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Matéria Completa de Introdução ao Estudo do Direito I - Estácio

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE DIREITO
AULA 1
OS TIPOS DE DIREITO
DIREITO COMO NORMA: Direito objetivo, é o direito lei, ou seja, conjunto de regras jurídicas impostas ao homem pelo Estado e caso não seja obedecido, sofrerá sansões ou coação. 
COAÇÃO É DIFERENTE DE COERÇÃO: 
COAÇÃO É PENA
COERÇÃO É O USO DA FORÇA
DIREITO COMO FACULDADE: Direito Objetivo, Prerrogativa de alguém, titula a forma de agir do Ser diante da situação.
Empregado para designar um poder de faculdade de agir em face de alguém.
Ex: direito de cobrar uma dívida do devedor.
DIREITO COMO JUSTO: Está relacionado a uma atitude justa, ao que é justo conforme é devido pela Justiça.
Ex: salário do trabalhador
DIREITO COMO CIÊNCIA: É aquele que possui método e objeto. As disciplinas do Direito tem como OBJETO o fenômeno Jurídico, que são aqueles tutelados pelo Direito.
Ex: Direito Civil
DIREITO COMO SOCIAL: Está relacionado aos fatos sociais e à sociedade, para que se viva de forma pacífica e harmônica e para isso é preciso de um Direito justo.
Os fatos sociais se tornam jurídicos quando recebem a tutela e a proteção do Estado e quando os mesmos forem relevantes socialmente.
Ex: andar no parque é um fato social
Andar no parque até as 17:00 é um fato jurídico
DIREITO E AFINS 
FILOSOFIA: Vai tratar da relação entre a sociedade e a forma como ela se organiza, para que as leis criadas sejam eficazes socialmente estudando o fato social e como os grupos humanos se organizam e se relacionam.
CIÊNCIA DO DIREITO: estuda a Norma jurídica e suas aplicações aos casos particulares, como também as questões referentes a sua interpretação e aplicação.
HISTÓRIA DO DIREITO: tem por finalidade a pesquisa e a análise dos Institutos Jurídicos do passado, que foram evoluindo até chegar aos conceitos jurídicos de hoje.
PSICOLOGIA DO DIREITO: estuda os fenômenos mentais juridicamente relevantes sobre o comportamento humano, facilitando desta forma as criações das leis e suas aplicações.
EXERCÍCIOS:
1) IDENTIFIQUE OS TIPOS DE DIREITO
A) O DIREITO NÃO PERMITE O DUELO ______________________________
B) O ESTADO TEM O DIREITO DE LEGISLAR__________________________
C) A EDUCAÇÃO É O DIREITO DE UMA CRIANÇA _______________________
D) CABE AO DIREITO ESTUDAR A CRIMINALIDADE______________________
AULA 2
DIREITO E MORAL
Normas são regras:
SOCIAIS RELIGIOSAS ESPORTIVAS
PROFISSIONAIS CULTURAIS MORAIS JURÍDICAS
CONCEITO DE MORAL: costumes – “MORES.” Conduta ou conjunto de práticas, costumes ou padrões de conduta de uma determinada sociedade. A Moral além de orientar a conduta das pessoas, também é utilizada para aprovar ou reprovar as ações dos outros.
MUTÁVEL PERPÉTUAS INCOERCÍVEL ESPONTÂNEA INTERNA INFORMAL AUTÔNOMA UNILATERAL
CONCEITO DE DIREITO: Conjunto de normas jurídicas, normalmente ou geralmente impostas pelo Estado, obrigando a todos em sua observação, sob pena de serem aplicadas sansões em caso de descumprimento. Nem todas as questões morais são protegidas pelo Direito, apenas aquelas consideradas essenciais a sociedade: Segurança social e convívio harmônico. 
IMUTÁVEL COERCÍVEL HETERÔNOMO ATRIBUTIVO IMPERATIVO BILATERAL 
SEMELHANÇAS ENTRE MORAL E DIREITO: Ambas são instrumentos de controle social, sendo que as normas jurídicas tem mais eficácia em razão da possibilidade do uso coercitivo, ou seja, do uso da Força.
Funções sociais do direito: PREVENIR E COMPÔR CONFLITOS E CONTROLAR A SOCIEDADE.
D
MTEORIA DOS CÍRCULOS:
1° TEORIA: TEORIA DOS CÍRCULOS CONCÊNTRICOS (KEREMY BENTHAM)
Para esta teoria não há divisão entre Moral e Direito. Tudo que é Direito tem por base a moral. EX: OBRAR IMPOSTOS, PRAZOS JUDICIAS NÃO TEM NENHUMA RELAÇÃO COM A MORAL. SÃO NORMAS JURÍDICAS
2° TEORIA: TEORIA DOS CÍRCULOS SECANTES (CLAUDE DE PASQUER) 
 D
MEsta teoria é mais flexível, onde diz que há fatos que pertencem apenas ao campo do Direito e que há fatos que pertencem apenas ao campo da Moral, mas que também a fatos que pertencem aos dois campos.
EX: SER SOLIDÁRIO COM ALGUÉM É UMA QUESTÃO MORAL
PAGAR IMPOSTOSÉ JURÍDICO
ALIMENTAR OS FILHOS MENORES DE 18 ANOS SE ENCAIXA NOS 2 CAMPOS 
3° TEORIA: TEORIA KELSENIANA (HANS KELSEM) 
Nesta teoria há separação total entre Moral e Direito, sendo independentes. 
O que pertence a Moral cabe a ser analisado e estudado pela filosofia, que busca o certo e o errado, o justo e o injusto. Já o Direito é uma ciência que tem um objetivo próprio, onde se estuda e analisa as formas jurídicas. Direito é o que é normatizado e imposto pelo Estado, enquanto a Moral está relacionada aos atos praticados de acordo com os princípios éticos.
D
M
4° TEORIA: TEORIA DO MÍNIMO ÉTICO: 
Nesta teoria, a Norma jurídica deve conter o mínimo de ética para que a lei criada se torne justa e a sociedade subsista de forma mais humana.
ÉTICA E MORAL 
CONCEITO DE ÉTICA: É uma ciência que estuda os conceitos morais de uma sociedade. Através dela é que os princípios são ditados. 
CONCEITO DE MORAL: É o próprio comportamento de um indivíduo. É o que está conforme aos costumes daquela sociedade.
ÉTICA E MORAL NA VISÃO DE KENT: 
Todo ser humano por ser racional e possuir livre arbítrio tem a capacidade de escolher um determinado comportamento, assumindo suas próprias consequências.
O ser humano é um ser dotado de autonomia moral, por ser ou por possuir valores inerentes a sua existência e captados por suas próprias razões.
A moral é agir conforme princípios que todos possam seguir, permitindo que se torne lei para todos.
Moral é aquilo que é feito sem segundas intenções. Parte do princípio de que o Direito e Moral são coisas diferentes.
No Direito se age conforme as regras, regras estas que são impostas por terceiros e que caso nãos sejam cumpridas, as pessoas que as violarem, sofrerão sansões.
Moral é agir conforme os princípios éticos, estes que escolhemos e que estão de acordo com bons costumes.
Não é moral usar o outro para alcançar objetivos próprios.
IMORAL: Quando se comporta de forma diferente aos costumes daquela sociedade.
AMORAL: é indiferente, sem conotação moral.
TODOS OS AMBIENTES TEM SUA ÉTICA, OU SEJA, SEUS PRINCÍPIOS DE COMPORTAMENTO MORAL. QUANDO DIREITO E MORAL CAMINHAM JUNTOS, DIZEMOS QUE A NORMA JURÍDICA É ÉTICA.
