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DIREITO CONSTITUCIONAL II – CASO CONCRETO 4
INTERVENÇÃO BRANCA
Uma intervenção branca seria um artifício de um grupo político para enfraquecer ou retirar um outro grupo de uma gestão. Os meios podem ser institucionais, ou seja, utilizando-se das normas vigentes de uma instituição ou usando a ilegalidade.
A região escoteira de Minas Gerais sofreu uma intervenção branca da diretoria executiva nacional. É que a DEN parece ter um novo hobby: colecionar casos de intervenções ilegítimas (Paraná, Maranhão) e, não contente, agora parte para as “brancas”. Mudam as moscas, mas…pois é.
A UEB-MG, a exemplo de São Paulo e outras regiões, decidiu fazer uma nova marca e lenço para a região. Pode ser questionável, pode que não seja o momento, mas não vai de encontro aos regulamentos da associação. Na verdade, o nosso amadorismo nestas questões opera milagres, como o fato de que a marca nacional nem tenha uma resolução que a regulamente, à diferença da regulamentação do vestuário, por exemplo.
Na publicação do Facebook em que a região veiculou a resolução de sua nova marca, se fez ver um comentário do antigo diretor-presidente pedindo uma espécie de intervenção (sic) do integrante do Comitê Mundial, Fernando Brodeschi, e alertando que a marca era uma “ilegalidade”. O pedido foi prontamente atendido.
Não vale citar, mas já citando que:
– O antigo diretor-presidente da região se contratou como funcionário da UEB-MG, um status que ainda vigora e engessa o trabalho da atual diretoria mineira. Este fato pode ser, mas não será, apurado por qualquer Comissão de Ética um pouquinho comprometida com o coletivo. Mas fica como um caso, talvez um alerta, de que se expor em redes sociais pedindo “legalidade”, quando não se sabe o que ela é, talvez não seja uma boa ideia.
– Engessa porque este diretor se nega a compartilhar senhas da hospedagem e do painel administrativo das plataformas online da região com a atual diretoria. O fato se agrava porque a lista de e-mails – que é formada por pessoas que optam por receber a newsletter da região – também ficou como propriedade particular do antigo diretor.
– Além de não ter competência para intervir na questão das marcas, Fernando Brodeschi não tem legitimidade. Num ponto estritamente legal, sua eleição para pleitear a vaga ao Comitê Mundial é anulável por força de resolução (002/2013). Acontece que, para cargos eletivos internacionais, a nacional seria obrigada a abrir um processo de candidaturas, algo que não aconteceu. O CAN escolheu a dedo o sr. Brodeschi…duas vezes.
Mas vamos crer que tudo isso não passa de TiTiTi ou mágoa no coração do autor desse artigo. Ainda restaria esclarecer: nenhum elemento que compõe o símbolo da WOSM, por separado, é de uso exclusivo da Organização Mundial. Ademais, não há resolução que impeça uma região, grupo escoteiro, distrito ou outra instância de terem seus próprios desenhos.
Além de não ter uma resolução que o regulamente, os elementos que formam o símbolo nacional também não possuem uso exclusivo. A tipografia usada (Tahoma, Officina), por exemplo, são fontes distribuídas através da internet. O máximo que se pode fazer (e que a nacional também deveria seguir o exemplo) era pedir o recibo, já que algumas das fontes usadas são comerciais.
Portanto, não há nada de ilegal, apenas preciosismo.
Ainda assim, a nacional entrou em contato com a diretoria da UEB-MG, afirmando que não poderia ter uma nova marca. A região, por sua vez, cedeu.
Acontece que a questão na qual foi envolvida a região de Minas Gerais não é a de um mero desenho, senão de um cabo de guerra político em que a nacional sonda sua força com a das regiões. A diretoria mineira não sabe, mas sofreu uma intervenção branca. E, nesse jogo, ela perdeu. Perdeu em credibilidade, em força de gestão, pelo desconhecimento de regulamentos e não mostra sintomas de desprazer ao cair sentada no conto do vigário. Isso sim, com o profundo respeito que tenho aos vigários.

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