral, abdome e coxa; X2=somatória de tríceps, supra-ilíaca e coxa, X3= idade em anos ). DC Homens (18- 61anos)= 1,1093800 - 0,0008267(X1) + 0,0000016 (X1)² - 0,0002574 (X3) Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 33 DC Mulheres (18-55 anos)= 1,0994921 - 0,0009929(X2) + 0,0000023 (X2)² - 0,0001392 (X3) G%= [(4,95/Densidade Corporal) - 4,50] x100 (fórmula de Siri) Matiegka em 1921, propôs um método antropométrico para fracionar o peso corporal total em seus quatro principais componentes: peso de gordura, peso ósseo, peso muscular e peso residual. Matiegka tinha o interesse de estudar a eficiência física e mais especificamente, obter uma relação entre quantidade de força e a quantidade de massa muscular de um indivíduo. Sendo ele o precursor da cineantropometria moderna. Von Doblen, modificado por Rocha Peso Ósseo=3,02 X ((H)2 X Rádio X Fêmur X 400)X 0,712 Peso Residual= (Peso X 24,1)/100 Peso Muscular= Peso-(Peso Gordo+Peso Ósseo+Peso Residual) Protocolo de T.G. Lohman,1987 - 2 Dobras cutâneas (DC): Tríceps e Perna (Veja aqui como usar o compasso) G% Homens= 0,735 (soma das dobras cutâneas) + 1,0 G% Mulheres= 0,735 (soma das dobras cutâneas) +5,1 (Slaughter e col., 1988) Resultado: Crianças e adolescentes abaixo de 18 anos(Lohman TJ, 1987) Equações para predizer a Gordura Corporal em Crianças e Jovens do Sexo Feminino Legenda Autor Idade Equação - PARIZKOVA,1961 9-12 DC= 1,088 - 0,014 (log10 TR)-0,036 (log10 SE) - PARIZKOVA,1961 13-16 DC=1,114 - 0,31 (log10 TR) - 0,041 (log10 SE) 1 DURNIN & RAHAMAN (1967) 13,2 - 16,4 %G=1,1369 - 0,0598 (X) 2 MUKHERJEE & ROCHE (1984) 6-18 %G=17,19 - 0,74 (idade) + 1,02 (TR) +0,32 (AX) - BOILEAU (1985) 8-28 %G=1,35 (TR+SE) - 0,012 (TR+SE)² - 2,4 3 SLAUGHTER e col.(1988) 8-18 %G=0,610 (TR+PA) + 5,1 elevado a (b) 3 SLAUGHTER e col.(1988) 8-18 %G=1,33 (TR+SE) - 0,013 (TR+SE)² - 2,5 elevado a (c) 3 SLAUGHTER e col.(1988) 8-18 %G=0,546 (TR+SE) + 9,7elevado a (d) 4 WESTSTRATE & DEURENBERG (1989) 2-10 %G=({562 - 1,1 [ID em anos -2]}/D) - {525 - 1,4[ID em anos - 2]} 4 WESTSTRATE & DEURENBERG (1989) 10-18 %G=({553 - 7,3 [ID em anos -10]}/D) - {514 - 8,0[ID em anos - 10]} Fonte: Revista Brasileira de ATividade Física e Saúde - V. 1 - nº 4 - 1996 Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 34 Legenda: D= Densidade 1. X=log10 S,BI, TR, SE,SI ; idade média =14,9 anos; 2. Dobras cutãneas mensuradas no lado esquerdo do corpo. Obs: pesagem hidrostática e antropometria; 3. (b)=geral para o sexo feminino;(c)=ou 2,0 para negros e 3,0 pra brancos; (d)=quando a soma das dobras cutâneas TR e SE for maior que 35mm); 4. Para crianças obesas. Equações para predizer a Gordura Corporal em Crianças e Jovens do Sexo Masculino Legenda Autor Idade Equação - PARIZKOVA,1961 9-12 DC= 1,088 - 0,027 (log10 TR)-0,0388 (log10 SE) - PARIZKOVA,1961 13-16 DC=1,130 - 0,055 (log10 TR) - 0,026 (log10 SE) 1 DURNIN & RAHAMAN (1967) 12,7 - 15,7 %G=1,1533 - 0,0643 (X) - HASCHKE e col. (1981) 9 %G=(5,376/D-4,968) x100 - LOHMAN e col.(1984a, 1984b) 8 %G=(5,28/D-4,86) x100 - LOHMAN e col.(1984a, 1984b) 9 %G=(5.30/D-4,89) x100 2 MUKHERJEE & ROCHE (1984) 6-18 %G=12,66- 0,85 (idade) + 1,10 (TR) +0,53 (PA) - BOILEAU (1985) 8-28 %G=1,35 (TR+SE) - 0,012 (TR+SE)² - 4,4 3 SLAUGHTER e col.