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Fichas Direito Processual Penal

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Direito
Processual Penal
Sujeitos do Processo Penal
❶ SUJEITOS PROCESSUAIS
Principais ou Essenciais  juiz e as partes
Secundários, Acessórios ou Colaterais  pessoas que têm direitos perante o processo, podendo existir ou não, sem afetar a relação processual (o ofendido, que pode ser assistente de acusação, o fiador do réu)
Terceiros  sujeitos que não têm direitos processuais, e que apenas colaboram com o processo como os interessados (MP nos crimes de ação pública condicionada à sua requisição) e os não interessados (testemunhas, peritos...)
❷ PARTES
 Juiz
art. 92 CRFB/88
Juiz 1º Grau  concurso de provas e títulos
Juiz 2º Grau  desembargadores 
Garantias  vitaliciedade + inamovibilidade + irredutibilidade de subsídios
Funções - art. 251 CPP  Manter a ordem + Prover à regularidade do processo fazer cumprir os princ. constitucionais
Capacidade 
Objetiva  competência para o processo - art. 69 CPP
Subjetiva  capacidade funcional + capacidade especial relativa ao exercício jurisdicional suspeição/impedimento
2
 Ministério Público
art. 127 e 129 I CRFB/88
art. 257 CPP
Função  depende do momento processual
Recorrer em nome do réu, mesmo que tenha pedido sua condenação, pode solicitar sua absolvição
Fiscal da Lei  garantir a correta aplicação da lei no processo penal
Função de autor
 Assistente de Acusação
art. 268 a 273 CPP
art. 129 I CRFB + art. 257 CPP  MP promover privativamente a ação penal pública
É o ofendido ou o seu representante legal, que ingressa na ação penal, no polo ativo como um sujeito processual secundário.
Auxilia o MP na acusação, mas não se submete ao MP
 Defensor
Defensor Constituído  particular - art.266 CPP
Defensor Dativo - art. 263 CPP
Nomeado pelo juiz, não necessariamente é o Defensor Público
Quando a parte não é hipossuficiente, é obrigado a pagar honorários destinado à Escola da Magistratura
Defensor Ad Hoc - art. 265 § 2º CPP
Apenas para dar legitimidade formal ao ato, mas nem sempre será o ato materialmente legal
3
 Vítima ou Testemunha
art. 201 CPP – Vítima
Condução coercitiva ou Debaixo da Vara  não tem direito de ficar em silêncio, e só pode ocorrer se a vítima assinar a “notificação / comunicação da data do depoimento”
Comunicação à vitima  dos atos processuais relativos ao réu (ingresso, saída, audiência...)  proteção
Direito ao Esquecimento
Poderá ser solicitado pela vitima a qualquer momento  segredo de justiça  retirar o caráter público do processo
Réu  aplicação apenas após o cumprimento da pena
 Réu
Maior de 18 anos
Menor de 18 responde pelo ECA
CONDIÇÕES DA AÇÃO
L - legitimidade das partes
I - interesse de agir
P - possibilidade jurídica do pedido
+
JC - justa causa
4
Sistemas Processuais Penais
5
INQUISITÓRIO
ACUSATÓRIO
Principio unificador
Juiz é o gestor das provas
Partessão gestoras das provas
Funçõesacusar, defender e julgar
Juiz
Separadas
Atos processuais
Sigilosos
Publicidade(regra)
Réu
Objeto da investigação
Sujeitode direitos
Garantias
Não há ampla defesa,contraditório ou devido processo legal
Todas
(mais garantista)
Provas
Taxativas e a confissãoé a rainha
Livre convencimento do juiz e devidamentemotivadas
Presunção
Culpabilidade
Inocência
Julgador
Parcial
Imparcial, equidistante daspartes
Princípios aplicados ao Processo
❶ PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
art. 5º LIV CRFB
Direito indisponível
Assegura a todos o direito a um processo com todas as etapas previstas em lei e todas as garantias constitucionais
apenas mediante uma sequência de procedimentos formais previamente positivados em lei, o cidadão poderá ter um direito subjetivo restringido como forma de sanção por haver incorrido em ato ilícito.
