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Espirômetro A espirometria permite mensurar os fl uxos e volumes pulmonares que o paciente é capaz de mobilizar durante a respiração (veja a fi gura 7). Dentre os volumes pulmonares que você aprendeu, podemos citar como volumes mensurados pela espirometria o Volume Corrente (VC), o Volume de Reserva Expiratória (VRE) e o Volume de Reserva Inspiratória (VRI). A partir destes volumes pulmonares, pode-se obter a Capacidade Inspiratória (CI) e a Capacidade Vital (CV) (GUIMARÃES; ZIN, 2009). O Volume Residual (VR) é o volume de ar que permanece nos pulmões apesar de uma expiração forçada (PEREIRA, 2002). Durante o exame, o paciente não é capaz de mobilizar o VR, por isso este volume não pode ser medido através da espirometria, assim como as capacidades que dependem do VR, como a Capacidade Residual Funcional (CRF) e a Capacidade Pulmonar Total (CPT). Volume Corrente: volume de ar mobilizado durante a inspiração ou expiração a cada incursão respiratória. VC 10% da CPT Volume de Reserva Inspiratória: volume de ar adicional que pode ser inspirado após a inspiração do VC. VRI 40-50% da CPT Volume de Reserva Expiratória: volume de ar adicional que pode ser expirado após a expiração do VC. VRE 15-20% da CPT Volume Residual: volume de ar nos pulmões após uma manobra de expiração forçada. VR 25-30% da CPT Capacidade Inspiratória = VC + VRI. CI 50-55% da CPT Capacidade Residual Funcional = VR + VRE. CRF 40-50% da CPT Capacidade Vital = VRI+VC+VRE= CI + VR. CV 70-75% da CPT Capacidade Pulmonar Total = VRI + VC + VRE + VR = CV + VR, CPT _______ Fluxômetros Os fluxômetros permitem ajustar o f uxo de oxigênio de forma individual para cada paciente, afetando diretamente a FiO2 fornecida. A umidificação do oxigênio fornecido é importante, devendo ser garantida através de um sistema de umidificação acoplado ao fluxômetro na presença de fluxos superiores a 4l/ min de oxigênio, conforme pode ser visto na fi gura 9 (DINIZ; MACHADO, 2008). É válido lembrar que se oxigênio for posicionado sobre a cânula de traqueostomia, independente do fl uxo, ele deve ser ofertado sempre acoplado ao sistema de umidificação. Sistema de baixo fluxo Os sistemas de baixo fluxo utilizados na administração da oxigenoterapia não garantem todo o fluxo inspiratório do paciente, por isso apresentam FiO2 variável de acordo com o aparato utilizado e com o fluxo inspiratório do paciente (KALLSTROM, 2002). Dentre os sistemas de baixo fluxo, temos a cânula nasal, o cateter nasal, o cateter transtraqueal, a máscara facial simples e a máscara com reservatório (com e sem reinalação). Equipamentos utilizados na desobstrução brônquica Flutter/Shaker: O flutter foi criado na suíça nos anos 80, tem formato de cachimbo, possui baixo custo, seu uso é simples e auxilia na remoção de secreção brônquica. É composto por uma esfera de aço com elevada densidade, que oscila no seu interior durante a expiração do paciente, produzindo pressão positiva oscilatória. Este é um equipamento bastante utilizado em pacientes com fibrose cística, bronquiectasia e doença pulmonar obstrutiva crônica. EPAP: O equipamento de pressão positiva expiratória nas vias aéreas (EPAP) foi desenvolvido na Dinamarca e permite ofertar pressão positiva expiratória final (PEEP) através de uma resistência posicionada na saída expiratória. Ele favorece a higiene brônquica e também produz efeitos benéficos adicionais, como redu- ção da hiperinsuflação pulmonar, favorece a prevenção e a reversão de atelectasia pulmonar e a ventilação colateral pulmonar. O sistema básico de EPAP é composto por máscara facial (ou bucal), válvula unidirecional e resistor expiratório. Material de aspiração A aspiração endotraqueal se torna necessária na presença de via aérea artificial (VAA) quando o paciente está em ventilação mecânica na terapia intensiva acoplado através de um tubo orotraqueal ou traqueostomia (dependendo do tempo em ventilação mecânica), conforme visto na figura 16. Se o paciente foi desmamado da ventilação mecânica e permanece com a traqueostomia também haverá necessidade de aspiração endotraqueal. A presença de VAA reduz a eficiência da tosse na eliminação da secreção brônquica e aumenta o risco de infecções pulmonares (ARAÚJO; MACHADO, 2008). O acúmulo de secreção pulmonar aumenta a resistência e o trabalho respirató- rio do paciente, altera a relação ventilação/perfusão comprometendo troca gasosa, favorece pneumonia, atelectasia e hipoxemia (MOURA; CANTO, 2012).
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