(1988) 8-18 %G=0,735 (TR+PA) + 1,0 elevado a (b) 3 SLAUGHTER e col.(1988) 8-18 %G=0,783 (TR+SE) +1,6 elevado a (c) 3 SLAUGHTER e col.(1988) 8-18 %G=1,21 (TR+SE) - 0,008 (TR+SE)² - C elevado a (d) 4 WESTSTRATE & DEURENBERG (1989) 0-1,99 %G=({585 - 4,7 [ID em meses]elevado a ½}/D) - {550 - 5,1[ID em meses) elevado a ½]} 4 WESTSTRATE & DEURENBERG (1989) 2-18 %G=({562 - 4,2 [ID em anos -2]}/D) - {525 - 4,7[ID em anos - 2]} Fonte: Revista Brasileira de ATividade Física e Saúde - V. 1 - nº 4 - 1996 Resultado: Crianças e adolescentes abaixo de 18 anos(Lohman TJ, 1987) Legenda: D= Densidade 1. X=log10 S, BI, TR, SE,SI ; idade média =14,7 anos . r= 0,80. 2. Utiliza a equação de Siri (1961) para cálculo do % G; Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 35 3. (b)=geral para o sexo masculino;(c)=quando a soma das dobras cutâneas TR e SE for maior que 35mm; (d)=Constante; Variação do intercept para o sexo masculino de acordo com o estágio de maturação e grupo racial: para negros pré-púberes 3,2; púberes 5,2; pós-púberes e adultos 6,8 e respectivamente para brancos 1,7; 3,4 e 5,5 . 4. DC=S, BI,TR, SE,SI - Para crianças obesas C=Constantes para sexo e idade Cineantropometria: Variáveis morfológicas e funcionais SOMATOTIPO Foi um termo criado por Sheldon na década de 1940. Nessa época o autor relatou ateoria de três componentes primários que estariam presentes em maior ou menor proporção em todos os indivíduos. Estes valores propostos não implicavam qualquer valor antropométrico obtido. Era um método antroposcópico: O avaliado era fotografado em Três posições diferentes à saber: Frente, perfil e costas. Sendo a avaliação dos componentes feita pela fotografia. Heath e Carter(1971) modificaram essa avaliação incluindo medidas, em virtude dos diversos questionamentos dessa forma de avaliação. Os componentes endomorfia, mesomorfia e ectomorfia expressam a quantificação de componentes primários e dependem da carga genética, podendo ainda ser modificado pelo meio ambiente e atividade física(PITANGA, 2008). Endormofia: O termo origina-se de endoderma, esta camada no embrião irá originar o tubo digestório e seus sistemas auxiliares, que é a massa visceral. É um forte indicativo de predominância do sistema vegetativo e demonstra uma tendência a obesidade. Sendo este o primeiro componente. Mesomorfia:Este refere-se ao predomínio dos tecidos que se derivam da camada mesodérmica embrionária: ossos e músculos. Caracteriza os indivíduos com maior massa musculoesqulética. Sendo este o segundo componente. Ectomorfia: Predomina neste as formas lineares. Os tecidos que predominam são os derivados da camada ectodérmica. Características dos tipos longilíneos (tendência a magro e alto). Sendo este o terceiro componente. Segundo Pitanga(2008) na versão original cada componente pode variar de 1 a 7, definindo então três tipos extremos: 7-1-1(Endomorfo puro); 1-7-1(Mesomorfo puro) e 1- 1-7(ectomorfo puro). Sendo o endomorfo puro predominância de volue abdominal, além da obsedidade associada a flacidez muscular, enquanto o mesomorfo, pelo contrário, apresenta um acentuado desenvolvimento muscular e robustez óssea, além das medidas maiores do que as abdominais e aspecto