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Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, sugerimos: Assista ao vídeo Experimento de Reynolds Mecânica dos Fluidos: Aula 7 – Flutuação e Empuxo do professor Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Fenômenos de Transporte / Aula 4 - Fundamentos de hidrostática (III) e conceitos básicos de hidrodinâmica Introdução Na aula de hoje, você irá reconhecer o Princípio de Arquimedes e suas aplicações. Este é o princípio que nos permite projetar embarcações, prevendo sua carga máxima permitida; compreender e justificar a flutuação e a estabilidade de corpos sólidos em contato com um fluido. Você irá analisar alguns problemas que abordarão situações práticas comuns no nosso cotidiano e que facilitarão a compreensão da importância do estudo deste princípio. Em seguida, você irá compreender o estudo da Hidrodinâmica onde apresentaremos seu conceito e as leis básicas que justificam o comportamento do fluido em movimento e as equações delas originadas que permitem a resolução de problemas com escoamento de fluidos. INTRO OBJETIVOSCRÉDITOS O Princípio de Arquimedes Você conhece a história do descobrimento do Princípio de Arquimedes? Assim foi descoberto o importante Princípio de Arquimedes que diz: Para facilitar a compreensão, vamos observar a imagem a seguir. Conta-se que, na Grécia Antiga, o Rei Herão II, confiou a um artesão, a confecção de uma coroa de ouro maciço, material este fornecido pelo rei. Ao receber a coroa, o Rei Herão desconfiou que o artesão tivesse substituído parte do ouro fornecido por prata e confiou a Arquimedes descobrir uma prova irrefutável do roubo. Conta a lenda que o sábio desvendou o fato ao tomar banho, observou que o nível de água aumentou ao entrar na tina. No mesmo momento, ele associou a quantidade de água deslocada com o volume da parte imersa do seu corpo e logo fez a conexão com o problema da comprovação do material da coroa. Comparando o volume deslocado pela coroa e o volume de igual peso de ouro puro, ele poderia determinar o grau de pureza da coroa. Conta-se que nesse instante, Arquimedes sai subitamente do banho e corre pelas ruas gritando “Eureka! Eureka!” que significa descobri. Fonte: fiz.boost.pl Logo, o empuxo que a água exerce sobre a esfera é igual ao peso da água deslocada. O peso da água deslocada pode ser calculado através do seu peso específico: Peso = Y . V = P . g . V Como a esfera está totalmente submersa, o volume de água deslocado é igual ao volume da esfera. E = Y . V , sendo sempre na direção vertical e sentido para cima. Podemos observar que: Se o ρ é maior que o ρ , o empuxo é maior que o peso do corpo, logo este flutuará. Se o ρ é menor que ρ , o empuxo é menor que o peso do corpo, logo este afundará. Se ρ é igual ao ρ o empuxo é igual ao peso do corpo, logo este, quando totalmente submerso, estará em equilíbrio. Encontramos outro bom exemplo da aplicação do Princípio de Arquimedes no submarino. Ele é munido de reservatórios de água que servem de controle para os movimentos do submarino. água deslocada H2O, deslocada esfera esfera H2O H2O, deslocado liq corpo liq corpo liq corpo Densímetro e Princípio de Arquimedes Densímetro é nome dado ao aparelho usado para medir densidade de líquidos. Seu tipo mais comum foi feito com base no Princípio de Arquimedes. É formado por um bulbo fechado cuja base contém um lastro de chumbo granulado fixado por uma resina e uma haste graduada em g/mL ou qualquer outra unidade de densidade absoluta. O momento que estabiliza tem-se o peso do densímetro igual ao empuxo exercido pelo líquido sobre o densímetro quando se faz a leitura da densidade. Fonte: ALMANAQUE DO IPEM – SP. Dá-se o nome de peso aparente a diferença entre o peso real do corpo e o empuxo sobre ele. Esta grandeza, como podemos concluir, é sempre menor do que o peso real do corpo. Atividade Agora é hora de praticar. Leia atentamente e tente resolver a aplicação, abaixo: Um hidrômetro de massa 2,2 g, tem uma haste cilíndrica na sua parte superior medindo 3 mm de diâmetro. Qual será a diferença de altura de flutuação do hidrômetro em um óleo de densidade 0,780 e em álcool de densidade 0,821? Fonte: GILLES, R. V. Mecânica dos fluidos e hidráulica. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, s/d. Corrigir Estabilidade de corpos submersos ou flutuantes em um fluido em repouso Segundo Young, um corpo está em uma posição de equilíbrio estável se, quando perturbado, retorna à posição de equilíbrio original. De modo inverso, o corpo está em uma posição de equilíbrio instável se ele se move para uma nova posição de equilíbrio após ser perturbado (mesmo que a perturbação seja bastante pequena). As considerações sobre o equilíbrio são importantes na análise dos corpos submersos e flutuantes porque os centros de empuxo e de gravidade necessariamente não são coincidentes. Assim, uma pequena rotação pode resultar em um movimento de restituição ou de emborcamento. Quando um corpo totalmente submerso e o centro de gravidade está abaixo do centro de empuxo (ou centro de carena), ele estará sempre em uma posição de equilíbrio estável. Estabilidade de um corpo totalmente submerso — configuração estável Fonte: RAMOS, D. A. Empuxo e estabilidade. Porém, quando o centro de gravidade está acima do centro de empuxo, haverá o emborcamento do corpo e este se movimentará para uma nova posição de equilíbrio, a posição de equilíbrio é, portanto, instável. Estabilidade de um corpo totalmente submerso — configuração instável Fonte: RAMOS, D. A. Empuxo e estabilidade. Conceitos Básicos de Hidrodinâmica A hidrodinâmica estuda os fluidos em movimento. Para compreender o comportamento dos fluidos em movimento é necessário conhecermos as leis básicas que justificam o comportamento dos fluidos na hidrodinâmica. Leis básicas Já percebemos que a hidrodinâmica estuda os fluidos em movimento. Mas, para compreender o comportamento dos fluidos em movimento, é necessário conhecermos as leis básicas que justificam o comportamento dos fluidos na hidrodinâmica. Essas leis independem da natureza do fluido. Tipos de Escoamento Veja, a seguir, os tipos de escoamento: Reynolds executou um experimento com um tubo de vidro conectado a um reservatório de água e uma injeção de corante, no centro da tubulação, representado na imagem. Ao gerar uma vazão baixa, observou que entre a camada de corante e a camada de água não havia nenhuma interferência já que a camada de corante não apresentava nenhuma ondulação. Parecia um fio de linha dentro da tubulação. Porém, aumentando a ESCOAMENTO LAMINAR E TURBULENTO vazão chegou a um determinado ponto que a camada de corante começou a sofrer ondulações, mas ainda se identificava o que era corante e o que era água até que, aumentando mais ainda a vazão, houve completa mistura entre corante e água. Daí então Reynolds chamou de regime laminar aquele em que cada camada apenas deslizava sobre a outra, sem nenhuma troca de massa. Aquele que ainda se diferenciava o que era água e o que era corante, mas com ondulações, ele chamou de regime de transição e aquele que havia total interferência de uma camada com a outra ele chamou de regime turbulento. No escoamento turbulento as perdas de energia por atrito variam com o quadrado da velocidade, enquanto no regime laminar as perdas são menores e variam linearmente com a velocidade.
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