INSTITUTOS JURÍDICOS E INSTITUIÇÕES
"CORPUS JÚRIS CIVILS" que significa CORPO DE DIREITO CIVIL, ou seja, um código de Justiniano ou uma obra jurídica. Dentro desse código, os Pandectas serviam para reunir os fragmentos juristas clássicos romanos em hm só código.
INSTITUIÇÕES: Organismos sociais que fazem parte da sociedade e da vida das pessoas, orientado - as ou controlando - as 
Ex: escolas 
 TIPOS DE JUÍZO:
JUÍZO DE FATO: cientificamente provado, são próprios da natureza .
Algo que é realidade - QUE É (OBJETIVO) 
EX: A TERRA É REDONDA 
JUÍZO DE VALORES: Vem de conceitos, algo que possa ser questionado.
DEVE SER (SUBJETIVO)
EX: EU NÃO GOSTO DA FRAGÂNCIA DESSE PERFUME.
AULA 3
CORRENTES JURÍDICAS
JUS POSITIVISMO: Corrente que defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. Nessa corrente o Direito passa a ter uma concepção avalorativa ( sem qualquer tipo de valor) e empírica( conhecimento atrás da experiência) 
O direito só se justifica através de suas regras, não necessitando de qualquer justificação exterior ou de outra disciplina .
Não está preocupado com o conteúdo de outras normas, mas com sua validade. A validade das normas são dadas pelo Estado por sua autorização.
JUSNATURALISMO: É uma corrente em que seus adeptos defendem a existência de um direito natural, superior ao direito positivo, que é imposto pelo Estado. Esta corrente revela ao legislador os princípios e valores fundamentais e inerentes ao homem, a fim de que sejam justas. Admitem - se o DireitoPositivo.
Esta corrente se desenvolveu em épocas diferentes cujas visões e concepções também eram, mas mesmo assim apresentavam aspectos comuns, tais como: 
* QUE TODAS AS CONCEPÇÕES FAZIAM UMA LEITURA MORAL A RESPEITO DAS LEIS, COM BASE EM VALORES, COSTUMES E CRENÇAS INERENTES AO SER HUMANO.
* QUE A ÚNICA FONTE DE DIREITO É O NATURAL.
* DEVEM FUNDAMENTAR O DIREITO POSITIVO.
* A LEI QUE CONTRÁRIA O DIREITO NATURAL NÃO É VÁLIDA E SE IMPORTA COM OS CONTEÚDOS DAS LEIS, OU SEJA, SE É JUSTA OU NÃO.
CONCEPÇÕES DIFERENTES DAS CORRENTES: 
COSMOLÓGICA OU UNIVERSAL: Esta concepção vem da própria natureza do universo. Da mesma forma que há uma ordem natural no universo é que é igual em todas as épocas e todos os lugares, as leis humanas surgem em função de uma organização cosmológica.
TEOLÓGICA: É aquela em que se baseia em uma ordem sobrenatural ou em uma manif
Ataca o Divina. Há o predomínio do Direito caônico e do Direito romano.
RACIONALISTA: Nesta concepção o Direito natural Independe da vontade Divina, mas depende da razão humana. A compreensão da realidade humana e, consequentemente, do Direito vem do intelecto, da inteligência, da experiência humana. Vai ser a razão quem vai ditar o que é certo e o que é errado.
DECLÍNIO DO DIREITO NATURAL: Com as revoluções, especialmente a Revolução Francesa de 1789, começaram a investir em uma organização do Direito, através da lei escrita que foram colocadas em códigos. Por influência do Iluminismo (movimento intelectual que ocorreu na Europa) a razão passou a ser como o único fio de conhecimento da verdade, acreditando que os conhecimentos adquiridos pelo Direito Natural, pela lei Divina, costumes não passavam de irracionalidade. Neste momento inicia-se um PROCESSO DE SEPARAÇÃO ENTRE DIREITO E MORAL. 
Em razão das concepções destas correntes estarem baseadas em questões não científicas e passando a viver um momento onde a ciência e a razão se tornavam mais fortes, ocorreu um Declínio do Direito Natural.
ESCOLA EXEGESE: Surge juntamente com o Código de Napoleão em 1804, apresentando as seguintes características: 
*O OBJETIVO DE ESTUDO E DE INTERPRETAÇÃO DOS CÓDIGOS ERAM FEITOS PELOS EXEGETAS.
* HÁ UMA IDOLATRIA ECESSIVO PELA LEI, É CHAMADO DE ESTRITO LEGISMO.
*NEGAÇÃO DE EXISTÊNCIA DE LACUNAS NA LEGISLAÇÃO, EM QUE O CÓDIGO APRESENTA TODAS AS SOLUÇÕES DOS PROBLEMAS DA SOCIEDADE.
*É O LEGISLADOR QUEM REPRESENTA OS INTERESSES D POVO E AO JUIZ CABE APENAS DE CARA E APLICAR AS LEIS.
*UTILIZA-SE DO MÉTODO EXEGÍTICO, QUE BADA MAIS É DO QUE INTERPRETAR OS TEXTOS LEGAIS, PARA DESCOBRIR A INTENÇÃO DO LEGISLADOR 
*O ESTADO É A ÚNICA FONTE DO DIREITO ( DIREITO POSITIVO)
Com o tempo essa forma de interpretar a lei, mostrou - se insuficiente. Acompanhando esta de linha de interpretação surge na Alemanha a Escola Pandectista, que vem dos Pandectas, ou seja, textos romanos contidos em códigos de Justiniano, que eram utilizados pelos alemães na aplicação do Direito. Diferentemente da Escola Exegese que só interpretava o código de Napoleão.
Paralela à esta Escola, também na Alemanha, surgiu a ESCOLA HISTÓRICA, cujo principal expoente foi o Jurista Sarini. Ele não concordava com a codificação da leis, dizendo que as leis deveriam vir do Espírito do povo, que era q expressão das crenças, dos desejos, das histórias do povo e não da produção de um legislador. Para esta Escola, a função do legislador é indiferente, pois ele apenas traduz em normas escritas esse espírito .
CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA HISTÓRICA: 
*EXPULSA A CODIFICAÇÃO
* NEGA O DIREITO NATURAL COMO ALGO IMUTÁVEL, EXALANDO O DIREITO CONSUETUDINÁRIO (Direto dos costumes) 
Em razão da conscientização de que apoiar - se regras jurídicas, sem levar em conta os princípios e valores, permitiram o surgimento dos REGIMES TOTALITÁRIOS E DE ATROCIDADES HUMANAS, após a 2° Guerra Mundial, percebe - se a importância do resgate dos Direitos inerentes ao ser humano, denominados Direitos Naturais, no sentido de humanizar e criar normas justas. 
Sobre o retorno do Direito Natural-> justificativas: 
*ARBITRARIEDADE DOS GOVERNADORES
*ARBRITABUSOS DE PODER 
*PRÁTICAS DESUMANAS NA APLICAÇÃO DAS LEIS.
NORMATIVISMO JURÍDICO E TEORIA PURA DO DIREITO (HANS KELSEN)
Estudo da norma jurídica
- FRUTO DP POSITIVISMO
- INÍCIO DO SÉC. XX – estudo do Direito como ciência jurídica
- OBEJTO DE ESTUDO: NORMA JURÍDICA
- DIREITO – ordenamento jurídico – pirâmide de Kelsen
Obs: nenhuma norma inferior pode interferir na norma superior
Como crítica à Teoria Pura do Direito, surge a Teoria Tridimensional do Direito (Miguel Reale)
Que seria superior ao normativismo jurídico e se basearia em 3 fenômenos: FATO, VALOR E NORMA
Kelsen confere ao Direito um status de ciência Jurídica através de sua teoria, onde o objeto de estudo são as normas jurídicas. Ao objetivar, transformar o Direito em ciência, trabalha apenas com juízos de fato, onde há constatação objetiva da realidade, comprovada cientificamente, e não com juízos de valor, que é algo subjetivo. Afasta qualquer visão filosófica, socióloga, metafísica do estudo do Direito, para garantir a autonomia da disciplina jurídica. O que interessa é a validade da norma e ao seu conteúdo. Esta validade significa dizer que uma norma deve estar fundamentada em outra norma superior à ela e também deve ter sido criada por um órgão competente.
