Buscar

Tributario 1 (1)

Prévia do material em texto

AULA 07/08
NATUREZA DAS RECEITAS
RECEITA ORIGINÁRIA – exploração do próprio patrimônio (Público) para obtenção de receitas. Concessão e permissão do uso de serviços públicos ou de seus serviços.
Deverá sempre ter como preferencia os bens inservíveis ou os que o Estado não possua potencial para conseguir realizar a exploração. Ex.: leilões de bens, exploração do Petróleo (Royalts)
 Embora gestor do interesse comum, o Estado é proprietário de vasto patrimônio. Pertence-lhe, por exemplo, a quase totalidade dos portos, aeroportos, ferrovias e estradas existentes no País. Tais bens, no entanto, não devem ser geridos e nem mesmo explorados economicamente pelo próprio Estado, um vez que esta não é a sua finalidade.
	Dada esta realidade, em 1988 notadamente por meio da EC 19 foi iniciada o que se denominou reforma administrativa do Estado. A partir de então dois fenômenos ocorreram: privatizações e concessões/permissões.
	Na privatização ocorre a venda do público para o privado, servindo como exemplo os históricos a alienação pela União de sua posição majoritária na CSN e na Vale do Rio Doce.
	Por outro lado, na concessão/permissão o patrimônio permanece sob a propriedade do Estado, mas o direito de explora-lo economicamente é transferido a iniciativa privada.
	Seja como for, para fins de receita pública importa concluir que as modalidades mencionadas permitem ao Estado auferir receita originária.
	 
RECEITA DERIVADA – Via de regra, trata-se da arrecadação de tributos, receitas obtidas por patrimônio alheio, de terceiros. Deverá observar os princípios da legalidade, não surpresa, equilíbrio da arrecadação.
	Receita derivada, por sua vez, é aquela obtida em razão do Poder de Império do Estado que lhe outorga o direito de ingressar no patrimônio alheio diminuindo-lhe pela retirada de parcela a título de tributo.
PODER DE IMPÉRIO
X
DEVER FUNDAMENTAL DE PAGAR TRIBUTOS
Não se escolhe pagar ou não impostos -> é um DEVER inerente por estar inserido numa sociedade
RFB tem como um de seus objetivo constituir uma sociedade livre, justa e solidaria.
ORÇAMENTO – AS DESPESAS DEVEM SER FIXADAS (É CERTO TER), com base no principio da legalidade, sendo dispostas na LOA e submetidas a autorização.
AS RECEITAS SERÃO PREVISTAS (PODE NÃO ARRECADAR).
Art. 165, CF – Espécies Legislativas Orçamentárias:
I: PPA – plano plurianual, §1§ -> Lei orçamentária de longo prazo, art. 35, §2º, I do ADCT. Principio da continuidade da gestão administrativa -> o serviço público não deve ser interrompido e, por isso, a vigência deste plano tem 4 anos de duração, regulando fatos administrativos que poderão ocorrer no mandado presente e também no primeiro ano do mandato seguinte, pois neste outro PPA deverá ser planejado e criado e somente será executado no 2 ano deste mandato.
	Este Plano é a Lei orçamentária que deve ser aprovada por cada ente da Federação, no primeiro ano de cada mandato de Chefe do Poder Executivo para planejar as ações governamentais de Longo Prazo. No governo FHC, por exemplo, os PPAs traçavam os objetivos do programa “avança Brasil”. Já nos governos Lula e Dilma, os PPAs regularam o “programa de aceleração do crescimento PAC”. 
	Em suma, no Brasil tais leis tem sido utilizadas para grandes programas de infraestrutura.
	
II: LDO 
III: LOA §8
	
Artigo 6º da CF - DIREITOS FUNDAMENTAIS, SOCIAIS -> Principio da vedação do retrocesso social – Uma vez criadas, conquistados direitos pela sociedades, não poderão ser retirados.
AULA 14/08/2017
Obs.: o que significa a expressão “orçamento rabilonga”?
Resposta: é a previsão, fruto de tráfico legislativo, estranha à fixação de despesa e a previsão de receita e que por isso ofende o princípio da exclusividade da matéria orçamentária.
A LOA SÓ DEVERÁ CONTER PREVISÃO DE ARRECADAÇÃO RECEITAS E A FIXAÇÃO DE DESPESAS.
Princípio da exclusividade da matéria orçamentária – é proibido a previsão de legislação que implemente orçamento estranho a fixação de despesa e a previsão de receita.
