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Processo civil II 2 apostila

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Prévia do material em texto

Prof: Rubens campana Tristão 
rubens@ftsc.com.br
Flávio chiem Jorge - teoria geral dos recursos cíveis 
Daniel Amorim 
04/02
Impugnação aos pronunciamentos judiciais
Introdução 
Tripe da Ada Pelegrini – Açao, processo e procedimento.
Conceitos básicos 
Ação - direito subjetivo. Direito de exigir do estado uma prestação jurisdicional.
Processo - instrumento utilizado para provocar o estado. O processo deve seguir procedimentos.
Procedimento – fluxo de atos concatenados. Todo processo já surge com um caminho a ser seguido. O seu objetivo é resolver o conflito, chegar a uma decisão final. 
Lide - conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida ou não satisfeita desde que deduzida em juízo. 
Fases do procedimento
Postulatoria - partes levam ao conhecimento do estado as suas discussões. 
Saneamento do processo - verificar se existem condições mínimas de procedibilidade. Pressupostos processuais e condições da ação. O estado juiz analisa as condições previas, ou seja, se aquela acao pode ou não prosseguir. 
Instrutória - fase de produção de provas
Decisória - fase na qual o judiciário diz o direito
Recursal ou impugnação - aquele que não está satisfeito com a decisão pode recorrer
As fases podem ocorrer simultaneamente ou em ordem diferentes. Invariavelmente no curso de procedimento encontramos a fase decisória onde o magistrado é chamado a tomar uma decisão. 
Pronunciamentos judiciais
No curso encontraremos uma fase decisória em que o magistrado deverá proferir uma decisão. Neste momento é que se inicia a fase recursal ou de impugnação. Aquele que não esta satisfeito com a decisão do magistrado pode dela recorrer, impugna-la. Este ato não ocorre apenas no final do processo, pode ocorrer no inicio, no meio.
O artigo 203 do CPC prevê expressamente quais são estes pronunciamentos: 
Despacho – são chamados de mero expediente. Pode ser por oficio ou a requerimento da parte Pronunciamento que servem simplesmente para dar andamento ao processo, não possuem conteúdo decisório, ou seja, não geram prejuízo para as partes. Exatamente por isto os despachos são irrecorríveis art 1.001.
“ 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte.”
“Art. 1.001. Dos despachos não cabe recurso.”
Decisão - o que não é sentença ou despacho. Procunciamento que possui caráter decisório, existe juízo de valor, julgamento de alguma questão do processo e desta maneira gera prejuízo à uma das partes. 
Interlocutória - pronunciamento que tem caráter decisório e que é proferido ao longo do processo não colocando fim a uma fase do procedimento. Ex.: medida liminar, deferimento de produção de prova, decisão de não intimar uma testemunha, de nomear fulano como perito, de não aceitar o parecer apresentado por Cicrano.
Monocrática - "acórdão" de um único membro do tribunal (órgão colegiado). Em algumas situações a lei autoriza que o julgador julgue sozinho. Juiz nunca profere este tipo de decisão. Caracteristica principal: é proferida por um tribunal e por um único julgador. Esta decisão põe fim a uma fase do procedimento. Os tribunais são compostos por vários julgadores que analisam determinadas situações. A decisão monocrativa é uma excessao. Se o seu processo chegou a um tribunal ou iniciou em um tribunal a regra é que sejam julgados por mais de um julgador, em algumas situações a lei autoriza que o relator julgue sozinho. Ex.: Art. 932, neste artigo estão as hipóteses onde os membros dos tribunais podem julgar sozinhos. 
Diferenca despacho x decisão – A decisão tem conteudo decisório, prejuízo. 
Diferença entre decisão monocratica x intelocutoria – Decisao interlocutória é no meio do processo, monocratica termina o processo.
“§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1º.”
Sentença - é o pronunciamento judicial ao pelo qual o magistrado aplicando uma destas hipóteses do art. 485 (não resolve porque tem um defeito no processo que não permite que ele tome uma decisão sobre o merito) e 487 (decisão de mérito) extingue uma fase do procedimento. Sentença é ato exclusivo de juiz de primeira instância. No tribunal não tem sentença. Desembargador e Ministro também não profere sentença. Julgamento parcial do mérito, não é senteça. 
Acórdão - julgamento colegiado proferido pelos tribunais 
A definição do pronunciamento judicial ocorre com base no seu conteúdo, não importando o nome que lhe foi conferido. 
Se o juiz coloca: sentença e manda só citar o reu. É sentença? Não. Importa o nome que o juiz deu? Não. Importa o conteúdo. Voce precisa saber identificar o porque. 
Se você esta na primeira instancia, diante do magistrado juiz, que tipo de pronunciamento este juiz pode proferir? Despacho, decisão interlocutória ou sentença. 
Se estamos diante de um pronunciamento de um tribunal. Pode ser despacho, decisão interlocutória ou monocratica e acordao. Nunca pode ser sentença.
Pode o mesmo pronunciamento ter um capitulo que tem natureza de despacho e outro ter natureza de decisão. Voce pode recorrer do pronunciamento todo? Não, so do capitulo decisório. 
Sentença da a ideia de Cognição exauriente (profundidade) enquanto que decisão interlocutora é a ideia de execução sumária (superficial).
Por exclusão deve ser analisado primeiro se é sentença.
O pronunciamento que determina a citação do réu (cite-se).É despacho ou decisão? Tecnicamente é uma decisão interlocutoria, ou seja, representa um juízo positivo de valor quanto a presença dos pressupostos processuais e as condições da ação. Contudo assentou-se (STJ e doutrina) que deve ser entendido como um despacho cabendo ao réu sustentar a ausência desses requisitos em sede de defesa. Art 1.015
11/02
Meios de impugnação
Introdução – Dado um pronunciamento judicial ele sera prejudicial a algum dos atores do processo. Sempre que o magistrado decide algo ele estará desagradando alguém. 
O que fundamentam estes meios de impugnação?
Fundamentam os meios de impugnação 
Inconformismo do ser humano – ninguém aceita perder
Possibilidade de falha - Forma de corrigir as falhas do magistrado
Controle da atividade jurisdicional. Evitar que o juiz julgue de acordo com a sua conveniência.
Espécies 
Típicos - mecanismos previstos em lei para que possa se recorrer de uma decisão. 
Recursos - funcionam como um prolongamento de uma relação jurídica processual já existente, ou seja , não formam relação jurídica processual nova. Já existe um processo em curso. Ex.: apelação faz com que aquilo que ficou definido a sentença seja novamente discutido dentro do mesmo processo - Art. 1.009
Ações autônomas de impugnação - são novas ações que tem por objeto impugnar uma decisão proferida em outro processo. Surge um novo processo. Em um processo onde foi dada uma decisão, e por alguma razão ninguém interpôs recurso naquela decisão. No entanto se percebe que aquela decisão foi dada em um processo onde não houve a citação. Deve ser proposta uma nova ação que vai ter como objeto não uma prestação jurisdicional no sentido de obrigação. Em uma relação autonoma de impugnação surge uma relação jurídica processual nova. Exemplo: Açao rescisória, com base nela se tenta rescindir, anular uma decisão proferida no âmbito de outro processo. Para é necessário propor uma acao nova. Art. 966.
Atípicos – são mecanismos que podem até estar previstos na lei porem não possuem a finalidade direta de impugnar o pronunciamento judicial. Formas anômalas de se impugnar um pronunciamento judicial. Chamados de sucedâneos recursais. Ex.: remessa necessárias ou ex-officio art. 496 - diz a lei que nos processos em que a fazenda pública sofra alguma condenação o juiz deve enviar o processo para análise dos tribunais. Pode ou não haver uma impugnação.
Sucedâneos recursais 
Recursos
Conceito - são meios de impugnação aos pronunciamentos judicias previstos em lei de caráter federal que podemser interpostos pelas partes, pelo terceiro prejudicado ou pelo MP, com o objetivo de possibilitar dentro da mesma relação jurídica processual a anulação, a reforma, a integração ou o aclaramento da decisão recorrida bem como para impedir a preclusão ( e a formação de coisa julgada quanto à matéria que lhe é objeto.
