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Ética e legislação para Publicidade - aula 1 até 10

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Aula 1: Conceito, Origem e Objeto da Ética e da Moral
Ética, em geral, é conhecida como a ciência da conduta. Existem duas concepções sobre a mesma:
Essas duas concepções apresentam linguagens distintas: a primeira refere-se ao ideal do homem e o que ele busca para atender sua natureza ou essência. A segunda trata das causas ou das forças que determinam a conduta humana.
Ambas procuram mostrar o caminho a seguir que é o do bem.
O bem pode significar o que é ou o que pode ser desejado. Realidade perfeita ou perfeição real.
Objeto de desejo significa que pode ser diferente daquilo que se encontra na afirmação real.
 
	Cultura
Conjunto de modos de viver e pensar cultivados que costumam também indicar o nome da civilização e o conjunto de conhecimentos (filosófico, empírico, técnico e religioso) que é passado de geração para geração, pelos processos formais e informais de Ensino.
	
	Conhecimento
O homem age por intermédio de um instrumento entre ele e seus atos. E isso ocorre principalmente na investigação científica, daí a necessidade de se utilizar corretamente os termos e os conceitos adequados.
	 
	Conhecer
Relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido. Pelo conhecimento, o homem pode alcançar as diversas áreas da realidade e delas tomar posse.
	 
	Conceito
Todo processo que torne possível a descrição, a classificação e a previsão dos objetos cognoscíveis.
Características do conceito: instrumentalidade, comunicabilidade e cognoscibilidade.
Empirico ou popular: 
É o conhecimento do povo, obtido ao acaso, após ensaios e tentativas que resultam em erros e acertos. É assistemático, ametódico, improvável, sem investigação científica e transferível pela oralidade.
Esse tipo de conhecimento é adquirido no cotidiano, ao acaso, baseado em experiências vividas ou transmitidas por alguém, de geração para geração. Como não há verificação sistemática nem observação metódica, ele carece do caráter científico.
Conhecimento cientifico 
Esse tipo de conhecimento resulta de investigação metódica e sistemática da realidade, transcende os fatos e os fenômenos em si mesmo, analisa-os para descobrir suas causas e as leis que os regem, procurando normalizá-los e sistematizá-los. É o saber através da demonstração.
São características desse conhecimento:
a) a certeza – ele sabe explicar os motivos de sua causa;
b) é geral, no sentido de conhecer a realidade;
c) é metódico e sistemático;
d) é objetivo.
Conhecimento Filosófico
Esse conhecimento tem por origem a capacidade de reflexão do homem, gênese da interrogação e da investigação, e como instrumento exclusivo, o raciocínio. Distingue-se do científico pelo objeto da investigação e pelo método. O objeto da ciência é usar os dados próximos e imediatos, perceptíveis pelos instrumentos, pois são suscetíveis de experimentação e delimitados pela necessidade de comprovação concreta.
O objetivo da Filosofia é de uma realidade mediata, imperceptível aos sentidos, pois a Filosofia ultrapassa os limites da ciência ao tratar de compreender a realidade geral dos problemas do homem e sua presença no universo. A essência do conhecimento filosófico é a busca do saber e não a sua posse. Daí ser sempre interrogativo.
Conhecimento Teológico 
Esse conhecimento é proveniente da fé do homem na existência de entidades divinas e de revelações do mistério, oculto, por algo que é decodificado como a vontade divina.
A sua transmissão é feita através de escritos tidos como sagrados e por um volume de informações imutáveis, acumuladas ao longo da história. São características desse conhecimento, a fé e a crença em dogmas indemonstráveis, bem como o fato, de ser indiscutível.
Cada sociedade tem a sua matriz cultural e, conseqüentemente, a convenção de valores oriunda dessa matriz, que está ao alcance do homem pelas Instituições. Toda sociedade conta com três elementos imprescindíveis a sua constituição, que são o ser humano, o habitat (espaço físico onde o homem viverá) e as Instituições.
As Instituições são de importância fundamental na formação dos valores sociais, pois além de serem o meio pelo qual o homem se relaciona e estabelece a sua convivência com o outro, também são o veículo no qual os atores sociais desempenham suas ações e obtêm os valores existentes na convenção social.
As Instituições podem ser:
	
É através das Instituições que o homem vai manter seu relacionamento social, em que deverá seguir os imperativos categóricos convencionados nessa Sociedade. Assim, aquele que age de modo ortodoxo em relação ao que axiologicamente foi convencionado e está consciente do que está fazendo é o que tem o comportamento ético. O acesso aos valores deve estar sempre atualizado em função do conhecimento da nossa cultura e da cultura universal.
A tendência atual é a de que a Ética tenha como preocupação comportamental as categorias profissionais, em especial, aquelas que possuem conselhos de classe e que, por isso, podem ter códigos de ética que conservem claramente o sentido corporativista das classes.
Os códigos de ética somente são criados quando as profissões possuem conselho de classe ou um órgão representativo da profissão, pois só assim a profissão terá representação e poderá preservar e proteger seus profissionais, através de um sistema interna corporis.
Na Publicidade, o código regulamentador da conduta profissional dos publicitários é o previsto na Lei nº 4.680, de 18/06/65, e o CONAR
Aula 2: Avaliação Moral
Definição: Conj. De normas aceitas, livres e conscientemente, que orientam a vida individual e social do homem.
Avaliação
Avaliar é julgar, isto é, aplicar um juízo de valor. Valor é algo que se atribui é a importância que se dá a determinado conhecimento. Deve ser avaliado o ato e não o sujeito. Na avaliação é preciso levar em consideração o objeto, o valor atribuível e a importância do sujeito que avalia.
O objeto da avaliação é o ato e não o sujeito por causa a necessidade do avaliador ser isento.
O valor atribuível deve levar sempre em consideração as condições em que o ato é realizado, por que existem profissões em que não é possível executá-las conforme planejamento, como por exemplo, o jornalismo. Outras profissões são passíveis e possíveis de seguir um planejameto, como por exemplo, a publicidade. Nessas profissões trabalhar de afogadílho ou de emergência não é atenuante e sim um agravante.
O sujeito que avalia deve ter isenção autonomia e conhecimento, fundamentados nos seguintes pressupostos: teóricos, práticos, técnicos, sociais, lógicos e dialéticos.
Para localizar a árvore é necessário observar onde ela se encontra na floresta, logo é necessário conhecer a floresta para saber onde fica a árvore.
O conceito explicado anteriormente sugere que o homem ao adquirir sua identidade social, isto é, quando começa a representar o seu papel social, elege o modelo de comportamento mais confortável e seguro para a execução de suas obrigações e compromissos dentro do grupo social a que pertence. O homem, além da segurança e do conforto, também procura ser independente e livre.
