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Créditos Concursais e Créditos Concorrentes

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Direito Empresarial IV - Direito Falimentar.
Questões sobre Créditos Concursais e Concorrentes.
1- Trace a diferença entre créditos derivados da legislação do trabalho e créditos decorrentes de acidentes de trabalho.
R: Os créditos trabalhistas tem prioridade de pagamento antecipado. Assim, o crédito trabalhista de natureza extritamente salarial, vencido nos três meses anteriores à decretação da falência, até o limite de 5 (cinco) salários mínimos por trabalhador (art. 151).
As remunerções devidas ao administrador judicial e seus auxiliares (art. 84, I).
Os créditos derivados da legislação do trabalho até o limite de 150 salários mínimos (art. 83,I).
2- O que seria os créditos com direito real de garantia?
R: São aqueles que recaem sobre coisa corpórea ou incorpória, como o título da dívida pública, título de crédito e penhor ( penhor, anticrese e hipoteca).
3- A preferência do pagamento de créditos tributários incluem também as multas?
R: A lei 11.101/05 distingui 3 (três) categorias de créditos fiscais.
a) os constituídos após a sentença;
b) os devidos antes da decretação da falência;
c) e as multas fiscais.
Os primeiros são créditos extraconcursais e são pagos depois dos créditos trabalhistas e acidentários.
Os segundos são créditos privilegiados, recebendo logo após a classe dos credores com direito real de garantia. 
E os últimos (multas fiscais) são créditos subquirografários, recebendo apenas antes dos credores subordinados.Equiparam-se aos créditos tributários, as contribuições sindicais e as para fiscais devidas ao SESI, SENAI e SESC.
4- O que seria os créditos com privilégio especial? 
R: Carvalho de Mendonça apud Sérgio Campinho (2008, p.414), conceitua os créditos com privilégio especial como sendo “a conseqüência de situações diversas em que se pode achar o credor, cada uma das quais com motivações ou regras próprias”.
Diferentemente dos créditos com garantia real, os com privilegio especial são originados exclusivamente por determinação da lei e os bens o qual incide o privilégio não ficam vinculados a obrigação de sanar a dívida. “[...] O devedor pode deles dispor livremente, enquanto não forem judicialmente seqüestrados, penhorados ou arredatados” (CAMPINHO, 2008, p.415). 
5- E os com privilégios gerais?
R: Créditos com Privilégios Gerais: São todos os bens que não são sujeitos a direito real nem possuem privilégio especial. São aqueles que “[...] alcançam a totalidade do patrimônio do devedor” (FAZZIO JÚNIOR, 2008, p.81).
Segundo Campinho (2008, p.417): “Não havendo recursos suficientes para a satisfação de todos os credores dessa classe, far-se-á o rateio entre eles, ou seja, os valores serão repartidos proporcionalmente à importância dos créditos de cada um dos integrantes”.
6- O que são créditos quirografários?
R: Créditos quirografários são aqueles que decorrem somente o simples encontro de vontade entre as partes, tendo como garantia a simples promessa do devedor de que, no vencimento, vai adimplir a obrigação. E se diferencia basicamente do crédito real, que tem um bem em garantia para o caso de inadimplência.
Os créditos quirografários são todos aqueles “[...] que não desfrutam de qualquer das preferências que a lei estabelece. São, portanto, créditos residuais, aos quais se chegam por exclusão, embora, na prática, costuma representar a lista mais extensa no rol das classificações de crédito. Não se enquadrando o crédito em nenhuma das outras classes que o precedem será ele quirografário”
7- O que são créditos Subordinados?
R: Sobre estes créditos, previstos no inciso VIII do art.83 da LRE, Sérgio Campinho (2008, p.419) expressa a seguinte consideração: “São subordinados os créditos que os sócios e os administradores sem vínculo de emprego com a sociedade falida desfrutam em face da pessoa jurídica, além daqueles que por lei ou contrato venham assim previstos, como é o caso do credor por debêntures subordinadas (Lei 6.404/76, §4º, do artigo 58).
Os créditos subordinados apenas irão preferir os sócios da sociedade falida no ativo que remanescer na liquidação falimentar”.
Havendo o total pagamento dos créditos subordinados é que, existindo sobras, as mesmas serão restituídas ao domínio do falido (art.153, LRE). 
8- O que é Deposito Elisivo?
R: Em relação ao depósito elisivo ou depósito impeditivo da falência, há de se mencionar que deve ser feito no prazo de contestação (10 dias). Assim, o devedor poderá depositar o valor correspondente ao total do crédito, acrescido de correção monetária, juros e honorários advocatícios. Desta forma, não haverá a decretação da falência
O depósito elisivo se presta para os casos em que se pede a recuperação judicial da empresa. Porém, pode acontecer do requerido, mesmo não estando em dívida com seus credores, faça o deposito elisivo e “diga” em contestação que nada mais os deve. Afasta-se, assim, a presunção de falência. Neste caso, posteriormente, o valor depositado é devolvido ao requerido (devedor). Lembrado que o valor do depósito deve ser correspondente ao valor total do crédito, acrescido de correção monetária, tendo esta o termo a quo a data do vencimento do título, juros e honorários advocatícios. Em suma: a função do depósito elisivo é afastar qualquer possibilidade de decretação da falência.

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