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REVISÃO GERAL CONTEÚDOS DE AUDITORIA BÁSICA

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UNIJUI/CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS - AUDITORIA CONTÁBIL
ASSUNTO: REVISÃO GERAL DE CONTEÚDOS ESTUDADOS
Professor Irani Paulo Basso
1. CONTABILIDADE E AUDITORIA
1.1. Contabilidade – Centro de Controle do Patrimônio das Entidades: a ela devem chegar todos os acontecimentos que alteram qualitativa e quantitativamente elemento patrimonial, para serem processados técnica, tempestiva e legalmente, de acordo com os princípios e normas brasileiras de contabilidade, bem como, dela devem ser geradas toda e quaisquer informações de natureza patrimonial, econômica e financeira, para os mais diferentes e variados usuários.
1.2. Auditoria – Técnica Contábil que visa, através de normas e procedimentos técnicos próprios e adequados, examinar e certificar os procedimentos de processamento e geração de informações contábeis, segundo os princípios e normas usuais de contabilidade, bem como das práticas administrativas e operacionais da entidade, de acordo com as técnicas administrativas, operacionais, gerenciais e societárias adequadas à legislação e fundamentos aplicáveis.
1.3. Princípios e Normas Brasileiras de Contabilidade – Tanto os contabilistas como os auditores, devem conhecer e praticar com rigor científico e técnico os princípios e normas de contabilidade adotadas no Brasil; aqueles para construir as informações contábeis e estes para certificar a sua correta e adequada aplicação no fazer da construção e elaboração das demonstrações contábeis feitas por aqueles.
1.4. O Objeto da Auditoria é o patrimônio da entidade, os documentos das suas operações, os livros de escrituração, as demonstrações contábeis geradas, bem como os procedimentos administrativos, operacionais e gerencias, complementado pelo conjunto da legislação a ela aplicáveis.
1.5. A principal vantagem da Auditoria é levar as pessoas a adotarem medidas de controles patrimoniais, administrativos e operacionais, de forma a que tudo seja conduzido e processado de acordo com os princípios e as práticas contábeis e a legislação pertinente, evitando erros e fraudes de qualquer espécie.
1.6. As principais limitações da Auditoria são o tempo escasso para a realização de um trabalho tecnicamente desejado e o custo da realização dos serviços auditoriais. O primeiro está ligado à urgência dos relatórios e pareceres por parte do cliente que atende exigências de órgãos reguladores, e o segundo, aos elevados custos para a realização de um trabalho especializado e de responsabilidade por parte da auditoria e, geralmente incompatível com os interesses econômicos do cliente.
1.7. Os Campos de Aplicação da Auditoria são:
a) Auditoria Interna – realizada, em geral, por funcionários da entidade, encarregados do setor, para planejar e aplicar um programa continuado de auditoria interna, produzindo relatórios de interesse interno destinados a gerar informações para decisões internas da entidade;
b) Auditoria Independente – realiza trabalhos de auditoria externa, contratada para a prestação de serviços de auditoria independente, com vistas a certificar as demonstrações contábeis, para atender demandas de órgãos fiscalizadores externos a que o cliente está sujeito, exercida por profissional Contador registrado no Cadastro Nacional de Auditores Independentes do CFC e credenciado pela Comissão de Valores Mobiliários do Banco Central do Brasil quando se referir à cliente sujeito às normas desse órgão de controle específico.
1.8. Principais Aspectos de Diferenciação da Auditoria Interna e Auditoria Externa:
a) Grau de Independência – 100% na AE e menos na AI;
b) Interesses Atendidos – AE: terceiros e sócios minoritários; AI interesses internos, aspectos administrativos
c) Ênfase na Aplicação das Técnicas de Auditoria – AE para os aspectos contábeis e legais; AI para aspectos administrativos e gerenciais
d) Profundidade dos Exames de Auditoria – AE trabalha mais sobre Testes com a técnica da Amostragem e a AI sobre os controles internos e trabalhos de maior profundidade e maior extensão
1.9. Formas de Auditoria
a) De acordo com a Extensão dos Trabalhos: Auditoria Geral, e, Auditoria Parcial
b) De acordo com a Profundidade dos Exames: Revisão Integral; Auditoria por Testes e, Revisão
 Analítica
c) De acordo com a Natureza (Duração): Auditoria Permanente, e, Auditoria Eventual
d) De acordo com os Fins a que se Destina: Atender Interesses de Acionistas minoritários, Investidores e órgãos Reguladores; Controle Administrativo; Apurar Erros e/ ou Fraudes; Apurar o Valor Real doPatrimônio; Concessão de Crédito; Cumprimento de Obrigações Fiscais e, Confirmar a Exatidãodas Demonstrações Contábeis.