❷ PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
art. 5º LV CRFB
art. 8º 1 do Pacto de San Jose da Costa Rica
Toda pessoa tem o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela
6
❸ PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA
art. 5º LV CRFB
Defesa Técnica
Direito indisponível e necessária
Todos devem ter um profissional habilitado e diligente efetivamente defender
Se o processo se desenvolver sem defensor  nulidade absoluta
Juiz pode declarar
 Auto Defesa
Direito disponível
Réu tem de se defender mesmo sem advogado como de estar presente, acompanhar oitiva de testemunhas, da reconstituição dos fatos
 art. 185 § 2º CPP  Videoconferência
❹ PRINCÍPIO DA DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO
art. 5º LXXVIII CRFB
“a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”
art. 400 CPP
Prazo máximo de 60 dias para AIJ
Doutrina considera 120 dias
7
❺ PRINCÍPIO DA VERDADE REAL
art. 156 CPP
Juiz tem que buscar a verdade real dos fatos
Não foi recepcionado pela CRFB
art. 156 I CPP - Juiz atuar de oficio
CPP  juiz pode mandar produzir provas
CRFB  juiz não pode produzir provas, colide com princípio in dubio pro reo e com sistema acusatório
Doutrina  nunca!
Supremo  sim, pode atuar de ofício apenas no processo, devido a função social de trazer a verdade
art. 156 II CPP
❻ PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL
artigo 5°LII CRFB
Processado
Ninguém será processado senão pelo órgão do Ministério Público, dotado de amplas garantias pessoais e institucionais, de absoluta independência e liberdade de convicção e com atribuições previamente fixadas e conhecidas.
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❼ PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL
art. 5º LIII CRFB
Sentenciado
Garantia de ser julgado pelo Poder Judiciário através de um juiz competente, investido de jurisdição e imparcial
Vedar a criação dos tribunais de exceção, uma vez que o juiz já está previamente investido em seu cargo
❽ PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ
art. 399 § 2º CPP
Atos de instrução vinculam o juiz ao processo
 Oitiva das vítimas
 Oitiva das testemunhas
 Interrogatório do réu  ato mais importante que vincula o processo em caso de cisão dos atos
❾ PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO
art. 93 IX CRFC c/c art. 155 CPP
Fundamente a decisão  legitima a sentença
Juiz tem a liberdade de valorar as provas de acordo com a sua consciência e com o seu convencimento, desde que motivadamente e não extrapolando o que consta do processo
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❿ PRINCÍPIO DA INADMISSIBILIDADE DAS PROVAS OBTIDAS POR MEIOS ILÍCITOS
art. 5º LVI CRFB 
art. 157 CPP
Provas Ilegítimas  violam normas processuais e princípios constitucionais da mesma espécie
Provas Ilícitas  violam disposições de direito material ou princípios constitucionais penais
Provas Ilícitas por Derivação
Prova derivada fica contaminada pelo vício da prova original
Teoria dos frutos da árvore envenenada
Exceções
Prova parece ser derivada, porém entende-se que não houve nexo causal entre o ato ilícito e a colhida da prova.
