Buscar

Processo Trabalho I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Competência em razão da matéria 
Só cabe à Justiça do Trabalho solucionar as causas de cunho trabalhistas que envolvam relação de trabalho. (Vide art. 114 da Constituição Federal, Rideel 2009). De acordo com Sergio Pinto Martins por relação de trabalho entende-se: “... a relação jurídica entre o trabalhador e o tomador de serviços, que pode ser física ou intelectual, com ou sem remuneração”. Anteriormente não competia a Justiça Laboral decidir sobre causas decorrentes de relação de trabalho, mas de vínculos empregatícios, de tal forma que só seriam avaliados os processos se constatados os elementos: pessoalidade, não eventualidade, subordinação e onerosidade. A Emenda Constitucional nº 45/2004 ampliou a competência do Juiz do Trabalho. Desta forma, nos termos do dispositivo constitucional, compete a Justiça Trabalhista, no âmbito material, processar e julgar: as ações que envolvam exercício do direito de greve; as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e empregadores; os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver matéria de sua jurisdição; os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado os conflitos de competência entre os tribunais superiores e qualquer outro tribunal; as ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrentes da relação de trabalho; as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; a execução de ofício, das contribuições sociais arrecadadas pelos empregadores sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho, bem como das contribuições dos segurados para custeio da Seguridade Social; outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho na forma da lei. É importante ressaltar que quanto às contribuições sociais, a Justiça do Trabalho somente será competente para ordenar sua retenção, não podendo executá-las de fato. Percebe-se, também, que não há como considerar esse rol taxativo, visto que o final do artigo supracitado alarga a possibilidade de discussão de outras matérias provenientes da relação de trabalho. As Súmulas 389 e 300 do Tribunal Superior do Trabalho, por exemplo, atribuem a Justiça Laboral a competência para julgar demandas referentes à indenização pelo não fornecimento de guias de seguro desemprego, assim como, ao não cadastramento do empregado no PIS. Outrossim, a Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal prevê que a Justiça do Trabalho é competente para julgar ações de indenização por danos morais e patrimoniais que decorram de relação de trabalho, inclusas as questões que ainda não tinham sido julgadas quando a Emenda Constitucional 45/2004 fora promulgada. Vale dizer que a Justiça Laboral é responsável por julgar processos relativos a danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho, que poderão ser ajuizados pelo empregado ou pelos seus sucessores em face do empregador. Por fim, cumpre destacar que a incompetência em razão da matéria é absoluta, sendo possível a sua arguição de ofício ou mediante requerimento das partes, a qualquer tempo7.”
Competência em razão do lugar
- Inicialmente, importa salientar que a competência em razão do lugar é relativa, devendo ser arguida pelas partes de plano através de exceção de incompetência, caso contrário o juízo se tornará competente para dirimir o litígio trabalhista. A competência em razão do lugar é delimitada com base no espaço geográfico em que atua o órgão jurisdicional. Quase sempre essa competência é instituída aos órgãos de primeira instância da justiça do trabalho designados de Varas do Trabalho, porém há certos casos em que o município não possui vara especializada para dirimir conflitos trabalhistas, dessa forma a lei atribui essa árdua tarefa aos juízes comuns. Para facilitar o entendimento sobre competência territorial foram instituídas algumas regras que visam à proteção do trabalhador quanto ao ajuizamento de reclamação trabalhista. O art. 651 da Consolidação das Leis Trabalhistas traz a regra geral a ser aplicada para definir a competência territorial, de acordo com esse dispositivo a reclamação trabalhista deve ser proposta no último local de prestação de serviços, mesmo que o empregado tenha sido contratado em outro local ou no exterior. O principal intuito da norma é impedir que o empregado tenha gastos desnecessários com a demanda, bem como tenha condições de colher as melhores provas no local onde por último trabalhou.