Princípios fundamentais
Duplo grau de jurisdição – principio implícito na CF, decorre do devido processo penal. Voce tem o direito de uma reanálise daquele provimento sem ser necessariamente por uma instancia hierarquicamente superior. 
Existem recursos que são analisados pelo próprio órgão que proferiu a decisão. Em regra é reanalisada por uma instância superior, decorre do princípio da colegialidade. No tribunais os julgamentos são colegiados (no mínimo 3 julgadores).
Não possui caráter absoluto, ou seja, não são todos os procedimentos que preem esta possibilidade. Existem algumas demandas em que não existe possibilidade de recorrer. Ex.: princípio unicidade de juízo ou de julgamento unico - ações de competências originária dos tribunais superiores, CF art 102 inciso 1 e 105 incisos 1.
Taxatividade - só pode ser considerado recurso o instrumento assim previsto em lei de caráter federal. Somente a União pode criar recurso.
Só é recurso o que esta no CPC? Não. O art 994 do CPC traz um rol meramente exemplificativo. Juiz especial civil, regido pela lei federal. Preve que deverá caber contra a sentença o recurso inominado. Não consta no CPC mais é recurso. 
Voluntariedade - só recorre quem quer. O elemento volitivo é imprescindível. Art. 998
Por isto que remessa necessária não é recurso. Art. 446
“Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.”
Dialeticidade - no processo civil quando se trata de recurso ele deve ser necessariamente dialético. O recurso deve ser fundamentado. Deve explicitar as razões para permitir o contraditório. Para que a parte contrária possa se manifestar.
17/02
Singularidade ou unirecorribilidade – A teoria estabelece que você pode recorrer de uma decisão judicial utilizando um recurso por vez de cada parte. 
Você não pode impugnar uma decisão atacando-a por mais de um recurso. Primeiro interpõe um recurso que será apreciado e depois interpõe outro. 
O recurso pode ser interposto pelo reu ou pelo autor. Em algumas situações o juiz concede parcialmente o que foi pedido. Desta forma o autor teria interesse em recorrer da sentença. 
Exceção - art 1029 CPC contra um dado acórdão que afronte lei federal e a constituição uma parte vai ter que interpor 2 recursos em 2 oportunidades em petições distintas.
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial (recursos com funções diferentes, recurso especial é dirigida ao STJ e ataca legislação federal, recurso extraordinário discute afronta a norma constitucional sendo apreciado pelo STF) nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão. 
 
Também não é possível a interposição de 2 recursos iguais pela mesma parte. Dada uma sentença o advogado recorreu de forma inadequada, incompleta. Dentro do prazo, protocola outro recurso de apelação muito melhor. O segundo recurso nem sera apreciado.
Correspondência ou correlação - para cada tipo de pronunciamento à lei prevê um recurso correspondente.
Regra: Decisao – Agravo , Sentença – Apelacao, Acordao – Recurso especial ou extraordinário. 
Deve ser analisado sempre o conteúdo do pronunciamento judicial.
Lembrar que legislação específica poderá alterar a regra geral. Ex.: Lei 9.099 de 95 estabelece que para interpor recurso de sentença cabe recurso inominado. 
Qual o recurso cabível contra a sentença que possui um capítulo de antecipação de tutela (tutela de urgência)? Até quando o magistrado pode deferir uma tutela da urgência? Até a sentença. Muito se questionou frente a este problema se a parte poderia interpor 2 recursos. Não se pode interpor 2 recursos, deve ser observado a correspondência, o que é maior, uma sentenca ou uma decisão? Sentenca O que é maior uma apelação ou um agravo? Apelacao. O recurso cabível seria a apelação em razão da cognição ser maior que a sentença (exauriente) do que na decisão (sumaria). A exigibilidade imediata da tutela de urgência será discutida nos efeitos da apelação. Vale para os 2 princípios singularidade e correspondência.
Complementaridade - mudança trazida pelo novo CPC. Mesmo após protocolado o recurso é possível que o recorrente complemente sua fundamentação ou a documentação que foi juntada ( art 932, parágrafo único, art 1007 parágrafo quarto, art. 1024 parágrafo quarto.
Preparo – pagamento de custas.
Desercao – penalidade em razão da ausência de preparo 
1.007 § 4 – Se o autor não pagar o preparo ele será intimado a faze-lo em dobro sob pena de deserção.
Para você recorrer existem vários requisitos, regras que você tem que seguir. O direito de recorrer não é absoluto. Um destes requisitos é o pagamento do preparo. No entanto no novo CPC, o autor tem uma chance de consertar este erro.
1.024 § 4 – autor e reu estão litigando uma acao de cobrança. Autor esta cobrando R$ 1.000 do reu, juiz deu sentenca condenando o reu. O juiz não mencionou na sentenca termos de juros ou correção. O reu então apela da sentenca, alegando que não deve o principal sem mencionar nada com relação aos juros ou correção. O autor então apresenta embargos de declaração, questionando o fato do juiz ter esquecido de falar do juros e correção. O juiz então reconhece o erro e emite uma sentença complementar, estipulando o juros e correcao. O reu que já tinha recorrido da sentenca original teve a oportunidade de se pronunciar sobre a sentenca complementar? Não. O reu então pode complementar no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração. 
Fungibilidade - é exceção ao princípio da correspondência. A aceitação/ análise de um recurso errado como se o correto fosse. Precisamos ter 2 critérios presentes: 
existência de dúvida objetiva - decorrente da imprecisão legal ou da divergência doutrinária e jurisprudencial. Ex.: a Lei de improbidade administrativa em determinados termos não deixa claro se aquele pronunciamento é uma decisão ou uma sentenca. Ela chama de decisão mais fala que coloca fim ao processo. Qual instrumento utilizar, apelação ou agravo?
Ausência de erro grosseiro - erro quando da interposição do recurso, o recorrente não observa as regras formais afetas aquela espécie recursal. Art 1024 parágrafo terceiro.
Era caso de agravo e o autor interpôs uma apelação. O tribunal aceita a apelação como se fosse um agravo.
“Art. 1.024 - 3º O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º.”
“Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão constitucional.”
Autor interpôs recurso especial quando na verdade queria atacar norma constitucional. Nesta hipótese pode se aceitar um pelo outro.
Proibição da reformato In pejus - é proibido reformar para pior. No julgamento do recorrente a situação dele não pode piorar.
Exceção: o acolhimento de questões de ordem pública não significa afronta ao princípio. Questões de ordem pública - questões que podem ser levantada a qualquer momento no processo.
Na remessa necessária do art 496 não se pode piorar a situação da fazenda. Pública. Sumula 45 STJ. 
Cuidado. Por exemplo, na acao de cobrança onde o reu foi condenado a pagar R$ 1.000,00. Reu e autor recorrem. Em função da apelaçãodo reu ele não pode ser prejudicado. Mais esta afirmação não é valida com relação a apelação do autor. Se o recurso for da outra parte a apelação pode piorar.
18/02
Classificação dos Recursos
Quanto a extensão da matéria 
Parcial – impugnação de parte da matéria 
Total – impugnação de toda a matéria que pode ser impugnada. 
Art. 1.002. A decisão pode ser impugnada no todo ou em parte. O que não é impugnado preclui.
Art. 1009 parágrafo primeiro, neste caso a matéria não impugnada não sofre os efeitos da preclusão, devendo ser tratada na apelação.
“§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.”
Art.. 322 parágrafo 1 os acessórios decorrentes da condenação podem ser apreciados ou discutidos mesmo que não tenham sido objeto do recurso. 
“§ 1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.”
Quanto a fundamentação – está relacionado a causa de pedir recursal.
Livre – não há limitação da causa de pedir o recorrente pode impugnar todos os pontos da sentença. Ex.: apelação.