Principio da não afetação ou não vinculação – art. 167, IV, CF -> a receita proveniente da arrecadação de IMPOSTOS (tributo é gênero, portanto, imposto é tributo) não pode receber uma previa destinação. Com isso a CF objetivava facilitar as manobras financeiras das receitas pelo chefe do Executivo, evitando assim um travamento de setores, de receitas e etc.
	- A receita proveniente da arrecadação de impostos deve ser utilizada livremente para a manutenção dos serviços estatais. Por está razão CF veda, via de regra, qualquer forma de vinculação apriorística dos recursos obtidos com os impostos.
	O principio da afetação, no entanto, não é absoluto.
	O próprio inciso IV do artigo 167 da CF se encarregou de estabelecer as seguintes exceções:
A) vinculação das receitas recebidas pelos Estados e Municípios a partir das transferências obrigatórias de repartição das receitas tributárias na forma dos artigos 158 e 159 da CF/88. Ou seja, parte das receitas recebidas por meio do fundo de participação dos Estados (FPE) e parte da receita recebida via fundo de participação dos Municípios (FPM) poderão ser vinculadas sem que haja violação ao princípio da não afetação;
B) a CF também permite a vinculação de recursos para gastos com saúde, o que faz como mecanismo de coerção dirigido aos entes federativos para que estes promovam seus investimentos mínimos: ->
INVESTIMENTO EM SAÚDE (OBRIGATÓRIA)
Art. 198, §2º - Regula o MINIMO a ser investido em saúde pela União;
Art. 198, §3º -> Lei complementar 141/12, artigo 6º – regula que os investimentos em saúde pelos Estados DEVERÃO ser no MINIMO de 12% das receitas;
Art. 198, §3º -> Lei complementar 141/12, artigo 7º - regula que os investimentos em saúde pelos Municípios DEVERÃO ser no MINIMO DE 15%.
C) a semelhança do que ocorre na saúde, a CF permite vinculação de receitas provenientes de impostos para gastos com a educação cujo os percentuais segundo o artigo 212 da CF são os seguintes:
União 18%
Estados, DF e Municípios 25%
D) na forma do artigo 37, XXII, da CF, as administrações tributárias podem receber recursos prioritários, até mesmo fruto de vinculação de receita de impostos. Isso porque, a CF atribui a elas a qualidade de atividade essencial ao funcionamento do Estado, na medida que lhes competes promover a arrecadação das receitas tributárias. Tanto isso é verdade que a doutrina afirma o seguinte: “não há Estado forte sem administração tributária forte”.
E) por fim, a CF também permite a vinculação de receitas como forma de garantir o pagamento de operações de crédito contratadas junto a entidades financeiras.
A REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS, artigos. 157, 158 e 159.
Sumula 447 STJ - 
Criação de Imposto residual 154, I, CF – poderá ser diferente dos impostos previsto na CF, contudo, não poderá possuir o mesmo fato gerador ou calculo próprio desses.
LEI QUE DISPOE SOBRE OS CONVENIOS ENTRE MUNICIPIO E UNIÃO ACERCA DO ITR -> Lei 11250/05, regulamentando o art. 153, §4º, III da CF. – os Municípios que optarem, passam a fiscalizar e a recolher as receitas de ITR.
RETENÇÃO DO REPASSE DAS VERBAS DISPOSTAS NA SEÇÃO DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS – Via de regra, os Estados e a União NÃO PODEM RETER AS VERBAS. CONTUDO, PODEM CONDICIONAR A ENTREGA DE RECURSOS. – Art. 160, parágrafo único.
DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS ARRECADADAS SOBRE IR IPI
a) FPE -> 21,5%
b) FPM -> 22,5%
c) Programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. -> 3%
d) FPM -> 1% - teoricamente é para pagamento da segunda parcela do 13º dos funcionários públicos; 
e) FPM -> 1% - teoricamente é para pagamento da primeira parcela do 13º dos funcionários públicos. CONTUDO, o D e E não possuem destinação especifica, portanto, podem acabar sendo utilizados em outra coisa.
ARTIGO 18, §4º - A CF tenta dispor que os Municípios não dependam destas verbas para se manterem.