Independência significa não necessitar de alguém para se manter ativo em suas relações sociais, pois ele é suficientemente dotado de recursos que permitem que ele não procure suporte no seu interlocutor.
Liberdade é a ausência de coação interna e externa. A coação interna não existirá quando a razão controlar a emoção, pois todos os seus atos serão conscientes, e usando a razão, ele somente fará aquilo que terá condição de responder pelas conseqüências dos mesmos. Isto demonstra que o homem precisa ter noção do seu limite, agindo racionalmente, e não por impulsos provocados pela emoção.
Externamente, a liberdade existe quando o homem é competente. Isto significa que, quando está preparado para instrumentalizar o seu conhecimento, não terá nada a temer, pois conhece o espaço, o limite e a competência dos outros e não ficará impressionado com nada e terá consciência de que é capaz. Capaz éaquele homem que sabe instrumentalizar o seu conhecimento e também sabe onde usá-lo, pois tem a perfeita noção dos seus limites.
Moralidade
É o caráter próprio de tudo aquilo que se conforma com as normas morais. É, na realidade, o agir do homem em conformidade com as regras, que consiste no dever, isto é, o móvel da ação ou idéia do dever. É ter a plena consciência do que está fazendo.
Estrutura do Ato Moral
Ato moral tem o significado de ação, que é uma operação humana intencional, fruto da atividade intelectual do homem. O ato difere da ação, que significa aquilo que foi realizado, o que foi alcançado.
Na realidade, ato é a vontade de fazer e ação o que está feito. O ato pode ser um movimento que tem o seu fim em si mesmo, por exemplo, o ver, o estudar. É uma ação que tem o seu fim fora de si, por exemplo, o caminhar, o construir. O ato, por ser uma manifestação de vontade, tem uma estrutura, que veremos a seguir.
Iniciativa: que é a manifestação da vontade do agente para um determinado valor ou objeto;
Decisão: que é a escolha do meio adequado que permite alcançar o fim desejado;
Objetivo: é a consumação do interesse, é quando o agente alcança o fim desejado.
Acesse a Biblioteca da Disciplina, opção Material da Aula, acesse e leia o texto Estrutura.
Após a realização da aula avance para a próxima tela e faça o exercício de autocorreção.
Aula 3: Doutrinas Éticas
Doutrinas Éticas
O relacionamento social deve ser harmonioso, mas mesmo assim, apresenta problemas de comportamento e entendimento entre os homens. Como resposta a esses desentendimentos, o próprio homem desenvolveu, em épocas e sociedades diferentes, doutrinas éticas que também procuravam encontrar soluções para os problemas do comportamento humano e que fossem moralmente efetivos.
Dessa forma, procura-se explicar o surgimento e a sucessão de doutrinas éticas em conexão com as mudanças das estruturas sociais.
A Ética é importante para a Sociedade, pois os homens continuam buscando respostas para as perguntas fundamentais na vida pessoal e coletiva. O que ocorre é a inexistência de uma única resposta e, também, não há uma única forma de procurá-la. Algumas são mais claras e coerentes, outras não.
As Doutrinas Éticas não devem ser analisadas e consideradas isoladamente, mas sim dentro do processo histórico, pois é importante observar a relação da história com a Ética.
As mudanças sociais implicam em mudanças éticas. Os valores, quando entram em crise por causa de mudanças sociais, exigem justificação ou a sua substituição por outros, provocando a necessidade de novas reflexões ou teorias, pois os conceitos passam a ser questionados.
“A atividade humana tem por objetivo sujeitar a natureza às necessidades do corpo. Daí, a necessidade de que o mundo seja organizado em função de sua vontade. Esta é a razão porque os homens criam universos simbólicos”.
(Rubem Alves - 1984, p. 12, Tempo dos Oprimidos).
 
As Doutrinas Éticas surgem com a Filosofia Grega, por ocasião do século V a.C.. O mundo mítico de Sófocles e Homero era dotado de uma inteligibilidade complexa. No entanto, o humano era perceptível e visível nas tragédias bem como o persistente desejo de sistematização e de clareza na concepção grega, que começava a apresentar novas formas. Essa mudança ocorreu na região da Jonia, com Thales de Mileto e seus sucessores Anaximandro e Anaxímenes, e era o início do processo de reflexão para a compreensão do mundo.
Os primeiros filósofos têm uma preocupação com a origem do mundo: são cosmogênicos. A natureza deveria ser explicada em seus próprios termos, não por algo fundamentalmente além dela, tudo de forma impessoal e não através de Deuses personalizados.
No século V a.C., quando os filósofos gregos passaram a interrogar a sociedade, a preocupação maior passou a ser o homem como um ente social e suas relações decorrentes desse convívio social e não a origem do movimento.
Os Sofistas
Os sofistas eram filósofos tidos como docentes profissionais, itinerantes, humanistas, leigos de espírito liberal, que ofereciam ao mesmo tempo instrução intelectual e orientação para o sucesso na vida prática. Os serviços dos sofistas eram muito procurados, despertando o interesse e a ambição daqueles que almejavam ter mais possibilidades de participação política na Polis. O pensamento sofista era racionalista e naturalista.
Afirmavam que o homem era a medida de todas as coisas, seu julgamento pessoal a respeito da vida cotidiana deveria constituir a base de sua conduta e de suas crenças pessoais. A verdade era relativa, não absoluta.
Pregavam o não-conformismo ingênuo, a religião tradicional e que não deviam se entregar às grandes especulações abstratas.
O valor máximo de qualquer religião ou crença só poderia entrar em julgamento por sua utilidade prática para atender às necessidades pessoais da vida. Não suportavam a argumentação crítica e eram mestres da persuasão e da retórica. O conhecimento só era válido se fosse prático, se pudesse influenciar na vida pública.
Retórica Judicial é aquela que utiliza um discurso fortalecendo o histórico do produto.
Retórica Demonstrativa é a que otimiza as qualidades do produto quando apresenta-o ao público.
Retórica Deliberativa é aquela que procura valorizar o produto que será lançado no mercado.
As normas, por serem humanas, são transitórias: não existe nem a verdade nem o erro.
Sócrates
Nasceu no ano 470 a.C. e morreu em 399 a.C. envenenado, após condenação à morte, acusado de corrupção à juventude ateniense por sua filosofia e pela não crença nos deuses da cidade de Atenas. Ele negou a permuta da morte pelo desterro, porque dessa forma admitiria a culpa. A filosofia de Sócrates opunha-se à arte da argumentação dos sofistas (que tem por objetivo a vitória e não a verdade).