Direito para positivismo ou normativismo jurídico é um sistema ordenado de normas jurídicas coercitivas, impostas e validada pelo Estado. Kelsen vislumbrou este ordenamento através de uma pirâmide, cujas normas são distribuídas de forma hierárquica, estando uma super posta à outra. Esta hierarquia depende da maior ou menor autoridade das normas, estando as de maior autoridade acima das outros menores. Na concepção desta pirâmide, além das normas jurídicas, temos no seu topo a norma fundamental, que vai fundamentar e validar todas as outras normas, principalmente a CF/88, que é fundamentada pelo poder constituinte, responsável pela criação da constituição.
Em razão de novas relações sociais surgirem, a corrente Juspositivista ou o normativismo de Kelsen, não atende mais os anseios da sociedade. Aplicar a Norma Jurídica literalmente presa apenas ao texto legal, passou a criar situações injustas e levou a crer que a Norma não poderia ser a única fonte ou a única forma de se compreender o Direito. A partir de então, começa a surgir uma nova visão de Direito, promovendo a volta dos direito inerentes ao ser humano e a reaproximação entre Norma e Direito. A maior crítica que crítica que essa teoria recebeu, foi a a de reduzir o direito apenas a lei, se afastando dos aspectos fáticos (fatos sociais, morais e históricos da realidade do homem e da sociedade em que ele vive.)
Para superar o normativismo jurídico, surge a Teoria Tridimensional do Direito, onde o fenômeno jurídico ou o Direito decorre de 3 elementos: FATO, VALOR e NORMA 
FATO é o acontecimento social
VALOR é o elemento moral
NORMA é o elemento regulador do comportamento. (lei)
Um fato social recebe uma carga valorativa que por fim se transforma em uma Norma. Para Miguel Reale, o Direito pertence à cultura do homem. Através dela se permite criar valores e costumes, com isso o homem interage com seu meio.
EX: MATAR pena de 6 a 12 anos
FATO – tirar a vida de alguém
VALOR – vida (proteger a vida)
NORMA – pena de 6 a 12 anos
DIREITO NATURAL X DIREITO POSITIVO
NATURAL-> expressão da naturais, dívida e da razão.
Aspiração pela justiça do valor
Há um direito anterior e superior ao direito escrito 
Admite o direito positivo.
AULA 4
CONCEITOS JURÍDICOS E RAMOS DO DIREITO
DIREITO OBJETIVO X DIREITO SUBJETIVO
DIREITO OBJETIVO 
Norma se agir/ “norma agendi” 
Composto se todas as normas jurídicas.
Direito material ( substantivo) regras contidas no código.
Direito processual (adjetivos) regras que vão dizer como o processo vai ser gerido.
*conjunto de regras jurídicas composta de todas as normas vigor. É conhecida como "norma agendi", ou seja, a norma de agirou de como temos que nos conduzir, sob pena de sofrer um sansão ou penalidade, em caso de violação. Inclui os direitos chamados de substantivo ou material, que nada mais são as regras contidas e disciplinadas, de acordo com a matéria, nos seus respectivos códigos. Também é incluído o direito adjetivo ou também conhecido como direito processual. Nele esta assegurada e garantida a busca de reparação dos direitos violados. É o cumprimento do direito material. As regras deste direito vamos encontrar nos denominados códigos processuais. 
DIREITO SUBJETIVO
Prerrogativa de agir/ “facultas agendi”
DIREITO OBJETIVO X DIREITO POSITIVO
OBJETIVO -> direito que vai abarcar todo ordenamento jurídico mais costumes mais contratos. 
* propriamente objetivo e positivo também 
POSITIVO-> direito posto pelo estado, normas que emanam diretamente do estado. 
DIREITO PÚBLICO X DIREITO PRIVADO
DIREITO Público
Época romana - Ulpiano - digesto (jurista império romano - ano de 170 D. C)
- Interesse do Estado 
- negócios romanos 
DIREITO Privado
- interesses/ negócios entre particulares 
CRITÉRIO UTILIZADO: UTILIDADE E INTERESSE 
REPÚBLICA: RES(coisa) + PÚBLICA 
PUBLICIZAÇÃO DO DIREITO
- CRITÉRIOS ATUAIS UTILIZADOS: 
1) CRITÉRIO DIZ CONTEÚDO OU REALIZAÇÃO JURÍDICA 
- Direito público-> interesse geral 
- Direito privado-> interesse particular 
2) FORMA DA RELAÇÃO JURÍDICA 
-Direito público-> subordinação 
Regido princípios:
-supremacia do interesse público 
- estrutura legalidade 
-Direito privado-> coordenação 
- informado pelos princípios: 
- autonomia da vontade 
- licitude ampla 
Esta divisão entre direito público e direito privado vem da época romana em que se utilizava um único método, de interesse ou utilidade, para distinguir esses dois direitos. Hoje não existe mais essa distinção da época romana, pois há uma publicização do direito, onde o estado passou a interferir nos assuntos privados. 
Ex: "Pacta Sunt Serwanda" que significa: os pactos devem ser cumpridos, em razão da autonomia da vontade e liberdade de contratar que existia no estado liberal. Mas a partir do cometimento de práticas abusivas, onde acarretavam desequilíbrios contratuais, atingindo principalmente a parte mais vulnerável, os contratos passaram a sofrer ingerência do Estado, para rever, modificar ou anular cláusulas abusivas. O estado vem para frear os excessos de poder de uma das partes.
DIREITO INTERNO 
Normas vigentes pertencentes ao país 
Federal (união)
Estadual (estado)
Municipal (município) 
* É aquele que vigora um determinado território, submetido a soberania de um país. Tutela ou protege o interesse deste país ou deste Estado, regendo as relações jurídicas que ocorrem neste território. 
 DIREITO INTERNO PÚBLICO 
Ramos do Direito público 
Direito constitucional 
Processual- civil e penal 
DIREITO INTERNO PRIVADO 
Direito civil 
Direito empresarial 
DIREITO INTERNACIONAL OU EXTERNO
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 
*Disciplina as relações internacionais entre os Estados e Estados e Organismos. (ex:ONU)
Tem como fontes: Tratados Internacionais, Convenções, Pactos e etc.
No Brasil, eles passam a ter vigência no Direito interno depois de ratificados pelo Presidente da República (art. 84, VIII - CF/88) e aprovado pelo Congresso Nacional (art. 49, I - CF/88).
 DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO 
* Visa solucionar conflitos, indicando a lei a ser aplicada em uma situação em que haja conflitos entre Direito interno e Direito internacional, em que uma das partes é um indivíduo. Por isso regula relações privadas no âmbito internacional. (Art. 7° - 17 - LINDB)
RAMOS DO DIREITO PÚBLICO
1) Direito Constitucional 
Dispõe sobre a organização do Estado, delimitando as ações do Estado particulares, tais como: função dos órgãos estatais, direitos fundamentais do indivíduo e normas gerais sobre os poderes do Estado. (CF/88)
2) Direito Administrativo 
Dispõe sobre a realização dos serviços e servidores públicos. Define regras específicas sobre a organização dos órgãos administrativos. (CF/88 e LEIS ESPARSAS) 
3) Direito Financeiro 
Regulamenta toda a atividade do Estado quanto à forma de realização de receita e despesa. (CF/88)
4) Direito Tributário 
Disciplina a fiscalização e arrecadação dos tributos devidos pelos cidadãos ao governo. (CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL - CTN e LEIS ESPARSAS) 
5) Direito Processual 
Reúne princípios e regras pelos quais se obtém a prestação jurisdicional do Estado na solução dos conflitos. Regula a organização judiciária e o processo judicial. Se os conflitos são da esfera privada, temos o direito processual civil. Mas se os conflitos forem derivados de infrações penais ou crimes, temos o direito processual penal. (CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E PENAL) 
6) Direito Penal 
Regulamenta, define os tipos de crimes e infrações penais, como também estabelecer as penalidades ou medidas de segurança. (CÓDIGO PENAL)
7) Direito eleitoral 
Disciplina ou regulamenta critérios e condições: para escolha dos membros dos poderes executivos e legislativos; para o eleitor votar; para alguém se candidatar; formas de apuração das eleições; criação e funcionamento dos partidos políticos.
8) Direito Militar
São normas aplicáveis ao militares.
RAMOS DO DIREITO PRIVADO
Cuida dos interesses entre particulares, sejam eles, pessoas físicas ou jurídicas. 
1) Direito Civil (CÓDIGO CIVIL)
Regulamenta os interesses das pessoas relacionados aos seguintes temas: 
- estado civil 
- capacidade das pessoas 
- família 
- transmissão hereditária patrimonial (sucessão)
2) Direito Empresarial (CÓDIGO CIVIL - art. 966 à 1195)
Regulamenta a atividade econômica destinada à circulação de riquezas, os a toa dos comércios e as atividades empresariais.
Novos Direitos ou Direitos Mistos
Direto do trabalho: (CLT - consolidação das leis trabalhistas) Disciplina ou regulamenta a relação trabalhista entre empregador e empregado. Compreende os seguintes temas: contrato de trabalho, rescisão, jornada de trabalho, salário, greves e etc. 
Direito previdenciário: (LEIS ESPARSAS) (SEGUIRIDADE SOCIAL)
Conjunto de normas que amparam o trabalhador, garantindo benefícios, assistência e previdência social.
- auxílio maternidade 
- auxílio doença e etc.
Direito do consumidor: (CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - lei n°8078/90)
Esta lei surgiu em razão das práticas abusivas cometidas pelos fornecedores que causaram desequilíbrio na relação. 
 Direito ambiental: (LEIS ESPARSAS - art. 225 CF/88 - lei n° 8938/81 lei da política nacional do meio ambiente) Regulamenta todos os assuntos referentes ao meio ambiente, além de controlar e fiscalizar qualquer tipo de dano que o meio ambiente possa sofrer.
 
exercícios aula 4 (plano de aula)
Norma de ordem pública: Norma codente -> norma obrigatória.
Questão discursiva 
O primeiro exemplo desta questão se refere ao direito Público,  já que a fixação do salário mínimo é imposta pelo Estado, sendo uma norma de ordem pública, não permitindo que as partes desta relação possam fazer qualquer tipo de negociação. No segundo exemplo temos uma situação pertencente ao Direito privado, onde as partes podem negociar uma forma diferente daquela constante na lei, mas não podendo escolher, através de um consenso, uma forma que infrinja a lei, os costumes e a ordem jurídica. Denominada de consumo, onde de um lado há um fornecedor e de outro o consumidor. 
AULA 5
Norma Jurídica
1) concreto 
ODireito disciplina a vida social através das normas jurídicas, que são necessárias para que a sociedade viva em harmonia e haja segurança jurídica. Essas normas compreendem regras e princípios que compõem o nosso ordenamento jurídico. Comando obrigatório imposto pelo Estado imputando à alguém um fazer ou não fazer, sob pena de sofrer uma penalidade ou sanção caso de descumprimento.
2) estrutura da norma jurídica 
- normas de conduta (primária)
- normas de organização (secundárias)
As normas jurídicas são estruturadas por uma norma que prescreve uma conduta (endonorma) e por uma sanção. Nem sempre serão apresentas as duas prescrições juntas. 
As normas de conduta Disciplinam o comportamento das pessoas. Nelas existem a imposição de uma conduta ou de um dever, sob pena de uma sanção. 
Ex: 
Premissa maior: 
Algo baseado na lei 
Premissa menor: 
Caso concreto, fato social.
Conclusão: aplicação da lei ao caso concreto= SUBSUNÇÃO 
Normas de organização disciplinam a estrutura e o funcionamento dos órgãos do Estado e suas competências. Neste caso, não há uma sanção específica como ocorrem nas normas de conduta, mas nulidade (torna- se nulo) o ato praticado.
Ex: usando o silogismo.
Premissa maior: previsão de um procedimento 
Premissa menor: descumprimento deste procedimento 
Conclusão: nulidade do ato 
- silogismo jurídico 
Matar é crime - João mata Pedro - João é criminoso e precisa ser punido.
- raciocínio na dedução ( de duas situações eu chego à uma conclusão) (premissas + conclusão) 
- fato- endonorma (hipótese) + sanção - perinorma (dispositivo) 
3) características das normas jurídicas . 
- generalidade
 - obstratividade 
- Bilateralidade ou alteridade (alter= outro)
- heterônomo (imposta por terceiros)
- Imperatividade (sanções)
- Coercibilidade (sociedade faz ter um respeito)
4) classificação das normas jurídicas
A) Quanto ao tipo de comando 
- Imperatividade ou cogente
< preceptiva (permite) / proibitiva (aquela que é obrigatória) 
*são aquelas que obrigam um determinado comportamento (preceptiva) ou proíbem, vedam uma determinada conduta (proibitiva).
A primeira é um fazer, e a segunda um não fazer. ex: art. 876 e 228 do cc 
- supletiva/ permissiva/ despositiva : são aquelas que permitem alteração pelas partes,por conveniência. Existe uma parcela de liberdade do indivíduo, que poderá dispor de maneira diversa da que consta na norma. (Art. 327 código civil)
B) Quanto à amplitude
- genéricas (aquelas que são utilizadas com todas as pessoas)
- específicas (usadas para certo caso/ pessoas)
- individualizadas 
C) quanto ao elemento espacial/ territorial (EXTENSÃO TERRITORIAL)
- normas de direito internacional: são as que compõem um ordenamento jurídico de cada país. 
- normas do Direito interno: são aquelas que vigoram em um determinado território nacional, composta pelo direito positivo daquele país. Teremos normas federais (união), estaduais e municipais, onde cada ente terá sua competência, não havendo hierarquia entre eles. 
D) quanto aos efeitos sobre os fatos:
- prospectivo ("ex nunc")
Nenhuma lei pode ser aplicada, quando criada naquela data, ser aplicada a fatos anteriores à sua vigência. Está baseado no principio da irretroatividade da lei, que é a regra no nosso ordenamento jurídico. 
- retroativos (" ex tunc")
é a exceção (art. 5°, XL CF/88) (art. 5°, XXXVI CF/88)
E) quanto às fontes 
- legislativa: são aquelas elaboradas pelo poder legislativo, de forma precípua em relação às normas jurisprudênciais.
- jurisprudência: São aquelas emanadas das decisões dos tribunais.
- consetudinária: São aquelas elaboradas espontaneamente pela sociedade, necessitando serem reinteradas, constantes, uniformes e enraizadas na consciência da população.