AULA 15/08/2017
OUTRAS RECEITAS PRIORITÁRIAS, REPARTIÇÃO OBRIGATÓRIA
Artigo 37, XXII – regula o MINIMO a ser investido na Receita Federal;CRÉDITOS ADICIONAIS, art. 167, V, CF. – deverá haver Lei para dispor sobre o crédito adicional e a indicação da origem dos recursos (muitas das vezes há o cancelamentos de despesas previstas na LOA para destinar pro que se pretende no momento atual).
Lei 4320/64, artigo 41 – classificação:
a) Suplementar - inciso I -> a dotação da receita não for suficiente para cumprir com orçamento anual, algo não previsto na LOA.
b) Especial – ter que cumprir com algo imprevisível e, por isso, não disposto na LOA, será adicionado crédito especial.
c) Extraordinário – casos de guerra, calamidade ou comoção social
As dotações contidas na Lei orçamentária anual podem revelar-se insuficientes ao acudimento da despesa que tenha gerado a sua fixação. Neste caso, a dotação orçamentária que, porém, é insuficiente o que demanda reforço pela via do crédito adicional na modalidade suplementar, de acordo com o artigo 41, I, da Lei 4.320/64.
	É possível, no entanto, que no curso de um exercício financeiro surja a necessidade de realização de gasto sem que haja, contudo, dotação orçamentária na LOA. Neste caso, o art. 41, II, do referido diploma permite a criação de crédito adicional especial para cobrir a despesa pública.
	Nos dois casos acima deve ser observado o seguinte procedimento:
	Em primeiro lugar, o Chefe do Executivo confecciona projeto de Lei justificando a necessidade de abertura do crédito adicional, devendo envia-lo ao legislativo.
	Segundo passo, ao receber o projeto o Poder Legislativo decidirá por autorizar ou não o crédito adicional. Se não autorizar, rejeitará o projeto de Lei, arquivando-o. Se autorizar, transformará o projeto em Lei modificadora da LOA.
	Terceiro passo, recebida a autorização do Legislativo, o Chefe do Executivo sancionará a Lei e editará na sequência decreto determinando a abertura do crédito adicional.
	Deve ser ressaltada, por fim, que a abertura de crédito suplementar e especial fica condicionada a indicação da origem dos recursos, tal como previsto na parte final do inciso V do artigo 167, CF.
	Excepcionalmente, a CF e a Lei 4320/64 admitem a abertura de crédito adicional na modalidade extraordinária, como se vê, respectivamente, do artigo 167, §3º e do artigo 41, III, da Lei 4320/64.
	A abertura do extraordinário não segue a vedação constante do inciso V do artigo 167 da CF, o que significa dizer na pratica que o Chefe do Poder Executivo pode editar medida provisória e, em seguida, decreto, devendo, por obvio, submeter a MP ao crivo do Poder Legislativo, na forma do artigo 62, caput, CF.
169 c/c Lei Complementar 101, artigo 19 e incisos
AUA 21/08/17
ADI 4048 - > 167, §3º da CF. Característica da A. generalidade – ser aplicada para todas as pessoas e não para pessoas determinadas. B. abstração – não esta para ser aplicada para uma situação determinada. Contrariamente a isso, as Leis orçamentárias possuem efeitos concretos. Com o advento da ADI 4048, a jurisprudência do Supremo passou a permitir (VIRAGEM EM SUA JURISPRUDÊNCIA) ADI em face de Leis orçamentárias que afrontassem, mesmo tratando-se de Leis com efeitos concretos, a Constituição Federal.
Caso concreto 1.
1 – a) Conforme caput do artigo 165 da CF, o Chefe do Poder Executivo deve submeter ao Legislativo os projetos de Leis orçamentárias. Cabendo a este deliberar e ao final aprovar as referidas Leis, mesmo que para tanto tenha de promover emendas (art. 63, I, CF).
	O cenário até aqui descrito retrata o sistema de freios e contrapesos, sendo esta a razão para ser vedada a edição de MP sobre Leis orçamentárias na forma do artigo 62, §1º, I, d, CF.
	Em síntese, os argumentos do Deputado são: violação ao princípio da separação dos poderes tendo em vista que MP sobre LOA usurpa da competência do Legislativo e violação frontal ao referido artigo constitucional.
b) Sim, desde que prevista na Constituição Estadual e desde que observados os parâmetros do artigo 62 da Lei maior.
c) não, salvo a previsão do artigo 167 do §3º da CF.
2 – Letra D -> vem de dotações orçamentárias (em seguida, repasse de verbas necessárias ao custeio das despesas).