energético. Já o extremo da magreza é representada pelo ectomorfo, que indica uma baixa massa muscular, com medidas de comprimento predominando sobre os diâmetros e as circunferências, que transmite um aspecto de fragilidade. Método Heath- Carter Este método utiliza as seguintes variáveis: Peso, estatura dobras cutâneas(tríceps, subescapular, supra-ilíaca e perna medial), diâmetros ósseos(Fêmur e Úmero) e circunferência(Braço e Perna). Calculos: Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 36 Endomorfia=0,7182 + 0,1451(X)-0,00068+0000014(X 3 ), onde X= Somatório das dobras TR+SI+SE. Deve-se corrigir o somatório das dobras pela estatura, onde: Somatório das dobras corrigido= Somatório X 170,18/estatura. Mesomorfia=0,858(U)+ 0,601(F)+ 0,188(B)+ 0,161(P)- 0,131(H)+4,50. U= Diâmetro do Úmero; F= Diâmetro do Fêmur B= Circunferência de Braço Corrigido; P=Circunferência de perna corrigida H=Estatura Correções para excluir o tecido adiposo da massa muscular: CBC=CB-(DCTR/10), onde CBC= Circunferência de Braço Corrigido, CB=Circunferência de Braço, DCTR= Dobra cutânea de Tríceps. CPC= CP-(DCPM/10), onde CPC= Circunferência de perna corrigida Cp=Circunferência de Perna, DCPM= Dobra cutânea de Perna medial.. Ectomorfia= Se IP >40,75 então: (IP x 0,732)- 28,58 se IP entre 38,25 e 40,75 então (IP x 0,463)- 17,63 IP=Estatura / Raiz cúbica do peso corporal Em todos os casos em que IP = ou < que 38,25 atribuí-se 0,1 para o componente Ectomorfia. O somatograma é um triângulo de lados curvos , onde os Três eixos são designados pelo nome de cada componente, recebeu a designação de “Triângulo de Reulex”, segundo Pitanga(2008). Para a plotagem dos somatotipos no somatograma, utiliza-se as seguintes fórmulas: X=III-I Y= 2 X II- (I+III) I,II,II são respectivamentes os valores 1º.,2º.,3º. Componentes. Marca-se os pontos no somatograma segundo às coordenadas X e Y. E desta forma, classifica-se nas categorias: Endomorfo Equilibrado: Tem o primeiro componente dominante, o segundo e terceiro são iguais ou não se diferem mais que 0,5. Meso-endomorfo: o primeiro componente é dominante; o segundo é maior que o terceiro. Mesomorfo-endomorfo: O primeiro e o segundo componenetes são iguais ou não diferem mais que 0,5; o terceiro componente tem valor mais baixo. Endo-mesomorfo: O segundo componente é dominante, e o primeiro é maior que o terceiro. Mesomorfo equilibrado: O segundo componente é dominante. O primeiro e o terceiro são iguais ou não diferem mais que 0,5. Ecto-mesomorfo: tem o segundo componente dominante, o terceiro é maior que o primeiro. Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 37 Mesomorfo-ectomorfo: O segundo e o terceiro componentes são iguais ou não diferem mais que 0,5. O primeiro componente tem o valor mais abaixo. Meso-ectomorfo: O terceiro componente é dominante, o segundo é maior que o primeiro. Ectomorfo equlibrado: O terceiro componente é dominante, o primeiro e segundo são iguais ou não diferem mais que 0,5. Endo-ectomorfo: O terceiro componente é dominante o primeiro é maior que o segundo. Endo-ectomorfo: O primeiro e o terceiro são iguais ou não diferem mais que 0,5. O segundo componente tem valor mais abaixo. Central: Nenhum componente excede em mais que um ponto. SOMATOGRAMA Figura 7. Somatograma Fonte: Wikipédia online. Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 38 Exemplo: SOMATOCARTA Índice de Conicidade (IC) Valdez, Seidell, Ahn, y Weiss (1991 - 1993) - valor clínico quando se tenta medir a distribuição de gordura e risco de doenças. O IC é baseado na idéia de que o corpo humano muda do formato de um cilindro (IC=1,00) para o de um cone duplo, com o acúmulo de gordura ao redor da cintura – abdômen (IC=1,73). É calculado pela fórmula: IC = 109.0 estatura peso perímetro Perímetro abdominal em metros, medido ao nível do umbigo Peso corporal em kg Estatura em metros Em um estudo epidemiológico de grande escala, que incluiu populações de homens e mulheres da Europa e dos Estados Unidos, Valdez, Seidell, Ahn e Weiss (1992) compararam a relação entre o IC e o Índice Cintura/ Quadril com vários indicadores de saúde (colesterol total, lipoproteínas de alta e baixa densidade, triglicérides e insulina, r=0.45-0.86) para diferentes populações. Estes dados sugerem que ambos índices antropométricos um similar valor clínico. Valdez e cols. (1993) assinalam 3 vantagens do IC: existe um limite teórico (1.00 – 1.73); Gostaríamos que na próxima avaliação estivesse aqui! Você se encontra aqui! Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 39 pode ser utilizado para realizar comparações entre indivíduos, em que o perímetro da cintura está corrigido com a estatura e o peso dentro da fórmula; não tem necessidade de medir o perímetro do quadril. Necessita-se de mais pesquisas para estabelecer o potencial clínico do IC. Testes de flexibilidade Exsitem variados testes para mensurar a flexibilidade, o mais prático é o de banco de Wels, os mais amplos são a goniômetria e o fleximetro. FLEXIBILIDADE OBJETIVOS: Proporcionar conhecimento básicos sobre os graus de flexibilidade dos principais grupos músculo-articulares. Analisar as diferenças de flexibilidade dos principais grupos músculo-articulares, identificando os que estão com deficiências ou não. PROCEDIMENTO: Serão explicados aos alunos os procedimentos adequados e os protocolos utilizados na mensuração da Flexibilidade. A seguir, os alunos deverão utilizar os procedimentos adotados realizando a mensuração e anotando os resultados encontrados para uma posterior comparação.MATERIAL UTILIZADO:BANCO DE WELLS,CANETA Tabela Resultado do teste Masculino Idade 15 - 19 20 - 29 30 - 39 40 - 49 50 - 59 60 - 69 Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 40 Excelente > 39 > 40 > 38 > 35 > 35 > 33 Acima da média 34 - 38 34 - 39 33 - 37 29 - 34 28 - 34 25 - 32 Média 29 - 33 30 - 33 28 - 32 24 - 28 24 - 27 20 - 24 Abaixo da média 24 - 28 25 - 29 23 - 27 18 - 23 16 - 23 15 - 19 Ruim < 23 < 24 < 22 < 17 < 15 < 14 Fonte: Canadian Standardized Teste of Fitness (CSTF) Tabela Resultado do teste Feminino Idade 15 - 19 20 - 29 30 - 39 40 - 49 50 - 59 60 - 69 Excelente > 43 > 41 > 41 > 38 > 39 > 35 Acima da média 38 - 42 37 - 40 36 - 40 34 - 37 33 - 38 31 - 34 Média 34 - 37 33 - 36 32 - 35 30 - 33 30 - 32 27 - 30 Abaixo da média 29 - 33 28 - 32 27 - 31 25 - 29 25 - 29 23 - 26 Ruim < 28 < 27 < 26 < 24 < 24 < 22 Fonte: Canadian Standardized Teste of Fitness (CSTF) Testes de velocidade