Vinculada – a lei delimita predefine as causas de pedir que vc pode suscitar. Ex. Embargos de declaração. Art. 1022, recurso especial CF 105 inciso 3, recurso extraordinário CF 102 inciso 3 
Quanto ao objeto (pedido, mérito da questão)
Ordinários – tem por objeto é aquela que diz respeito ao direito subjetivo da parte, recursos onde se discutem fatos, provas, justiça ou injustiça da decisão. Ex.: apelação, agravo de instrumento.
Extraordinários – estes recursos não tem como objetivo tutelar o direito subjetivo mais sim o direito objetivo ou seja normas jurídicas. Discuti a correta aplicação da lei. Tem como objetivo uniformizar a aplicação da lei. Ex.: recurso especial, recurso extraordinário, embargos de divergências. Ver súmulas 5 e 7 do STJ.
Quanto ao momento – forma de interposição 
Principal - regra geral. Recurso independente, interposto no primeiro momento, tão logo vc seja intimado do procedimento judicial vc recorre.
Adesivo – em algumas situações pode se recorrer em um segundo momento. 
“Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais” (recurso principal)
§ 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.(recurso adesivo)
§ 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte:” (recurso adesivo)
Sentença – apelação – contrarrazões (apelação da sentença)
Quanto aos efeitos
Suspensivo – congela a exigibilidade da decisão. Aquele que foi beneficiado não pode exigir o cumprimento. Ex.: apelação art 1012 chamados de Opelegis. Ex.: decisão judicial art. 932 inciso II
Não suspensivo – regra. Os recursos não suspendem a exigibilidade da execução. Não precisa julgar o recurso para exigir o cumprimento da decisão.
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.”
Juízo de admissibilidade e juízo de mérito dos recursos
Introdução – Juízo de admissibilidade é um exame prévio, onde se analisam apenas os requisitos. No CPC de 73, após se interpor o recurso em regra que faz este exame é um juízo chamado juízo a quo que só recebe não tem poderes ou competência para jugar o mérito. Se os requisitos estão presentes enviava para o juízo que estaria julgando o mérito. 
Juízo de admissibilidade – requisitos que devem ser observados – análise prévia quanto à possibilidade de conhecimento do recurso mediante o preenchimento de alguns pressupostos previstos em lei. 
Juízo de prelibação é antecedente ao juízo de mérito.
O sistema do CPC de 2015 o juízo de admissibilidade passa a ser feito apenas em uma fase, pelo órgão competente para o julgamento de mérito do recurso ( art. 932 inciso 3 e 1.010 § 3)
24/02
Regra – o recurso terá uma analise com relação a sua admissibilidade em apenas uma oportunidade. O que deve ficar claro? Quando for interposto o recurso no novo CPC deverá ter apenas 01 exame de admissibilidade. Intima as partes contrarias para responder e envia os autos para o tribunal.
Exceção - existem 2 recursos em que continua o exame sendo feito em 2 fases. Art. 1.030 alterado em Fev/16 – Quando se tratar de recurso extraordinário e recurso especial se fara 2 juízos de admissibilidade, o primeiro realizado pelo tribunal local e o outro realizado pelo tribunal superior. Em resumo continua o sistema de 73. 
Fases: 
Juízo a quo – faz um exame provisório sem competência para julgar o mérito
Juízo ad quem – órgão que tem competência para julgar o mérito
Antes do juízo negativo deve ser observar o art. 932 § único do CPC.
A decisão que nega segmento a recurso (juízo de admissibilidade negativo) deve condenar o recorrente ao pagamento de honorários advocatícios em favor do advogado do recorrido. Art. 85 § 1 do CPC. O CPC novo prevê a condenação em honorários de advogado da parte que iniciou a fase recursal. 
A decisão que nega seguimento a recurso tem natureza declaratória, mais produz efeitos ex nunc (dali para frente) art. 975. Se o poder publico demorou muito para fazer o juízo de admissibilidade a parte não pode ser prejudicada por isto.
Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo.
Juízo de Mérito
Introdução – Para que eu possa passar pelo juízo de mérito devo ter passado pelo juízo de admissibilidade. Admissibilidade, portanto, funciona como uma barreira.
Definição – é o pedido recursal, o que você pediu, o motivo pelo qual a decisão deve ser alterada.
Provimento – recurso acolhido, teve o seu mérito procedente. 
O juízo de mérito pode ser de 02 espécies:
Positivo – concedido provimento
Negativo – negado provimento
Pode ser total ou parcial.
Mérito no recurso é em regra diferente do mérito do processo. Ex.: Rubens pede ação de indenização contra Bruna e assistência judiciaria gratuita. O mérito da ação é a indenização. O Judiciário indeferiu o pedido de assistência judiciaria e contra esta decisão o Rubens recorreu. O recurso não tem nada a ver com o mérito do processo que era a indenização.
No seu recurso você pode tratar de questões que não são necessariamente objeto da sua ação. 
Requisito de admissibilidade
Intrínsecos – subjetivos, que estão ligados a existência do direito de recorrer. O magistrado responsável por analisar o fato, ele deve ver primeiro se o direito de recorrer existe.
Primeira coisa que deve vir a cabeça, esta petição é um recurso? O julgamento de recurso é feito em órgãos colegiados. Ao invés de todos os colegiados ficarem analisando todos os recursos, sempre que este recurso chega existe um sorteio para um julgador. Este julgador recebe o nome de relator do recurso. O relator prepara o recurso para ser julgado pelo colegiado. Ele atua em nome do órgão colegiado. O primeiro ponto que ele deve avaliar é a admissibilidade. 
Cabimento – a verificação quanto a previsão legal do recurso e se o recurso é o adequado para tratar aquele pronunciamento judicial. Sempre que falar em cabimento deve ser lembrado os princípios da taxatividade e correlação. 
Legislação especifica – Juizado especial. Legislação especifica pode alterar cabimento.
 
Legitimidade – legitimidade para o recurso. Art.996 aquele que pode buscar a reforma da decisão, parte vencida, terceiro prejudicado (aquele que não esta na ação, mais tem interesse jurídico) e o MP como parte ou como fiscal da ordem jurídica. Lembrar do conceito de parte (litisconsorte, terceiro que entra depois). O terceiro prejudicado deve demonstrar o nexo de interdependência entre o seu direito material e o direito material que é o objeto da ação em curso. Ex.: Sublocatário. 
Advogado pode recorrer em nome próprio em um processo onde ele não é parte? Sim. O advogado possui legitimidade para recorrer em nome próprio da verba honoraria de sucumbência. Art. 85
Auxiliares da justiça (perito, psicólogo, etc.) podem recorrer da verba honoraria fixada? Não. Como um prolongamento do Juiz, eles devem ser imparciais.
 
Interesse – é o requisito que verifica a necessidade a utilidade da interposição do recurso. Quem tem interesse recursal? Sucumbente. Interesse esta intimamente ligado a ideia de sucumbente: parte vencida. Este prejuízo pode ser de caráter material ou processual. Prejuízo material – patrimônio. Prejuízo processual – pedido não acolhido, deferido. Tem interesse recursal aquele legitimado que pode esperar uma situação mais benéfica em razão do julgamento de seu recurso.
O réu possui interesse recursal para impugnar a sentença terminativa (art. 485)? Sentença terminativa é aquela sem julgamento de mérito. Pode, porque se ele consegue uma reforma desta sentença para que os pedidos do autor sejam julgados improcedentes a situação dele melhorou. O réu possui interesse para recorrer, impugnar aquela sentença terminativa que não resolveu o mérito. 
Não existe interesse recursal para se impugnar apenas os fundamentos da decisão. Ex.: Formalizei com Bruno um contrato de compra e venda com varias clausulas, percebo que Bruno não cumpriu as clausulas 2,3 e 4. Proponho a ação solicitando ao juiz que o contrato seja rescindido por culpa do Bruno que não cumpriu as clausulas 2,3 e 4. O magistrado ao proferir a sentença declara que em função de Bruno não ter cumprido com a clausula 2 o contrato esta rescindido. Não tenho interesse em impugnar esta decisão porque ele se referiu apenas ao descumprimento da clausula 2. O segredo esta no apenas.
Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer (esse aqui não pode existir): existem fatos, situações no processo que acabam extinguindo ou impedindo a consumação do seu direito de recorrer. No seu processo estes fatos não devem estar presentes, de natureza negativa. O próprio código descreve estas situações no art. 999 e 1.000. 
Primeiro fato que extingue o seu direito de recorrer – renuncia. Segundo fato – aceitação da decisão. Aquiescência é cumprir a sentença de livre e espontaneamente vontade. 
Estes fatos fazem que o seu recurso não tenha apreciação do mérito.
 No entanto são mais relacionados com um principio geral: venire contra factum proprium. É possível que a parte fique praticando atos contraditórios, inconciliáveis entre si? Não. 
 Art. 998 – Desistência – é depois do recurso interposto.
Extrínsecos (objetivos) – servem para identificar se o direito de recorrer foi exercido da forma correta, da maneira adequada. 
Tempestividade: esta diretamente relacionado com um dos maiores princípios do direito constitucional, segurança jurídica, você tem um lapso temporal para praticar o seu direto de recorrer e se você não exerce este direito dentro deste lapso temporal seu recurso não pode ser admitido. Será que o relator com relação a tempestividade acolher algo de plano sem ouvir o recorrente? Não. Art. 10.
Os prazos estão definidos no art. 1.003
A maioria 15 dias, embargos de declaração 5 dias.
Art. 219 – qualifica os dias, são contados apenas dias úteis (dia que o poder judiciário funciona). 
Forma de contagem – Art. 224 – exclui o dia do começo e inclui o dia do vencimento.
Termos Iniciais – Importante. 15 dias, úteis, inclui o inicio e exclui o vencimento, mais quando começa? Art. 1.003. Para os recursos começa a contar a partir da intimação da decisão. Comunica aos advogados do termo da decisão. 
Como pode ser feita esta comunicação: na audiência, ou nas formas descritas no 231: audiência, publicação em cartório, intimação. 
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.
02/03
Regularidade formal – o recurso deve ser seguir as regras formais exigidas pela lei para sua interposição. 
Basicamente o recurso deve ser interposto por uma petição escrita, deve conter a qualificação das partes, dirigida ao juiz competente, a parte recorrente deve estar necessariamente representado por um advogado, deve conter sempre as razões os fundamentos e o pedido de alteração daquele pronunciamento judicial (pedido recursal). Ex.: art 1.010 e 1.015
novo CPC não admite recurso interpostos por forma oral no processo comum. No juizado de pequenas causas pode, porque tem lei própria.
Lembrar do disposto do art 932 § único. O art da ajudinha. Se esquecer alguma formalidade tem 5 dias para acertar. Antes de aplicar a negativa de seguimento por falta de regularidade formal, deve ser aplicado o principio da complementaridade – art. 932.
Porque o legislador manteve a classificação de documento facultativo e obrigatório? Segundo o professor não dá para entender já que agora para obrigatório ou facultativo tem os 5 dias de tolerância. 
Preparo – custas processuais. Para recorrer a lei estipula um pagamento das despesas provenientes deste recurso. 
Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
§ 1º São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal. Beneficiários de assistência judicial gratuita (pobres na forma da lei).
§ 2º A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção (falta de preparo) se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias. Pagar um valor menor é diferente de não pagar. Se por algum equivoco no calculo do preparo foi pago um valor menor, não se nega segmento ao recurso, se intima para que se pague o que esta faltando. 
§ 3º É dispensado o recolhimento do porte de remessa e “de retorno no processo em autos eletrônicos.
§ 4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção. Ainda que seja comprovado o preparo no ato da interposição ele sera intimado para regularizar o preparo efetuando o pagamento em dobro. 
§ 5º É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do § 4º. Se pagou em dobro errado, não tem possibilidade de complementação.
§ 6º Provando o recorrente justo impedimento (ex.: greve bancaria), o relator relevará a pena de deserção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo.
§ 7º O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação da pena de deserção, cabendo ao relator, na hipótese dedúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias.
Assistência judiciária gratuita pode ser requerida a qualquer tempo. Inclusive na petição de recurso e por pessoa jurídica. Sumula 481 STJ 
Prestar atenção principalmente no § 4º
Existem recursos que não exigem o pagamento de preparo. Ex.: embargos de declaração. Art. 1.023.
Efeitos dos recursos – a partir do momento em que se julga um recurso se estabelecem alguns efeitos para o processo ou para a decisão recorrida.
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. Efeito devolutivo horizontal
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um “fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. Efeito devolutivo vertical
§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando: teoria da causa madura
I – reformar sentença fundada no art. 485;
II – decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir;
III – constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV – decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
“§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau. teoria da causa madura
§ 5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação.”
Efeitos devolutivo – toda espécie recursal possui efeito devolutivo. Esta sendo devolvido ao poder judiciario a ação para uma nova análise. 
Possui 2 aspectos: 
Horizontal – tem a ver com a matéria objeto do recurso. O que você quer que o poder judiciário reanalize? Desrespeito a extensao da matéria impugnada. Ex.: entrei com uma ação de dano moral e fisico. O recurso foi apenas com relação ao dano moral. Estipulado pelo próprio recorrente.
Vertical – tem a ver com a profundidade art 1.013 § 1 e § 2. Fixado a matéria objeto do recurso o tribunal pode se aprofundar na análise processo avaliando todas as provas, argumentos, questões que são ligadas aquela matéria.
Ex.: O juiz julgou improcedente o dano material. O autor apelou, alegando que tinha direito ao dano material. O juiz para julgar improcedente se pronunciou dizendo que para analisar o contrato objeto da acao verifico que não houve descumprimento alegado pelo autor, não havendo prova documental do suposto suprimento. Só que no processo foram colhidas provas testemunhais, periciais, todas demonstrando que teve descumprimento do contrato. O juiz falou destas provas? Não. O tribunal pode falar sobre estas provas porque estão dentro da matéria impugnada.
A ideia do efeito vertical, é que o tribunal dentro daquela matéria, ele pode analisar tudo o que foi discutido no processo sobre aquela materia. Mesmo que não tenha sido tratado na sentença. 
Situacao – O autor propôs uma acao com 3 pedidos (rescisão do contrato, dano moral e material), e o juiz julgou procedente o dano material e moral. O reu recorreu, impugando a rescisão e o dano material. Como o dano moral não foi impugando não esta se impedindo a preclusao e o transito em julgado. Ou seja, não sera mais possível discutir o dano moral dentro do processo. Imaginemos que o tribunal quando for julgar esta apelação, fala que o autor da acao não tem interesse processual para propor a acao e julga extinto o processo. Atencao: o novo código traz a possibilidade da coisa julgada parcial. Ou seja você para impugnar o que já transitou não pode ser por meio de recurso. É necessário propor uma acao própria, so para impugnar este capitulo. Se o tribunal reconhece de oficio uma questão de ordem publica, decadência, prescrição, carência de acao, ele não extingue tudo. 
O capitulo não impugnado do pronunciamento judicial sofre os efeitos da preclusão e da coisa julgada, não podendo o recurso fazer às vezes de ação rescisória. Ou seja não se pode conhecer de ofício questões de ordem pública relativas ao capítulo não impugnado (interpretação sistemática do art. 1.013 § 1 combinado com o artigo 966 § 3 do CPC.
Quando se está diante de capítulos decisórios dependentes entre si basta que o recorrente impugne o “maior” para, logicamente e como consequência, possibilitar a reforma do menor.
Situacao – Autor pleiteou na acao a rescisão do contrato em razão de descumprimento e o pagamento da multa que decorre da rescisao. Na setenca o magistrado deu a rescisão e deu a multa. O reu apelou só da rescisão sem mencionar a multa. No tribunal o acordao da proviemento ao recurso, o reu cumpriu o contrato e desta forma o autor não tem direito a rescisão. Se ele cumpre o contrato e não tem direito a rescisão não tem por consequência direito a multa. Pedidos dependentes entre si. 