Diálogo era o método de ensino adotado por Sócrates e que se realizava através de conversas feitas em caminhadas. Nessas conversas, Sócrates se apresentava como um ignorante, aquele que necessitava de ensinamentos, a fim de que o interlocutor participasse do diálogo sem medo e através de perguntas direcionadas. Sócrates conseguia que o seu parceiro tivesse uma visão crítica sobre o tema discutido.
Esse tipo de diálogo assustava as pessoas que não tinham segurança, pois eram levadas à contradição, a Dúvida Metódica.
 Termo grego que significa a “arte de dar a luz às idéias”. Sócrates compara o método “maiêutico” a uma “arte obstétrica”, atribuindo a si mesmo o papel de parteira, isto é, dando a luz aos conhecimentos que se formavam na mente dos discípulos.
(...) “A minha arte obstétrica tem atribuições iguais às das parteiras, com a diferença de não partejar mulheres, porém homens, e de acompanhar as almas, não os corpos, em seu trabalho de parto. Porém, a grande superioridade da minha arte consiste na faculdade de conhecer de pronto se o que a alma dos jovens está na iminência de conceber é alguma quimera e falsidade ou fruto legítimo e verdadeiro. Neste particular, sou igualzinho às parteiras: estéril em matéria de sabedoria, tendo grande fundo de verdade a censura que muitos me assacam, de só interrogar os outros, sem nunca apresentar opinião pessoal sobre nenhum assunto, por carecer, justamente, de sabedoria”.
(Teeteto, Platão)
Sócrates era irônico: daí a célebre frase “Só sei que nada sei”. Sócrates não escreveu nenhum livro, sua obra filosófica chegou a nós por intermédio de Xenofonte e de seu discípulo mais brilhante, que foi Platão.
Para Sócrates, o saber era fundamental principalmente a respeito do homem. Daí a frase “conheça a ti mesmo”, que apresenta três características:
1. É um conhecimento universalmente válido, contrariando os Sofistas.
2. É, antes de tudo, um conhecimento moral.
3. É um conhecimento prático: conhecer para agir corretamente.
Platão
Nasceu em Atenas em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. A filosofia grega recebeu sua formação inicial de Sócrates, e definiu-se nos Diálogos de Platão.
No geral, entende-se como Platonismo o que gira em torno de sua doutrina fundamental, quecompreende a existência de Idéias ou Formas Arquetípicas.
É necessário saber que as Formas Platônicas não existem nas abstrações conceituais que a mente humana cria pela generalização de uma classe de particulares. Ao contrário, elas possuem uma qualidade de ser, um grau de realidade superior ao mundo concreto.
Dualismo: Mundo sensorial e mundo das idéias: um objeto é o que é, em virtude da idéia que o define.
O dualismo foi criado por Platão em razão da percepção que ele tinha da imperfeição humana, logo o homem só é perfeito nas idéias. A ética de Platão é decorrente do dualismo.
Exemplo: avaliar um curso melhor do que outro pressupõe a existência de um bom absoluto, para que possam ser comparados.
Na concepção metafísica de Platão, a idéia do bom, que deve ser uma realidade perfeita e eterna, só se encontra no mundo das idéias.
Outro aspecto da Ética platônica está na doutrina da alma, princípio que anima o homem e consta de três partes: razão, ânimo ou vontade e apetite.
A razão contempla o raciocínio, é a parte superior. O apetite se relaciona com as necessidades corporais, é a parte inferior. Pela razão, faculdade superior, o homem se eleva ao mundo das idéias e seu fim é purificar-se ou libertar-se da matéria para contemplar a idéia do bem. O alcance dessa purificação está na prática de várias virtudes, que correspondem a cada uma das partes da alma. A harmonia entre essas virtudes constitui a justiça.
Virtudes
Razão = prudência
Ânimo = fortaleza
Apetite = satisfação = temperança
“O homem é bom enquanto bom cidadão”. Esta frase de Platão aponta para várias reflexões:
Aristóteles
	Aristóteles nasceu em Estagira, na Macedônia, no ano de 384 a.C., e morreu no ano de 322 a.C. Era filho de Nicomano, médico de Felipe, Rei da Macedônia, discípulo de Platão durante 20 anos e professor de Alexandre, o Grande.
A Filosofia Aristotélica tem uma grande amplitude temática e uma fundamentação enciclopédica. Ele foi o primeiro a estabelecer e reconhecer uma diferenciação interna que conduziu o estabelecimento de ramos científicos separados: Psicologia, Metafísica, Sociologia, Lógica, Zoologia, Botânica, etc.
Em todos os campos é possível reconhecer uma metodologia cuidadosa e rigorosa que trabalha de forma conseqüente com termos e definições claras.
Aristóteles é considerado o fundador da historiografia da Filosofia, pois citou, criticou e reconstruiu a teoria de outros filósofos. Sua obra também é uma fonte de escritos pré-socráticos.
Herdou de Platão os princípios teóricos ligados à Filosofia da Linguagem e à Lógica, bem como a suposição de que tanto a ação como os fenômenos naturais têm uma finalidade teológica.
Rejeitou radicalmente a teoria das idéias, descrevendo-a como um conjunto de palavras ocas e metafóricas. Para ele, os princípios básicos do mundo não são as idéias transcendentes, mas sim as formas que tem um efeito imanente nas coisas.
Outra diferença entre Platão e Aristóteles está no estudo separado da natureza e, em especial, na análise e na explicação do problema do devir, no qual ocorre e desenvolve as distinções entre matéria e forma, bem como, o ato e a potência.
No livro Organon, encontra-se a lógica de Aristóteles, em que é apresentada a Doutrina da Conclusão (silogismo) e com ela o conhecimento de que determinadas conclusões só podem ser consideradas válidas graças a sua forma.
Na Filosofia da Linguagem, Aristóteles aproveitou a definição platônica da frase verdadeira ser composta de sujeito e predicado e desenvolveu, no Tratado das Categorias, uma teoria segundo aquilo que é possível ser exprimido como afirmações e pode ser dividido em dez tipos de predicação:
 substância;
 quantidade;
 relação;
 lugar;
 tempo;
 posse;
 posição;
 ação;
 qualidade;
 sofrimento.
Há dois tipos de substância:
1. a que se refere às coisas isoladas concretas;
2. a que expressa o ser ou a definição das coisas.
A Ética Racionalista
A ética socrática é racionalista, pois nela se encontra:
a) uma concepção de bem e do bom;
b) a virtude relacionada ao conhecimento e o vício à ignorância. Para Sócrates, ninguém fazia o mal voluntariamente: fazia porque era ignorante.
A ética de Sócrates é seu calcanhar-de-aquiles, pois nem sempre o conhecimento é utilizado para a prática do bem e nem sempre os desprovidos de cultura praticam o mal ou são maus.
