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QUESTAO tipos de discurso

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Página 1 de 1
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões) a seguir.
Onde mora sua muiteza?
A infância é um lugar complexo. Para quem já cresceu, foi aquele espaço em que moramos quando ainda não tínhamos muita memória. Aqueles dias e noites que se sucediam sem grandes planos em um corpo que mudava diariamente. Muito grande. Muito pequeno. Muito alto. Muito baixo.
Quando criança, entediada, 1Alice seguiu um coelho até sua toca e lá se viu em um espaço totalmente novo. Um espaço onírico que reproduzia suas ansiedades e ensinava-lhe a buscar dentro de si mesma recursos que lhe permitissem seguir em frente. Tentando fazer sentido do espaço onde se encontrava, Alice foi protagonista de uma experiência fantástica de descoberta. Ela descobriu que viver não é fácil, às vezes a vida é um jogo, mas mesmo assim vale a pena.
2Anos mais tarde, já adulta, prestes a embarcar em um casamento arranjado, com um noivo patético, Alice se deixa conduzir novamente a esse espaço que lhe é familiar, mas do qual não lembra quase nada. 3É um lugar que fica no jardim, no buraco de uma árvore e, pasmem, onde mora um coelho de cartola e relógio!
4É lá que ela, lembrando aos poucos de que já os conhecia, encontra velhos amigos que são rápidos em tecer críticas a seu respeito, dizendo, inclusive, que ela é a Alice “errada”. 5Mas é a crítica do Chapeleiro Maluco que a atinge em cheio: você não é a mesma de antes, você era muito mais “muita”, 6você perdeu sua muiteza. Lá dentro. Falta alguma coisa. De todas as coisas que Alice esqueceu de compreender desse lugar, talvez essa seja a que faça mais sentido. 7Talvez isso explique tudo. Talvez tenha sido isso que ela fora até lá buscar.
A criança que fomos ocupa um espaço dentro de nós, nesse acúmulo de experiências que é a vida. 8É nesse espaço que guardamos os joelhos ralados, as descobertas, os medos, a alegria e a força que nos impulsiona para a frente. Há espaços mais sombrios, outros mais claros. Muitos de nós já esqueceram o caminho para esse lugar. Estamos ocupados demais com as coisas grandes para tentar encontrar uma toca de coelho que nos leve para dentro da terra. Então vivemos assim, sempre muito ocupados, sempre muito atrasados, com coisas sérias e importantes a fazer. E vagamos. 9Vagamos pelo mundo com alguma coisa faltando. Lá dentro.
É na infância que mora a nossa muiteza. E é para lá que devemos voltar para encontrá-la, sempre que essa pantomima a qual chamamos de vida adulta nos puxa e empurra forte demais.
LHULLIER, Luciana. Onde mora sua muiteza? In: No coração da floresta (blog). 08 out. 2013 (adaptado). Original disponível em: <https://contesdesfee.wordpress.com/page/2/>.
Acesso: 05 ago. 2016.
Vocabulário:
Onírico: de sonho e/ou relativo a sonho.
Pantomima: representação teatral baseada na mímica (ou seja, em gestos corporais); por extensão, situação falsa, representação, ilusão, fraude.
Patético: que provoca sentimento de piedade ou tristeza; indivíduo digno da piedade alheia. 
1. (G1 - ifsul 2017) Observe estes trechos destacados do texto.
I. É um lugar que fica no jardim, no buraco de uma árvore e, pasmem, onde mora um coelho de cartola e relógio! (referência 3)
II. É lá que ela, lembrando aos poucos de que já os conhecia, encontra velhos amigos que são rápidos em tecer críticas a seu respeito, dizendo, inclusive, que ela é a Alice “errada”. (referência 4)
III. Mas é a crítica do Chapeleiro Maluco que a atinge em cheio: você não é a mesma de antes, você era muito mais “muita”, você perdeu sua muiteza. Lá dentro. Falta alguma coisa. (referência 5)
Em relação aos tipos de discurso, é correto afirmar que 
a) apenas o trecho I apresenta exemplo de discurso direto. 
b) os trechos I e II apresentam exemplos de discurso direto. 
c) os trechos II e III apresentam exemplos de discurso indireto. 
d) apenas o trecho III apresenta exemplo de discurso direto. 
 
