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Caso 2

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EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DA VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO – RJ
TÍCIO xxx, brasileiro, auxiliar administrativo, residente e domiciliado no município da São Gonçalo, vem por intermédio de seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na rua Maurício de Abreu, nº 105, Cep: 25086-296, onde recebe intimações, com fulcro no art. 840, §1o, da CLT c/c art. 319 do CPC, propor a presente 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
pelo rito sumaríssimo
em face de ALFA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, com matriz no município de Niterói, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.
1 – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Requer a Vossa Excelência a concessão do benefício da assistência judiciária gratuita, uma vez que o Reclamante se encontra desempregado, não podendo suportar as custa judiciais nem os honorários advocatícios sem prejuízo de seu sustento, bem como o de sua família, amparado no Art. 14, § 1º, Lei 5.584/70 e art. 790, §3o, CLT c/c artigo 98 do CPC/2015.
2 – DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
Por força do artigo 625 da CLT, informa o reclamante que não se submeteu à Comissão de Conciliação Prévia em razão das liminares conferidas nas ADINS 2139 e 2160-5, que fazem prevalecer o artigo 5º, inciso XXXV da Constituição Federal, garantindo assim o acesso à justiça.
3 – DOS FATOS
3.1 – DO CONTRATO DE TRABALHO
Trata-se de relação de trabalho entre o reclamante e a demandada, cujo contrato de trabalho deu-se no município de Niterói, local da matriz da empresa ré, em 04 de janeiro de 2016, para execução do serviço no município do Rio de Janeiro, do qual foi dispensado, imotivadamente, em 26 de janeiro de 2017, sem justa causa, sem receber verbas rescisórias e sem receber aviso prévio.
O reclamante cumpria jornada de trabalho das 08 às 17h, com 01h de intervalo, recebendo o salário mensal de R$ 2.000,00.
4 – DOS FUNDAMENTOS
4.1 – DA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
As verbas rescisórias não foram pagas até a presente data.
Requer a condenação da Reclamada a pagar-lhe aquelas típicas parcelas decorrente do desate: guias de FGTS e do seguro desemprego, 26 dias de saldo de salário de janeiro, 33 dias de aviso prévio indenizado, férias integrais de 2016/2017 mais o terço constitucional, 01/12 avos de férias proporcionais de 2017 mais o terço constitucional (devido à projeção do aviso prévio), 02/12 avos de 13º salário proporcional de 2017 (devido à projeção do aviso prévio).
O Reclamante não recebeu suas verbas rescisórias corretamente por ocasião da rescisão contratual, motivo pelo qual se impõe a condenação da Reclamada ao pagamento das verbas incontroversas em primeira audiência, sob pena do acréscimo de cinquenta por cento previstos no artigo 467 da CLT.
Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento".
O Reclamante faz jus ao pagamento de uma remuneração, tendo em vista que não deu causa à dispensa, assim como a um salário a título de multa por não ter sido efetuado o pagamento das verbas rescisórias no prazo legal, conforme art. 477 e §§ 6º e 8º, CLT, “verbis”:
Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direto de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa.
§ 6º - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos:
 a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou 
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.
4.2 – DO AVISO PRÉVIO
Faz jus o Reclamante ao pagamento do salário equivalente a 33 (trinta e três) dias de trabalho por dispensa imotivada, conforme dispões o art. 487, §1º , CLT, art. 7º, XXI, CF e Lei 12. 506/11, art. 1º, § único, “in verbis”: 
Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
§ 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
Art. 1o  O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. 
Parágrafo único.  Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. 
4.3 – DAS FÉRIAS EM DOBRO
Outrossim, vem o autor reclamar pelo pagamento de férias em dobro, conforme dispões o art. 137, CLT, “in verbis”: 
Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.
4.4 DO FGTS
Diz o art. 15 da lei 8036/90 que todo empregador deverá depositar até o dia 7 de cada mês na conta vinculada do empregado a importância correspondente a 8% de sua remuneração devida no mês anterior.
Sendo assim, Vossa Excelência deverá condenar a Reclamada a efetuar os depósitos correspondentes a todo o período da relação de emprego.
Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965.
Além disso, por conta da rescisão injusta do contrato de trabalho, deverá ser paga uma multa de 40% sobre o valor total a ser depositado a título de FGTS, de acordo com § 1º do art. 18 da lei 8036/90 c/c art. 7º, I, CF/88.
Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
A Reclamada não promoveu o recolhimento corretamente do FGTS do Reclamante e, dessa forma, deverá responder pela sua totalidade.
5 – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer o pagamento das verbas rescisórias a saber:
5.1 – Aviso prévio no valor R$ xxx.
5.2 – Férias proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional no valor de R$ xxx.
5.3 – Adicional natalinoproporcional ou 13º proporcional no valor de R$ xxx.
5.4 – Saldo de salário no valor de R$ xxx.
5.5 – Férias vencidas acrescidas de 1/3 constitucional no valor de R$ xxx.
5.6 – Pagamento das verbas rescisórias na 1ª audiência, sob pena de multa prevista no artigo 467 da CLT, no valor de R$ xxx.
5.7 – Pagamento da multa prevista no artigo 477 da CLT no valor de R$ xxx.
5.8 – Entrega das guias de FGTS ou indenização equivalente no valor de R$ xxx.
5.9 – Pagamento da multa de 40% do FGTS no valor de R$ xxx.
5.10 – Entrega das guias de seguro desemprego ou indenização equivalente no valor de R$ xxx.
	Requer ainda
5.11 – A condenação da Reclamada ao pagamento dos honorários advocatícios.
6 – DAS PROVAS
Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos.
7 – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa à causa o valor de R$ 60.000,00, para efeito de alçada.
8 – DA NOTIFICAÇÃO DA RECLAMADA
	Requer a notificação da Reclamada para, querendo, comparecer à AIJ para apresentar sua defesa.
Termos em que.
Pede deferimento.
Rio de Janeiro - RJ, em 15 de abril de 2020. 
xxxx
OAB/RJ
MAT: xxxx

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