Prova poderia ser colhida de outra maneira e provavelmente a seria  fonte independente
10
≠
Princípios aplicados à Defesa do Réu
❶ PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA ou NÃO CULPABILIDADE
art. 5º LVII CRFB
“até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”
Sentença condenatória mantida em 2º grau é suficiente para prender  Supremo
Regra é a liberdade, mas a prisão pode ser necessária
garantir que o ônus da prova cabe a acusação e não a defesa
 PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REO
Deve-se privilegiar a garantia de liberdade em detrimento da pretensão punitiva do Estado
❷ PRINCÍPIO DO SILÊNCIO ou DA NÃO AUTO INCRIMINAÇÃO
art. 5º LXIII CRFB
Silêncio não pode ser interpretado contra o réu
Nemo tenetur se detegere
Pode calar-se ou mentir
Interrogatório
1ª Fase - Interrogatório Subjetivo  não se aplica o princípio, se mentir pode responder por falsa identidade
2ª Fase – Interrogatório Objetivo  pode usar o silêncio / mentira apenas sobre os fatos; 
11
❸ PRINCÍPIO DA NÃO IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL
art. 5º LVIII CRFB
art. 3º da Lei 12.037
de 2009
Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando for essencial às investigações policiais, segundo despacho judicial
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Aplicação da Lei Processual
❶ APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO
art. 1º CPP
Princípio da Territorialidade (locus regit actum)
Tratados, Convenções e Regras de Direito Internacional
❷ APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO
art. 2º CPP
Princípio da Aplicação ou Efeito Imediato
Aplicação imediata
Atingindo inclusive os processos já em curso
 LEI PENAL ≠ LEI PROCESSUAL
Lei retroagirá apenas para beneficiar, a norma mais favorável ao réu
Sentença transitado em julgado  juiz da Vara de Execuções Penais a aplicação da lei mais benéfica
Lei processual
Leva em consideração a data da realização do ato e não do cometimento da infração
Vigora desde logo, tendo sempre efeito ex tunc
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Interpretação da Lei Processual
❶ INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA
art. 3º CPP
Norma traz uma formulação genérica que deve ser interpretado de acordo com as hipóteses anteriormente elencadas  Apenas quando a lei permitir
admite-se apenas a analogia in bonam partem
❷ INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA
art. 2º CPP
Texto legal diz menos do que pretendia o legislador, de modo que o intérprete estende o alcance da norma
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Inquérito Policial
❶ CONCEITOS
Condições da Ação Penal
Legitimidade das partes
Interesse para agir
Possibilidade jurídica do pedido
Justa Causa  mínimo probatório relativo à autoria e materialidade do crime  inquérito policial 
a
Inquérito Policial
É um procedimento administrativo pré-processual que busca a justa causa
Legitimidade ativa é do Estado
Apuração dos indícios de materialidade e autoria do crime
Serve de fundamentação para denuncia e queixa-crime  Justa Causa
Natureza  administrativa, de caráter informativo, preparatório para a ação penal
Sistema inquisitório
a
Peças de informação  todo e qualquer conj. indiciário resultante das atividades desenvolvidas fora do inquérito
Polícia Judiciária - art. 144 CRFB  órgão responsável pela investigação de crimes comuns e respectiva autoria
Delegado de Polícia / Federal
Preside e conduz
Instaura de ofício a partir do conhecimento da existência do fato ilícito;
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❷ DESTINATÁRIOS
 Direto
Vítima  crime de ação penal privada
MP  crimes de ação penal pública
 Indireto
Juiz  após recebimento do MP ou vítima para analise com fundamentação
❸ CARACTERÍSTICAS
① Procedimento Escrito
art. 9º CPP
Procedimento formal e escrito
Atos orais serão reduzidos a termo
② Sigiloso
art. 20 CPP
Publicidade apenas as partes e ao juiz
Exceções
Súmula Vinculante 14  defensor ter acesso aos elementos já documentados no IP   ação de reclamação
art. 7º XIV Estatuto da OAB  advogado terá acesso aos autos até sem procuração   mandado de segurança 
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③ Oficialidade
art. 4º CPP
Sempre realizado num órgão oficial
Polícia Civil
Polícia Federal
Autoridade adm. de prerrogativa de foro 
④ Autoritariedade
art. 4º CPP
Autoridades policiais  preside o inquérito
 MP pode investigar?