F) quanto às sanções (violação da leis) 
QUANTO VIOLADA:
- mais que perfeita: mais que perfeita: o ato jurídico é nulo e importa uma pena ao infrator. (art. 1521,VI CC – não podem casar pessoas casadas) (art. 1649 CC)
- perfeita: é aquela que anula o ato jurídico, sem aplicar qualquer Sansão ao infrator. (art. 1647 CC) (art. 1649 CC)
- menos que perfeito: apenas impõe uma consequência restritiva ao infrator mais não anula o ato jurídico. (art. 1641, II)
- imperfeita: não decreta nem nulidade do ato jurídico, nem sanção ou restrição ao infrator, por questões sociais ou ética ou valorativas. (art. 1551 CC)
G) quanto à duração 
- temporária: são aquelas vai vigorar por um determinado tempo, com data para seu nascimento e término.
- permanentes: são regras no nosso ordenamento jurídico, e que são editadas para vigorar por tempo indeterminado, até que outro ato legislativo ocorra e substitua a lei antiga.
H) quanto à sistematização 
- codificação: São constituídas através de um único livro com uma única lei sobre determinada matéria do ramo do direito. EX: CÓDIGOS
- consolidação: São aquelas que reúnem diversas leis relativas a uma mesma matéria e não gerando uma lei única. EX: CLT
- esparsas: são aquelas leis que não se encontram codificadas, nem Consolidadas, tratando de temas específicos. Ex: ECA, MARIA DA PENHA...
5) VALIDADE DAS NORMAS JURÍDICAS
-técnico - formal: vigência
- social: eficácia 
-ética: fundamento
As normas jurídicas para que sejam obrigatórias e sejam completas não bastam que apresentem uma estrutura composta de fato e estrutura, mas também precisam apresentar alguns elementos, tais como: Serem criadas por órgãos competentes, cujas matérias a serem legisladas devem ser também de suas competências (técnico formal). Além disso são necessárias que as normas sejam eficazes socialmente, ou seja, devem ser incorporadas pela sociedade (eficácia social). E também devem apresentar um fundamento ético, onde se busca na norma a proteção de um determinado direito ou valor. 
- norma defectiva:
-normal artificial:
- norma injusta
6) Desuso das leis e leis anacrônicas
Ambos se referem aquelas leis que se tornam ineficazes socialmente. As primeiras já nascem mortas porque apresentam defeitos, podem ser injustas ou artificiais, não atendendo aos anseios buscados pela sociedade. No primeiro tipo, ou seja, normas defectivas, estas poderão apresentar uma hipótese ou prescrever uma determinada conduta, sem apresentar uma sanção. As segundas quando criadas por outros interesses que não sejam aqueles que não estão conectados com a realidade social. E as últimas se referem aquelas normas que afrontam o senso comum e que são justos ao homem.
As leis anacrônicas também caem em desuso,mas não porque nascem mortas. Elas durante algum período tiveram eficácia social, porém com o tempo foram deixadas de lado, podendo serem reativadas ou não. (ex: Cinto de segurança).
Caso concreto 5.
A jovem do caso concreto reconhece a existência da Lei Maria da Penha, que por ter sido criada por órgãos competentes e ter passado pelos trâmites legais, possui validade técnica formal. Em razão disto, ela passa a ter vigência, ou seja, a ser obrigatória. Porém, a existência desses dois elementos não garante a eficácia social desta lei. O direito autêntico, completo é aquele que tem validade, vigência e também que seja incorporado, aplicado pela sociedade e fiscalizado pelas autoridades competentes.
AULA 6
Teoria do ordenamento jurídico
1- Conceito: É um conjunto ou um sistema de normas jurídicas que estão ordenadas ou organizadas de forma hierárquica, havendo entre elas Interação e harmonia e, principalmente, subordinadas a lei máxima que é a Constituição Federal.
2- Elementos constitutivos
▪ pluralidade de elementos = normas jurídicas
▪ interação entre as normas (diferentes lacunas de lei)
▪ harmonia entre as normas (diferentes antinomias jurídicas)
3-Princípio da completude do ordenamento jurídico:
As normas jurídicas, como já estudamos, apresentam preceitos, que vão dizer o que devemos e o que não devemos fazer, e sanções, que são as respectivas penalidades quando ocorrem violações das normas. Fazem necessária também uma Interação entre as normas para que ocorra uma harmonia no ordenamento jurídico.Partindo do princípio de que o ordenamento jurídico é completo, ou seja, princípio da completude, não pode existir nele nem lacunas e nem antinomias jurídicas. As lacunas se referem a vazios que podemos encontrar nas normas jurídicas, mas não no ordenamento jurídico. E as antinomias jurídicas se referem a conflitos entre normas, que também não podem existir no ordenamento jurídico. Segundo este princípio da completude, dentro do ordenamento jurídico tem que existir sempre uma norma jurídica que regule um determinado conflito social.
4-Regras e Princípios:
Todas as normas jurídicas apresentam em seu conteúdo regras e princípios. As regras são prescrições que disciplinam determinada conduta ou situação. Se duas regras se contrapõem em relação a um determinado caso concreto, dizemos que ocorreu um conflito. A forma de solucionar tal questão vai depender da existência da lei mais nova ou mais especial. Os princípios são diretrizes que orientam as regras e podem estar implícitos ou explícitos. Quando dois princípios se contrapõem dizemos que ocorreu uma colisão. A forma de resolver tal questão é sopesando os dois princípios, através do princípio da ponderação, e decidir qual terá mais peso em relação ao caso concreto. Também usamos os princípios para preencher as lacunas da lei. Quando nos deparamos com "Hard Cases" que são casos difíceis, onde não existe uma regra específica para solucionar um determinado conflito social, os princípios são utilizados para esse fim.
5- Poder normativo das normas jurídicas < material e formal 
As normas quando criadas sofrem limites materiais e formais.
 Em relação à limitação material, esta é relativa ao conteúdo da norma, onde uma norma superior deverá ser respeitada quando uma inferior for editada. 
Ex: A Constituição Federal diz que todos os cidadãos têm direito à liberdade religiosa, isto impede que o legislador edite leis que restrinja esta liberdade. 
E a limitação formal se refere à forma, ou seja, os trâmites legais em que uma lei é editada.
6- Hierarquia das Leis (Normas jurídicas):
 * Normas constitucionais (CF, EC – art. 60 parágrafo 4° CRF/88 cláusulas pétreas), Tratados internacionais Direitos humanos (art. 5° parágrafo 3° CRF/88).
 * Normas complementares (art.59, 69, 93, 131 CRF/88).
 * Normas ordinárias (leis em geral, leis delegadas, medida provisória (MP) 
 art. 62 CFR/88).
 * Normas regulamentares (portarias, resoluções)
 * Normas individualizadoras (sentenças, contratos)
Normas constitucionais: São aquelas que se encontram em um grau mais elevado no ordenamento jurídico. Nela temos a CF, a qual todas as outras normas devem obedecer, em razão do princípio da constitucionalidade.
 Emendas constitucionais: São aquelas que alteram a constituição, criando novas normas ou revogando as já existentes. Este processo de mudança é feito através de órgãos competentes e seguem determinadas formalidades, conforme o art. 60 da CF/88. Vale ressaltar que as cláusulas pétreas não poderão sofrer nenhuma alteração constitucional. Os tratados internacionais referentes aos direitos humanos, se aprovados, conforme o art. 5° serão equivalentes às normas constitucionais.
Normas completares: são aquelas que complementam o texto constitucional, podendo versar sobre diversas matérias, que a CF entenda que deva ser regulada de forma mais rígida do que as normas ordinárias. Elas devem ser expressas pelo texto constitucional. 
Normas ordinárias: São aquelas que podem tratar ou regulamentar qualquer assunto que não sejam de competência privativa de outros órgãos ou autoridades. As leis em geral são aquelas constantes nos códigos e nas extravagantes ou esparsas (leis soltas). As leis delegadas são aquelas que são delegadas pra algum órgão competente e as medidas provisórias são emanadas para o presidente da república, com força de lei, e posteriormente, encaminhado ao poder legislativo, para situações de urgência e relevância. 
