Buscar

Trabalho LEI TABUA RASA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Veremos que até os dias de hoje a lei das doze tábuas tem influencia sobre os artigos de leis que são impostas à sociedade.
 A semelhança entre elas são visíveis, as leis vão se adequando ao modo de vida da sociedade visando o bem comum, o bem de todos, a organização da mesma.
 A partir do presente trabalho, mostraremos algumas semelhanças, e algumas modificações que foram feitas nas leis em casos iguais, mas com tratamentos diferentes.
Introdução: Lei das XII Tábuas
	
 
	
A Lei das XII Tábuas é mais uma conquista dos plebeus, condicionados à submissão incerta dos costumes, que, até então, pautam a vida romana. Também conhecida como a Lex Duodecim (doze) Tabularum (tábuas). As Doze Tábuas combinam penas rigorosas e procedimentos severos.
É impossível apontar o momento exato da gênese do sistema jurídico romano. O primeiro texto legal, cujo conteúdo chegou até a os dias de hoje com algum detalhe, é a Lei das Doze Tábuas, que data de meados do século V a.C.
As Tábuas I a III - tratam do Direito Processual;
As Tábuas IV a V - abordam o Direito de Família e Sucessões;
A Tábua VI - estuda os negócios jurídicos mais importantes;
As Tábuas VII a XII - contemplam o Direito Penal.
Mais especificamente:
A Tábua I: - chamamento a juízo;
A Tábua II: - julgamentos e furtos;
A Tábua III: - direitos de crédito e devedores relapsos;
A Tábua IV: - casamento e pátrio poder;
A Tábua V: - herança e tutela;
A Tábua VI: - propriedade e posse;
A Tábua VII: - delitos;
A Tábua VIII: - direitos prediais;
A Tábua IX: - dispositivos de Direito Público;
A Tábua X: - direito sacro;
As Tábuas XI e XII: - complementam as matérias das Tábuas precedentes.
ALGUNS EXEMPLOS DA LEI DAS XII TÁBUAS E SUAS RELAÇÕES COM O NOSSO ORDENAMENTO JURIDICO:
QUANTO Á TÁBUA I
O inciso V da Tábua I consagra a vontade das partes em solucionar o conflito, pois transigir é chegar ou fazer chegar a acordo com prejuízo de alguma posição ou opinião. Esse inciso é correlato com o atual artigo 331, § 1º do CPC porque esse artigo tem a obtida conciliação, chegar ou fazer a acordo, a demanda deverá ser reduzida a termo e em seguida homologada..
O inciso VIII da Tábua I diz que depois do sol posto, nenhum ato mais de processo, neste sentido, existe correlação com o art. 172 C.P.C., em parte, pois atualmente os atos processuais se realizam, praticamente, como aquele inciso, ou seja, das (06) seis às (20) vinte horas, porém existem algumas exceções podendo o ato ser estendido após tal horário, como por exemplo, os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.
Também se distinguem em outro ponto apontado na Tábua I, que é em relação aos domingos e feriados que no artigo 172 § 2º permite que a citação e a penhora, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa do juiz sejam realizadas, ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, XI CF/88.
Quanto à tábua II.
Modernamente, De acordo com o art. 412. C.P.C, se resolve a questão posta no inciso III, da Tábua II,a testemunha é intimada, coincidindo com o inciso III da Tábua II, porém a intimação da Testemunha hoje é feita pelo correio ou até mesmo pelo oficial de justiça. O comparecimento da testemunha nos dias atuais cabe ao juiz e não à parte, salvo conforme § 1º do art. 412 onde a parte pode comprometer-se a levar à audiência a testemunha independentemente de intimação e caso essa testemunha não compareça, presume-se que a parte desistiu de ouvi-la.
Quanto à tábua III.
Por esse título a execução incidia sobre a pessoa do devedor que podia ser preso por ela, vendido e até morto. Modernamente, em dois casos, é possível a prisão do devedor: de acordo com art. 733 C.P.C., fixados os alimentos provisionais, o juiz mandará citar o devedor para, em três dias efetuar o pagamento, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo. Se o devedor não pagar nem se excursar será decretada sua prisão pelo prazo de um a três meses. Quando da prisão, esta não o exime da dívida, que paga será posto em liberdade.
Já no art. 901 C.P.C., a ação de depósito tem por fim exigir a restituição da coisa depositada, que se julgada procedente, conforme art. 904 C.P.C., ordenará o juiz a expedição do mandado, para entrega em 24 horas da coisa ou equivalente em dinheiro, que não sendo cumprido o juiz decretará a prisão do depositário em fiel.
QUANTO À TÁBUA IV.