AULA 22/08/2017
Caso concreto 2
1) principio do equilíbrio orçamentário – Lei complementar 101/00, artigo 1º.
	A constituição não impõe vedação quanto a apresentação de projeto de Lei orçamentária deficitária. Caberá ao Poder Legislativo fiscalizar a legitimidade do desequilíbrio.
	O princípio envolvido é o do equilíbrio orçamentário, previsto no §1º do artigo 1º da Lei complementar 101/2000. 
	São os seguintes os elementos envolvidos: orçamento, despesas e receitas.
2) o projeto deficitário apresentado nos dias de hoje deve se enquadrar as despesas cujo teto consta do novo regime fiscal regulado nos artigos 106 a 114 do ADCT.
3) Letra D.
Tribunal de Contas – Artigo 70 da CF.
AULA 28/08/2017
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL – Normas gerais, art. 145 – 149 da CF;
 - Das Limitações ao Poder de Tributar;
						 - Dos impostos da união;
						 - Dos impostos dos Estados/DF;
						 - Dos impostos doas Municípios/ DF;
						 - Da repartição das receitas tributárias.
competência tributária – Roque Carraza “os entes políticos da Federação são dotados de autonomia tal como dispõe o art. 18 da CF”.
	A competência tributária é, sem dúvida, manifestação dessa autonomia ostentada pelas pessoas politicas e cabe a CF promover a sua partilha.
	Competência tributária é a aptidão de instituir, por meio de Lei, tributos.
Competência privativa – art. 145, I -> Todo e qualquer ente federativo pode instituir impostos.
Art. 153, CF – Privativa da União;
A União irá dispor de seus impostos por Lei ordinária, ENTRETANTO, os impostos sob grandes riquezas serão dispostos por Lei complementar (coro pra criação é diferenciado, MAIS SOLENE, art. 69, CF).
Art. 155, CF – Privativa dos Estados e do DF;
Art. 156, CF – Privativa dos Municípios e do DF (art. 32, §1º, 157, segunda parte).
Segundo a doutrina, a competência privativa diz respeito aos impostos que cada um dos entes políticos da Federação poderá por Lei própria instituir.
Competência comum – art. 145, II e III, CF -> instituir taxas e distribuição de melhoria = QUALQUER ENTE DA FEDERAÇÃO.
	A doutrina majoritária utiliza o critério da competência comum para se referir a possibilidade de instituição por meio de Lei de taxas e contribuição de melhoria.
**** Competência residual – Criação de tributo, imposto e contribuição não existentes (fato gerador deve ser diferente dos previstos pela CF).
	Prevista nos artigos 154, I e 195, §4º, ambos da CF, a competência residual permite a União por meio de Lei complementar instituir respectivamente novos impostos e novas contribuições para o custeio da seguridade social.
	Ainda não há nenhum tributo instituído com base nessa competência.
Competência extraordinária (não são comuns), art. 148, 154, II, ambos da CF – É atribuição da União. Empréstimos compulsório (148, I) e despesas provenientes de guerra.
	Existem tributos que dependem de causas fáticas específicas para que possam ser instituídos, são eles: o empréstimo compulsório e o imposto extraordinário de guerra.
	Se a união instituir qualquer deles, estará no exercício da competência extraordinária.
	Vale frisar que a CF exige Lei complementar para os empréstimos compulsórios, contentando-se com Lei ordinária para o IEG (Imposto Extraordinário de guerra)
AULA 29/08/2017
COMPETÊNCIA CUMULATIVA – prevista no art. 147 da CF, promove um somatório de competências tributárias na pessoa de um determinado ente político da federação. Só a União e o DF exercem competência cumulativa. Mas, no caso da União, o exercício concreto dependerá da criação de território federal.
COMPETENCIA EXCLUSIVA
UNIÃO - art. 149, caput da CF. contribuições sociais, art. 195 da CF (custeio da seguridade social, CIDE (impostos sobre combustíveis) e as contribuições de classes (CRM, CREA...)
ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL,art. 149, §1º da CF.
MUNICÍPIOS, art. 149, §1º e 149-A, ambos da CF.
CARACTERISTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA - CTN
Art. 6º - SOMENTE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL ATRIBUI COMPETÊNCA TRIBUTÁRIA.
