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Aula 7 Pedagogia Diferenciada Competências em Uma Visão Construtivista

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Aula 7- Pedagogia Diferenciada - Competências em Uma Visão Construtivista
Desenvolver competências nos alunos é o centro da educação atual. Para formar pessoas preparadas para a nova realidade social e o trabalho, os professores vêm enfrentando o desafio de mudar de postura frente às turmas, dirigir o tempo da aula para a realização de atividades que integrem vários conteúdos e permitam a aprendizagem individual e a do grupo como todo.
Com essa postura, a escola deve diminuir o peso dos conteúdos disciplinares e na acumulação de saberes para aprovação nos exames, para então favorecer a mobilização do que foi aprendido em situações reais. Desse modo, a escola concretiza o projeto de preparação de todos para a vida.  
O termo Competência nos conduz para uma representação e a abordagem por competências é uma maneira de transferir os conhecimentos. Durante a escola básica, aprende-se a ler, escrever, contar, raciocinar dentre várias habilidades que reunidas no indivíduo formariam sua competência para lidar com as situações da vida. Isso chama-se transferência e a mobilização das capacidades e dos conhecimentos.
Daí a necessidade de desenvolvê-las. O espaço das aulas e as situações didáticas são então apropriadas para isso.
Surgem então algumas indagações...
As competências podem ser medidas?
Como se podem validar as competências uns dos outros?
O que seria o ensino por competências?
Ser competente é ter conhecimentos científicos?
Essas e outras questões poderão buscar algumas respostas na compreensão dos conceitos que serão apresentados. 
Avance e descubra.
Competência
Existem muitos sentidos na definição de Competência. Isso causa confusão, abordando significâncias diferentes no âmbito da educação atrelada a saberes e conhecimentos e no âmbito do trabalho mais direcionado à qualificação.
Como a escola poderá conduzir as suas práticas para que o sujeito em situação-problema possa em contexto específico utilizar-se de seus recursos cognitivos?
Sua reserva de conhecimento. Toda competência deve ser colocada em prática em outras situações diferentes daquela que foi assimilada. Abordar as competências na escola nada mais é do que aprendermos a utilizar os saberes adquiridos para agirmos.
Uma das possíveis críticas feitas às competências é o cuidado que se deve ter para que o conhecimento não se torne utilitarista e, nesta visão, Perrenoud faz a seguinte indagação:
“O que há, por outro lado, de mais utilitário que o desejo de saber?”
Os saberes são referenciais para a ação e representam uma tomada de distância, incitações reflexivas, relacionamentos que permitem a criação de um vínculo entre experiências diferenciadas. Para um melhor entendimento, o esquema seria assim demonstrado:
Assim, o formador ou o professor propõe atividades em situações que, por sua natureza, sempre estarão cheias de subjetividade. O que significa levar em conta que as subjetividades sempre são solicitadas pela ação e são necessárias para sua realização.
A subjetividade está presente em toda ação. As mobilizações das competências seriam individuais e intransferíveis e tudo dependerá da metacognição construída por cada um no seu percurso escolar.
Como a competência envolve conhecimentos, situações e procedimentos, Gillet  afirma que uma competência é definida como um sistema de conhecimentos, conceituais e procedimentais, organizados em esquemas operatórios, que permitem, com relação a uma família de situações, identificar uma tarefa-problema e sua resolução por meio de uma ação eficaz.
Competência envolve:
Conhecimentos
Situações
Finalidade
Competência tem sentido de mobilização integradora como uma rede integradora e funcional construída por componentes cognitivos, afetivos, sociais, sensório-motor, capazes de serem mobilizados em ações finalizadas diante de uma família de situações. São componentes de uma competência: conhecimentos, atitudes, interação, coordenação gestual.
A maioria dos profissionais admite que as competências são definidas como a mobilização dos saberes em ação.
Em uma prática efetiva, muitos alunos saem da escola incapazes de cumprir as tarefas complexas que lhes são dadas, mesmo que todos os conhecimentos e todas as técnicas requeridas lhes tenham sido ensinadas. Tardif (1992) acha necessário acrescentar os conhecimentos chamados condicionais ou estratégicos, que são as que envolvem o “quando” mobilizar os conhecimentos declarativos procedurais para resolver tal categoria de problemas.
Não poderemos ser competentes se não formos capazes de integrar um conjunto de coisas que ao longo da vida fomos aprendendo e a competência se realiza necessariamente quando integramos de forma significativa as situações que surgem e conseguimos mobilizar os diversos saberes. A competência tem um conceito integrador, funciona como um conjunto integrado de capacidade que permite de maneira espontânea apreender uma situação e responder a ela mais ou menos pertinentemente. A compreensão da capacidade aqui como o poder, a aptidão para fazer algo. É uma atividade que se exerce. A capacidade só se manifesta porque ela se aplica a conteúdos.
Somente poderemos afirmar que um indivíduo aprendeu se o mesmo for capaz de, com os novos elementos adquiridos, modificar os elementos preexistentes, compondo assim, uma nova organização estrutural.
Roegiers (2004) salienta as contribuições de abordagens por competências nas aprendizagens:
- dar sentido às aprendizagens; 
- tornar as aprendizagens eficazes; 
- dar base às aprendizagens posteriores.
Diante dos conceitos construídos de competência deve-se, segundo Perrenoud, entender que mobilizar não é apenas uso ou aplicação mas, também: adaptação, diferenciação, integração, generalização ou especificação, combinação, orquestração, coordenação.
A competência seria a demonstração através dos aspectos cognitivos, socioafetivos e psicomotores dos conhecimentos que adquirimos ao longo da vida, sendo o aprender a fazer fazendo em cada sujeito.
Cabe ao professor organizar uma avaliação formativa e certificativa, orientada para a formação das competências nos alunos. É algo além de realizar exercícios ao final de um capítulo ou um curso. É preciso reformular os programas, liberar disciplinas, introduzir ciclos de aprendizagem convidando-o para uma pedagogia diferenciada.
Para isso, o professor deve trabalhar por resolução de problemas e por projetos. Deve propor tarefas complexas e desafios que incitem os alunos a mobilizar seus conhecimentos e completá-los. O que supõe uma pedagogia ativa, cooperativa, aberta para a cidade, para o bairro.
Ensinar hoje é regular situações de aprendizagem, seguindo os princípios pedagógicos ativos. Ou uma visão interativa de aprendizagem. Os professores devem organizar situações didáticas e de atividades que tenham sentido para os alunos, envolvendo-os e gerando aprendizagens fundamentais. Ao invés de testes escritos, problemas complexos e tarefas contextualizadas.
A abordagem ou o ensino por competências pode aumentar o sentido do trabalho escolar e modificar a relação com o saber dos alunos com dificuldades; favorecer aproximações construtivistas, uma avaliação formativa, uma pedagogia diferenciada, colocando os professores em movimento, incitando-os a falar de pedagogia e a cooperar no quadro de equipes ou de projetos da escola.
A ideia de uma pedagogia diferenciada implica considerar a escola na perspectiva de um nós, isto é, de um todo que funciona como regulador da relação de aprendizagem.
Pedagogia diferenciada não quer dizer ensino individualizado. Há modos de trabalhar coletivamente, criando situações-problema, com jogos, oficinas ou tutoria. São recursos que promovem o desenvolvimento de competências. (MACEDO, 2007).

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