e) De acordo com as Relações do Auditor com a Entidade Auditada: Auditoria Interna e, Auditoria Externa (Independente).
1.10. Normas de Auditoria Independente
a) Normas Técnicas de Auditoria Independente – orientam o Auditor Independente na condução técnica dos trabalhos de Auditoria Externa: NBC TA 01 – Estrutura Conceitual; NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente, mais Várias NBCsTAs que tratam de especificidades na aplicação da auditoria independente de demonstrações contábeis;
b) Normas Profissionais de Auditor Independente – estabelecem normas de procedimentos profissionais do Auditor Independente: NBC PG 100 – Normas Profissionais do Contador; NBC P1 Item 1.9 da Resolução 821/97 (obrigações do Auditor perante os órgãos de classe); NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas de Auditorias Independentes (PJ e PF); NBC PA 11 – Revisão Externa de Qualidade pelos Pares; NBC PA 12 – Educação Profissional Continuada; NBC PA 13 – Normas sobre o Exame de Qualificação Técnica; NBC PA 290 – Independência – Trabalhos de Auditoria de Revisão; NBC PA 291 – Independência – Outros Trabalhos de Asseguração;
2. ERROS E AJUSTES
2.1. Erro em auditoria, é qualquer evento que falseia a realidade patrimonial, econômica e/ ou financeira, de repercussão no passado, no presente ou no futuro.
2.2. Principais Razões que provocam Erros: Por Ignorância; Por Descuido; Por Ocultação de Desfalques; Por Proteção de Interesses ou Por Desejo de Reduzir o Pagamento de Tributos, entre outras.
2.3. Classificação dos Erros do ponto de vista da auditoria:
a) Evidentes e Não-Evidentes
b) Propositais e Não-Propositais
c) Ocultos e Não-Ocultos
d) Os que Afetam o Saldo do Razão (Demonstrações Contábeis) e os que Não Afetam o Saldo do Razão (processuais e administrativos)
2.4. Áreas Gerais de Erros
a) No Reconhecimento das Operações
b) Na Execução de Procedimentos de Escrituração
c) Na Preparação das Demonstrações Contábeis
2.5. Divisão dos Erros Quanto sua Correção:
a) Aqueles que Afetam o Saldo do Razão e portanto, demandam lançamentos de ajustes ou de reclassificação
b) Aqueles que Não Afetam o Saldo do Razão e portanto, demandam apenas apontamento e sugestões de melhorias
2.6. Diferenciação de Procedimentos em Relação aos Lançamentos
a) Lançamentos de Ajustes – aqueles necessários para corrigir efeitos permanentes que provocam nas atuais e futuras demonstrações contábeis e que, portanto, necessitam ser registrados nos Livros Diário e Razão
b) Lançamentos de Reclassificação – aqueles necessários para apenas corrigir demonstrações contábeis atuais, sem repercussão nas demonstrações futuras e que, portanto, não demandam registros contábeis, apenas reclassificação de contas nas demonstrações contábeis atuais.
2.7. Fraude e Erro
a) Erro – ato não intencional resultante de omissão, desatenção u má interpretação de fatos, leis, normas, regulamentos e mesmo operacionais e administrativos.
b) Fraude – ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e/ ou elaboração de demonstrações contábeis.
2.8. Risco de Auditoria – possibilidade de o Auditor vir a emitir uma opinião concordante diante situações de erro relevante não detectadas a tempo.