Normas regulamentares: são aquelas com finalidades administrativas para dar cumprimento efetivo a uma determinada norma, que podem ser feitas através de portarias e resoluções, dos documentos e decisões a respeito de interesses internos ou execução de serviços. 
Normas individualizadoras: são aquelas que são aplicadas a casos concretos que somente são de interesse das partes envolvidas.
[13:44, 31/5/2016] +55 22 99905-3977: As normas jurídicas, como já estudamos, apresentam preceitos, que vão dizer o que devemos e o que não devemos fazer, e sanções, que são as respectivas penalidades quando ocorrem violações das normas. Fazem necessária também uma Interação entre as normas para que ocorra uma harmonia no ordenamento jurídico. Partindo do princípio de que o ordenamento jurídico é completo, ou seja, princípio da completude, não pode existir nele nem lacunas e nem antinomias jurídicas. As lacunas se referem a vazios que podemos encontrar nas normas jurídicas, mas não no ordenamento jurídico. E as antinomias jurídicas se referem a conflitos entre normas, que também não podem existir no ordenamento jurídico. Segundo este princípio da completude, dentro do ordenamento jurídico tem que existir sempre uma norma jurídica que regule um determinado conflito social.
Caso concreto aula 6
União homoafetiva 
▪ Dentro do ordenamento jurídico há um conjunto de normas que deve estar em harmonia e também deve existir uma Interação entre elas. Quando não há uma regra que possa solucionar hm determinado conflito social, busca - se sua solução nos princípios que são orientadores das respectivas regras jurídicas. O STF argumentou que o art. 3°, 4° da CF veda qualquer tipo de discriminação. Neste caso concreto entendeu o STF que ninguém pode ser discriminado pela opção sexual. E retirou qualquer tipo de discriminação quanto aos artigos 226 parágrafo 3° da CF e o código 1723 do código civil. Sendo assim, foi favorável ao reconhecimento da união estável em uma relação homoafetiva.
AULA 7
Relação jurídica
(relação de direito)
Conceito: É uma relação que ocorre, no mínimo entre dois sujeitos, sendo um denominado sujeito ativo e outro passivo. Esta relação está amparada por uma norma jurídica.
Requisitos: ▪ relação intersubjetiva (entre sujeitos)
Ex: direito d empregado ao salário pago pelo empregador. 
▪ regulado por uma norma jurídica 
Elementos: São aqueles que estão aptos a adquirir direitos e contrair obrigações. Podem ser pessoas físicas (pessoa natural); pessoas jurídicas (empresas) e entes despersonalizados (espólio- conjunto do patrimônio do cujos).
Sujeitos ativos: Titular do Direito Subjetivo (que me pertence). Pode existir mais de um. É o titular do direito do direito subjetivo ou o credor de uma prestação. 
Sujeitos passivos: tem o dever jurídico. Pode existir mais de um. Está obrigado a respeitar o direito subjetivo do sujeito ativo. 
A cada direito subjetivo corresponde um dever jurídico. 
Objeto imediato: (obrigação de dar, prestar, fazer e não fazer)
Objeto mediato: (bem jurídico)
É aquilo sob o qual incide o vínculo entre as partes, podendo ser imediato (o que toca imediatamente o sujeito e que ele tem o direito de exigir) e mediato (que são os bens jurídicos, aqueles protegidos pela lei). 
Ex: direito do município à cobrar (prestação de pagamento- Objeto imediato) impostos(Objeto mediato) dos munícipes 
Fato jurídico/ jurígeno/ gerador/ propulsor. É o que vai gerar a relação jurídica, determinada pela Lei ou pelo contrato. 
Fatos jurídicos são acontecimentos através dos quais se constituem, modificam e extinguem relações jurídicas, protegidas por normas jurídicas. 
- Naturais: independem da vontade humana. Podem ser ordinários (casos comuns) e extraordinário (força maior)
- Atos jurídicos: dependem da vontade humana de agir ou não. 
Atos lícitos: são aqueles que são permitidos ou amparados pelas normas jurídicas. 
Atos ilícitos: são aqueles que contrariamou violam as normas jurídicas. 
Abuso do Direito: na realidade, o termo não é feliz, pois seria contraditório falar em abusividade e ao mesmo tempo em direito. O que ocorre é o exercício irregular ou abusivo de um direito.
Garantia: É o que vai garantir na relação jurídica os direitos dos sujeitos de buscar no poder judiciário a proteção pela violação ou ameaça desses direitos.
Vínculo de atribuitividade: Confere as partes ou sujeitos o poder de pretender ou exigir um do outro direitos e obrigações. Este vínculo poderá vir da própria lei ou de contrato.
Espécies de Relação Jurídica:
1) Quanto à abrangência: abstrata ou concreta 
Abstrata: Está relacionada à norma jurídica. É a própria norma jurídica, onde as partes ou sujeitos não são individualizados. É um comando geral. 
Concreta: À partir do momento em que ocorre um fato, e este é ilícito, a norma abstrata, referente a este ato cometido, incidirá sobre o respectivo ato ilícito. Sujeitos individualizados ou identificados.
2) Quanto ao número: simples ou complexa 
Simples: Quando é constituída apenas por um direito subjetivo de uma parte ou dever jurídico de outra. (EX: TESTAMENTO)
Complexa: Quando existir direitos e deveres de uma parte e também da outra parte. 
(EX: COMPRA E VENDA)
3) Quanto à natureza: principal ou acessória 
Principal: é a relação considerada autônoma, que não depende de outra relação jurídica para existir. (EX: CONTRATO DE LOCAÇÃO)
Acessória: é aquela que vai depender, para existir, de uma outra relação jurídica. 
(EX: CONTRATO DE FIANÇA, CONTRATO DE SUB- LOCAÇÃO).
4) Quanto à forma: pública ou privada
Pública: é uma relação tutelada pelo direito público, onde o Estado atua com predominância, subordinação e através do seu poder de 'imperium' (obrigação) (EX: CONTRATOS ADMINISTRATIVOS)
Privada: é tutelada pelo direito privado, onde há coordenação entre as partes, ou seja, elas se encontram no mesmo patamar.
(EX: CONTRATO DE COMPRA E VENDA)
5) Quanto ao objeto: personalíssimos, obrigacionais ou reais
Personalíssimas: são aquelas que se relacionam aos direitos pessoais (vida, nome, imagem, reputação, saúde, segurança, educação etc). Estes direitos têm efeitos absolutos 'erga omnes' (em face de todos).
Obrigacionais: são aqueles que vinculam o sujeito ativo (credor) e o sujeito passivo (devedor) através de uma prestação de dar algo, de fazer algo ou de não fazer nada. Os efeitos desses direitos são inter partes (inter singuli) 
• Obs: inter singuli /oposto/ erga omnes
Reais: a relação vai vincular o titular de um direito sobre uma determinada coisa, que poderá ser material ou imaterial (propriedade, posse etc). Tem efeitos jurídicos 'erga omnes'.
6) Quanto aos efeitos: absoluta ou relativa 
Absoluta: o sujeito passivo será toda a coletividade. 'Erga omnes'.
Relativa: o sujeito passivo será apenas aquele ou aqueles que estiverem vinculados ou obrigados na relação criada. 'Inter singuli'
7) Quanto à quantidade: bilateral, trilateral (ou processual) ou plurilateral
Bilateral: dois sujeitos- ativo e passivo.
Trilateral ou processual: toda relação jurídica processual é, no mínimo, trilateral, ou seja, composta de autor, réu e juiz. Entretanto, nem toda relação trilateral é processual.