A Ética de Aristóteles é a ética da felicidade e da virtude. Parte do fato de que toda a ação tem por base a noção de um objetivo, que, como idéia central, determina a atividade respectiva.
Define o bem como o objetivo a ser alcançado como resultado de uma ação; o bem geral que abrange todos os objetivos isolados que podem ser alcançados pela felicidade – que é o valor superior procurado pelo homem. Aristóteles afirmava que é necessário ter o mínimo de condições de saúde e econômicas para alcançar a felicidade.
Ele reconheceu quais virtudes éticas existiam no fato de saber escolher qual o meio justo e certo entre dois extremos. Para ele, a virtude estava no meio, entendido como um instrumento de ação que evita a radicalização. A coragem está no meio, entre a covardia e o arrebatamento.
Em sua obra Ética a nicômacos, Aristóteles apresenta as virtudes racionais, que são definidas de forma racional e científica, em que mostra ser necessário se esforçar para atingir o máximo possível em todas as coisas de que participa. Ato e Potência fazem parte da Metafísica de Aristóteles, na qual não reconhece a idéia como transcendência e busca superar o Dualismo Platônico.
Para Aristóteles, a essência das coisas está nelas mesmas, estando essa mesma essência nas coisas a priori em potência. Essa essência se atualiza e, no objeto, matéria e forma produzem uma unidade. 
Clique no Fórum  e comente sobre a importância da determinação na busca de metas e apresente as diferenças entre forma e matéria existentes nas peças promocionais.
Após a realização da aula avance para a próxima tela e faça o exercício de autocorreção.
Aula 4: Ética Normativa e Descritiva
A Ética Normativa baseia-se em normas da convenção corporativa que regem o ato profissional, através de um código de conduta, estabelecido pela associação de representação dos profissionais.
Entendem-se como convenção social os valores contemplados por uma sociedade em razão de sua matriz cultural e como convenção corporativa os valores contemplados por uma profissão.
Ética Normativa e Descritiva está faltando o conceito de
Ética Descritiva "que é representada pelos fatos regendo os atos,
isto é o  profissional deve ter a consciência de que um acontecimento
qualquer será capaz de orientar um ato profissional". Exemplo: quando ocorre algum conflito urbano gerador de violência, as agencias de publicidade começam, através de Anúncios de Oportunidades, a divulgar empresas de segurança, carros  blindados. Enfim, produtos que garantam a segurança pessoal física e a propriedade das pessoas.
Acontecimentos como Olimpíadas, Copa do Mundo, Festa Junina, Círio de Nazaré, Natal, Carnaval etc.  não são acontecimentos geradores de anúncios de oportunidade, pois são previstos no calendário. Logo, podem ser planejados.
Em publicidade, existe o CONAR  (Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária), que foi criado com a colaboração de todos os representantes dos vários segmentos que participam das peças promocionais, desde os profissionais até os veículos de divulgação, os quais se incluem:
 publicitários;
 agência;
 veículos impressos e eletrônicos, bem como os representantes dos consumidores e fornecedores de produtos e serviços.
O CONAR tem como princípio permitir que todas as peças sejam veiculadas sem um exame prévio, pois em conformidade com a Constituição Federal, ele acata a liberdade de opinião e expressão e não exerce nenhuma atividade de censura.
O CONAR funciona como órgão norteador da atividade publicitária, sinalizando e informando sobre as peças promocionais abusivas e/ou enganosas. As que são contrárias à legislação em vigor, não devem ser veiculadas.Em seus artigos, este código diz quais são as características de anúncios enganosos, abusivos e contrários à lei, bem como apresenta um anexo com as chamadas propagandas protegidas, que requerem uma observação especial.
	
Propaganda enganosa é toda mensagem publicitária mentirosa cujo produto anunciado não oferece as qualidades mencionadas.
Exemplo: ofertas de tônicos capilares, que fazem nascer cabelo, demonstrando de forma mentirosa a possibilidade de reverter o ciclo vital. Não existem produtos que promovam o rejuvenescimento, faça nascer cabelo, extingua rugas etc.
	Propaganda abusiva é aquela que explora o medo e a superstição, contraria a lei, incita a violência, que se aproveita da falta de discernimento, desrespeita valores ambientais e induza o consumidor a se comportar de modo que prejudique sua saúde ou segurança.
Exemplos:
 A propaganda do Banco Itaú que apresentava um cliente esperançoso ao buscar um empréstimo, portando um trevo de quatro folhas e uma figa. O cliente acreditava em superstição.
 O comercial de um automóvel, que explorava o preconceito. Um ex-presidiário pára diante de um automóvel e o alarme do veículo dispara. Voz em off: “Está na hora de você mudar seus conceitos”.
	
 
Acesse o Fórum , no tópico Anúncios de Oportunidade, e participe da discussão!
Após a realização da aula avance para a próxima tela e faça o exercício de autocorreção.
CONAR (Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária). Disponível em: www.conar.org.br 
LIVRO, Impresso do CONAR, que é o código nacional de auto regulamentação publicitaria.
SCHNEIDER, Ari, 25 anos de CONAR, Ed. Terceiro Nome, São Paulo, 2005, É O LIVRO TODO.
www.portalmedico.org.br/resoluções  Acessar e ler a 1974 que é o projeto de lei sobre propaganda de remédios.
www.cenp.com.br 
www.memoriadapropaganda.org.br 
www.arquivo.com.br 
Aula 5: Conceito, Origem, Objeto e Fontes do Direito
Conceito 
O Direito é uma ciência social que disciplina a vida social do homem, através de um conjunto de normas gerais e coercitivas. As normas jurídicas são coercitivas, pois elas são impositivas e apresentam um imperativo hipotético e não categórico como a Ética.
A norma jurídica, quando recomenda uma ação, determina que se faça alguma coisa e quando o agente não faz, ele poderá ser punido.
Exemplo: toda obra intelectual precisa ser registrada para que o autor se beneficie dos direitos autorais. Se o autor não fizer o que a norma recomenda, ele não será o titular dos direitos.
Quando a norma jurídica recomenda que não se faça e a pessoa faz, ela poderá ser punida.
Exemplo: a norma diz "não roube, se alguém roubar poderá ser punido". A coerção é a força que tem o direito de nos obrigar a aceitá-la.
Origem
O Direito é uma ciência eminentemente social, pois se não existisse sociedade, não haveria necessidade de normas, já que não haveria procedimentos para serem disciplinados. O Direito surgiu quando apareceu o primeiro grupo social porque a partir disso as relações entre as pessoas começaram a se disciplinar.
