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PETIÇÃO SEMANA V

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS DA JUSTIÇA ESTADUAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA
PAULO, brasileiro, viúvo, aposentado, portador da carteira de identidade nº 00.000.000-0 inscrito no CPF sob o nº 000.000.000-00 residente e domiciliado na Rua Bauru, 371, Brusque /SC, telefone: 0000-0000, endereço eletrônico: xxxxxxx@xxxx.com. Vem a vossa excelência por meio do seu advogado DR: Jefferson Machado Martins, com endereço profissional situado na (endereço completo), propor: 
AÇÃO DECLATÓRA DE NULIDADE DE NEGOCIO JURIDICO, PELO RITO COMUM 
Em face de JUDITE, brasileira, solteira, advogada, portador da carteira de identidade nº 00.000.000-0 inscrito no CPF sob o nº 000.000.000-00, residente e domiciliada na Rua dos Diamantes, 371, BRUSQUE/SC, telefone: 0000-0000, endereço eletrônico: xxxxxxx@xxxx.com. JONATAS, espanhol, casado, comerciante, portador da carteira de identidade nº 00.000.000-0 inscrito no CPF sob o nº 000.000.000-00 residente e domiciliado na Rua Jirau, 366, Florianópolis/SC, telefone: 0000-0000, endereço eletrônico: xxxxxxx@xxxx.com. JULIANA, (nacionalidade), casada, (Profissão), portadora da identidade nº 00.000.000-00, inscrita no CPF sob o nº 000.000.000-00, residente e domiciliada na Rua Jirau, 366, Florianópolis/SC, telefone: 0000-0000, endereço eletrônico xxxxxx@xxxx.com. Pelos motivos de fato e de direito, abaixo aduzidos.
I – DA PRIORIDADE AO IDOSO: 
É necessário salientar que o autor dessa ação é idoso contando que já possui mais de 60 (sessenta) anos, conforme prova que se faz em anexo, razão essa que lhe recai o direito da prioridade de tramitação da demanda apresentada, conforme o Art. 71 da Lei 10741/13 (Estatuto do idoso) e do Art. 1048 inciso I do código de processo civil.
II - FATOS
O autor dessa ação era proprietário de um imóvel de veraneio localizado na Rua Rubi, 350, Balneário de Camboriú/SC, juntamente com a sua irmã e primeira ré dessa lide. Ocorre que está utilizando de uma procuração outorgada em novembro de 2011, que lhe garantia poderes especiais, inclusive de alienação dos bens do autor, alienou o imóvel descrito acima no dia 15 (quinze), de dezembro de 2016 (dois mil e dezesseis).
Mas a seguinte procuração que foi utilizada para a realização do contrato de compra e venda perdeu seus efeitos em 16 (dezesseis) de novembro de 2016 (dois mil e dezesseis), quando a mesma foi revogada pelo SR Paulo. Sendo certo que o titular do cartório e a primeira ré da ação teria sido notificado no dia 5 (cinco) de dezembro de 2016 (dois mil e dezesseis), isto é, 10 dias antes da alienação.
O autor só tomou ciência da realização da venda do imóvel no dia 1 (um) de fevereiro de 2017 (dois mil e dezessete), pois chegou ao imóvel referido e viu que já se encontrava os outros dois réus dessa demanda. 
 III – DOS DIREITOS 
Excelência não resta dúvida que essa relação contratual realizada prescrita no corpo dessa ação se faz nula, considerando que a procuração já teria perdido seus efeitos jurídicos e a primeira ré a Senhora Judite, teria sido notificada dez dias antes da realização do contrato de alienação do bem no qual o autor era proprietário. Vejamos o que dispõe a legislação vigente sobre o caso apresentado: 
 “Art. 682. Cessa o mandato:
 I - Pela revogação ou pela renúncia; ”
“Art. 661. O mandato em termos gerais só confere poderes de administração.
§ 1o Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer atos que exorbitem da administração ordinária, depende a procuração de poderes especiais e expressos. ”
“Art. 662. Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o tenha sem poderes suficientes, são ineficazes em relação àquele em cujo nome foram praticados, salvo se este os ratificar. ”
“Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
V - For preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; ”
Não se tem dúvida dos conceitos dos institutos em questão, como se observa nos ensinamentos de Flavio Tartuce cujas palavras assim dispõem:
“Pois bem, o negócio jurídico, na visão de Pontes de Miranda, é dividido em três planos: – Plano da existência. – Plano da validade. – Plano da eficácia. ”
“No plano da existência estão os pressupostos para um negócio jurídico, ou seja, os seus elementos mínimos, seus pressupostos fáticos, enquadrados dentro dos elementos essenciais do negócio jurídico. Nesse plano há apenas substantivos sem adjetivos, ou seja, sem qualquer qualificação (elementos que formam o suporte fático). Esses substantivos são: agente, vontade, objeto e forma. Não havendo algum desses elementos, o negócio jurídico é inexistente...”
A jurisprudência a respeito da matéria também é bastante clara. Observa-se no julgado abaixo especificado ter havido, em situação parecida, a declaração de nulidade de negócio jurídico:
“APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE NULIDADE DE ESCRITURA - VENDA REALIZADA APÓS A REVOGAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PROCURAÇÃO OUTORGADA PARA A VENDA DO IMÓVEL - CONLUIO COMPROVADO ENTRE O EX-PROCURADOR E O COMPRADOR - NULIDADE DA ESCRITURA DE COMPRA E VENDA E NULIDADE DO REGISTRO IMOBILIÁRIO RECONHECIDOS. - Ressoando da prova documental, que o ex-procurador realizou a venda do imóvel com a utilização de uma procuração já revogada, com ciência e conluio do vendedor, impõe-se a nulidade da escritura de compra e venda e nulidade do registro imobiliário levado a efeito sobre o imóvel.
(TJ-MG - AC: 10433092850711001 MG, Relator: Luiz Carlos Gomes da Mata, Data de Julgamento: 04/07/2013, Câmaras Cíveis / 13ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 12/07/2013) ”
IV – DAS AUDIENCIA DE CONCILIAÇÃO 
Requer a vossa excelência a designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/2015
V – DOS PEDIDOS
Pelo exposto, requer vossa excelência:
Seja deferida prioridade de tramitação em favor do autor;
Seja designada audiência de conciliação, para a qual requer seja o réu intimado, bem como seja citado para integrar a presente relação jurídica processual;  
Seja julgado procedente o pedido para anular o negócio jurídico em questão;
Seja o réu condenado aos ônus sucumbenciais
VI – DAS PROVAS 
A parte Autora pretende provar o alegado, através de meios documentais anexados a inicial, por testemunhas que possam ser arroladas em momento oportuno e por novos documentos que se mostrarem necessário. 
VII – DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ 150.000,00 (Cento e cinquenta mil reis)
RIO DE JANEIRO 29 DE AGOSTO DE 2017
ADVOGADO:
 OAB:

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