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Prazos no Processo Penali Prazo processual penal: é o tempo que se tem para cumprir um ato processual (prazo para a conclusão do inquérito policial, para oferecimento da denúncia pelo Ministério Público, para a conclusão da ação penal, para interposição de recursos, para a apresentação de memoriais, de defesa escrita, etc.). A regra para a contagem do referido prazo está no art. 798 do Código de Processo Penal: Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento (§ 1º); O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato (§ 3º). Súmula 310 do STF: “Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata, salvo se não houver expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que se seguir”. Portanto, os prazos começam a correr a partir do primeiro dia útil subsequente à citação / intimação. Assim, se a intimação for feita na sexta-feira, o prazo começa a correr na segunda (se esta for útil). Ou, se for intimado em um dia antes de feriado, começará a correr no primeiro dia útil após o feriado. Por outro lado, se o prazo terminar em um feriado ou sábado ou domingo, se prorroga até o próximo dia útil. Exemplo: O prazo começou a correr na terça feira e você tem 5 dias para cumprir determinado ato. Seu prazo acabará no sábado. Você pode protocolar a peça processual na segunda-feira. Súmula 710 do STF: No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem. Ministério Público: No Processo Penal, o MP não possui prazos contatos em dobro. A intimação é pessoal. Os prazos para o MP contam-se da entrada dos autos na instituição, e não da ciência pessoal do membro. Defensoria Pública e Defensoria Dativa Têm prazos contatos em dobro Tem prerrogativa de intimação pessoal. REFERÊNCIA PRAZO FUNDAMENTO OFERECIMENTO DE QUEIXA-CRIME 06 MESES (PRAZO DECADENCIAL) ARTIGO 38 DO CPP OFERECIMENTO DE REPRESENTAÇÃO 06 MESES (PRAZO DECADENCIAL) ARTIGO 38 DO CPP DEFESA ESCRITA 10 DIAS ART. 396-A, 406 DO CPP DEFESA PRELIMINAR 10 DIAS 514 DO CPP DEFESA PRELIMINAR NAS AÇÕES PENAIS ORIGINÁRIAS NOS TRIBUNAIS SUPERIORES 15 DIAS LEI 8.038/90 PEDIDO DE INTIMAÇÃO DE TESTEMUNHA PARA AUDIÊNCIA DE 05 DIAS ANTECEDENTES ART. 78,§ 1º DA LEI 9.099. INSTRUÇÃO NOS JUIZADOS ESPECIAIS APRESENTAÇÃO DE ASSISTENTE TÉCNICO 05 DIAS ART. 3º, 159, § 3º, 5º, I DO CPP EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA 02 DIAS ART. 382 DO CPP A contagem de prazo penal Prazo no Direito Penal é empregada aos institutos de direito penal, como o tempo de duração de pena, do livramento condicional, do sursis, da decadência e da prescrição. A contagem do prazo no direito Penal está insculpida no artigo 10 do Código Penal: “O dia do começo inclui-se do cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum”. Para a contagem do prazo penal não importa a que horas do dia o prazo começou a contar (correr). Para este efeito, o dia termina às 24 (vinte e quatro) horas. No caso de uma determinada pena iniciar o seu cumprimento às 23h55min, os cinco minutos são considerados para a contagem da pena como sendo o dia todo. Em relação ao mês, não importa se são de 30 (trinta) ou 31 (trinta e um) dias. No que se refere ao ano o modo de contagem é o mesmo usado para o mês, ou seja, não importa se o ano é bissexto ou com 365 dias. Exemplo de Fernando Capez: alguém foi condenado à pena de 6 anos, 9 meses e 23 dias para cumprir. O condenado começa a cumprir pena às 19h27min do dia 5 de agosto de 2003. Qual seria a data do término? Fase 1ª: Primeiro acha-se o número de anos que ele tem a cumprir: 2003 (início da pena) + 6 (condenação) = 2009 (término da pena). Assim, no primeiro passo o condenado terminaria de cumprir a pena em 05 de agosto de 2009, mas ainda falta encontrar os números de meses. Fase 2ª: Segundo acha-se o número de meses: Agosto (mês de início da pena) de 2009 (resultado 1º passo) + 9 meses (número de meses condenado) = maio de 2010 (somando 9 meses a agosto resulta o mês de maio em outro ano). Assim, no segundo passo o condenado terminaria de cumprir a pena em 5 de maio de 2010. Mas ainda falta encontrar o número de dias. Fase 3ª: Terceiro acha-se o número de dias: 5 (dia do início do cumprimento da pena) de agosto + 23 (número de dias da condenação) = 28. Analisando os resultados obtidos nas etapas concluímos que o agente que foi condenado à pena de 6 anos, 9 meses e 23 dias e que iniciou o seu cumprimento em 5 de agosto de 2003 terá a pena totalmente cumprida no dia 27 de maio de 2010 (não seria no dia 28 de maio, uma vez que o dia do começo nos termos do artigo 10 do código Penal deve ser computado). Os prazos de direito penal começam sua contagem no mesmo dia em que os fatos ocorreram, independentemente de tratarem-se de dia útil ou feriado, encerrando-se também desse modo. Não se considera se são dias úteis ou não. Ex: A prescrição do direito de promover a ação penal contra o autor do fato começa a contar no dia em que ocorreu o delito (na esfera penal a prescrição é considerada como garantia de direito material do autor). Uso do calendário comum, mencionado pelo código penal: a contagem de anos e meses deve considerar o primeiro dia da contagem e excluir o último, já que este é o método que usamos para contar os prazos de anos e meses no calendário. Exemplo: o prazo de um ano, que se inicia no dia 15 de janeiro de 2013, terminará dia 14 de janeiro de 2014. Portanto, é correto afirmar que na contagem dos prazos do Direito Penal se deve considerar o primeiro dia e ignorar o último. i Colaboração da aluna Priscila Cunha da Silva
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