1 – Indelegabilidade, art. 7º - o ente politico da Federação, agraciado com a competência tributária não pode transferi-la a outrem, por meio de instrumento de delegação, nem mesmo por Lei. Isso porque a competência tributária é uma expressão ou manifestação da autonomia de que são dotadas as pessoas políticas. Autonomia esta para o ente político como a personalidade esta para a pessoa humana e por isso não pode ser objeto de delegação ou de renuncia. É dizer mais: a competência é forma de exercício do poder de império de que são revestidas as pessoas políticas. É IMPLICITA E INERENTE A AUTONOMIA.
ARTIGO 153, §4º, III DA CF – MUITO IMPORTANTE
	A indelegabilidade não impede que haja transferência das atribuições de arrecadação e fiscalização. Serve como exemplo a previsão contida no artigo 153, §4º, III, CF, segundo o qual os Municípios poderão por meio de convenio optar por arrecadar e fiscalizar o imposto territorial rural.
	Toda vez que houver distinção entre o ente titular da competência e aquele que tem o poder de arrecadar e fiscalizar, surgirá a dicotomia entre competência e capacidade tributária ativa.
	Competência é qualidade atribuída aos entes políticos da Federação e consistem no poder de instituir tributos por meio de Lei. Capacidade tributária ativa é a aptidão recebida por Lei pelas pessoas jurídicas de direito público, como autarquias e fundações públicas e que lhes permite arrecadar e fiscalizar tributos.
2 – imprescritibilidade (incadubilidade) – o não exercício da competência tributária independentemente do período de inércia verificado não importa na impossibilidade futura de faze-lo.
ARTIGO 62, §2º DA CF – PODEM SER EDITADAS MEDIDAS PROVISÓRIAS PARA LEGISLAR SOBRE AUMENTO DE IMPOSTOS E PARA INSTITUIR TRIBUTOS
ADI 4048 – SÓ NÃO PODE SER EDITADA MEDIDA PROVISÓRIA PARA LEGISLAR SOBRE ORÇAMENTOS.
3 - FACULTATIVIDADE: prevalece na doutrina a orientação de que o exercício da competência tributária é uma faculdade do ente político que a titulariza. No entanto, esta característica deve ser vista nos dias de hoje em conjunto com o artigo 11 da Lei complementar 101.00
AULA 04/09/2017
Características -> 
Facultatividade – a lei no artigo 11 da lei complementar 101/00 impõe uma obrigatoriedade, de instituir tributos da competência dos entes da federação. Em contrapartida, a CF, no seu art. 145 e o CTN no art. 3º, facultam a instituição do tributo.
	Portanto, o desenvolvimento de um tributo é facultado, mas uma vez instituído, deverá ser promovida a sua arrecadação, pois trata de ato vinculado da administração pública.
 	A aplicação literal do artigo 11 vem sendo defendida pelos tribunais de contas e pelo Ministério Público. Contudo, não parece ser a melhor compreensão.
	Mas, segundo Regina Helena Costa, autora de diversas obras de direito tributária e hoje Ministra do STJ. A melhor solução é aproveitar o art. 11 para dele extrair o seguinte: é faculdade instituir sendo obrigatoriedade arrecadar e fiscalizar os tributos instituídos.
	
CLASSIFICAÇÃO QUANTITATIVA DOS TRIBUTOS
Tripartite -> Art. 5º, CTN e art. 9º da Lei 4320/64. São Tributos:
Impostos
Taxas
Contribuição de melhoria
Quadripartite (Visão tricotômica) -> São Tributos:
Tripartite
Empréstimo compulsório
Quintipartite (Pentapartida) -> STF E DOUTRINA MAJORITÁRIA. São Tributos: 
Impostos - Art. 145, I
Taxas - Art. 145, II
Contribuição de melhoria - Art. 145, III
Empréstimo compulsório - Art. 148
Contribuições em sentido amplo - Art. 149 e letra a.
ESPÉCIES DE TRIBUTOS
Impostos: art. 146, III, a, CF/88
Fatos geradores – bases de cálculo – contribuintes (sujeito passivo: contribuintes e responsáveis tributários)
Responsáveis tributários – aqueles que deverão repassar a contribuição de um contribuinte, por exemplo, o empregador ao realizar desconto e efetuar o pagamento do INSS do funcionário.
Artigo 16 do CTN -> a atividade de arrecadação de um imposto sob um fato gerador não vincula de forma alguma a atividade estatal específica relativa ao contribuinte. Ou seja, pagar IPTU não da direito ao contribuinte de exigir que o Município cumpra com a realização de obras inerentes à função social em que se localiza um imóvel urbano.