Favorável
Teoria dos Poderes Implícitos 		quem pode o mais, pode o menos
MP controla e requisita instauração, ele pode investigar - art. 129 VII e VIII CRFB
Negativo
CRFB  não está previsto
art. 144 § 1º IV CRFB  Polícia Federal exercer com exclusividade funções de Polícia Judiciária
STF 
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⑤ Oficiosidade
art. 5º I CPP
De ofício o delegado instaura o IP
 Não há oficiosidade, pois depende da permissão da vítima
Ação Publica Condicionada a representação
Ação Privada
⑥ Indisponibilidade
art. 17 CPP
Autoridade policial não pode mandar arquivar o inquérito
Pode sugerir o arquivamento
 Verificação Preliminar das Informações - VPI
art. 5º § 3º CPP 
Verificar a procedência da notícia crime ou elementos indispensáveis à instauração do inquérito
Delegado tem poder de arquivar a VPI
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⑦ Inquisitivo
Sistema inquisitivo
Todas funções exercidas pelo delegado
Não tem ampla defesa nem contraditório
Todas as provas colhidas na fase do inquérito devem ser reproduzidas em juízo, para que o juiz possa valorá-las no momento da sentença.
⑧ Dispensabilidade
art. 12, 27, 39 § 5º e 46 § 1º CPP
Imprescindível para a validação da justa causa
Se o crime contiver provas evidenciando os indícios de materialidade e autoria  não será preciso 
❹ ATRIBUIÇÃO DA AUTORIDADE POLICIAL
art. 4º CPP
Limitação territorial 
Delegado  circunscrição ou atribuição
Promotor  atribuição
Juiz  competência
Se a circunscrição não for cumprida, não há problema
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❺ FORMAS DE INSTAURAÇÃO
 De Oficio
art. 5º I CPP
Ação Penal Publica Incondicionada
 Por requisição do juiz
art. 5º II 1ª parte CPP
Manda diretamente ao delegado
Doutrina  Juiz faz as vezes de órgão acusador, fere o sistema acusatório e a imparcialidade do juiz
 Por requisição do MP
art. 5º II 2ª parte CPP
Manda o delegado instaurar e se ele não o fizer, poderá responder por prevaricação
 Por requerimento do ofendido
art. 5º II parte final CPP
Súplica da vítima
Notitia criminis
Ofendido ou representante legal comunica a ocorrência do fato ilegal e requer a abertura do IP
Indeferido pelo delegado  impetrar Mandado de Segurança ou levar ao conhecimento do MP
Delatio criminis  quando terceiro relata o crime
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 Comunicação de qualquer pessoa
art. 5º § 3º CPP
Verbalmente ou por escrito
Verificação Preliminar das Informações - VPI
 Pelo auto de prisão em flagrante - APF
art. 8º e 306 CPP
Obrigatório a instalação do inquérito
Nota de culpa será anexada 
❻ DILIGÊNCIA OU RECONSTITUIÇÃO OU REPRODUÇÃO SIMULADA DOS FATOS
art. 7º CPP
art. 5º LXIII CRFB Princípio do Silêncio
Limitadores
Não contrariar a moralidade e a ordem pública (moral pública e inviolabilidade da honra e imagem)
Direito de não produzir provas contra si mesmo nem declarar-se culpado
Réu só participa se quiser
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❼ PRAZOS
 Regra Geral - art. 10 CPP
10 dias  réu preso
30 dias  réu solto
Exceções 
Justiça Federal 
15 + 15 dias  réu preso
30 dias  réu solto
Lei de Drogas - art. 51 da Lei 11.343 
30 dias x 2  réu preso
90 dias  réu solto
 Contagem do Prazo
 Prazo Processual - art. 798 § 1º CPP
Início no dia seguinte do fato gerador
Não pode iniciar ou terminar em finais de semana ou feriados
Envolvem o andamento do processo
 Prazo Penal - art. 10 CP
Início no dia do fato gerador
Dias corridos
Envolvem liberdade, extinção de punibilidade, decadência, prescrição
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❽ CURADOR