No entanto, essa regra disposta na constituição para privilegiar a parte hipossuficiente da relação, o empregado, comporta três exceções, a saber: quando o empregado for agente ou viajante comercial; quando o empregado brasileiro estiver trabalhando no estrangeiro e quando o empregador promove realização de atividade fora do lugar do contrato. Entende-se por viajante comercial, o empregado que presta serviço de vendas em mais de um local, agindo em nome do empregador, sem se fixar em um local. Nessa hipótese, terá competência para resolver a lide, a vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e, na falta será competente a Vara da localidade em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. De acordo com o § 2º do art. 651 da Consolidação das Leis Trabalhistas a competência das varas trabalhistas brasileiras estende-se nas situações onde ocorram dissí- dios em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja tratado internacional dispondo o contrário. Todavia, segundo a súmula 207 do Tribunal Superior do Trabalho, mesmo tendo a vara trabalhista competência para solucionar o conflito, será aplicada a legislação do país onde foi prestado o serviço. A grande discussão que gira em torno dessa exceção à regra geral é a existência da lei nº 7.064/82 que também regula a contratação e transferência de trabalhadores para prestar serviços no exterior. Essa legislação prevê que o empregado que foi contratado por empresa com sede no Brasil para trabalhar no estrangeiro em seu favor e os transferidos por empresa brasileira terão direito a legislação material mais favorável. Nesses casos resta evidenciado o conflito de normas brasileiras. Questiona-se qual a norma a se aplicar quando o empregado brasileiro é contratado para trabalhar no exterior? O ideal que a empresa tenha sede ou filial no Brasil para que se opere a aplica- ção da legislação mais favorável, no caso a brasileira, pois se a empresa estrangeira não tiver agência ou filial no Brasil, a citação terá de ser feita por Carta Rogatória o que inviabilizará a propositura da reclamação, afinal a empresa internacional não vai querer se submeter à decisão brasileira. Por último, as empresas que promovem atividades fora do lugar do contrato estão sujeitas ao ajuizamento, pelos empregados, de reclamações trabalhistas no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. (Art. 651, §3º, Consolidação das Leis do Trabalho). Um exemplo que se encaixa perfeitamente nessa situação é a do motorista de ônibus que é contratado em Salvador, para fazer a linha Salvador – Aracaju. "Não se Admite o foro de Eleição no Processo do Trabalho."
Partes e procuradores
 Capacidade para ser parte, capacidade processual e capacidade postulatória
 Capacidade para se parte: relacionada à personalidade civil, à aquisição de direitos e obrigações. Capacidade processual: relacionada à capacidade civil, ou seja, à possibilidade de realizar atos na órbita civil e, por óbvio, em processos judiciais. Capacidade postulatória: intimamente relacionada à atuação do Advogado (art. 133 da CRFB/88), ou seja, somente o Advogado possui tal espécie de capacidade. 
“Jus postulandi”: regra geral, o Advogado não é necessário na Justiça do Trabalho, já que o art. 791 da CLT, recepcionado pela CRFB/88, sustenta a existência do “jus postulandi”, ou seja, do direito das partes postularem em juízo, tanto reclamante quanto reclamado sem a presençade um advogado. Tal direito sofreu nítida restrição com a edição da SÚMULA Nº 425 DO TST, ao afirmar que: “O Jus postulandi” aplica-se nas varas de trabalho e nos TRTs. Ele não se aplica se tratar de recursos para o TST, ou nos casos de ação rescisória, ação cautelar e mandado de segurança no processo do trabalho”.
Princípio do “jus postulandi” da parte: A própria parte pode postular em juízo, sem a presença de advogado. Art. 791 e 839, a da CLT O TST tem reduzido o alcance do “jus postulandi”, através da Súmula 425: o “jus postulandi” limita-se às varas do trabalho, aos TRTs, não sendo aplicável aos recursos ao TST e outros casos.
Partes
 Denominação
 O conceito de partes, que é exatamente aqueles que sofrem os feitos da rela- ção processual. Existe uma denominação específica para as partes no âmbito do processo do trabalho, devido ao fato de se adotar reclamação trabalhista como designação para a ação trabalhista. Por que se fala em reclamação trabalhista? Originalmente a justiça do trabalho era um órgão administrativo, e por assim ser as postulações eram feitas sob a forma de mera reclamação. Daí consagrou-se os termos reclamante e reclamado para designar na órbita do processo do trabalho, respectivamente, autor e réu da demanda trabalhista.