Objetivo
O objeto do Direito é manter a harmonia nas relações sociais.
Fontes de Direito
As fontes do Direito são diretas e indiretas. As fontes diretas são o costume e a lei. Costume é conjunto de atos praticados por todos os membros de uma sociedade.
O costume apresenta três elementos: a continuidade, a generalidade e a publicidade.
Continuidade: a prática dos atos deve ser interrupta e continuada.
Generalidade: todos devem praticar de forma idêntica e devem agir em determinados acontecimentos.
Publicidade: o costume deve ser de conhecimento de todos os membros da sociedade.
O costume é diferente do hábito, que é pessoal, individual. O costume difere também da moda, que é sazonal e não é geral. O costume atualmente não é muito utilizado, tendo em vista que o mesmo gerou direitos e, com o início da sociedade urbana e o surgimento da comunicação escrita e o surgimento dos Estados Soberanos, o Direito começou a se positivar e cada estado soberano passou a ter o seu sistema normativo.
Em publicidade, um costume que se transformou em Direito foi o pagamento de 20% dos veículos para as agências pela veiculação de campanhas publicitárias.
As leis são preceitos gerais e coercitivos, procedentes do poder competente, que disciplinam a vida do homem em sociedade.
Quanto ao âmbito, as leis podem ser Federais, Estaduais e Municipais.
Federais: Leis Federais são as que têm aplicação em todo o território nacional.
Estaduais: Leis Estaduais são aquelas que somente se aplicam em seus estados.
Municipais: Leis Municipais são aplicáveis somente em seus municípios.
A regulamentação da divulgação publicitária através de outdoors obedece à legislação de cada município.
O Poder competente para legislar no Âmbito Federal é o Congresso Nacional que é composto pela Câmara (representantes do povo) e pelo Senado (representantes dos Estados).
O Poder competente para legislar em um Estado é a Assembléia Legislativa (formada pelos Deputados Estaduais).
O Poder competente para legislar no Município é a Câmara Municipal (formada pelos vereadores).
O trajeto percorrido para que um projeto de lei se transforme em lei é o seguinte:
A partir da publicação, a lei passa a ser um imperativo e vigorará em todo território nacional a partir do prazo estipulado na Lei de Introdução ao Código Civil (45 dias) ou do prazo mencionado em seu texto. O intervalo entre a publicação da lei e sua entrada em vigor chama-se vacatio legis (lapso de tempo em que a mesma não produz efeito algum).
Atualmente, a iniciativa de propor um projeto de lei pode ser feita por qualquer cidadão (parágrafo 2º do artigo 61 da Constituição Federal), devendo o cidadão apresentar à Câmara dos Deputados um projeto subscrito por um por cento do número de eleitores (no mínimo) existentes no país, distribuídos pelo menos em cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.`
A doutrina desempenha um papel de coadjuvante nas fontes de Direito (Du Pasquier, in Pauperio) e é um conjunto de soluções apresentadas pelos trabalhos jurídicos, em latim “communis ópio doctorum”.
A doutrina não é aceita pacificamente pelos juristas e autores, pois alguns, dentre eles Ferrara, dizem que: “a Doutrina não é fonte de Direito, pois ela não pode se identificar com sua criação, ela encontra o que já contem o Direito”.
Outros afirmam que ela é fonte de Direito, pois os jurisconsultos, estudiosos, mestres, autores e comentadores do Direito apresentaram e apresentam grande contribuição a sistematização jurídica. Além de que repetir os ensinamentos e refletir sobre os mesmos produz novas informações. Um dos maiores monumentos jurídicos da história do Direito é o Digesto, uma compilação extraída do legado escrito pelos principais juristas romanos.
Jurisprudência
A jurisprudência é a decisão uniforme dos tribunais, isto é, o Direito estabelecido pelas decisões do poder judiciário. Para alguns a jurisprudência não é fonte de Direito, porque o legislador legisla em tese, in abstracto, o magistrado em hipótese, in concreto, se tornando o legislador dos casos particulares.
Mas há casos em que os juízes têm que criar o Direito diante das lacunas legais. E quando a jurisprudência supre as lacunas legais, ela se transforma em fonte de Direito.
Direito Público e Direito Privado
São elementos essenciais ao Direito da Justiça, que têm o sentido da igualdade – todos são iguais perante a lei. Ordem que na realidade é o objetivo do Direito e a segurança, que é a garantia do cumprimento do Direito.
No início da vida social, ainda quando não existiam as sociedades mais adiantadas em termos institucionais, o Direito existente era o Direito Natural. Este Direito compreende um conjunto de princípios de origem divina e da razão ou da “natureza das coisas” que regula a sociedade humana. O Direito Natural tem como característica ser universal e imutável, porque a natureza humana é imutável e universal.
Com o surgimento do mundo moderno e a perdado poder da igreja, o Direito Natural adquiriu um caráter laico, principalmente nos séculos XVI e XVII, passando a derivar da Razão e não da lei divina.
Direito Positivo
É o conjunto de normas jurídicas em vigor, que se impõe às pessoas e às instituições, sob coação ou sanção da força pública, em quaisquer dos aspectos em que se manifeste (Plácido Silva, vocabulário jurídico).
O Direito Positivo é aquele que está em vigor nos países. Constitui o Sistema Normativo de cada Estado país.
Aula 6: Direito Público e Privado e Textos Constitucionais
Direito Público
É o conjunto de normas elaboradas para regularem os interesses de ordem coletiva, ou seja, a organização das instituições políticas de um país, as relações dos poderes públicos entre si, e destes com as instituições particulares, não isoladamente, mas como membros da coletividade e na defesa dos interesses da sociedade.
Direito Privado
É o conjunto de normas que regulam as atividades e os interesses dos homens. Algumas relações interpessoais, embora sejam de direito privado, precisam da interveniência do Direito Público.
Exemplo: O casamento, que é regulado pelo Direito Civil (ramo de Direito Privado), precisa ser homologado por um juiz (poder público para produzir os efeitos legais). A suspensão do contrato de trabalho, que é a licença sem vencimentos e é privativo, precisa ser homologada em uma junta trabalhista.
	Hoje em dia é considerada matéria de Direito Público os acontecimentos em que o Estado é sujeito na relação jurídica. Dos ramos do Direito Público e do Direito Privado, só interessa para o estudante desta disciplina aqueles que envolvem a atividade publicitária.
A diferença entre Direito Público e Privado é muito mais didática do que prática.
Textos Constitucionais
Os textos constitucionais que interessam ao publicitário estão no artigo 5º da Constituição e nos seus incisos IV, IX, X, XI, XII, XXVII, XXVIII (letra a), XXIX, XXXII, LXIX, LXX, LXXI e LXXIII.
