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Curso: Engenharia Civil Meios de Propagação do Calor 1. Marcelo Batista Hoffmann 201602870403 Estácio Brasília 1. OBJETIVOS a. Identificar, comparar e classificar as formas de propagação do calor; b. Concluir que o calor para se propagar, necessita de uma diferença de temperatura entre as regiões de escoamento; e c. Concluir que o fluxo térmico sempre se verifica no sentido das temperaturas decrescentes. 2. INTRODUÇÃO TEÓRICA O calor é um tipo de energia que pode ser transferido de um corpo para o outro quando há diferença de temperatura entre eles. A transferência de calor pode ocorrer de três formas: radiação, condução e convecção. A radiação térmica, também conhecida como irradiação, é uma forma de transferência de calor que ocorre por meio de ondas eletromagnéticas. Como essas ondas podem propagar-se no vácuo, não é necessário que haja contato entre os corpos para haver transferência de calor. Todos os corpos emitem radiações térmicas que são proporcionais à sua temperatura. Quanto maior a temperatura, maior a quantidade de calor que o objeto irradia. Um exemplo desse processo é o que acontece com a Terra, que, mesmo sem estar em contato com o Sol, é aquecida por ele. Outro exemplo pode ser observado na figura a seguir: Podemos nos aquecer nas proximidades de uma lareira, sem ter contato direto com o fogo O calor também pode ser transferido de um meio para o outro por meio da condução. Para entender melhor esse processo de transferência de calor, imagine a seguinte situação: segurando uma barra de ferro em uma das suas extremidades e colocando a outra ponta sobre uma chama, ela começará a aquecer. Primeiramente, a parte que está sobre o fogo terá sua temperatura elevada, pois a chama está transferindo energia para a barra. As moléculas que a constituem começarão a ficar agitadas e chocar-se-ão com as outras que não estão em contato com o fogo. Essa agitação será transmitida de molécula para molécula até que todo o objeto fique aquecido. É assim que ocorre a condução de calor, a energia propaga-se em virtude da agitação molecular. Esse processo é mais eficiente em materiais como os metais, que são bons condutores de calor. Isso também explica o motivo das panelas serem feitas de metal. As panelas são feitas de metal porque são os melhores condutores de calor por condução Por fim, há a convecção, que é a forma de transferência de calor comum para os gases e líquidos. O exemplo a seguir descreve como acontece a convecção: Ao colocar água para ferver, a parte que está próxima ao fogo será a primeira a aquecer. Quando ela aquece, sofre expansão e fica menos densa que a água da superfície, sendo assim, ela desloca-se para ficar por cima, enquanto a parte mais fria e densa move-se para baixo. Esse ciclo repete-se várias vezes e forma uma corrente de convecção, que é ocasionada pela diferença entre as densidades, fazendo com que o calor seja transferido para todo o líquido. Observe como se forma a corrente de convecção 3. MATERIAL NECESSÁRIO 3.1 Trípe; 3.2 05 (cinco) esferas; 3.3 Fonte térmica (lâmpada e lamparina); 3.4 Vela; 3.5 Fósforo; 3.6 Conjunto demonstrativo; 3.7 Haste (trípe); 3.8 03 (três) sapatas niveladoras; e 3.9 03 (três) barras em “L”. 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4.1 Acionar o interruptor do conjunto demonstrativo grande (foto abaixo) para acender a lâmpada e observar a hélice girar. 4.2 Colocar a barra de alumínio no conjunto demonstrativo pequeno (foto abaixo); 4.3 Acender a vela e tampar (vedar) os 05 (cinco) orifícios da barra de alumínio; 4.4 Aguardar secar e colocar as esferas, sendo, uma em cada orifício, sobre a barra; 4.5 Colocar a vela acessa na extremidade livre da barra e marcar o tempo no momento em que cada esfera cair pelo orifício, até a quinta esfera; 4.6 Repetir os procedimentos a partir do número 4.2 para as barras de latão e cobre; 4.7 Analisar os resultados. 5. DADOS COLETADOS e RESULTADOS OBTIDOS 5.1 Conjunto demonstrativo grande Observou-se que, após acender a lâmpada, em poucos segundos a hélice começou a girar. Desta forma, verificamos duas formas de transferência de calor, ocasionado pela diferença de temperatura, conforme se segue: A primeira, irradiação de calor, pois ao acender a lâmpada ocorre a transferência de calor por meio de ondas eletromagnéticas, que se propagaram no vácuo, canalizando o calor para o “túnel” de metal em forma de “U”. A segunda, convecção, pois o calor ao ser canalizado para o “túnel” de metal em forma de “U” ocorre o deslocamento do ar, ou seja, o ar quente (menos denso) sobe e o ar frio (mais denso) desce, repetindo várias vezes, formando uma corrente de convecção, e fazendo a hélice girar. 5.2 Conjunto demonstrativo pequeno Tempo (s), calculado a partir do momento que a vela é colocada na extremidade da barra até a quinta esfera cair, ou seja, tempo contínuo. Calor específico (cal / g.°C) Orifícios 1 2 3 4 5 Latão 6 22 62 102 174 0,092 Cobre 13 32 57 95 146 0,094 Alumínio 8 32 81 146 243 0,22 Obs: a distância entre orifícios é de 3,5 cm, exceto “extremidade – orifício 1”, de 1,5 cm Observou-se que, após aproximar a vela acessa na extremidade livre de cada barra (latão, cobre e alumínio), a mesma começou a aquecer, pois a chama da vela transferiu energia (calor) para a barra, que desloca-se em direção ao quinto orifício, derretendo a vela dos orifícios, de forma crescente, fazendo com as esferas caiam, conforme tempos da tabela acima. Trata-se da condução, pois as moléculas que a constituem cada barra começam a ficar agitadas e chocaram-se com as outras que não estão em contato com o fogo, fazendo com que está agitação será transmitida. Verifica-se ainda uma relação do valor do calor específico de cada material com a condução de calor, ou seja, quanto maior o valor do calor específico, menos conduz energia (calor). Desta forma, o alumínio conduz menos energia que o latão e o cobre, conforme tempos obtidos neste experimento. 6. ANALISE DOS RESULTADOS OBTIDOS Após o término do experimento e análise dos resultados, verificamos que os objetivos foram plenamente atingidos e que, realmente, o calor para se propagar necessita de um diferença de temperatura entre as regiões de escoamento, bem como, o fluxo térmico sempre se verifica no sentido das temperaturas decrescentes. Ressalta-se ainda que as pequenas diferenças obtidas são normais, pois devemos considerar os seguintes fatores: habilidade do medidor, ao realizar a leitura do cronômetro, a distância da chama da vela até a extremidade de cada barra, bem como, ao fato das barras metálicas não serem 100% puras, isto é, não são constituídas, em sua totalidade, por um único material ou substância. 7. BIBLIOGRAFIA - www.ucb.br; - www.ebah.com.br; - www.mundoeducação.bol.uol.com.br; - www.sofisica.com.br; e - www.poli.usp.br
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