Art. 1.013 § 3 e 4.Teoria da causa madura – este artigo representa uma ampliação do caráter horizontal do efeito devolutivo. Julgamento antecipado da lide – quando não tem prova para produzir, ou seja quando a casa já esta pronta. Quando não existirem mais fatos a serem suscitados. Nos recursos temos uma situação muito parecida. A apelação é interposta no juiz de primeiro grau. Estaremos estudando um procedimento na apelação que seguira um rito que em um determinado momento sera encaminhado para o tribunal (juízo de 2 grau). Durante o julgamento o tribunal identifica uma situação nesta sentença que gere a sua nulidade, ou se tratando de uma sentença sem apreciação de mérito o tribunal avalia que o juiz errou ao não apreciar o mérito, afirmando que o juiz deveria ter apreciado o mérito. No CPC antigo, o processo era devolvido ao juízo de primeiro grau para que o mérito fosse apreciado ou para que o processo fosse anulado. No novo CPC, se ao chegar no tribunal o processo já estiver maduro, pronto para julgamento, ele não volta para o juízo de primeiro grau, sendo o tribunal responsável por julgar diretamente o mérito. 
Quando o tribunal esta autorizado a utilizar esta teoria:
reformar sentença fundada no art. 485 – sentenca sem resolução de merito; anula a sentença e o tribunal julga o merito 
decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; - sentença fora dos pedidos - extra petita. Ex.: pediu a rescisão e o juiz te deu alimentos. Algo completamente fora do que o processo esta pedindo. Anula a sentença e julga o mérito.
constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; o O juiz deixa de julgar um dos pedidos. O tribunal julga diretamente o pedido.
decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição.
Para aplicar a teoria da causa madura deve ser observado o art. 355 inciso 1. Autoriza o juiz a apreciar desde logo o mérito.
Em regra não é possível alegar na sua apelação fatos novos. Mais se no curso do processo surgir fato novo pode ser alegado na apelação, inclusive fazer prova deste fato. Ex.: Autor está processando o vizinho por dano moral, no curso do processo o vizinho tenta matar o autor. O autor pode adicionar este fato no seu recurso. Caráter vertical.
Art. 1.014. As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior. 
O principio horizontal esta ligado ao pedido e o vertical a causa de pedir (alegação, fundamentação provas).
Efeito suspensivo – a qualidade que o recurso tem de suspender a exigibilidade da decisão.
Regra é que os recursos não tenham efeito suspensivo. Art. 995
Hipóteses em que o recurso suspende a exigibilidade:
Por força de lei - a leiestabelece que alguns recursos tem efeitos suspensivo. Ex.: Na apelação impede. Art 1.012
Quando o magistrado atribuir – disser que esta atribuindo este efeito no recurso. Art 995 § único.
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso. 
Efeito obstativo – Quando o recurso impugna uma decisão ele impede a formação da coisa julgada e a ocorrência de preclusão.
Art. 1.002. A decisão pode ser impugnada no todo ou em parte. 
Efeito regressivo – possibilidade de juízo de retratação. Possibilidade do magistrado ao receber o seu recurso verificar que errou e voltar atrás. Não é qualquer pronunciamento que permite efeito regressivo. Inerentes ao recursos cabíveis contra decisão. Em regra não ocorrerá nos recursos interpostos contra acórdãos e sentenças. Porque, acordao é decisão colegiada, ou seja feita por pelo menos 3 pessoas o que dificultaria a retratação e sentença a entrega da prestação jurisdicional. 
Apelação como regra não possibilita o juizo de retratação. No entanto existem 3 exceções :
sentença com indeferimento de petição inicial. O processo nem teve citação, esta no inicio. A retratação não trará prejuízo para ninguém. Art. 331 
juiz recebe a inicial e nega de plano. Nem manda citar. Art 332 § 3 
o juiz pode agora voltar atrás quando ele tiver proferido uma sentença sem resolução de mérito. Art 485 § 7
Ex.: art. 1.021§ 2
§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação (se o juiz não voltar atrás), o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.”
 
Efeito translativo – caráter vertical do efeito devolutivo. É quando na analise da profundidade o tribunal identifica uma questão de ordem publica que não foi aguida mais que pode ser reconhecida de oficio. Ex.: Na apelação estou discutindo um direito de emissão de posse. Ninguem alegou ilegitimidade do autor. O juiz deu a emissão de posse mais o autor não tem direito. O tribunal ao revisar que quem esta ocupando o imóvel não é o autor mais sim a pessoa jurídica da qual ele é sócio. Quem tem legitimidade para entrar com a acao é a pessoa jurídica, não o autor.
Efeito substitutivo – só existe efeito substitutivo quando se verifica a apreciação do mérito do recurso. Se passou do julgamento de admissibilidade o julgamento proferido pela outra instancia substitui a decisão recorrida. Tem que ter julgamento de mérito
Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso. 
Efeito expansivo – ocorre quando a decisão do recurso alcança outras decisões do processo ( além da decisão impugnada) e/ou atinge pessoa diversa da pessoa do recorrente. Ou do terceiro ou do litisconsorte que não recorreu. 
Art. 1.005. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.
Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará aos outros quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns.
09/03
Recurso em Espécie
Apelação 
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos:
I – apelação;
II – agravo de instrumento;
III – agravo interno;
IV – embargos de declaração;
V – recurso ordinário;
VI – recurso especial;
VII – recurso extraordinário;
VIII – agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX – embargos de divergência.
Introdução – Quando o legislador trata dos recursos em espécie, ele inicia falando da apelação. Porque foi o primeiro recurso que surgiu, no direito romano, desta forma se usa apelação como referencia. A doutrina chama a apelação de recurso por execelencia. 
A apelação é um recurso de fundamentação livre, classificado como ordinário, ou seja, o recorrente tem liberdade para impugnar aquela sentença com a maior amplitude possível.
O novo código chancela esta teoria, veremos que o procedimento dos recursos nos tribunais seguem o procedimento da apelação. Se o legislador nada diz sobre o procedimento de um determinado recurso deve ser verificado qual o procedimento adotado na apelação. O legislador também extinguiu uma espécie recursal para dizer que aquelas questões que antes eram atacadas por aquela espécie agora serão tratadas pela apelação. 
Art 1009 traz o cabimento do recurso apelação. A função do recurso de apelação é de impugnar a sentença.
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação.
§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. A parte que pretenda recorrer de decisão interlocutória não agravável terá de faze-lo na apelação contra a sentença ou nas contrarrazões. 
§ 2º Se as questões referidas no § 1º forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas.
§ 3º O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015 integrarem capítulo da sentença.
Apelação tem por função impugnar o pronunciamento judicial classificado por sentença e as decisões interlocutórias não impugnáveis por agravo de instrumento.
Sentença
 
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.”
Função/características
Para ser classificado como sentença tem que: 
Aplicar uma das hipóteses dos artigos 485 ou 487
Ser proferida por juiz de primeiro grau
Encerrar a fase cognitiva do processo; extinguir o processo
Existem 2 casos de sentenças não apeláveis : Embargos infringentes de alçada e sentença que decreta falência ( cabe agravo de instrumento).
Espécies de sentença 
Terminativa – não tem julgamento de mérito. Art. 485
Definitiva – julga o mérito direta ou indiretamente. Não pode repropor a ação. Art. 487
Requisitos formais – tem que necessariamente observar requisitos de ordem formal. Art 489. Se não forem observados geram nulidade da sentença.
Art. 489. São elementos essenciais (requisitos obrigatórios) da sentença:
I – o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; resumo do processo.
II – os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; art 93 inciso 9 CF e art 489 § 1
III – o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem. Parte final onde o juiz vai dizer se ele estar aplicando o 485 ou o 487. Ou exitingue sem julgar mérito ou julga o mérito.