2.8.1 Risco Inerente – aquele ligado a fatores externos à empresa ou suas atividades – negócios, de difícil controle ou previsão, que podem produzir efeitosdanosos às finanças da empresa;
2.8.2 Riscode Controle – refere-se ao SCI da empresa apresentar falhas e não deter a tempo a ocorrência de erro; deficiências técnicas do Sistema;
2.8.3 Risco de Auditoria ou de Detecção – possibilidade de o auditor não detectar erro relevante nos trabalhos de auditoria, inclusive decorrentes da amostragem de auditoria;
2.8.4 Risco de Amostragem – possibilidade de a amostra não detectar situação de erro relevante da população alvo (detecção)
a) Erro de Controle – possibilidade de erro decorrente de falha dos controles internos
b) Erro de Detecção – possibilidade de erro decorrente de falhas de procedimentos de auditoria
2.8.5 Erro Relevante não Generalizado erro que leva o auditor a apontar ressalva em sua opinião, pois o erro é restrito à situação objetiva que pode ser ressalvado;
2.8.6 Erro Relevante Generalizado erro relevante que pode afetar significativamente e de forma generalizada as demonstrações contábeis e que portanto, deve levar o auditor a emitir opinião adversa ou a abster-se de opinar.
3. TEORIA DA PROVA AUDITORIAL
3.1. Prova ou Evidência de Auditoria – Informações coletadas pelo Auditor em decorrência da aplicação dos procedimentos de auditoria (ou procedimentos de verificação ou exames de auditoriapropriamente ditos) sobre os objetos de exame.
3.2. Resumo das Afirmações contidas nas Demonstrações Contábeis, objeto de verificação da auditoria:
a) Afirmações de Existências e de Inexistências (o que está e o que não está declarado nas demonstrações)
b) Afirmações de Fatos Passados (receitas e despesas que ocorreram durante todo o exercício social)
c) Afirmações de Condições Qualitativas (quantidades físicas mensuráveis)
d) Afirmações de Condições Quantitativas (expressões de valor decorrentes de métodos de avaliação)
3.3. Tipos de Provas (Evidências) Auditoriais
a) Prova do Exame Físico
b) Prova dos Documentos Hábeis
c) Prova de Declaração de Terceiros– Investigação (circularização de valores)
d) Prova de DeclaraçãoFormais de Administradores, Assessores e/ ou Funcionários
e) Prova de Declarações Informais (indício de prova)
f) Prova de Cálculos Refeitos pelo Auditor
g) Prova do Exame do Controle Interno (Satisfatório ou insatisfatório)
h) Prova de Atos Subsequentes (que sucedem as demonstrações contábeis nos meses subseqüentes)
i) Prova de Registros Auxiliares (registros analíticos que geram informações para registros sintéticos no Diário e Razão, bem como registros de outros aspectos patrimoniais e administrativos)
j) Prova de Inter-relações de Dados (correlacionamento de informações entre acontecimentos e fatos registrados)
4. TÉCNICAS BÁSICAS DE AUDITORIA
São meios, caminhos, ou métodos utilizados para a busca das provas (evidências) de auditoria.
4.1. Classificação das técnicas básicas de auditoria:
a) Técnica do Exame e Contagem Física – aplicável onde existir bem físico
b) Técnica da Confirmação (ou Inspeção) – Consulta escrita para confirmar direitos e obrigações – circularização de dados externos com dados internos da empresa, ou entre setores da própria empresa
c) Técnica do Exame de Documentos Originais – aplicável sobre a documentação de origem de fatos e de livros de registros contábeis, fiscais e outros
d) Técnica da Conferência de Cálculos – refazer cálculos feitos pelo cliente: folha de pagamento, guias de recolhimento encargos e tributos, planilhas de orçamentos, custos, depreciações e outros.
e) Técnica do Acompanhamento Retroativo dos Procedimentos de Escrituração – percorrer os caminhos feitos pela contabilidade nos registros das operações da entidade para comprovar exatidão.
f) Técnica da Investigação Minuciosa – exame em profundidade de situações considerada anormais
g) Técnica do Inquérito – interrogatório aplicado à pessoas sobre determinadas situações a serem constatadas, clareadas para elucidar dúvidas ou indícios de irregularidades
h) Técnica do Exame de Registros Auxiliares – checagem de informações analíticas com registros sintéticos no Diário e Razão e de outros registros administrativos ou operacionais
i) Técnica da Correlação de Informações – checagem de dados entre situações interligadas ou correlacionadas para certificar consistência de informações
j) Técnica da Observação – observação de comportamentos e/ou procedimentos entre o pessoal para levantar suspeições.