Deveres da parte e de terceiros
 Não há maiores dificuldades em relação aos deveres da parte e os efeitos da litigância da má-fé na ótica do direito processual do trabalho. O processo civil enumera uma série de deveres que as partes devem observar na relação processual. Consiste dever processual, por exemplo, falar a verdade em juízo, evitar incidentes desnecessários, não utilizar de meios ardilosos, enfim, compõe aquilo que costuma chamar de conteúdo ético do processo. Esses deveres dizem respeito à conduta das partes no âmbito da relação processual. O desrespeito à essas condutas leva a chamada litigância de má fé. A litigância de má fé é uma conduta de uma das partes, autor ou réu, reclamante ou reclamado, que implica o descumprimento dos deveres ético processuais. Litigante de má fé é aquele que não age dentro da boa fé processual.
A litigância de má-fé e sua caracterização (cpc, art.80)
Essa litigância de má fé tem efeitos diretos nos litigantes. O próprio CPC no artigo 81 prevê consequências para a litigância de má fé. Uma delas é a multa superior a 1% e inferior a 10%, calculada sobre o valor do pedido.. Isso é tanto para o processo civil como para o processo do trabalho. Aplica-se uma multa de valor fixo e caráter punitivo, visando a punir uma litigância de má de uma das partes, A grande questão que se coloca em sede de direito processual do trabalho, consiste em saber o seguinte: o reclamante geralmente é hipossuficiente, pessoa desprovida de recursos. A pergunta é: cabe a aplicação da litigância de má fé em desfavor do reclamante? A doutrina é uníssona no sentido de afirmar a aplicação de tais medidas ao reclamante, desde que o juiz dose o valor em favor da realidade econômica do reclamante. Questão mais complicada, embora seja definida do ponto de vista legal, diz respeito a litigância de má fé do advogado. Infelizmente, muitas vezes, a litigância de má fé do empregado é motivada pelo advogado. Então surgem nessas situações a possibilidade de se aplicar a litigância de má fé ao advogado, e não ao próprio reclamante, ou ao menos responder o advogado de forma solidária pela litigância de má fé. O estatuto da OAB é expresso em dizer que os excessos do advogado serão objeto de ressarcimento em ação própria. Não se pode imputar ao advogado a litigância de má fé. Esse é o entendimento prevalecente no âmbito jurisprudencial.
Procuradores Representação na justiça do trabalho (clt, art.791, §1º)
No que tange à contratação de um advogado no processo do trabalho, a parte tem o dever de juntar procuração nesse processo. Porém, mesmo sem a juntada da procuração, a representação estará regularizada, quando o advogado acompanhar a parte em audiência e requerer verbalmente que se consigne em ata a sua constituição como procurador da parte. O juiz deve requerer a anuência da parte representada. Precisa desses 3 requisitos para um advogado sem procuração regularizar sua representação. É a chamada procuração “apud acta”, ou mandato tácito no processo do trabalho.
Honorários advocatícios (súmulas nº 219 e 329 do tst) 
A grande diferença reside na situação concernente aos honorários advocatí- cios, porque em relação a eles no processo do trabalho nós temos uma regulamentação diferente da do processo civil. No processo civil, o juiz ao finalizar a demanda condenará a parte vencida a pagar os honorários de advogado em favor da parte vencedora entre 10% e 20% do valor da condenação. Se houver a sucumbência recíproca, nesse caso os honorários serão rateados. O autor vai ser condenado em razão do que perdeu e o réu em razão do que foi condenado. No processo do trabalho, como a assistência é facultativa, não há condena- ção em honorários advocatícios. Há apenas uma única situação prevista na nossa legislação, por intermédio da lei 5584/70, é quando o reclamante é assistido por sindicato de classe. Não se trata da substituição, mas da assistência jurídica prestada pelo sindicato. Nesta situação está a Súmula 219 do TST: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO (alterada a redação do item I e acrescidos os itens IV a VI em decorrência do CPC de 2015) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016
 I – Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (art.14,§1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305da SBDI-I). 