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I – se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; acaba com a decisão padrão. Copia e cola.
II – empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III – invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV – não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V – se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentosdeterminantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI – deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.”
Limites – se o juiz resolve julgar o mérito está sentença deve observar alguns limites. Art. 490/491/492. A sentença deve ser limitada pelos pedidos formulados, não pode ser extra petita, ultra petita ou cita petita ou infra petita. Princípio dispositivo Art. 141.
Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.”
Lembrar todavia dos consectarios decorrentes da sentença (honorários advocatícios, correção monetária, custas processuais, juros de mora) Art. 323 não representam uma afronta aos pedidos da sentença. Existem questões que são decorrência logica da sentença, mais isto não quer dizer que o juiz ultrapassou os limites da sentença.
Tipos – diretamente ligado ao tipo de pedido: Declaratório, Condenatória, Constitutiva, desconstitutiva etc. Art 324,325 e 326.
Capítulos da sentença – esta sentença, seja ela qual for, pode estar dividida em capítulos. Cada parte desta sentença, capitulo, o magistrado tratou de um pedido, um tema específico. O capitulo não impugnado preclui e faz coisa julgada.
10/09
Possibilidade de alteração 
Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la: a sentença uma vez tornada pública ela não pode ser alterada.
I – para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo; erros menores, de digitação, erros que não interferem na substância do julgado. 
II – por meio de embargos de declaração.” Recurso
Para alterar a sentença por meio de recurso deve ser alegado um dos erros abaixo:
Erro In procedendo – porque não observou as normas processuais. Erro de procedimento. Leva em regra a anulação da sentença.
Error In judiando – erro na aplicação do direito material. O juiz julgou errado aquela causa. Leva a reforma.
 
Procedimento da apelação relator 
 Juizo de decisão/despacho relatório acordao 
1° instância admissibilidade
 Juiz Apelante Apelado
 sentenca apelação Contrarraz Envio 
 a 2° Instancia
1° instância 
“Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
I – os nomes e a qualificação das partes;
II – a exposição do fato e do direito;
III – as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;
IV – o pedido de nova decisão.
§ 1º O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias. Contrarrazões não é recurso, uma mera resposta, manifestação. Respondem a apelação. 
A não apresentação de contrarrazões não gera penalidade processual ao apelado, não incidindo confissão ou revelia Quanto às matérias alegadas no recurso. Apenas o seu direito preclui.
§ 2º Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarrazões. Art 997. 
§ 3º Após as formalidades previstas nos §§ 1º e 2º, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade.” Juiz não faz mais juiz de admissibilidade.
2° instância 
O processo chegando a 2° instância deve ser seguido o rito do artigo 929.
O processo será registrado no protocolo do tribunal e haverá um sorteio que estará direcionando o processo para um dos membros do tribunal.
Este membro do tribunal sorteado é denominado de relator.
O relator tem poderes instrutorios – art.932 + 1.011.
A primeira providencia do relator é fazer o juizo de admissibilidade, analisando a presença dos seguintes requisitos: 
	Cabimento
	o relator deve verificar:
Taxatividade: se é um recurso. Esta petição é uma apelaçao? Tem previsão em lei federal? 
Correlação – se é um recurso adequado para atacar um pronunciamento qualificado como sentença.
Precisa ser verificado se trata-se de legislação especial que pode definir que de uma sentença pode caber outro recurso que não a apelação. Ex.: Juizado Civil Especial. 
Cuidado: Existirão pronunciamentos que parecem sentença mais não são sentença. Estes pronunciamentos são proferidos por juiz de 1 grau, onde ele aplica o 485 e 487 e mesmo assim não é sentença. 
	Legitimidade
	Terceiro prejudicado, as partes e o MP.
	Interesse 
	Sucumbencia – parte vencida. Esperar do julgamento da apelação uma situação melhor.
	Ausencia de fatos
	Analisa os fatos extintivos ou impeditivos do direito de recorrer. Renuncia, aquiescencia e desistencia.
	Tempestividade
	Prazo de 15 dias a partir da publicação da sentença. 
Dias uteis, inclui o inicio e exclui o vencimento. 
Lembrar sempre dos termos iniciais: Publicação da sentença, sentença proferida em audiencia, etc. 
Dobra o prazo de 15 dias para o MP, Defensoria Publica e litisconsorte com advogados distintos.
	Regularidade formal
	Se a petiçao do recurso observou o art. 1.010. 
Nome e qualificação das partes
Exposição do fato e do direito
As razoes do pedido de reforma ou de decratacao de nulidade
O pedido de nova decisão. 
Se não tiver impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida não tem como aplicar o 932.
Se for error in procedendo deve pedir a anulação da sentença
Se for error in iudicando deve pedir a reforma da sentença
A apelação não pode ser interposta de forma oral. 
Deve estar subscrita pelo advogado habilitado nos autos.
Forma escrita, de acordo com a organização judiciaria local. 
Dirigida ao juiz de primeira instancia que proferiu a sentença.
As matérias objeto de decisão interlocutória não impugnadas via agravo de instrumento (art. 1015) devem ser impugnadas por meio de preliminar na petição de apelação ( art 1.009 §1).
Antes do juiz de 1 grau proferir sentença, existe alguma decisao neste processo? Sim decisao interlocutoria.
Se o juiz der uma decisao e ela não estiver no rol do 1.015, voce não precisa ficar interpondo agravo retido, a materia será discutida na apelação.
	Preparo
	
Se o relator identificar que falta um dos requisitos de admissibilidade, ele pode dar seguimento ao recurso? Não, ele deve aplicar o art. 932.
Por exemplo, o relator informa ao recorrente que ele não preencheu os requisitos da regularidade forma e do preparo. De acordo com o 932 ele solicita que sejam cumpridos os requisitos em 5 dias. O recorrenche, preenche o requisito do preparo mais não regularidade formal. O que acontece? O relator nega seguimento do recurso.
Em outro exemplo o relator informa ao recorrente que ele não preencheu apenas o requisito do preparo. O recorrente preenche o requisito. Em nova analise o relator informa que ele não preencheu tambem o requisito da regularidade formal. Neste caso o relator deve permitir que este requisito seja preenchido no prazo de 5 dias antes de negar o seguimento do recurso. Art. 1.011.
 Caso o relator identifique que todos os requisitos estão presentes ele da seguimento ao recurso. O que significa: Proferir uma decisao. Nesta decisao ele:
Apreciar o pedido de efeito suspensivo, se houver. Art. 1.012. Em regra, apelação tem efeito suspensivo. Existe excessao? Sim, em algumas hipoteses.
Julgar o merito do recurso. Decisao monocratica de mérito. 932 inciso IV. O relator identifica que pode julgar sozinho. 
Neste caso ele pode negar provimento quando o recurso for contrario a:
súmula do SupremoTribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do
próprio tribunal;
acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de
Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de
assunção de competência;
Após concluir o juízo de admissibilidade o relator da segmento a apelação. 3 hipóteses:
Negar seguimento.
Dar seguimento sem julgamento de mérito 
Dar seguimento
Análise do efeito suspensivo, se houver. (Art 1.012)
Julgar o mérito do recurso – decisão monocrática – (art. 1.011 inciso 2)
Dar seguimento
Análise do efeito suspensivo
Julgamento para o órgão colegiado – art. 931
Acórdão – 943/94
17/03
Efeitos da apelação 
	Devolutivo
	Possui o efeito, da forma mais ampla. Art. 1.013 
Art 1.013 §3 – causa madura. Devem existir 3 pressupostos:
Requerimento do apelante
Provimento da apelação
Processo estiver em condições de imediato julgamento. (reu citado e provas produzidas)
	Suspensivo
	Regra 
A apelação terá efeito suspensivo automatico. Interpôs a apelação quem estava se beneficiando da sentença não pode exigir o que decidi-o na sentença art.1012. Ope Legis (de acordo com a lei). Decisao interlocutória não agravável não possui efeito suspensivo automático.