Sobre os textos constitucionais, o que envolve a publicidade está mencionado, mas algumas considerações seguem:
Aula 7: Direito de Imagem
Direito de Imagem é um direito pessoal e, portanto, de uso exclusivo da pessoa, que pode ser usado por terceiros somente mediante permissão feita através de manifestação expressa.
Amparo Legal
O Direito de Imagem está amparado na Constituição Federal no artigo 5º, Incisos X e XXVIII, especificamente na letra a e nos artigos 20 e 21 do Código Civil Brasileiro.
	A Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso X, declara que a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas são invioláveis e protege a imagem e a voz humana no seu inciso XXVIII, letra a.
A Constituição erigiu a esses valores humanos a condição de direito individual em seus incisos e não em seu caput. Assim, se considera a imagem como um direito conexo ao da vida, como reflexo ou manifestação deste.
A imagem constitui, pois, objeto de um direito independente da personalidade.
A inviolabilidade da imagem da pessoa consiste na tutela do aspecto físico, como se parece visivelmente, que segundo Adriano de Cupis é “essa reserva pessoal, no que tange ao aspecto físico que, de resto, reflete também personalidade moral do indivíduo, satisfaz uma exigência espiritual de isolamento, uma necessidade moral”.
O Código Civil em seu artigo 20 diz que, salvo se autorizadas ou necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderá ser proibida, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se destinarem a fins comerciais.
O mencionado artigo 20 deixa bem claro que a imagem de uma pessoa só pode ser utilizada comercialmente com a permissão da mesma.
Artigo 21 do Código Civil: A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
Nesse artigo, fica bem claro que a imagem das pessoas em lugares privativos não pode ser utilizada e nem exposta sem a autorização das mesmas. O que permite o uso da imagem de uma pessoa por outra é a cessão de direitos, que é um ato bilateral que poderá ser oneroso ou gratuito, vitalício ou temporário, com exclusividade total ou de segmento.
Para se interar mais sobre o assunto desta aula, conheça agora o que é cessão vitalícia e temporária!
É aquela em que o cedente permite que o cessionário use a sua imagem enquanto viver, podendo ser com exclusividade de segmento de mercado, ou seja, que permite o uso somente para uma determinada ou determinadas linhas de produtos. A exclusividade total permite o uso comercial para todos os segmentos de mercado.
É aquela em que o cedente permite o uso de sua imagem por um determinado tempo, podendo ser total ou parcial.
Nas cessões temporárias, é sempre bom prever uma quarentena (um tempo maior que o utilizado na campanha publicitária), pois a imagem fica atrelada ao produto e se o cessionário não pede quarentena, o cedente poderá utilizar a sua imagem logo a seguir, em um comercial concorrente.
Após a realização da aula avance para a próxima tela e faça o exercício de autocorreção.
LIVRO: Constituição Federal artigo 5º e Codigo Civil B rasileiro, artigos 20 e 21.
Aula 8: Direitos Autorais
Conceito
Direito autoral é o que assegura ao autor de obra intelectual, artística ou científica a propriedade exclusiva sobre a mesma, para que somente ele possa fruir e gozar de todos os benefícios e vantagens que dela possam decorrer, segundo os princípios que se inscrevem na Lei Civil.
Por direito de propriedade autoral, portanto, entende-se o direito de exploração comercial da mesma obra, em virtude do que pode dispor e gozar dela como melhor lhe aprouver, dentro do período prefixado em lei (Plácido Silva, in Vocabulário Jurídico).
Amparo legal
O direito autoral está protegido pelos seguintes diplomas legais que você deve conhecer.
a) Constituição Federal – art. 5º, Inciso XXVII.
b) Código Civil – art. 83, III, arts. 1.829 a 1.850 da sucessão.
c) Código Penal – arts. 184 a 186, sanções a quem violar os direitos autorais; art. 185 (usurpação de nome ou pseudônimo alheio).
d) Súmula 386 do STF - “pela execução de obra musical por artistas remunerados é devido direito autoral, não exigível quando a orquestra for de amadores”.
e) Súmula 63 do STJ - “são devidos direitos autorais pela retransmissão radiofônica de músicas em estabelecimentos comerciais”.
f) Súmula 228 do STJ - “é inadmissível o interdito proibitório para a proteção autoral”.
g) Lei nº 5.805 - estabelece normas destinadas a reservar a autenticidade das obras literárias caídas no domínio público.
h) Lei 5.988/73.
i) Lei 9.610/98 - regulamenta os direitos autorais.
Os direitos autorais e a autoria estão em conformidade com a Lei 9.610/98. Para estudar a questão, acesse a Biblioteca da Disciplina , seção Material da Aula, e leia o texto Direitos autorais e autoria.
Direitos patrimoniais do autor
Os direitos patrimoniais do autor estão protegidos pelos arts. 28 a 45 da Lei 9.610/98. De acordo com essa Lei, somente o autor tem o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor da obra literária, artística ou científica.
O uso temporário ou definitivo da obra depende de sua autorização prévia e expressa, conforme rege o art. 29 da Lei 9.610/98.
O art. 37 esclarece que a aquisição do original de uma obra, ou de exemplar, não confere ao adquirente qualquer dos direitos patrimoniais do autor, salvo convenção em contrário entre as partes e os casos previstos nesta Lei. Tal aspecto é reforçado no art. 38. Segundo este, o autor tem o direito, irrenunciável e inalienável, de perceber no mínimo 5% sobre o aumento do preço eventualmente verificável em cada revenda.
Leia o art. 29 da Lei 9.610/98, que trata da modalidade de uso da obra autoral. Para isso, clique em Biblioteca da Disciplina , seção Material da Aula, e acesse o textoModalidade de uso.
Da duração dos direitos
Segundo o art. 41 da Lei 9.610/98, os direitos patrimoniais do autor perduram por 70 anos, contados de 1º de janeiro do ano subseqüente ao de seu falecimento, obedecida a ordem sucessória da Lei Civil.
Na ordem sucessória, primeiro os herdeiros diretos, chamados de necessários, que são filho, neto, bisneto na linha descendente e pai e avô na linha ascendente e o cônjuge. Segundo, os herdeiros colaterais: irmão, sobrinho, tio, primo.
Os herdeiros diretos preservam os direitos de forma vitalícia e os colaterais somente por 70 anos.
Limitações aos direitos autorais
Estão dispostas no art. 46 da Lei 9.610/98. Para ler seu conteúdo, clique em Biblioteca da Disciplina , seção Material da Aula, e acesse o texto Das limitações aos direitos autorais.