2. (Udesc 2014) Ele: – Pois é. 
Ela: – Pois é o quê? 
Ele: – Eu só disse pois é! 
Ela: – Mas “pois é” o quê? 
Ele: – Melhor mudar de conversa porque você não me entende. 
Ela: – Entender o quê? 
Ele: – Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e já! 
Ela: – Falar então de quê? 
Ele: – Por exemplo, de você. 
Ela: – Eu?! 
Ele: – Por que esse espanto? Você não é gente? Gente fala de gente. 
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p. 48.
Há três conceitos clássicos de discursos, estudados pela gramática tradicional, que designam três modos de reproduzir ou citar um ato de enunciação. O texto acima é constituído por apenas um tipo de discurso. Analise as proposições em relação a ele e aos tipos de discursos. 
I. O discurso direto é a forma de citação do discurso em que o narrador indica o discurso do outro, e depois reproduz literalmente a fala dele. 
II. O discurso direto é uma operação que confere ao discurso a vivacidade e naturalidade típicas da oralidade, pelos recursos das interjeições, exclamações, interrogações diretas e dos vocativos, entre outros elementos. 
III. O discurso direto e o indireto são expedientes linguísticos para mostrar as diferentes vozes bem demarcadas no texto. 
IV. As frases que, no discurso direto, têm a forma interrogativa ou imperativa convertem-se no discurso indireto, em orações declarativas, conforme “Ele: – Por que esse espanto? Você não é gente? Gente fala de gente” (linha 11): Ele perguntou por que o espanto, se ela não era gente, porque gente fala sobre gente. 
V. Em uma mesma mensagem verbal pode-se reconhecer mais de uma função da linguagem, embora uma seja dominante. No diálogo entre Macabéa e Olímpio a função da linguagem predominante é a fática. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas III e V são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
 
Gabarito: 
Resposta da questão 1:
 [D]
Somente o trecho em [III] apresenta uma fala transcrita de uma personagem da maneira como esta a pronunciou. Ela é introduzida pelos dois pontos e marcada pelo itálico. Temos, portanto, o discurso direto. 
Resposta da questão 2:
 [E]
[I] Verdadeira. No discurso direto, os personagens criam voz através de diálogos que marcam o tipo da fala de cada um e, com isso, indique o comportamento que define um personagem no texto. Portanto, neste tipo de discurso, as falas são reproduzidas fielmente, para conferir maior realismo ao diálogo. 
[II] Verdadeira. O discurso direto introduz mais vivacidade por reproduzir fielmente a fala das personagens, e para isso, o autor utiliza das interjeições, dos vocativos, das interrogações, tudo para indicar maior realismo ao diálogo.
[III] Verdadeira. O discurso direto representa fielmente a fala através dos diálogos, aparecendo na narrativa sem intermediários. Enquanto no discurso indireto, um narrador conta a história, as tramas passam pelo crivo de sua interpretação, por isso indireto.
[IV] Verdadeira. A transposição do discurso direto para o indireto está correta. No discurso direto há o uso do travessão e o personagem fala de maneira bastante pessoal diretamente com seu antagonista: - Por que o espanto? Você não é gente? 
Já no discurso indireto, há uma história sendo contada ou mediada por um narrador: 
Ele perguntou por que o espanto, se ela não era gente, porque gente fala sobre gente. 
[V] Verdadeira. A função de linguagem predominante é a fática, pois não há um assunto sendo conversado, há apenas aquela comunicação básica entre pessoas que pouco se conhecem, somente para estabelecer um contato ou para testar se o contato está sendo realmente efetivado. 
Resumo das questões selecionadas nesta atividade
Data de elaboração:	21/10/2017 às 23:30
Nome do arquivo:	tipos de discurso
Legenda:
Q/Prova = número da questão na prova
Q/DB = número da questão no bancode dados do SuperPro®
Q/prova	Q/DB	Grau/Dif.	Matéria	Fonte	Tipo
 
1	171473	Baixa	Português	G1 - ifsul/2017	Múltipla escolha
 
2	129621	Elevada	Português	Udesc/2014	Múltipla escolha

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