Teste de Resistência Anaeróbica Alática (Velocidade) Corrida de 50 Metros Material: Pista de Atletismo, cronômetro e apito. Procedimento: O avaliado deve percorrer a distância de 50 metros no menor tempo possível. O avaliador deve posicionar-se na linha de chegada, onde deve registrar, com o cronômetro, o tempo gasto pelo atleta ou aluno para correr os 50m. Após a realização do testepodemos utilizar a tabela de classificação, conforme os valores alcançados. Classificação do teste de Corrida de 50 metros(Futebol) Índice Alcançado(Tempo em segundos) Classificação 5- 5,5 Excelente 5,6- 6 Muito Bom 6,1- 6,5 Bom 6,6- 7,0 Médio >7 Fraco Testes de capacidade anaeróbica Teste de Margaria Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 41 Material: Escada com 9 degraus,cronômetro. Procedimento: O avaliado deverá tomar distância de 6 metros dos degraus da escada. Em seguida, deve correr o mais rápido possível, pisando no 3º., 6º. E 9º. Degraus. O cronômetro deve ser acionado no 30. Degrau e travado no 9º. Degrau. Deve ser registrado o tempo entre os dois degraus. Em seguida, deve ser caulculada a força(Kgm/s) através da seguinte equação: F= P X D /T Onde, F= Força(Kgm/s) P=Peso Corporal D=Distância Vertical entre o 3º. E 9º. Degraus T= Tempo entre 3º. E 9º. Degraus. Tabela de Classificação Margaria Masculino IDADE 15-19 20-29 30-39 40-49 >50 Muito Fraca <113 <106 <85 <65 <50 Fraca 113-149 106-139 85-111 65-84 50-65 Média 150-187 140-175 112-140 85-105 66-82 Bom 188-224 176-210 141-168 106-125 83-98 Excelente >224 >210 >168 >125 >98 Fonte: Margaria, Aghemo, Rovelli(1996) Tabela de Classificação Margaria Masculino IDADE 15-19 20-29 30-39 40-49 >50 Muito Fraca <92 <85 <65 <50 <38 Fraca 92-120 85-111 65-84 50-65 38-48 Média 121-151 112-140 85-105 66-82 49-61 Bom 152-182 141-168 106-125 83-98 62-75 Excelente >182 >168 125 >98 >75 Fonte: Margaria, Aghemo, Rovelli(1996) Testes de agilidade Shuttle-Run (JOHNSON & NELSON, 1975) Finalidade: avaliar a agilidade; Porção corporal envolvida:todo o corpo; Protocolo: fazer duas marcas no solo, separados, de 9,14 cm cada uma. A linha mais próxima do avaliado será a linha de partida e a outra a linha de referência, depois dai qual os dois blocos serão colocados. O avaliado coloca-se em posição semiflexionado com um afastamento antero-posterior das pernas (com o pé o mais próximo possível da linha de partida). Para iniciar o teste, o avaliado dará a vez de comando "Atenção! Já" acionando concomitantemente o cronômetro. O avaliado, em ação simultânea, corre na sua maior velocidade possível até o bloco, pega um deles, retorna a ponto de partida, e Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 42 deposita entre o bloco atrás da linha de partida. Sem interromper a corrida, vai a busca do segundo bloco procedendo da mesma forma. Resultado: o teste estará terminado e o cronômetro parado quando o avaliado colocar o ultimo bloco no solo e ultrapassar, com pelo menos um dos pés, as linhas que delimitam os espaços demarcados. Observações: o bloco não pode ser jogado, mas colocado no solo, sempre que haver erros na execução, o teste será interrompido e refeito novamente. Precauções: explicar ao avaliado todos os detalhes do teste, pois este é de alguma complexidade na execução. 