Transferência dos direitos autorais
Os direitos autorais podem ser transferidos, total ou parcialmente, conforme manifestação expressa em ato jurídico (contrato de cessão de direitos). Cessão é o instrumento utilizado para fazer transferência de direitos autorais. Permite o uso de obra alheia por tempo indeterminado ou determinado.
Leia o art. 49 da Lei 9.610/98, que trata da transferência. Clique em Biblioteca da Disciplina, seção Material da Aula, e acesse o texto Da transferência dos direitos de autor.
Formas de violação do direito autoral
Plágio - consiste em copiar uma obra integral ou parcialmente, como se a mesma fosse sua.
Fraude - consiste na falsificação da obra.
Contrafação - é a publicação de uma obra sem a permissão do autor, mesmo com a menção de seu nome.
Da comunicação ao público
O artigo 68 da Lei 9.610/98 diz que, sem a prévia e expressa autorização do autor ou titular, não poderão ser utilizadas obras teatrais, composições musicais ou lítero-musicais e fonogramas em representações e execuções públicas.
Logo, todo e qualquer evento que utilizar obra artística ou musical tem que providenciar a autorização ou permissão dos seus autores para que o espetáculo não possa ser interrompido por afrontar a lei.
Após a realização da aula avance para a próxima tela e faça o exercício de autocorreção.
LIVRO: Constituição Federal Artigo 5º, Lei 9610/98
LIVRO : Direito Autoral, apresentação de Newton Paulo Teixeira dos Santos- das fls. 25 a 71
Aula 9: A Defesa do Consumidor e a Publicidade
No Brasil, a legislação esparsa é rica, pois além de implantar órgãos que controlam os preços, como a Sunab, criou também outros órgãos de defesa do consumidor. O Código Penal pune o abuso econômico, bem como a fraude nos produtos e o dolo nos negócios.
A legislação propriamente dita surge a partir da Constituição Federal de 1988, que estabeleceu normas que possibilitaram a criação do Código de Defesa do Consumidor em 1990.
Histórico
Foi criada para proteger a classe mais frágil.
Amparo Legal
Constituição Federal
Art. 5º - Inciso XXXII
Art. 170 - Inciso V
Lei 8078/90 - Código de Defesa do Consumidor
Da Publicidade 
Da oferta
Práticas abusivas
Processo de Compra e Venda - Relação de consumo
Atividade
Pesquise peças promocionais que demonstrem as mudanças de valores em relação à adequação do produto com vínculo à mensagem dirigida ao público-alvo e disponibilize em Trabalhos a Concluir .
Após a realização da aula avance para a próxima tela e faça o exercício de autocorreção.
Participe do Fórum, no tópico Orientação do Trabalho, para tirar dúvidas sobre a realização do trabalho solicitado.
Aula 10: Fato e ato jurídico/Responsabilidade Civil/Contratos
O estudo dos atos jurídicos é importante para os profissionais de publicidade, principalmente para casos de elaboração e/ou cumprimento de contratos. É também importante para a realização de campanhas que podem estabelecer a responsabilidade civil dos profissionais.
Fato jurídico
É o elemento que dá origem a direitos objetivos, motivando a criação da 
relação jurídica, concretizando as normas jurídicas.
O fato jurídico não voluntário ou natural é o que ocorre independente da vontade do homem, apresentando condições materiais e jurídicas para estabelecer uma relação jurídica.
Classificam-se em fatos:
Naturais
Advêm da natureza sem a participação ou manifestação de vontade humana e podem ser:
 ordinários (exemplo, o aluvião);
 extraordinários (exemplo, força maior).
Acontecimentos que levam à perda parcial ou total de uma propriedade, como um incêndio, naufrágio ou maremoto, provocam efeitos jurídicos.
Humanos
Dependem da vontade humana e abrangem:
 atos lícitos (legal);
 atos ilícitos (ilegal).
E podem ser:
- voluntários: se produzirem efeitos jurídicos desejados pelo agente que é o ato jurídico propriamente dito.
- involuntários: se forem independentes e alheios à vontade do agente e acarretarem conseqüências jurídicas. Exemplo: indenizações por danos materiais.
Ato jurídico
O ato jurídico decorre da manifestação de vontade das pessoas. Portanto, é preciso que haja a intencionalidade de fazer.
Desta forma, o ato se distingue do fato pela clara manifestação de vontade da pessoa que existe no primeiro e não existe no segundo.
 Ato
Exemplo: arranjo de uma obra musical
 Fato
Exemplo: destruição de um automóvel por um raio
O ato jurídico perfeito é aquele que está em conformidade com o artigo 104 do Código Civil brasileiro que estabelece o que é:
a) agente capaz
Como aquele que reúne condições de declarar e manifestar sua vontade. Esta capacidade jurídica está regulamentada no Código Civil brasileiro no Livro I das Pessoas, artigos 1º ao 5º.
Os artigos 3º e 4º do Código Civil definem, respectivamente:
 os absolutamente incapazes como aqueles que precisam da representação para que seus atos não sejam anulados.
 os relativamente capazes como aqueles que precisam da assistência para que seus atos não sejam anuláveis.
O artigo 5º trata da emancipação, que é um meio jurídico que transforma os relativamente capazes em capazes.
b) objeto lícito, possível, determinado ou determinável
Significa que o ato, além de estar previsto na lei, deve ser possível de ser realizado, sem o que não teria qualquer finalidade.
c) forma prescrita, ou não defesa em lei
Significa que o ato deve seguir o que determina um diploma legal, ou seja, ter amparo legal.
Classificação dos atos:
Unilaterais
Implicam apenas a vontade de uma pessoa ou parte. Exemplos: testamento e registro.
Bilaterais
Implicam também a vontade da outra parte.
Se for um ato bilateral simples a participação é de mera anuência. Exemplo: doação.
Se for um ato bilateral sinalagmático implica direitos e deveres. Exemplo: contrato.
O ato e o fato jurídico provocam:
Criação do direito por meio do ato ou do fato jurídico – uma pessoa toma posse ou se apropria de um bem, como de uma propriedade abandonada, de maneira direta, sem interposição ou transferência de alguém.
Transferência de um direito por compra e venda - quando alguém vende uma casa para outro, transfere o domínio e a posse do imóvel.
Modificação ocorre em caso de obra original cujo autor permite que seja modificada e transformada em uma outra obra que passa a se chamar obra derivada. Exemplos: a foto de um quadro ou a tradução ou versão de uma música original.
Extinção de direito ocorre pelo perecimento ou perda das qualidades essenciais do objeto (artigos 1.410, V, e 1.436, II do Código Civil).
Participe da discussão do Fórum , no tópico Utilização de pessoas em comerciais e participação de incapazes relativamente e absolutamente.