Contribuinte de fato e contribuinte de direito????
Marcelo Leonardo tavares – direito previdenciário.
Maria Silva Zanella Dipietro
AULA 05/09/2017
	IMPOSTOS - são tributos não vinculados cujo produto da arrecadação será utilizado pelo estado na manutenção de seus serviços gerais sem que, via de regra, possa ser feita prévia vinculação entre o que for arrecadado à uma determinada despesa.
Obs.: sobre a impossibilidade de prévia vinculação ver artigo 167, IV da CF que consagra o princípio da não afetação.
	Os impostos devem ter os seus fatos geradores, suas bases de calculo e os seus contribuintes regulados por Lei complementar nacional, de acordo com a exigência do artigo 146, III, a, da CF.
	Não havendo Lei complementar dispondo sobre normas gerais, cada ente político da federação exercerá competência legislativa plena, na forma do artigo 24, §3º da CF.
	TAXAS - Diferentemente dos imposto, as taxas caracterizam-se como tributos contraprestacionais, comutativos ou sinalagmaticos. Isso quer dizer que a exigência de taxas, qualquer que seja a sua modalidade, tem por pressuposto uma atividade estatal dirigida ao particular que pode consistir numa atividade fiscalizatória (taxa de policia) ou num serviço (taxa de serviço).
Obs.: Serviço público UTI UNIVERSI x Serviço público UTI SINGULI
	Os serviços universais (uti universi) são prestados pelo estado de maneira indistinta, de modo que não há um destinatário específico, mas sim toda a população. Exemplo: segurança pública. –	A outro giro, os serviços singulares (uti singuli) têm destinatário especifico e, geralmente, são prestados a partir de provocação do interessado dirigida ao poder público.
	Com efeito, apenas os serviços uti singuli são dotados dos atributos de divisibilidade e especificidade e, por isso, são os únicos capazes de justificar a cobrança de taxa. Art. 98, §2º da CF -> é especifico e divisível, pois os serviços são prestados para você, a sentença é sua!
Obs2.: ADI 2424.
	No julgamento dessa ação, o STF aplicou a divisão típica do direito administrativo relativa a natureza dos serviços. Concluiu a suprema corte que os serviços universais a exemplo da segurança pública devem ter seus custos suportados pela arrecadação de impostos e, não autorizam a cobrança de taxas. Permaneceu, pois incolube a interpretação de que só os serviços singulares justificam a cobrança de taxas.
BASE DE CÁLCULO DAS TAXAS, art. 145, §2º da CF.
	Da interpretação conjunta do artigo 145, §2º da CF e 77, parágrafo único do CTN, emerge a conclusão de que não é permitida a cobrança simultânea de imposto e taxa sob um mesmo fato gerador e nem mesmo que uma mesma base de cálculo sirva a um só tempo como elemento da cobrança de imposto e taxa. 
ICMS art. 155, II da CF – competência dos Estados e do Distrito Federal – imposto sobre circulação de mercadoria e serviços (comunicação e transporte).
ISS art. 156, III da CF – competência dos Municípios e do Distrito Federal – Serviços disposto na Lei complementar 116/03
AULA 11/09/17
TAXA DE POLICIA, art. 78, CTN – contrapartida financeira para a execução do serviço para o privado.
POLÍCIA -> 
órgão de segurança:
Policia investigativa – polícia civil e federal;
Polícia judiciária – polícia civil, federal e militar;
Polícia militar –policia militar (ostensiva)
Atividade de polícia – administração pública
Exercício regular do poder de polícia, art.78 CTN
Poder de polícia – como atividade justificadora da cobrança de taxa de polícia é a conduta da administração pública que regula, restringe ou condiciona atividade privada com o objetivo de resguardar o interesseda coletividade.
AULA 12/09/2017
José carvalho filho administrativo
	Para a cobrando de taxa de polícia exige-se o efetivo exercício do poder de policia?
	R.: o STF ao decidir sobre a constitucionalidade ou não da cobrança anual de taxa de polícia para a concessão de licença de funcionamento sufragou a tese de que basta a existência de aparato administrativo capaz de exercer poder de polícia para que a cobrança da taxa em questão revele-se constitucional.
	Para tanto, o STF teve de afastar o argumento de que somente o poder de polícia ostensivo era capaz de justificar a cobrança de taxa de polícia.
TAXA DE SERVIÇO, art. 79 do CTN – 
Art. 3º do CTN – serviço compulsório - é fornecido/praticado inerente a disposição de vontade do contribuinte.
