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BENJAMIN CONSTANTE

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BENJAMIN CONSTANTE: ANALISE DO CONCEITO DE LIBERDADE.
 Benjamin Constant, estabelece uma relação distintiva entre dois tipos de liberdade, a liberdade dos antigos com a liberdade própria dos povos modernos. Segundo a definição típica dos povos modernos, sejam de qualquer etnia, a liberdade é conceituada como o direito de não ser submisso a nada além das leis, de forma a não poder ser preso, nem maltratado de forma alguma através da vontade de um ou mais particulares. É também, o direito de expor sua opinião, de exercer o ofício escolhido, dispor de sua propriedade, dispor do direito de ir e vir sem prévia autorização ou prestação de contas. Inclui-se também o direito de reunir-se com outros indivíduos de mesma profissão de fé para cultuar, discutir interesses comuns, ou compartilhar ideias de forma a investir seu tempo de modo mais condizente com seus desejos e fantasias.
 Em relação a liberdade na concepção dos povos antigos, a definição é claramente mais restrita e propensa à liberdade coletiva, onde o foco é demasiado político. Entende-se, portanto, que liberdade é o direito de fazer valer, direta e coletivamente, parte da soberania como um todo, sendo valioso o direito de deliberar em praça pública acerca dos tratados de guerra, paz e aliança, além de votar leis, participar e esse pronunciar em julgamentos, examinar contas, entre outros atos.
 Para Benjamin Constant , o tratamento dado às questões de liberdade rondam a esfera da obediência ao sistema de governo vigente, seja ele qual for. Entende-se que, para cada formato de governo, há um grau de invasão à liberdade do indivíduo. A liberdade moderna consiste no direito do individuo não se submeter a nada senão às leis, é o direito à propriedade privada, a liberdade de expressão, de ir e vir, sem repreensão de um ou vários individuos , é a liberdade sem coerção, essa liberdade é predominante da atividade politica representativa.
 Já a liberdade dos antigos, consiste em exercer o poder politico de maneira coletiva e direta, os cidadãos tem influencia real no poder, ou seja, pressupõe a submissão sem reservas do indivíduo à autoridade do todo social.
 Por fim, conclui-se que a liberdade de Constant carrega vários aspectos ainda presentes no nosso século, sendo uma das obras fundadoras do Estado Moderno como conhecemos, é o que há para permitir a proteção da liberdade individual, sendo um método de mediação entre a influência do Estado e a atuação dos indivíduos. Essencial para que o homem moderno possa delimitar a invasão do Estado em suas ações, garantindo, porém, sua atuação conforme a sua vontade.
Fonte: CONSTANT, Benjamin - “Da liberdade dos antigos comparada à dos Modernos". 1980.

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