Após a realização da aula avance para a próxima tela e faça o exercício de autocorreção.
A responsabilidade civil é a obrigação que alguém tem de reparar o dano causado a outrem e fundamenta-se na culpa, que pode ser direta ou indireta.
As fontes da Responsabilidade Civil são os atos e os fatos jurídicos e a fundamentação está na culpa direta ou indireta. Acompanhar através dos artigos 927 a 954 do Código Civil.
 Culpa Direta: quando não há intermediário entre o cliente e a agência e esta comete um erro que causa prejuízos ao cliente.
Exemplo: Esquecimento dadivulgação de um produto nas datas agendadas.
 Culpa Indireta: quando a agência deixa de atender aos interesses do cliente.
Exemplo: Uma agência de automóveis programa a liquidação de veículos e terceiriza para uma gráfica a produção dos encartes. A gráfica erra o preço dos automóveis e coloca um zero a menos no valor, ou seja, no encarte, em vez de os veículos custarem 
R$ 25.000,00, custam R$ 2.500,00.
Podem ocorrer interferências externas. Exemplo: Você vai produzir um evento que trará o Paul McCartney ao Maracanã e se manifesta de forma expressa assumindo a realização do evento. No entanto, ocorre um temporal que impede a execução do show e você terá que arcar com os prejuízos. Se você não tivesse se comprometido, não haveria responsabilidade civil, mas, como assumiu, haverá.
Amparo Legal à Responsabilidade Civil está no Titulo IX, Capitulo I do Código Civil brasileiro, artigos 927 a 954.
O que é capacidade jurídica?
É o poder que as pessoas têm de representar contratos, podendo exigir direitos e contrair obrigações.
A capacidade jurídica está prevista nos artigos 3º, 4º, 5º do Código Civil. Acesse os artigos mencionados no site disponibilizado: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/leis/2002/L10406.htm 
Capacidade relativa é quando o agente precisa ser assistido por alguém plenamente capaz. Está previsto no artigo 4º do Código Civil. Exemplo: Contrato com uma pessoa de 17 anos para a realização de um comercial. Por ter 17 anos e não ser emancipada, ela precisa ser assistida porque é relativamente capaz.
Absolutamente incapaz é quando o agente precisa ser representado por alguém plenamente capaz. Está tipificado no artigo 4º do Código Civil.
Exemplo: Contratação de um bebê para a realização de um comercial de fraldas.
Representação - fazer no lugar de alguém ou fazer por alguém.
Assistência - fazer junto com alguém ou em conjunto.
Autorização - permissão para alguém fazer.
Tudo que é antijurídico é antiético e nem tudo que é legal é ético.
A responsabilidade civil nos ensina:
 a ter noção de fidelidade com o cliente;
 a ser cuidadoso no exame da embalagem, do contrato e das qualidades do produto;
 a importância de verificar sempre os anúncios de comerciais antes de serem divulgados.
O profissional deve ter compromisso com a sociedade, de um modo geral, e com os clientes.
Após a realização da aula avance para a próxima tela e faça o exercício de autocorreção.
Contrato, do latim contractus de contrahere, possui o sentido de ajuste, convenção, pacto, transação.
Dessa forma o contrato expressa a idéia do ajuste, da convenção, do pacto ou da convenção firmada ou acordada entre duas ou mais pessoas para um determinado fim, ou seja, adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos.
O contrato ocorre quando as partes (contratante e contratado) de forma recíproca ou somente uma delas assume a obrigação de dar, fazer ou não fazer alguma coisa. Fica claro que produz, como efeito principal, a criação de obrigações, que são assumidas pelas partes contratantes para a sua elaboração.
Inicialmente o contrato se manifesta através da vontade de uma das partes contratantes, que, mediante uma proposta, pede a manifestação da vontade da outra parte, que pode aceitar ou contrapropor. Se as vontades das partes se ajustam, se combinam ou consentem na formação do contrato, este então gera as obrigações nele contidas, seja reciprocamente para as partes contratantes quando é bilateral, seja para uma das partes quando for unilateral.
Resumindo:
O contrato bilateral é um acordo de vontades que gera obrigações entre as partes.
O contrato unilateral é aquele que produz obrigações apenas para uma delas.
Sem a manifestação de vontades das partes, expressa ou tácita, não haverá a formação do contrato.
O amparo legal dos contratos civis está previsto no Código Civil brasileiro, nos artigos 421 a 853, que está disponível para leitura em http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/leis/2002/L10406.htm 
Os contratos devem estar em conformidade com o texto legal em vigor. Contratos que contravenham a regra ou o princípio instituído em lei não se sustentam por falta de amparo legal.
A validade do contrato não se apóia unicamente na convenção firmada entre as partes, pois tem que se firmar em objeto lícito e certo, além da capacidade das partes e do seu livre consentimento.
São partes de um contrato:
 O contratante: aquele que contrata alguém para prestar um serviço, entregar alguma coisa, solicitar um seguro etc. 
 O contratado: aquele que tem a obrigação de prestar um serviço, de entregar alguma coisa, de prestar segurança, oferecer atendimento de saúde etc.
Todo contrato:
 tem um objetivo - Pretensão do contratante do que ele deseja ter, buscar ou fazer para ele;
 tem um tempo de duração; 
 tem obrigações que são umas dos contratantes e outras dos contratados; 
 tem obrigações mútuas (que envolvem as duas partes); 
 tem pagamento a ser efetuado pelo contratante ao contratado se for oneroso; 
 termina quando ocorre cumprimento das cláusulas pelas partes; 
 é passível de rescisão unilateral, desde que a parte que a promova responda pelo pagamento que essa atitude provoca; 
 pode ter ou não multa rescisória que sempre deve ser estipulada pelas partes; 
 deve ter o seu Foro determinado (local para julgar as demandas procedentes do descumprimento dos contratos); 
 deve ser assinado e ter suas folhas rubricadas pelas partes (As partes devem ser capazes e se não forem devem ser representadas ou assistidas por seus representantes legais. Por isso, que no cabeçalho de um contrato é sempre importante a qualificação das partes.) 
e testemunhas.
Nos contratos de publicidade em que há cessão para o uso de imagem de pessoas é sempre bom ter uma quarentena (Decurso de prazo após o término da campanha, a fim de evitar que imediatamente a pessoa faça uma campanha para um concorrente.).
Elabore um contrato de cessão de uso de imagem ou de cessão de direitos autorais com as respectivas cláusulas e envie ao professor através da ferramenta Trabalhos a Concluir .
Participe do Fórum, no tópico Orientação do Trabalho, para tirar dúvidas sobre a realização do trabalho solicitado.
Após a realização da aula avance para a próxima tela e faça o exercício de autocorreção.

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