Serviços de natureza universal indispõem de aferição da contribuição devida pelo o que é proporcionado ou fica a disposição do contribuinte com relação ao serviço púbico prestado. 
	Para que um serviço público justifique a cobrança de taxa de serviço, devem estar preenchidos os requisitos do art. 79 do CTN. 
	Apenas os serviços singulares (uti singuli), justificam a cobrança dessa taxa.
	Corroborando as ideias acima lançadas o supremo editou as súmulas vinculantes 19 e 41 que se ocupam exatamente da verificação da natureza do serviço.
	Por meio da súmula vinculante 19 o STF legitimou em definitivo a qualidade de singular dos serviços de coleta, remoção, tratamento ou destinação de lixo.
	Na ocasião, para provar o texto definitivo do verbete sumular o STF consignou que os serviços de varrição de ruas e praças, de capina, de limpeza de bueiros são universais e, por isso, não podiam justificar a cobrança de taxa de limpeza pública.
	 A atividade deve ser proporcional ao custo da taxa.
	Ao editar a súmula vinculante 41, o STF concluiu categoricamente de um serviço universal e que, por isso, não poderia ser remunerado por meio de taxa.
	Essa decisão impactou de maneira significativa nas finanças municipais, o que levou o poder constituinte derivado reformador a manifestar-se por meio da emenda 39/02 que introduziu no corpo da CF o artigo 149-A, passando a existir a contribuição para o custeio do serviço público de iluminação pública.
Caso concreto 3
1) a) ao Congresso Nacional, as Assembleias legislativas e as Câmaras Municipais, incube o exercício do controle externo do Poder Executivo que é realizado em concreto com o auxílio dos tribunais de contas. Nesse mister, as cortes de conta estão autorizadas à imposição de multas se apurarem infrações contrárias à Lei de Responsabilidade Fiscal e às resoluções editadas por elas mesmas. -> art. 71, §3º
b) Sim. O particular prejudicado pela atividade dos tribunais de conta estão autorizados a ir ao Poder Judiciário tendo em vista a garantia contida no artigo 5º, XXXV da CFRB/88.
c) Segundo o art. 1º, §1º e arts. 48 à 59, todos da Lei Complementar 101/00, os principio da publicidade e transparência da gestão fiscal.
Objetiva: Artgs. 70 e 71 -> Letra A.
Caso concreto 4
1) art. 195 da CRFB/88 custeio do sistema de seguridade. As contribuições para o custeio da seguridade social têm natureza de tributo. A lei 8212/91, as regulamentou no plano infra-constitucional, cometendo, contudo, o equivoco de dispor sobre decadência e prescrição, matérias que o artigo 146, III, b da CRFB/88 reservou à Lei complementar.
	A Súmula vinculante nº 8, ao perceber que Lei ordinária dispôs sobre assunto de Lei complementar reputoua-a inconstitucional nessa específica parte.
Objetiva: D.
	Receita auferida é vinculada a prestação do serviço.
AULA 18/09/2017
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIAS art. 145, III, CF
Decorrentes de obras públicas 81 e 82 do CTN.
Decreto Lei 195/67 -> art. 2º - fato gerador: acréscimo imobiliário (haverá uma valorização dos imóveis daquela região).
	A contribuição de melhoria é tributo de competência comum, uma vez que pode ser instituída por qualquer ente da federação. A instituição dar-se-à por meio de lei ordinária.
	É tributo de fato gerador complexo. Exige, para que possa ser cobrado, num primeiro momento a realização de uma obra pública e, num segundo momento, acréscimo patrimonial imobiliário decorrente da obra.
	Assim, existindo obra pública, mas dela não decorrendo acréscimo, não será possível exigir a contribuição de melhoria.
	Por outro lado, a valorização imobiliária dissociada de obra pública é fenômeno de mercado e, por isso, estranho aos domínios do direito tributário.
	É possível cogitar ainda que da obra pública decorra prejuízo imobiliário. Se o prejuízo decorrer de parâmetros mercadológicos haverá um ato fato jurídico, estranho tanto ao direito administrativo quanto ao direito tributário.
	Pode ser, contudo, que a desvalorização decorra diretamente de uma conduta comissiva ou omissiva imputável ao Estado. Neste caso, a solução se dará na forma do art. 37, §6º da CF que trata da responsabilidade civil objetiva do Estado.