Ope Legis – 1012 §1 – não suspende o efeito da sentença:
“I – homologa divisão ou demarcação de terras; como é um processo muito longo a sentença vale. 
II – condena a pagar alimentos; 
III – extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
IV – julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; 
V – confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI – decreta a interdição. No caso de ébrio, pródigo, doido, etc
Exceção 
Ope Iudiciu – o efeito suspensivos poderá ser atribuído ou retirado da apelação de acordo com a interpretação do relator. Em situações peculiares ou absurdas. Art. 1.012 § 3 e 4.
A decisão que versa sobre os efeitos da apelação ( art 1.012 + art 932 inciso 2) possui natureza de interlocutória sendo atacavel por meio de agravo interno. Art 1.021
Lei 8.437/92 trata “da suspensão de segurança” ou “suspensão de liminar”, procedimento por meio do qual o presidente do tribunal pode suspender os efeitos de uma sentença a requerimento da fazenda pública ou do MP.
.
	Obstativo
	 recurso impede a formação da coisa julgada e a ocorrência de preclusão. A partir do momento que o recurso é protocolado, interposto.
 
	Translativo
	Pode ocorrer quando do julgamento da sua apelação. Quando se acolhe uma questão que é capaz de propiciar o julgamento da lide. Pode ser de ofício ou por requerimento.
	Substitutivo
	Se for julgado o mérito o pronunciamento que julga o mérito substitui a sentença 
	Regressivo 
	Regra – Não tem. Publicada a sentença em regra não pode ser alterada.
Excecao:
Apelação contra sentença que indefere a peticao inicial
Apelação contra sentença que julga liminarmente improcedente o pedido
Apelação contra sentença que extingue o processo sem resolução de mérito
Apelação contra sentença proferida nas causas que digam respeito a direito de crianças ou adolescentes. 
Art. 1.014. As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior. Deve ser fato superveniente, fato novo que ocorreu durante o processo
Agravo de Instrumento
Introdução – o sistema anterior não era previsto um recurso típico agravo de instrumento. Ao invés de um gênero e 5 Espécie ele trouxe 3 recursos típicos. Art 993 inciso 2. Previsto a partir do art. 1015
Antes de chegar a sentença o juiz profere algumas decisões. Decisão interlocutória é definida por exclusão. O que não for despacho ou sentença é decisão interlocutória. 
Pronunciamento judicial – decisão interlocutória de juiz de primeiro grau que tratam de Questões incidentais do processo.
Função – existe uma divergência se o rol trazido pelo artigo 1.015 é taxativo ou explicativo. A princípio é taxativo. Sua função primordial é tratar de questões urgentes que são decidias no processo. A urgência está presente em cada uma delas. Leva ao conhecimento da segunda instância esta matéria urgente. Diretamente na segunda instância. É agravo de instrumento porque você precisa formar um novo instrumento processual, tira copia e protocola direto no tribunal .
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias (juiz de primeiro grau) que versarem sobre: (fase de conhecimento- se não forem agraváveis se sujeitao a preclusao)
I – tutelas provisórias;
II – mérito do processo;
III – rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV – incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V – rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI – exibição ou posse de documento ou coisa;
VII – exclusão de litisconsorte; não é sentença se não colocar fim a fase do procedimento. 
VIII – rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX – admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X – concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI – redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º;
XII – (Vetado);
XIII – outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.” Toda e qualquer decisão nestas fases são passiveis de agravo de instrumento.
“Art. 1.016. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por meio de petição com os seguintes requisitos:
I – os nomes das partes;
II – a exposição do fato e do direito;
III – as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;
IV – o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo.”
Se a decisão não tratou das matérias do 1.015 vc só recorre na sentença, se for necessário, utilizando a apelação.
1.009 § 1
Art. 929 e seguintes – processo que deve ser seguido
O recurso chegando a 2° instância deve ser seguido o rito do artigo 929.
O processo será registrado no protocolo do tribunal e haverá um sorteio que estará direcionando o processo para um dos membros do tribunal.
Este membro do tribunal sorteado é denominado de relator.
O relator tem poderes instrutorios – art.932 + 1.011.
A primeira providencia do relator é fazer o juízo de admissibilidade, analisando a presença dos seguintes requisitos: 
	Cabimento
	o relator deve verificar:
Taxatividade: se é um recurso. Esta petição é uma decisão interlocutória ? Tem previsão em lei federal? 
Correlação – se é um recurso adequado para atacar um pronunciamento qualificado como decisão interlocutória de caráter urgência listada no rol taxativo do 1.015. Se não estiver no rol do 1.015 deve ser impugnado por apelação.
Além da divergência doutrinária quanto a taxatividade do rol do artigo 1.015, existem situações que mesmo não previstas no rol serão objeto de agravo de instrumento. Ex.: decisão sobre competência absoluta, convenção de arbitragem.
Decisao que decreta falência – sentença – mais o recurso cabível é agravo de instrumento.
Tutela provisória – de urgência ou de evidencia – agravo de instrumento.
Se a tutela provisória for concedida na sentença com o efeito de afastar o efeito suspensivo da apelação, neste caso deve ser interposta por apelação.
Decisao interlocutória de mérito ou decisao parcial de mérito se não for interposto agravo, haverá coisa julgada. Não pode ser impugnada na apelação. 
	Legitimidade
	Terceiro prejudicado, as partes e o MP.
	Interesse 
	Sucumbente – parte vencida. Esperar do julgamento do agravo uma situação melhor.
	Inexistência de fatos impeditivos ou extintivos
	Analisa os fatos extintivos ou impeditivos do direito de recorrer. Renuncia,aquiescência, desistência, reforma da decisão agravada – art 1.018 § 1 e sentença de mérito que abordou a questão tratada no agravo. Art 1.009 §. 3
	Tempestividade
	Prazo de 15 dias a partir da publicação da decisão. 
Dias úteis, inclui o inicio e exclui o vencimento. 
Lembrar sempre dos termos iniciais: Publicação da decisão (pode ser proferida em audiência, publicada em cartório, mandado de intimação). Art. 1.003 § 5
Prazo em dobro defensor publico, advogado de escritório de pratica jurídica de faculdade de direito reconhecida, Fazenda Publica, MP.
No caso de autos eletrônicos não se aplica o prazo em dobro para os litisconsortes om procuradores diferentes, de escritórios de advocacia distintos.
	Regularidade 
formal
	Art. 1.016. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal (presidente) competente, por meio de petição com os seguintes requisitos:
I – os nomes das partes;
II – a exposição do fato e do direito;
III – as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;
IV – o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo. 
Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento será instruída (tem que vir grampeado junto com o instrumento os seguintes documentos):
I – obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;
II – com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;”
“III – facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.
§ 1º Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do porte de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais.
§ 2º No prazo do recurso, o agravo será interposto por:
I – protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo; forma mais tradicional
II – protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias; novidade do novo CP. Existem comarcas que tem protocolo integrado com o juizado.
III – postagem, sob registro, com aviso de recebimento;
IV – transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei;
V – outra forma prevista em lei.
§ 3º Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, parágrafo único.(se não juntar aciona o 932)
§ 4º Se o recurso for interposto por sistema de transmissão de dados tipo fac-símile ou similar, as peças devem ser juntadas no momento de protocolo da petição original.”
“§ 5º Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia”
Art. 1.018. O agravante poderá (substitui por deverá, é obrigatório) requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso. Para que o juiz se retrate e facilitar o contraditório.
§ 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento.
§ 2º Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento. 90% dos processos são físicos – por isto na pratica será obrigatório.
§ 3º O descumprimento da exigência de que trata o § 2º, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento. Não se aplica o 932 nesta situação. Requisito que não é de ordem pública. Precisa ser arguido e provado dentro do prazo especificado.
	Preparo
	Art 1.017 § 1º Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do porte de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais. Precisa ser comprovado no momento da interposição, se não fizer usa o 932.
Distribuido o recurso o relator faz o exame de admissibilidade. 