Plurilateral: pelo menos mais de duas ou três pessoas. Relação composta. Pode ter mais de um sujeito passivo e mais de um sujeito ativo.
8) Quanto ao modo: solene (ou especial), não solene, gratuita ou onerosa 
Solene ou especial: é a relação em que a lei determina certa formalidade para que o ato seja válido. ( EX: COMPRA E VENDA DE UM IMÓVEL, NECESSITA CONTRATO)
Não solenes: são as relações criadas de forma informal. (EX: COMPRA E VENDA DE BEM MÓVEL, NÃO NECESSITA CONTRATO) 
Gratuita: não há contraprestação ou exigência de qualquer ônus ou encargos de outra pessoa. (EX: DOAÇÃO SIMPLES) 
Onerosa: relação que exige uma contraprestação de outra parte.
9) Quanto à duração: durável, não durável ou efêmera
Durável: não existe prazo determinado para ela acabar. 
(EX: CASAMENTO) 
Não durável: existe um prazo determinado para se encerrar.
(EX: CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO) 
Efêmera: relações jurídicas que se extinguem em pouquíssimo tempo. 
(EX: PEGAR UM ÔNIBUS)
Proteção jurídica
Pela sanção - norma sancionada - direito material ▶ Preceito (primário,endonormas.)
▶ Sanção
(secundária, perinormas)
Faculdade de acionar Poder Judiciário (art. 5º, XXXV CF/88) (ação judicial) 
 • Toda relação jurídica goza de proteção seja através de uma sanção ou penalidade, constante na norma jurídica ou através de uma ação judicial, que aquele que foi lesado em seu direito poderá se utilizar para invocar a proteção do Estado. 
Ação Judicial: é o meio processual pelo qual qualquer indivíduo ou sujeito tem o direito subjetivo de movimentar a máquina judiciária e requerer proteção contra ameaça ou violação do seu direito. 
As sanções contidas nas normas jurídicas ou para elas são denominadas normas sancionadoras e fazem parte do direito material. Enquanto que, as normas processuais, que regulamentam as formas e os meios que vamos acionar o poder judiciário, são de direito processual. 
Sanção: É a consequência da não prestação estabelecida pela ordem jurídica. Tem um impacto psicológico, no sentido de alertar o sujeito de que sofrerá uma penalidade caso viole a norma ou pode ser coercitiva, no sentido de forçar uma determinada conduta. 
 Tipos de Sanções:
• Civis: multas, nulidade de atos irregulares, condenação e pena pecuniária (💰). Prescrição e decadência (perda de prazo). 
• Penais: restrições de direitos, penas privativas de liberdade, multas. 
• Administrativas: multas, apreensões de mercadorias, interdições de estabelecimentos, penas disciplinares aos servidores públicos (exoneração fo cargo). 
• Processuais: condenação de custas e honorários advocatícios pela parte contrária (ressarcimento dos custos do processo) e revelia.
Caso concreto 7 
A) concreta, complexa, privada, obrigacional (obrigando as duas partes a cumprirem com o contrato), relativo ( interpartes), bilateral, não solene e onerosa. 
pessoa física: Sr. Benedito 
Pessoa jurídica: casa de saúde 
B) Sujeito ativo: Sr. Beneditino 
Sujeito passivo: casa de saúde
C) Objeto: prestação dos serviços médicos, no caso a cirurgia. (É aquilo que se pretende ou sobre o que a relação jurídica vai incidir.) Expecificamente a retirada da visícula) (Objeto imediato) 
* Objeto mediato será a própria saúde do sr. Benedito.
D) Fato jurídico: contratação dos serviços, a partir do momento em que o sr. Benedito assinou os papéis. (Fato que deu origem ao caso) 
E) vínculo de atributividade: (é aquele que vai atribuir direitos e deveres para cada parte, que no caso é o próprio contrato.)
Matéria perdida, vai cair na prova-> 
LINDB: Lei de introdução às normas de Direito brasileiro. 
Esta lei estabelece normas gerais que se aplicam a todos os ramos do Direito. É composta de 19 artigos, onde cada um vai tratar de uma matéria específica. O artigo 1° diz que a lei entra em vigor, no território nacional, 45 dias depois da publicação oficial das leis. (Vigorar significa tornar obrigatória). Ocorre que, a nova lei poderá apresentar uma data diferente que está entrará em vigor (ex: o CC (cógico civil)teve uma "vacatio legis" de 1 ano). A publicação de uma lei, é um meio pelo qual se transmite a sua promulgação (Declaração oficial de que a lei existe) aos seu destinatários. É a comunicação oficial e a condição para que a lei entre em vigor. 
LICC: decreto lei n° 4.657/42
LINDB: Lei n° 12.376/2010
Art.1°- 
• início da obrigatoriedade das leis (vigência) 
• 45 dias depois de oficializar a publicação - território nacional 
- apresentação de outra data 
- imediatamente 
• 3 meses- para Estados estrangeiros (parágrafo 1°) 
Processo produção de leis: 
Iniciativa (PL) - discussão/ votação (casas CN < CD e SF) - sanção/ veto (chefe executivo) - promulgação (declara existência da lei) - publicada (órgãos imprensa oficial < DO.U e D. QE) - parater vigência (obrigatória). 
"Vacatio legis" intervalo entre publicação e vigência da lei. É o intervalo existente entre a publicação da lei e sua entrada em vigor. Neste intervalo há uma lacuna (um vazio). A norma existe, por que já foi promulgada, mas ainda não se tornou obrigatória, por que não tem vigência, não está vigorando. 
Art. 2° princípio da continuidade das leis 
• vigência temporária (exceção)
Apenas quando o legislador determina o seu início e seu fim, ou quando está subordinada à situação especial. (Catástrofe)
• vigência permanente (regra)
Quando criada, a regra deve ter permanência até que a outra venha e revogue parcial, total, de forma expressa ou tácita.
-> Revogação: cessação vigência pu retirada da obrigatoriedade da mesma.
• parcial: derrogação 
• total: ab- rogação 
• expressa: parágrafo 1° 
• tácita: parágrafo 1° 
A revogação de uma lei é a secessão ou a retirada da obrigatoriedade da mesma. Ela pode ser parcial ou também denominada derrogação, quando revoga parte da lei ou alguns artigos.
 Poderá ser também total ou denominada ab-rogação, quando existe a superação ou retirada total da respectiva lei. Será expressa quando a lei a declare de forma escrita, que a lei anterior ou parte dela será revogada. Ex: Art 2.045/2002 CC.
 A revogação de forma tácita ocorre quando existe incompatibilidade entre a norma nova e antiga, quanto a mesma matéria e quando a lei nova regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
 A forma expressa de revogação de uma lei é a mais indicada porque facilita a aplicação do direito. 
Pelo princípio da supremacia da lei sobre os costumes, estes não revogam a lei.
 Somente uma lei superior poderá revogar uma lei inferior a ela ou uma lei do mesmo patamar hierárquico poderá revogar a outra.
LINDB -> ART.
Paragrafo 3, art. 2 -> Repristinação 
É um fenômeno de retomada da vigência de uma lei que foi revogada, em razão da lei revogadora ter perdido sua vigência e a lei nova não colocar nada em seu lugar. Não é admitido, porém não é proibido, tal fenômeno no direito brasileiro, exceto se a lei revogadora declarar expressamente a retomada ou a repristinação da respectiva lei revogada.
Art. 3 -> Princípio da obrigatoriedade das lei: A lei uma vez em vigor é uma ordem dirigida e obrigatória para todos. Independentemente do seu conhecimento, ela será aplicada. Mas poderá ocorrer a não responsabilização da parte que a infringiu, alegando seu desconhecimento, se tiver agido com boa fé e a ignorância foi causa determinante desta violação.