art. 15 CPP
Indiciado menor de 18 anos  ECA
Emancipação civil não tem efeitos criminais em nenhum dos polos  deverá ser representada
❾ INCOMUNICABILIDADE DO INDICIADO
art. 21 CPP 
Não foi recepcionado pela CRFB 
art. 5º LXII, LXIII
Prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz e família
Preso será informado de seus direitos, sendo assegurado a assistência da família e de advogados
art. 136 § 3º IV  Estado de Defesa é vedada a incomunicabilidade do réu
❿ ARQUIVAMENTO
Inquérito Policial concluso
 Crime de Ação Pena Privada
Encaminhado à Vara Criminal
Vítima
Prazo decadencial de 6 meses - art. 38 CPP
Queixa-crime  inicial oferecida em juízo
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 Crime de Ação Pena Pública
Encaminhado ao MP
MP
 Denuncia  justa causa está clara
 Devolução à delegacia para maiores diligências
 Solicitar o arquivamento ao juiz
Juiz
 Arquivar
 Não concordar (art. 28 CPP)  encaminha ao Procurador Geral de Justiça
PGJ ou PGE
 Oferecer denuncia discordou do arquivamento do MP
 Designará outro MP para oferecer a denúncia
  Insistir no arquivamento com juiz   juiz arquiva
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⓫ ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO
art. 28 CPP
Súmula 524 STF
MP deixa de mencionar na denúncia algum fato criminoso que estava contido no inquérito, ou ainda, deixa de denunciar algum indiciado, sem se manifestar expressamente os motivos que o levaram a tal omissão
 Espécies
 Subjetivo  omissão de sujeito
 Objetivo  omissão
de tipo penal
 Tipo Derivado  omissão da qualificadora
 Entendimentos Majoritários
Jurisprudência – STF
Não existe arquivamento implícito.
Para arquivar é necessário que seja requerido e arrazoado.
Corrigir o “esquecimento”  edita e inclui
Doutrina 
Existe arquivamento implícito.
É uma construção decorrente da inércia, da desídia do MP, mas para desarquivar é necessário provas materialmente novas
25
⓬ DESARQUIVAMENTO 
art. 18 CPP - Desarquivamento
Outras provas (novas)
Arquivamento em decorrência de carência de prova (falta de base para denúncia)
Súmula 524 STF - Ação Penal 		Arquivado IP não pode a ação penal ser iniciada sem novas provas
Ação Penal lastreada no IP
Novas provas que já tenham sido efetivamente produzidas
Materialmente nova  modifica o conteúdo probatório (justa causa) que tinha no IP
⓭ VERIFICAÇÃO PRELIMINAR DE INFORMAÇÃO - VPI 
art. 5º § 3 CPP
“Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito”
Delegado tem poder de arquivar
Para validação de denuncias anônimas tem que ser feito o VPI, e se OK incorrerá o inquérito policial
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≠
⓮ INFRAÇÕES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO
art. 69 da Lei 9.099/95 
Autor do fato após a lavratura do termo circunstanciado (narrativa dos fatos)
Encaminhado ao juizado imediatamente ou assumir o compromisso de comparecer
Sem prisão em flagrante ou fiança
Infrações de menor potencial ofensivo
Contravenções penais
Crimes com pena máxima < 1 ano
Ação penal pública dependente de representação
27
28
Ação Penal
❶ AÇÃO PENAL PÚBLICA
Legitimado é o MP  oferece a denúncia
① Princípios
 Princípio da Obrigatoriedade ou Legalidade
art. 24 CPP
MP se observar a presença da justa causa é obrigado a denunciar
Exceção  Transação Penal em Audiência Preliminar 
art. 76 da Lei 9.099/95 
Aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa a ser especificada
Doutrina majoritária  considera como uma outra forma de aplicação do princípio da Obrigatoriedade
 Princípio da Divisibilidade
MP pode oferecer denúncia a apenas um dos réus 