Identificado algum vicio de ordem publica, falta de algum requisito, manda sanar. 
Se o relator identificar que falta um dos requisitos de admissibilidade, ele pode dar seguimento ao recurso? Não, ele deve aplicar o art. 1.109 + art. 932 § 1 nega 
Primeira hipótese do relator – aplica o art. 932 Inciso 3 – Nega prosseguimento, por meio de decisão monocrática (sem julgamento de mérito). Vicio não foi sanado. 
Caso o relator identifique que todos os requisitos estão presentes ele da seguimento ao recurso. O que significa: Proferir uma decisão. Nesta decisão ele:
Aprecia o pedido liminar ( tutela antecipada liminar) que foi feito no recurso, se houver.
Analisa o efeito suspensivo - Art. 1. 019 I + 932 II – não tem efeito suspensivo automático o recorrente deve pedir que o relator atribua este efeito. O efeito suspensivo impede a produção de efeitos pela decisão agravada mais não impede o prosseguimento do processo em primeira instancia. Não é suspensão do processo e sim dos efeitos da decisão.
Intima o agravado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias. 
Julgar o mérito do recurso. Decisão monocrática de mérito. 932 inciso IV e V. O relator identifica que pode julgar sozinho. 
Negar provimento a recurso que for contrário a:
súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
Dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:
súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
Se percebe que não pode julgar sozinho, o relator prepara o recurso para ser julgado pelo colegiado.
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I – poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;”
“III – determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 1.020. O relator solicitará dia para julgamento em prazo não superior a 1 (um) mês da intimação do agravado. 
Resumo
Negar seguimento (932, III) decisão monocrática (sem julgamento de mérito). 
Dar seguimento (decisão monocrática com julgamento de mérito)
Analisa efeito suspensivo ( 932,II c/c 101, I) – decisão interlocutoria
Decisão monocrática de mérito (932, IV e V) 
De plano da uma decisão monocrática de mérito (932, IV e V) englobando o efeito suspensivo ( 932,II c/c 101, I)
Dar seguimento (decisão colegiada com julgamento de mérito) - Regra
efeito suspensivo
julgamento colegiado (1.019) – Acordao 
O que muda da apelação são os efeitos suspensivos. 
Efeitos do agravo
	Devolutivo
	Possui o efeito, da forma mais ampla. Horizontal - Diante da decisão se tratei de todos os capítulos ou apenas de 1 da mesma forma estou devolvendo ao tribunal de toda aquela matéria. Vertical – tudo o que se debateu, fatos e provas podem ser parecidos pelo tribunal.
	Suspensivo
	Regra 
Não tem efeito suspensivo – art 995.
Art. 995. Os recursos não impedema eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.
Open legais não tem. 
Open judicis – em situações excepcionais mediante decisões fundamentadas do revisor art. 995 § único + art. 1.019 I
Chance aprovação + urgência 
	Obstativo
	 recurso impede a formação da coisa julgada e a ocorrência de preclusão. A partir do momento que o recurso é protocolado, interposto. A parte que não foi agravada vai precluir.
 
	Translativo
	Pode ocorrer quando do julgamento do agravo.Ao apreciar o agravo acolhe uma questão de ordem pública de ofício ou não e julgam desde logo a ação.
	Substitutivo
	Só vai ocorrer se houver julgamento de mérito do seu agravo. 
	Regressivo 
	O efeito regressivo é característico do agravo de instrumento art. 1.018 § q
“§ 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento.”
Agravo interno
“Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
§ 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada.
§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
§ 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno.
§ 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.
§ 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.”
É interposto contra qualquer decisão unipessoal de relator, seja monocrática ou interlocutória.
27/04
Embargos de Declaraçao 
Por muito tempo houve uma discussão se ele era um recurso. 
Previsão: art.1022 a 1026 CPC/2015.
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o.
Não tem como função reformar pronunciamento judicial 
Cabe contra qualquer tipo de recurso. 
Não tem por função alterar, reformar a substância do julgamento, ou seja, não têm por objetivo passar do indefiro para defiro, procedente ao improcedente. Têm uma função melhorar o pronunciamento, integrando, completando ou esclarecendo. 
É recurso, está previsto em lei federal.
Serve para atacar qualquer pronunciamento judicial de carater decisório.
Embargo você opõe e não interpõe como nos outros recursos.
Características
Ele é um recurso de fundamentação vinculada: A lei já pre determina o que pode ser atacado pelo recurso. Não pode ser alegado qualquer causa de pedir recursal.
Integração – complementação, faltou alguma coisa naquela decisão 
Aclaramento
Procedimento:
 Juiz. Autor Juiz 
|________|_________|________________|
Ação Decisão Emb. Declaração Admissibilidade
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
§ 1o Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229.
§ 2o O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada.
Processo tramitando, juiz profere decisão interlocutória, por exemplo, não apreciou todos os pedidos.
Petição escrita dirigida ao próprio juiz.
A petição será anexada ao próprio processo é sempre será apreciada pelo mesmo órgão que produziu o pronunciamento. Não forma novo processo.
Juiz faz então o juízo de admissibilidade.
Os embargos de declaração não se submetem a ordem cronológica de conclusão prevista no art. 12 §2º, V. O novo código trouxe a ideia de julgamento em ordem cronológica, o processo que esta concluso a mais tempo deve ser jultado primeiro. O embargo de declaração pode furar fila.
	Cabimento
	Taxatividade e correlação. Para demonstrar cabimento nos embargos cabe ao recorrente apontar expressamente a existência de um dos vícios descritos no art. 1.022.
Devo alegava pra algum dos vícios abaixo:
Obscuridade: Falta clareza/ mal redigida, incompreensiva. O juiz deve ser claro, evitar o juridiquês.
Contradição: Proposições inconciliáveis dentro do próprio pronunciamento judicial. Ex.: O juiz diz que a parte é devedora, depois ele diz que a parte pagou.
Tem que ser interna, faz parte do corpo da própria decisão, não posso alegar contradição entre o que diz o magistrado e o que diz a lei, o STJ, etc.
Omissão: É quando o pronunciamento está incompleto, faltou o magistrado falar algo. Posso alegar sobre três situações:
Deixou de se manifestar sobre um pedido ou requerimento formulado nos autos.
Deixou de se manifestar sobre um argumento relevante formulado nos autos. Argumento que por si só é capaz de alterar a conclusão que chegou o recorrido.
Deixou de se manifestar sobre questão de ordem pública, ainda que não sucitada nos autos, porque deve ser conhecida de oficio. Ex.: Prescrição (materia de ordem publica, cabe ao juiz se manifestar de oficio). 
Art. 1.022 
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o. Aquele artigo que traz a exigência da motivação do magistrado, que deve se manifestar sobre todos os argumentos relevantes, todos os pedidos.
Erros materiais: Erros que não alteram a substância do julgamento. Erros de grafia, calculo, etc. Podem ser corrigidos de oficio, previstos no Art. 494.
No recurso de embargos de declaração o requisito do cabimento se confunde com o próprio mérito, razão pela qual, se verificada a ausência do vício alegado, deve o recurso ser conhecido mas não provido. Não se pode nessa hipótese negar segmento aos embargos. Negar segmento é dizer que o recurso não cumpriu os requisitos de admissibilidade. Nos embargos deve ser alegado expressamente a ocorrência de um dos 3 vicios. Quando o magistrado analisa estas alegações e identifica que estes vícios não existem ele não pode negar segmento, ele nega provimento (mérito). Se ele nega segmento esta dizendo que o recurso não existe. 
Para preencher o requisito de cabimento deve ser alegado um dos vícios previstos no art. 1.022 naquela decisão. Se foi alegado, o cabimento já esta preenchido.
Agora, quando o juiz analisa se este vicio existe ou não isto já é julgamento de mérito.
É possível opor embargos de declaração contra o pronunciamento que apreciou embargos de declaração. Observar contudo, o previsto no art. 1.026, §2º e 3º

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