4.2. Avaliação das Provas Auditoriais – para determinação da efetiva contribuição para a formação da opinião do auditor sobre o objeto de exame. A prova (evidência) tem qualidade quando contribui para elucidar dúvidas e formar a opinião do auditor.
5. PAPÉIS DE TRABALHO DE AUDITORIA
	São instrumentos utilizados pelos auditores para registrar dados e informações coletadas durante a realização dos exames, produtos dos procedimentos de auditoria, para se constituírem em provas ou evidências de auditoria.
5.1. Finalidades Básicas: a) Reunir evidências (provas) de auditoria para fundamentar a opinião; b) Instrumentos de comprovação dos trabalhos realizados e, c) organização e coordenação dos trabalhos, evidências legais e para relatórios especializados e orientação de exames subseqüentes
5.2. Divisão dos PTAs: a) Permanentes – reúne documentos e outros dados de duração mais permanente como: estatuto ou contrato social e alterações; regimentos, regulamentos, planos diversos internos do cliente, organogramas, fluxogramas, etc. e, b) Temporários – reúne documentos, dados e informações levantados no exercício a que se refere a auditoria; portanto, geralmente são anuais.
5.3. Revisão dos PTAs: feita pelo auditor supervisor ainda nas dependências do Cliente e serve para verificar se estão completos, sem erros e contém todos os dados/informações demandadas nos procedimentos de verificação programados, com vistas a atingir os objetivos nele definidos.
5.4. Codificação dos PTAs – composto de números, e, de números e de letras, serve para identificar o PTA no conjunto dos PTAs e associação à que objeto superior pertencem suas informações, bem como para um adequado arquivamento.
6. SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
	Manual de procedimentos de autocontrole, concebido pela entidade/cliente, com a finalidade de proteger o seu patrimônio e os procedimentos das pessoas nela envolvidas direta e indiretamente, evitando erros e em especial a ocorrência de fraudes patrimoniais.
6.1. Áreas de Abrangência: a) Administrativa e, b) Contábil
6.2. Pressupostos de um Bom SCI: a) Políticas Administrativas Definidas; b) Plano de Organização e Responsabilidades e, c) Sistemas Administrativos – Fluxos de processamento, geração e de saída de dados/informações.
6.2. Objetivos Básicos do SCI: a) comprovar a veracidade das informações geradas; b)prevenir erros e fraudes; c) localização de erros e desperdícios; d) estímulo à eficiência do pessoal e, e) salvaguardar os ativos da entidade.
6.3. Princípios Básicos do SCI:
a) determinação de responsabilidades
b) segregação de funções entre operadores de atividades
c) abranger operações administrativas, operacionais e contábeis
d) treinamento de pessoal
e) rotação de funções entre o pessoal do setor
f) revisão e atualização permanente dos controles.
6.4. Razões da Revisão dos Controles pelo Auditor: 
a) está determinado nas Normas Técnicas de Auditoria
b) necessário para determinar o grau de confiança na eficácia do Sistema
c) auxiliar o Auditor na determinação dos tamanhos das amostras de auditoria
d) apontar falhar e sugerir melhorias no sistema
6.5. Espécies de Testes do SCI:
a) Testes de Compreensão – para entender a concepção do Sistema
b) Testes de Observância – verificar a funcionalidade e eficiência dos procedimentos de controles previstos no Sistema
c) Testes Substantivos – confirmação de fatos concretos de controle na prática operacional – efetiva funcionalidade, confirmando sua eficácia na prevenção de erros e/ou fraudes.