II –É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista.
 III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego.
 IV – Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90).
V – Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical, excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º) VI – Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil.
Prazos processuais
 •  Peremptórios – prazos fatais, não podem ser alterados por vontade das partes;
 •  Dilatórios – alterado por vontade das partes + antes do vencimento + que haja motivo legítimo;
 •  Impróprios – não produz efeitos processuais. Como regra prazos dirigidos ao juiz;
 •  Próprios – aquele que uma vez descumprido gera um efeito processual: – Preclusão temporal – em decorrência de ter ultrapassado o lapso temporal, perde o direito de praticar o ato processual. – Preclusão consumativa – usa o prazo. Ex: interpõe o recurso no segundo dia e percebe que esqueceu alguma coisa. Daí já não pode fazer mais nada. – Preclusão lógica – impede que atos posteriores sejam incompatíveis com atos anteriores. Ex: desiste do recurso aceitando a decisão judicial. Depois não pode protocolar recurso.
 •  Regra: prazo legal, a própria lei estabelece. Se não existir o juiz irá estabelecer; 
•  Ausência: juiz define quando não há prazo legal;
 •  Sem prazo legal, nem definição do juiz = 5 dias;
 •  Prazo Procedimento Sumaríssimo – ciência laudopericial (art. 852-H, par. 6º, CLT) – 5 dias para ambas as partes.
Contagem do prazo Art. 775 – Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada. Parágrafo único – Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte.
 •  Data da ciência: exclui esse dia (dia do susto);
 •  Data do vencimento: inclui;
 •  Início e término devem ser dias úteis. 
•  Audiência de julgamento (súmula 197, TST) – se o juiz definir uma data com audiência para julgamento, as partes serão consideradas intimadas independentes de comparecimento. Deve ser interpretada com a sumula 30 do TST, que diz que após audiência de julgamento o juiz tem 48h para juntar a decisão nos autos. Se juntar no prazo também não precisará intimar as partes. Nesse caso, o dia do susto passa a ser o dia da juntada da decisão, sendo que o prazo começa a contar no próximo dia útil. Se o juiz não juntar no prazo de 48h, deverá intimar as partes. Se o final do prazo cai num sábado, será prorrogado para o próximo dia útil subsequente (segunda-feira, se não for feriado); Se a intimação (dia do susto) for na sexta-feira, começaria a contar no sábado, mas como não pode ser utilizado, será contado a partir de segunda. Para efeito de contagem de prazos, o sábado, domingo e feriados serão inúteis. Se receber intimação no sábado (penhora), o dia do susto será o próximo com expediente forense (súmula 262, TST) 9 O novo CPC não conta os prazos de fins de semana e feriadoscontinuamente. 
•  Regra: prazos contínuos e irreleváveis (art. 775, CLT). No entanto em algumas situações os prazos podem ser:
Interrupção
Recomeça a contagem com o prazo integral. Ex: embargos de declaração – interrompe o prazo dos recursos. Depois da intimação da decisão dos embargos o prazo será reiniciado.
Suspensão
 Retoma a contagem de onde parou. 9 Recesso (natureza jurídica de férias) e férias coletivas (Súmula. 262 do TST).
Prazos diferenciados
 – Contestar (4x) — Recorrer (2x)
 – Pessoa jurídica de direito público que não explorem atividade econômica; 
– EBCT (Correios); 
– Ministério Público do Trabalho; 9 Novo CPC só fala em prazo em dobro
 – Nesse caso irá atingir o MPT que tem prazo regido pelo CPC atual, pois a pessoa de direito público tem regramento pelo decreto 779/69 que dá o prazo em quádruplo entre a intimação e a designa- ção de audiência.
 – Contrarrazões: inaplicável. – Litisconsórcio e procuradores distintos (OJ 310 do TST – Inaplicável art. 229 do CPC.