1. Shutle Run(corrida de ir e vir) Objetivo: Avaliação da agilidade neuromotora e da velocidade. Material: 02(dois) blocos de madeira(5 cmX 5 cm X 10cm), 01(um) cronômetro e espaço livre de obstáculos. Procedimento: O candidato coloca-se em afastamento ântero-posterior das pernas, com o pé anterior o mais próximo possível da linha de saída. Com a voz de comando: “Atenção! Já!” o candidato inicia o teste com o acionamento concomitante do cronômetro. O candidato em ação simultânea, corre à máxima velocidade até os blocos eqüidistantes da linha de saída a 9,14m (nove metros e catorze centímetros), pega um deles e retorna ao ponto de onde partiu, depositando esse bloco atrás da linha de partida. Em seguida, sem interromper a corrida, vai em busca do segundo bloco, procedendo da mesma forma. O cronômetro é parado quando o candidato coloca o último bloco no solo e ultrapassa com pelo menos um dos pés a linha final. Ao pegar ou deixar o bloco, o candidato terá que cumprir uma regra básica do teste, ou seja, transpor pelo menos um dos pés as linhas que limitam o espaço demarcado. O bloco não deve ser jogado, mas sim colocado ao solo. São 02(duas) tentativas; O candidato que na primeira tentativa não conseguir realizar o teste, terá uma segunda tentativa, com repouso de cinco minutos para a segunda tentatiiva. Tempo de execução conforme tabela: Fonte: DANTAS, E.H.M., 1986 Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 43 Testes de resistência muscular TESTE ABDOMINAL É um teste utilizado para medir indiretamente a força muscular abdominal, através da ação de flexionar e estender o quadril. EQUIPAMENTO- Um colchonete e um cronômetro. PROTOCOLO: Deitado de costas, sobre o colchão colocado sobre uma superfície plana, com os dedos das mãos entrelaçados na nuca, joelhos flexionados, pés em contato com o solo(30.5 cm das nádegas) e abertos na largura dos ombros. O avaliador deve manter os pés do avaliado em contato com o solo e presos para não escorregarem; o aluno, retirando as costas do chão, flexiona o tronco e o quadril até os cotovelos tocarem nos joelhos, voltando a posição inicial com as costas tocando ao solo, repete o movimento tão depressa e tantas vezes forem possíveis; marca-se o número de repetições realizadas em 1 minuto. Tabela teste Abdominal Masculino Idade Excelente Acima da Média Média Abaixo da Média Fraco 15 - 19 + 48 42 a 47 38 a 41 33 a 37 - 32 20 - 29 + 43 37 a 42 33 a 36 29 a 32 - 28 30 - 39 + 36 31 a 35 27 a 30 22 a 26 - 21 40 - 49 + 31 26 a 30 22 a 25 17 a 21 - 16 50 - 59 + 26 22 a 25 18 a 21 13 a 17 - 12 60 - 69 + 23 17 a 22 12 a 16 07 a 11 - 06 Fonte: Pollock, M. L. & Wilmore J. H., 1993 Tabela Teste Abdominal Feminino Idade Excelente Acima da Média Média Abaixo da Média Fraco 15 - 19 + 42 36 a 41 32 a 35 27 a 31 - 26 20 - 29 + 36 31 a 35 25 a 30 21 a 24 - 20 30 - 39 + 29 24 a 28 20 a 23 15 a 19 - 14 Prof.Ms.Demétrius Cavalcanti Brandão 44 40 - 49 + 25 20 a 24 15 a 19 07 a 14 - 06 50 - 59 + 19 12 a 18 05 a 11 03 a 04 - 02 60 - 69 + 16 12 a 15 04 a 11 02 a 03 - 01 Fonte: Pollock, M. L. & Wilmore J. H., 1993 Testes de força estática e explosiva TESTE DE IMPULSÂO Objetivo: Medir a capacidade
Compartilhar