Obs.: as normas técnicas de auditoria, juntam as duas primeiras funções no Teste de Observância.
6.6. Conclusões possíveis daAvaliação do SCI pelo Auditor:
a) Totalmente favorável – nada a objetar
b) Favorável com Recomendações – bom nível de confiança do sistema, mas exige recomendações de parte do auditor
c) Desfavorável, porém, com possibilidades de continuar com os trabalhos de auditoria – necessidade de reestruturação ampla do Sistema, com continuidade dos trabalhos de auditoria mediante exames mais amplos e profundos, com a ampliação das margens de riscos
d) Desfavorável, sem condições de continuar com os trabalhos de auditoria – emissão de relatório com Abstenção de Opinião – Ampla e profunda reformulação do Sistema de Controles Internos e do Sistema Contábil da entidade/Cliente (trabalho de Consultoria).
7. PLANEJAMENTO E PROGRAMA DE TRABALHO
	Visa conhecer amplamente a entidade-cliente, com vistas à elaboração de um Programa de Auditoria (ou de Trabalho) completo e adequado às características, particularidades e necessidades do cliente, envolvendo:
a) as atividades da entidade
b) legislação a que a entidade está sujeita
c) demandas específicas da entidade em relação aos serviços auditoriais
d) definição de áreas/setores ou aspectos relevantes para a auditoria
e) transações e operações praticadas pela entidade
f) existência de entidades correlacionadas com a entidade
g) prazos a serem cumpridos pela entidade em relação aos serviços de auditoria
h) sistemas contábeis e de controles internos
i) demandas de pessoal técnico-especializados, de supervisão e de auditoria
j) outros aspectos importantes para os futuros trabalhos de auditoria.
7.1. Aspectos complementares a considerar no Planejamento
a) Continuidade Normal das Atividades da Entidade
b) Estimativas Contábeis
c) Transações com Partes Relacionadas
d) Transações e Eventos Subsequentes
e) Contingências ativas e passivas, e outros
7.2. Programa de Auditoria (ou de Trabalho)
7.2.1. Pontos Estruturais de um Programa de Auditoria:
- Estabelecer a Finalidade da Auditoria a ser realizada
- Delinear o Escopo da Auditoria – resumo da abrangência
- Determinação de Objetos de Exame – objeto(s)/setor de exame
- Determinação de Objetivos Específicos a serem alcançados com a auditoria do objeto de exame
- Determinação de Procedimentos Mínimos de Controles exigidos pelo Auditor para cada objeto de exame
- Determinação de Procedimentos de Auditoria (de verificação ou de exame) para cada objeto de exame
- Determinação de Tempos e de Pessoal: de auditoria e de supervisão
* Nos Procedimentos de Auditoria (ou de verificação ou de exame) o auditor deve determinar a sua respectiva Extensão, Profundidade e Oportunidade. 
7.2.2. Auditoria por Testes
a) Amostragem – determinação do número de elementos mínimos a comporem a amostra a ser examinada, selecionada da população-alvo que compõem o objeto de exame
b) Fatores determinantes da Amostra:
	- Controle Interno Satisfatório – quanto mais eficaz for controle, menor pode ser o tamanho da amostra e quanto pior, maior deve ser o tamanho da amostra;
	- Materialidade – quanto mais significativo, relevante for o objeto de exame, maior deve ser o tamanho da amostra
	- Risco Relativo – é a probabilidade de o auditor vir a emitir opinião em desconformidade com a realidade e, nesses casos o auditor deve avaliar cada situação relevante e quantificar os limites em que considera risco baixo, risco normal ou risco alto e, quanto maior for o risco, maior deve ser o tamanho da amostra.
c) Formas de definição do tamanho da amostra:
	- Por Julgamento – o auditor considera os três elementos acima e de acordo com sua experiência, determina o tamanho da amostra da população-alvo a ser examinada, também conhecida como método não-estatístico (critério não recomendado por ser totalmente empírico)
	- Método Estatístico – utiliza métodos técnicos em que considera: grau de confiança, precisão, desvio-padrão e tamanho da população-alvo (recomendado por ser técnico-científico e portanto, isento de influências).