Correspondência – a União, os Estados, e Municípios, poderão estabelecer convênios para delegar o ato de cobrança da contribuição de melhoria devida àquele que realizou as obras (Estado faz a obra, Município cobra).
O valor da cobrança será proporcional ao acréscimo individual que o imóvel recebeu com o advento das melhorias públicas.
A cobrança dessa contribuição num ano não deverá exceder a 3% do valor do imóvel.
AULA 19/09/2017
EMPRESTIMO COMPULSÓRIO, art. 148 da CF -> Tributo extraordinário
Considerações doutrinárias: no que tange a competência para a instituição de empréstimos compulsórios, ela é exclusiva da União.
	Quando e se a União exercitar a sua competência, o fará por meio de Lei complementar. Em termo constitucionais, a instituição de empréstimo compulsório é matéria reservada a edição de Lei complementar.
Obs. 1: se a CF exige Lei complementar, não pode ser editada medida provisória versando sobre empréstimos compulsórios, art. 62 §1º, III, CF.
Obs. 2: também não é possível a instituição de empréstimos compulsórios por meio de Lei delegada, art. 68, §1º da CF.
	Ao lado das taxas e da contribuição de melhoria, os empréstimos compulsórios devem ser classificados como vinculados. A vinculação é mais ampla do que ocorre nos demais tributos, tendo em vista o estabelecimento de causas fáticas específicas e, ainda, de plena vinculação da receita proveniente da sua arrecadação.
	Os empréstimos compulsórios deverão ser cobrados enquanto perdurar a causa fática que tenha justificado a sua instituição. Contudo, a Lei complementar instituidora deve obrigatoriamente dispor sobre o prazo e a forma em que serão restituídos aos contribuintes.
	Empréstimo compulsório é o único tributo que será restituído.
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS, art. 149 da CF
Referibilidade -> custeio do sistema de SEGURIDADE SOCIAL, art. 195 da CF (Saúde, assistência, previdência social).
É TOTALMENTE DIFERENTE DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
VINCULAÇÃO DESTINAÇÃO DA VERBA, art. 167, XI da CF.
	A respeito da competência, as contribuições sociais são exclusivas da União (art. 149 caput da CF). A regulamentação infraconstitucional das contribuições sociais já previstas na CF far-se-á por meio de Lei ordinária.
	O artigo 195, §4º c/c 154, I, ambos da CF, exige lei complementar para a instituição de novas contribuições, as denominadas contribuições residuais.
	Contudo, para isso, deverá ser previsto previamente a fonte de custeio total das novas contribuições, na forma do art. 195, §5º da CF.
	As contribuições sociais não se confundem com as previdenciárias. Estas servem ao custeio específico do regime de previdência.
	As contribuições previstas no art. 195 I, a e II, da CF, destinam-se, exclusivamente, por força do art. 167, XI, ao custeio do regime geral de previdência (INSS). SÓ a União pode dispor sobre elas.
	A contribuição previdenciária para o custeio do regime próprio dos servidores públicos da União tem previsão no art. 183 da Lei 8.112/90 que fixa o Estatuto dos Servidores Públicos da União.
	Já os Estados, o DF e os Municípios editaramLeis próprias com amparo no art. 149, §1º da CF instituidoras das contribuições previdenciárias para o custeio do regime próprio de previdência dos seus servidores.
Obs.: os servidores de Estados ou Municípios onde não exista regime próprio de previdência implantado, contribuirão para o regime geral de previdência.
	Segundo o art. 201, §5º, CF, é vedada a vinculação facultativa de um regime de previdenciário, ou seja, o indivíduo não poderá escolher entre o regime a qual ele obrigatoriamente pertence ou ao que ele deseja integrar. Porém, poderá compor mais de um regime previdenciário.
	Dos serviços públicos que compõe a seguridade social no Brasil, apenas a previdência exige contrapartida financeira. Ou seja, o administrado que pretenda fruir da previdência social deve para com ela contribuir.
	O acesso à saúde é universal e independe de qualquer contribuição financeira.
	A assistência a semelhança da saúde também é de acesso gratuito, pois, para que a ela possa ter acesso não pode ser exigida nenhuma contribuição do cidadão. Difere da saúde porque o acesso a assistência não é universal, art. 203 da CF.
Base de calculo de taxas na doutrina - prova
MARCELO LEONARDO TAVARES – DIREITO PREVIDENCIÁRIO.

Outros materiais