Art. 4 -> Lacunas na lei - meios de integração (analogia, princípios gerais do direito e costumes -> leis secundarias, pois aa primárias são as leis).
Art. 5 -> critérios de interpretação das leis
Art. 6 -> princípio da irrertoatividade (regra) -> "ex nunc"
A lei nova na atinge aos fatos pretérito, apenas fatos que ocorrem na sua vigência. 
Princípio da retroatividade (exceção) -> "ex tunc" 
É permitida a retroatividade da lei quando houver expressa previsão legal que determinará sua aplicação a casos pretéritos, desde que respeite os direitos constitucionais -> 
 Respeito aos direitos constitucionais (art.5, XXXVI. CF/88)
- Direito adquirido: é o direito que se incorporou definitivamente ao patrimônio do titular, podendo ser exercido por ele a qualquer tempo. É diferente de expectativa de Direito, que é a simples possibilidade de se adquirir um direito, pois depende de uma condição para que o Direito seja adquirido. Para ele existir deve ter um fato aquisitivo e uma norma jurídica que lhe da esse direito.
Ex1: o direito da aposentadoria era para 35 anos; o indivíduo "X" trabalhou 37 anos, mas continua à trabalhar; "Y" trabalha a 34 anos, continua à trabalhar, "Y" completaria esse 1 ano que falta em Setembro, mas em Maio surge uma nova lei que fala que a aposentadoria seria à partir dos 40 anos se trabalho. "X" pode requerer a aposentadoria no momento em que ele quiser, "Y" terá que esperar (expectativa de Direito) para que possa adquirir esse Direito.
Ex2: A lei diz que ele tem direito a aposentadoria com 35 anos de trabalho e 60 anos de idade. 
-> Maria ingressou no serviço público em 17/11/1972, nasceu em 01/04/1947. Maria tem direito adquirido à aposentadoria? 
▪ Sim, pois ela já tem mais de 60 anos de idade e 44 anos de contribuição. 
- Ato jurídico perfeito: é aquele que foi plenamente constituído, cujos requisitos exigidos pela lei vigente foram cumpridos.
Ex1: É feito um contrato oral sobre um bem que a lei vigente permitia, mas uma nova lei é criada que diz que esse tipo de contrato(oral) terá que ser por escrito. Não irá atingir o contrato feito antes dessa ter entrado em vigor, pois já havia sido feito bora lamente e cumprido como a lei mandava antes dessa ser criada. 
- coisa julgada: É aquela decisão judicial, que transitou em julgado (não cabe mais recurso, encerrou o caso), não cabendo mais recurso. 
Direito intertemporal:Busca estabelecer as regras que solucionar os conflitos da lei no tempo, ou seja, conflito entre lei antiga e lei nova. Neste caso, qual será a lei aplicável: a da época em que se realizou o ato ou aquela que está em vigor. 
Princípio da ultratividade -> A lei já foi revogada, mas seus efeitos continuam má vigência da nova lei.
AULA 8
Direito subjetivo, Direito objetivo, Direito potestativo (potestas = vontades)
Classificação dos Direitos subjetivos: é o poder ou faculdade que o titular do Direito possui e pode exigir do outro, conforme a lei, o seu cumprimento. A todo Direito subjetivo corresponde um dever jurídico para o outro. 
- Sujeito ativo (direito) 
- Sujeito passivo (dever)
Neste direito existem os seguintes poderes: 
- poder de gozo ou de fruir algo: nasce com o sujeito e Independe de sua vontade (direitos personalíssimos: nome, honra, vida, etc.)
- poder função: refere - se à função exercida por uma determinada pessoa, como também a um determinado órgão. É um poder - dever, em que uma pessoa está obrigada por força da lei, a fazer algo benefício de alguém. 
Ex: pátrio poder dos pais (poder familiar), o Estado ao legislar, julgar e administrar.
- poder de agir: é a faculdade ou a autorização que o sujeito possui para realizar aquilo que desejar, pois depende de sua vontade.
Ex: casar, propor uma ação ("facultas agir")
Direito objetivo: É a própria norma jurídica. É o conjunto de normas escritas e não escritas que regula, de forma abstrata e genérica, a conduta humana. Encontramos estas normas nas legislações e nos códigos.
Direito potestativo: é o poder jurídico atribuído ao titular do Direito, no qual o sujeito passivo terá que se submeter. Este sujeito se encontra em um estado de submissão ou sujeição, devendo suportar o que foi determinado ou querido pelo sujeito ativo. O sujeito ativo entra na esfera da vida do sujeito passivo, sem que este possa se opor. 
Ex: demissão, divórcio.
Livro página 119 -> 
Quanto ao sujeito ativo: 
- direitos subjetivos próprios ao indivíduos = direitos personalíssimos.
- diretos subjetivos próprios das instituições = poder função 
- direitos subjetivos comuns < indivíduos/ instituições
Quanto ao sujeito passivo: 
- direitos absolutos: aqueles que todos terão que respeitar o meu direito subjetivo = "erga omnes" -> direitos reais e direitos personalíssimos.
- direitos relativos = efeito interpartes -> direitos obrigacionais. Somente será sujeito passivo aquele que estiverem vinculados na obrigação. 
Quanto ao objeto: 
- pode se incidir sobre direitos da personalidade:
- direitos reais: posse, propriedade, uso
- direitos obrigacionais: prestação 
Quanto a finalidade do direito: 
- Direito interesse: tem por finalidade benefício da própria pessoa. (Saúde, segurança)
- Direito função: tem por finalidade benefício em face de alguém.
Quanto à valoração económica: 
- patrimonial = direitos reais, obrigacionais 
- não patrimonial = direitos personalíssimos 
Quanto à transmissibilidade do direito: 
- transmissível: admite que o titular passe o direito para outrapessoa. -> relação inter vivos (doação) ou causa mortes (testamento)
- intransmissível: não podem ser transmitidos = direitos personalíssimos.
Quanto aos reciprocamente considerados: 
- direitos principais: sua existência e exercício não depende de outro direito para ser exercido. (Alugar sua casa)
- Direito acessórios: dependem da existência de outro direito para exerce- lo. (Fiança)
Quanto à aquisição do direito subjetivo:
- adquirir um direito subjetivo das seguintes formas: 
- originário < translativo / constitutivo 
Na aquisição do direito subjetivo de forma originária não há transmissão deste direito por outro titular. Este direito nasce no momento em que o sujeito conquista algo.
Ex: algo abandonado, por meio de uso capião (pelo tempo que a pessoa está naquele lugar, tendo o direito de usucapir do bens privados - não pode ser bem público).
Uso capião é a forma de adquiri um bem pelo decurso do tempo, que a lei determina. É uma forma originária de se adquirir um direito subjetivo.
- derivado: é aquele que se adquiri quando há transmissão por uma outra pessoa, ou por um outro sujeito que era seu titular. Há neste caso uma relação jurídica anterior, apenas ocorre mudança de titularidade.
Ex: testamento, doação, compra e venda.
Derivada translativa: é quando ocorre a transferência total daquele direito, ou seja, o titular anterior é extinto. 
Ex: compra e venda à vista, doação simples, testamentos.
Derivada constitutiva: ocorre com o tempo, ainda existindo a presença do titular anterior, mesmo que seja de forma parcial.
Ex: o bem não é transferido de forma integral, venda na forma de prestação, financiamento.
Forma gratuita: quando não há contra prestação da outra parte. Ex: doação simples.
Forma onerosa: quando existe algum tipo de contra prestação. Ex: compra e venda.
Quanto ao conteúdo: 
Direito subjetivo público: pessoa jurídica ou física. Ex: petição.
Direito subjetivo privado: pessoa física - propriedade (direitos reais e personalíssimos)

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