Contagem no processo eletrônico 
– Realizada no dia da consulta (dia útil) 
– Não havendo consulta em 10 dias corridos: presume realizada a intimação (Lei 11.419/06, art. 5º, § 3º). Contagem dos 10 dias corridos:
 – Início: dia seguinte ao da disponibilização no sistema, independente de ser dia útil.
 – Final: décimo dia a partir do dia inicial, desde que haja expediente ou no primeiro dia útil subsequente (o décimo dia será o dia do susto, a contagem inicia realmente no próximo dia útil9).”
Procedimento sumaríssimo
 Está previsto na CLT, quase todo, nos art 852-A e seguintes. Aplica-se aos dissídios individuais cujo valor não exceda a 40 vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da ação. DICA: Provas costumam colocar “data do término do contrato do trabalho”, o que está incorreto. Não se aplica aos dissídios coletivos! O procedimento sumaríssimo não se aplica à administração direta, autárquica e fundacional. Dizer que não se aplica à administração indireta é INCORRETO, pois ele pode sim ser aplicado às empresas públicas ou sociedade de economias mistas. Ele não se aplica, na administração indireta, às autarquias e fundações públicas. DICA: Toda vez que estiver vendo empresa pública e sociedade de economia mista, é como se estivesse vendo o particular. A audiência é UNA. Tudo, até a sentença, acontecerá em uma única data. A causa tem que ser julgada, em regra, em até 15 dias. Excepcionalmente, a audiência pode ser interrompida em algumas situações, e uma vez interrompida o seu prosseguimento e a solução do litígio podem ocorrer em no máximo mais 30 dias. Ajuizada a reclamação trabalhista, ela é distribuída para uma das varas. Quando chega a essa vara, automaticamente é enviada uma notificação para que as partes compareçam à audiência. O juiz não tem contato com a reclamação, ele só terá acesso a essa reclamação na audiência. Desde o ajuizamento da ação até o dia da audiência / sentença, não pode passar de 15 dias. Nos casos, por exemplo, em que é pedido adicional de insalubridade, é obrigatória a produção de prova pericial. Portanto, como o juiz só conhece a demanda na audiência UNA, ele interrompe a audiência até que seja produzida a respectiva prova pericial, e na nova audiência, já com a prova, ele irá proferir a sentença. Lembrando que, se a audiência for interrompida, a continuação da audiência tem que se dar em até 30 dias. Portanto, o prazo MÁXIMO para o procedimento sumaríssimo é de 45 dias.
Requisitos da Petição Inicial no Sumaríssimo (Art 852-B da CLT): 
– Pedido certo ou determinado, e sempre líquido. Por ser certo, deve indicar o bem da vida pretendido (Ex.: horas extras). Por ser determinado, deve apontar a quantidade ou a qualidade dos bens (Ex.: 2 horas extras). Por ser líquido, deve apontar o QUANTUM postulado. O pedido precisa ser SEMPRE líquido!!! 
– O reclamante deve fornecer o nome e o endereço corretos do reclamado. Não há citação por edital no procedimento sumaríssimo. A citação será realizada por correio, por isso é que precisa indicar nome e endereço. A inobservância desses requisitos da petição inicial leva ao arquivamento do processo (extinção do processo sem resolução do mérito) e a condenação do reclamante no pagamento de custas processuais. 
Obs.: Não faz coisa julgada material, pode ajuizar a ação de novo normalmente. Dessa sentença que extingue o processo sem resolução do mérito, cabe recurso ordinário para o TRT
Provas no procedimento sumaríssimo:
 – Prova testemunhal: A sistemática é diferente do procedimento ordinário. No procedimento ordinário, o número máximo de testemunhas é de 3. No procedimento sumaríssimo, o número máximo de testemunhas é de 2. No procedimento ordinário: As testemunhas precisam comparecer independentemente de notificação ou de intimação. 
Se não comparecerem, o juiz adiará a audiência para uma nova data e determinará a intimação da testemunha. Se intimada, e ela ainda assim não comparecer, o juiz adiará de novo a audiência, e agora ela precisa comparecer, porque o juiz irá determinar a sua condução coercitiva, e condenará o reclamante no pagamento de multa, se não tiver uma justificativa. Não há, no processo do trabalho, rol de testemunhas (tanto no ordinário, quanto no sumaríssimo).