Processo pode ser desmembrado em tantos quantos forem os réus, não sendo necessária a persecução penal através de uma única ação
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 Princípio da Indisponibilidade
art. 42 CPP
MP não pode desistir da ação após denuncia
Exceções
 Transação Penal em AIJ
art. 79 c/c 76 da Lei 9.099/95 
 Sursis Processual
art. 89 da Lei 9.099/95 
Suspensão condicional do processo de 2 a 4 anos
Pena ≤ 1 ano
Cumprir as condições nunca será processado, e o extingue o processo sem mérito
② Espécies
 Ação Penal Pública Incondicionada
MP se observar a presença da justa causa é obrigado a denunciar
Prazos - art. 46 CPP
15 dias  indiciado preso
30 dias  indiciado solto
30
 Ação Penal Pública Condicionada à Representação da Vítima
MP oferece a denúncia, mas se submete à vontade da vítima
Representação  condição de procedibilidade
Prazo - art. 38 CPP 
6 meses  inicia no dia em que se tem ciência do autor do crime
Decadencial
Retratação
É irretratável depois de oferecida a denúncia - art. 25 CPP
Retratação da representação  apenas dentro do prazo
 Ação Penal Pública Condicionada à Requisição do Ministro da Justiça
art. 145 PÚ c/c 141 I CP
art. 7 § 3º CPP
Requisição  condição de procedibilidade
Sem prazo decadencial
Pode ocorrer retratação da requisição
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❷ AÇÃO PENAL PRIVADA
① Princípios
 Princípio da Oportunidade
Vítima que oferece a queixa se ela quiser
art. 38 CPP  Prazo decadencial de 6 meses
art. 49, 50 e 57 CPP - Renúncia 
Expressa ou Tácita 
Se aplica 1 dos autores, a todos se aproveita
 Princípio da Disponibilidade
Vítima dispõe da ação penal privada a qualquer momento, e esta será extinta
art. 51, 55 a 57 CPP - Perdão
Durante o processo
Ato Bilateral  réu tem que aceitar para extinguir o processo
art. 60 CPP - Perempção
Não promover andamento processual durante 30 dias seguidos
32
 Princípio da Indivisibilidade
art. 48 CPP
“Queixa contra qualquer dos autores do crime, obrigará o processo de todos”
Formas do MP garantira a indivisibilidade
art. 45 CPP  aditar e incluir
art. 49 CPP  renuncia do direito de queixa devido ao princ. da oportunidade, se aplica a todos
② Espécies
 Ação Penal Privada
Legitimado  vítima, representante legal
Queixa crime
Substituição processual  separação entre quem tem o dever de punir (Estado) e o legitimado
Sucessão processual  como da morte, ou declaração de ausência - art. 31 CPP 
art. 38 CPP  Prazo decadencial de 6 meses
art. 107 V CP  Extinção da punibilidade 
Renuncia do direito de queixa crime
Perdão aceito
33
 Ação Penal Privada Personalíssima
art. 236 CPP
Legitimado  contraente enganado
Contrair casamento induzido pelo erro essencial do outro contraente
Sem sucessão processual  morte do legitimado extingue a punibilidade
art. 38 CPP  Prazo decadencial de 6 meses
 Ação Penal Privada Subsidiária da Pública
art. 5º LIX CRFB
art. 29 CPP
art. 38 2ª parte CPP
Súmula 714 STF
Crimes de ação penal pública (condicionada ou incondicionada)
Queixa-subisidiária
Inércia do MP após o prazo (15 ou 30 dias), abre à vítima oportunidade de oferecer queixa-subsidiária 
Quando 1 age o outro perder o direito de agir (denunciar ou oferecer queixa)
Legitimidade concorrente
Prazo decadencial à vítima 
Sem extinção de punibilidade  MP tem legitimidade e não tem prazos decadenciais a ele
34
Ação Civil Ex Delicto
art. 63 a 68 e 387 IV CPP
art. 935 CC
Direito de pleitear uma indenização civil pelo dano causado pela infração penal
Reparação de dano  prejuízo + nexo do dano 
Ajuizamento  esfera criminar ou cível
Ação de Execução - Cível 