Este capítulo guarda correspondência com a Constituição Federal e Estatuto da Criança e do Adolescente e com a Lei do Divórcio. Não poderiam ser aplicados hoje, pois na tabua IV, I diz “que seja morta a criança monstruosa” contraria a constituição brasileira, pois de acordo com o art. 5º todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, acrescentando ainda que ninguém seja submetido à tortura ou a tratamento desumano ou degradante, determinando dessa forma a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade e à igualdade.
O inciso II da tabua IV, contraria o art. 100 do ECA, que prega o fortalecimento dos vínculos familiares, e não a venda de seus próprios filhos, lembrando que a perda ou a suspensão do pátrio poder terá início sempre pela provocação do Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse. De acordo com os critérios atuais a emancipação observa as disposições do código civil, que são diferentes do inciso II da tabua XII.
Em relação ao inciso III da tabua IV, não se pode aplicar atualmente, pois, conforme o art. 1.511, C.C., o casamento estabelece direitos e deveres em caráter de igualdade entre as partes, a dissolução do vínculo conjugal através do divórcio não exime tais direitos e através de sentença judicial poderá efetuar tanto a separação de corpos quanto a partilha dos bens.
Já o inciso IV, comparado ao disposto no código civil atual no que se refere a filiação é bem semelhante, pois naquele tempo o prazo determinado era de até 10 meses, e hoje o código civil prevê que o tempo seja de 300 dias a contar da data de falecimento do pai ou marido.
QUANTO Á TÁBUA V.
O inciso III da Tábua V é compatível com atual ordenamento jurídico nacional, pois o testamento expressa a vontade do agente testador naquele momento e que só terá validade após sua morte. O agente testador tutela seus bens através de instrumento particular ou cerrado, dependendo de seu interesse em que seja sigilo absoluto ou não.
Quanto à tábua VI.
 O inciso III desta tábua trata do usucapião Tendo várias diferenças quanto ao prazo com instituto no direito civil e constitucional como o art. 183 da CF/88 idêntico ao caput do art. 1240 C.C. trata da usucapião em área urbana e não traz distinções quanto aos prazos. Já os arts. 191 da CF/88 e 1239 C.C. tratam da usucapião em área rural, são idênticos e não se distinguem quanto aos prazos, porém estes artigos fazem constar que o agente não seja proprietário de nenhum imóvel rural ou urbano.
A diferença está no art. 1238 do C.C. que se o agente possuir como seu um imóvel, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, independentemente de titulo e boa fé adquirir-lhe-á a propriedade, e em seu parágrafo único tal prazo é reduzido para dez anos se o possuidor houver estabelecido ali sua moradia ou realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
Quanto á tábua VII.
O inciso I da tábua delibera sobre o direito de privacidade dos indivíduos e seus respectivos espaços territoriais, da mesma forma que o art. 1301 C.C. faz, porém, inova ao seu tempo características como a do espaço aéreo entre propriedades, conforme § 2º. Desta forma o que nos leva a priorizar são as características, preocupações dos legisladores, cada um em sua época com as invasões nas mais distintas formas.
Quanto à tábua VIII
Os incisos desta tábua podem guardar identidade com o artigo 186 do Código Civil do Brasil como: Art. 186 C.C. – Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, cometeato ilícito.
Têm identidade os incisos VI, VII, XI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXVII além dos incisos III, IV, e V por se tratar de uma pena pecuniária e reparação dos danos, e também o inciso X, na sua segunda parte, onde observa a penalização pela negligência, obrigando a reparar os danos.
Quanto à tábua XII
 O inciso II desta tábua guarda relação com o do artigo 932, III do Código Civil de 2002, porque as relações deste inciso com o art. 932, III, C.C. 2002, são explicitas uma vez que, as ações e as condutas dos subordinados tornam os seus responsáveis co-obrigados a responderem pelos seus atos. É válido lembrar que a teoria da tridimensionalidade, fato, valor e norma, é notadamente aplicada a esta questão, visto que os valores de cada época são diferentes, levando os legisladores a determinarem as sanções cada qual ao seu tempo
Bibliografia:
A Lei das XII Tábuas. Disponível em <http://api.adm.br/direito/TABUAS.htm>. 
http://blog.cfsl.adv.br/gustavo/?p=68
Vade Mecum- Rideel Código de Processo Civil
http://www.infoescola.com/direito/lei-das-xii-tabuas/
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/direito-romano/direito-romano-7.php

Outros materiais