 O reclamante não precisa arrolar as testemunhas. No procedimento sumaríssimo: As testemunhas também precisam comparecer independentemente de notificação ou intimação. Mas o juiz só adiará a audiência se comprovado o convite (Ex.: a parte apresenta uma carta, um email etc., comprovando o convite da testemunha). Se comprovar o convite, o juiz intima a testemunha. Se intimar e não comparecer, o juiz adia de novo a audiência e determina a condução coercitiva. DICA: Cuidado para não pular as fases!
Da perempção
 Perempção, no direito processual civil, é tipificada pelo fato e o autor abandonar a causa por mais de trinta dias, não promovendo os atos e diligências que lhe competir, ensejando a extinção do processo sem julgamento do mérito. Neste caso, a lei processual civil aplica uma penalidade bastante grave ao autor, ou seja, se por três vezes incorrer no abandono da causa, sua negligência lhe acarretará a impossibilidade de intentar nova ação, pelo mesmo objeto contra o réu. Facultando-lhe, contudo, que formule suas alegações em defesa, se acionado. Nodiploma celetista, a penalidade é mais branda. Os artigos 731 e 732 estabelecem que, uma vez apresentada a reclamação verbal ao distribuidor, se o reclamante deixar de comparecer no prazo de cinco dias, para reduzi-la a termo, ou, intentada a reclamatória, deixar de comparecer a audiência por duas vezes seguidas, perderá o direito de ação pelo prazo de seis meses. A consolidação não impede, definitivamente, o direito de ação do reclamante, porque, após o decurso desse prazo, se não houver ocorrido a prescrição, ele poderá ingressar com nova ação contra o reclamado.
Audiência
 Ausência reclamante audiência inicial Art. 844, CLT – arquivamento = extinção sem resolução do mérito.
 1. 9, TST – A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada ação em audiência não importa em arquivamento do processo 
2. 74, I, TST – Aplica-se a confissão à parte que, expressamente, intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor
Fase Inicial (A.c.i.j. )
 Rte. Presente ⇒ Rda. Ausente = Revelia e Confissão da Matéria Fática
 Rte. Presente ⇒ Rda Presente = Tentativa de Conciliação 
* Rte. Ausente ⇒ Arquivamento FIM
 Tentativa de Conciliação: 
Rito Ordinário: 1ª tentativa = abertura da audiência (art. 846, CLT).
 Última tentativa = após apresentação das razões finais das partes (art. 850, CLT). 
Rito Sumaríssimo Em qualquer fase da audiência (art. 852-E da CLT) 
Fase Conciliatória: Art. 764, caput, CLT – Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão SEMPRE sujeitos à conciliação.
 •  3º, CLT – É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório
 – S. 418, TST – “A concessão de liminar ou a homologação de acordo constituem faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança”.
 Art. 831, p. único, CLT – No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível (para as partes), salvo para a Previdência Social (União), quanto às contribuições que lhe forem devidas. 
– Art. 832, §3º, CLT – “As decisões cognitivas ou homologatórias deverão SEMPRE indicar a natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou acordo homologado, inclusive o limite de responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o caso”. 
Termo de Conciliação:
 – Art. 832, §4º, CLT – A União será intimada das decisões homologatórias de acordos que contenham parcela indenizatória, facultada a interposição de recurso (recurso ordinário – fase de conhecimento / agravo de petição – fase de execução – no prazo de 16 (dezesseis) dias – DL 779/69), relativo aos tributos que lhe forem devidos. – Art. 831, P. Único, CLT – O acordo para as partes transita em julgado na data da homologação. (S. 100, V, TST) e só poderá ser desconstituída por ação rescisória – S. 259, TST.
– Art. 832, §6º, CLT – O acordo celebrado após o trânsito em julgado da sentença ou após a elaboração dos cálculos de liquidação de sentença não prejudicará os créditos da União.
.

Outros materiais