8. CONCLUSÕES E RELATÓRIO DE AUDITORIA
8.1. Revisão Auditorial: compreende uma revisão dos Papéis de Trabalho de Auditoria, que visa eliminar eventuais dúvidas e a busca de consistência das informações, ainda no cliente e, ao final, uma revisão do Relatório de Auditoria, feita no Escritório do Auditor, que por sua vez visa verificar o seu conteúdo e forma, para evitar informações imprecisas e ou incompletas e mesmo erros de linguagem.
8.2. Revisão dos Lançamentos de Ajustes e de Reclassificação - para verificar se são mesmo necessários, evitando-se atritos desnecessários e, posteriormente, checar se os mesmos foram efetivamente implementados pelo cliente e ver o seu impacto na formulação da opinião global do Auditor sobre o escopo da auditoria.
8.3. Finalidades do Relatório de Auditoria – apresentar o produto da auditoria realizada e, informar as pessoas sobre o trabalho que foi realizado, o alcance do trabalho, as conclusões a que chegou, apresentar recomendações e, apresentar a opinião do auditor.
8.4. Requisitos básicos do Relatório de Auditoria: clareza; concisão; objetividade; imparcialidade e correção.
8.5. Espécies de Relatório de Auditoria:
a) Relatórios Formais – na forma escrita e de acordo com as Noras de Auditoria
b) Relatórios Informais – informações verbais transmitidas diretamente à Administração da entidade.
8.6. Divisão do Relatório Formal:
a) Relatório Analítico – contem todos os elementos de caracterização, análises parciais dos vários objetos de exame de forma pormenorizada, as recomendações, a conclusão parciais que o Auditor chegou, bem como as demonstrações contábeis examinadas e o parecer opinativo;
b) Relatório Sintético: também designado de Parecer do Auditor Independente, contendo sua opinião sobre o objeto examinado (geralmente as demonstrações contábeis do cliente).
8.7. Aspectos Essenciais Mínimos do Relatório Sintético:
I – Título – Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras (ou Contábeis)
II – Destinatário – aquém o relatório e emitido
III – Parágrafo da Opinião
IV – Parágrafo Base para a Opinião – identificação da entidade, das demonstrações auditadas e os períodos a que ser referem,bem como o resumo das práticas contábeis e notas explicativas
V – Parágrafo das Responsabilidades da Administração (pelos controles internos e pela elaboração e divulgação das demonstrações contábeis)
VI – Parágrafo das Responsabilidades dos Auditores Independentes (avaliar os controles , realizar os exames de auditoria e manifestar uma opinião)
VII – Fecho – data (último dia de auditoria), nomes e registros dos profissionais
* Em situações anormais, incluem-se (a) parágrafos com ressalva e/ ou (b) de ênfase e/ ou (c) de outros assuntos.
8.8. Tipos de Opinião
a) Opinião Sem Ressalva – quando não há nada para ser ressalvado;
b) Opinião Com Ressalva – quando há algo relevante mas não generalizado, a ser ressalvado pelo Auditor, decorrente de desconformidades em relação a princípios e/ ou normas de contabilidade, de limitaçõesrelevantes impostas pelo cliente ou da própria atuação da equipe de auditoria, entre outros aspectos, mas a opinião permanece a mesma;
c) Opinião Adversa – quando há provas de situações relevantes e generalizadas de que as demonstrações contábeis não refletem adequadamente a verdade econômica, financeira, patrimonial e/ou os resultados do período;
d) Abstenção de Opinião – quando o auditor tem indicativos relevantes e podem ser generalizados, mas não conseguiu coletar evidências necessárias e suficientes para poder formar uma opinião, em decorrência da desorganização nos controles e registros contábeis.
8.9. Modelo padrão de Relatório Sintético (Parecer) de Auditoria de Demonstrações Contábeis
(ver NBC TA 700)
 8.9.1 Modelos de Relatório com Opinião Modificada:
NBC TA 705

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