Sentença penal condenatória transitada em julgado
Quantum debeatur  quanto se deve indenizar
Prazo de 5 anos para executar
Ação Indenizatória de Conhecimento - Cível
Ação cível poderá ser suspensa  até o julgamento definitivo da ação penal
Ação Penal
Ingressar como assistente de acusação 
Pleitear a reparação civil pelo dano causado
Sentença  pena + satisfação ou não do dano, ao menos ao valor mínimo
35
Sentença Penal Condenatória transitada em julgado 
Faz coisa julgada no cível para efeito de reparação do dano ex delicto
Deverá fixar o valor mínimo para reparação dos danos causados, considerando os prejuízos sofridos pela vítima
Vítima pode recorrer apenas da sentença integral em apelação
É um título executivo judicial no juízo cível
Sentença Penal Absolvitória transitada em julgado 
art. 65 CPP 
Não faz coisa julgada com possibilidade de indenização
Não estar provada a existência do fato
Fato não constituir crime
Extinção da punibilidade
Despacho de arquivamento inquérito policial ou peças de informação	
Faz coisa julgada sem possibilidade de indenização
Provada a inexistência do fato - art. 386 I CPP
Réu não concorreu, de modo algum, para pratica do fato
Excludentes de ilicitude 
36
legitima defesa | estado necessidade
exercício regular direito | estrito cumprimento do dever legal
Competência Jurisdicional
37
38
Homicídio
Simples
Privilegiado
Qualificado
Culposo
Feminicídio
Suicídio
Infanticídio
Aborto
Lesão Corporal 
Grave
Seguida de morte
Culposa
Violência Doméstica
Homicídio:
Simples
Privilegiado
Qualificado
Culposo
Feminicídio
Suicídio
Infanticídio
Aborto
Perigo de:
contágio
Privilegiado
Qualificado
Culposo
Feminicídio
Suicídio
Infanticídio
Aborto
Homicídio:
Simples
Privilegiado
Qualificado
Culposo
Feminicídio
Suicídio
Infanticídio
Aborto
Homicídio:
Simples
Privilegiado
Qualificado
Culposo
Feminicídio
Suicídio
Infanticídio
Aborto
39
Crimes contra a Vida
CRIMES CONTRA A PESSOA
Lesões corporais
Periclitação da vida e da saúde
Rixa
Crimes contra a Honra
Crimes contra a Liberdade
40
CONCURSO DE CRIMES
Heterogêneo
Espécies
resultados
Homogêneo
Concurso Material
Art. 69 CP
+1 conduta
+ 1 resultado
Pena
	Cúmulo Material
Só 1 conduta
+ 1 resultado
Tipo
	Próprio¹
	Impróprio² (desígnio autônomo)
Pena
	Cumulo material¹
	Exasperação²
	Conc.Mat.Benéfico²
Concurso Formal
Art. 70 CP
Crimes Continuados
Art. 71 CP
+1 conduta
+1 resultado 
Tipo
	Simples³
	Qualificado⁴
Pena
	Exasperação³
	Triplo do tempo⁴
	Conc.Mat.Benéfico⁴
Teoria da Ficção Jurídica
Teoria Objetivo-Subjetiva (Crime Continuado)
 Consumação & Tentativa
Consumação  é dada com a morte (crime instantâneo de efeitos permanentes)
Prova da materialidade (exame de corpo de delito)
Tentativa  o agente pratica os atos consumatórios, mas não consegue consumar/finalizar por questões alheias a sua vontade 							 Forma Tentada (há o dolo)
 Conduta
Conduta típica  consiste em tirar a vida de alguém 
Pode ser praticado de forma livre:
Conduta positiva (ação) ou negativa (omissão)
Por meios diretos ou indiretos
Por meios morais ou psíquicos ou por meio de palavras
 Elemento subjetivo do crime - Voluntariedade
Dolo  consciente vontade de realizar o tipo Penal. O agente pode realizar por meios diretos ou eventual 
 Comunicabilidade de circunstâncias
Elementares  matar alguém; se não tiver uma das elementares, torna-se conduta atípica
Circunstâncias  todo dado que agregado a figura típica serve aPenas para aumentar ou diminuir a Pena
Doutrina Majoritária  não se comunicam as circunstancias de caráter pessoal, salvo quando forem elementares do crime
41

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