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D.TRABALHO I RESUMO

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CONCEITO DE DIREITO DO TRABALHO
Conjunto de normas que regem e ordenam as relações individuais e coletivas entre empregado e empregador. Este é um direito considerado limitativo da autonomia da vontade individual no contrato, tem como propósito principal a tutela do trabalhador e do economicamente fraco e ordena o mundo do trabalho de acordo com os princípios da dignidade humana, tendo em vista a paz social.
 Ressalta-se que, o Direito do Trabalho regulamenta somente as relações de emprego, entre trabalhadores e empresários do setor privado.
NATUREZA JURÍDICA
O Direito do Trabalho pertence ao ramo do direito privado, pois, regulam, em sua essência, as relações entre particulares, ou seja, entre os empregados e empregadores.
O Direito do Trabalho, embora classificado pela doutrina dominante, como um ramo de direito privado, também pode ser encontrado na Constituição Federal nos artigos 7º, 8º e 9º, bem como no artigo 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que tratam, respectivamente, dos direitos sociais de cunho individual e coletivo.
PRINCÍPIOS PECULIARES DO D. DO TRABALHO
A própria Constituição Federal, traz alguns princípios específicos de Direito do Trabalho, sendo estes:
I. livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas asqualificações profissionais que a lei estabelecer (art. 5º, XIII);
II. liberdade sindical (art. 8º);
III. não-interferência do Estado na organização sindical (art. 8º, I);
IV. direito de greve (art. 9º);
V. representação dos trabalhadores na empresa (art. 11);
VI. reconhecimento das convenções e acordos coletivos (art. 7º, XXVI);
VII. proteção em face da automação (art. 7º, XXVII);
VIII. proteção contra a dispensa arbitrária ou sem justa causa (art. 7º, I);
IX. irredutibilidade dos salários (art. 7º, VI);
X. a igualdade nas relações de trabalho, decorrência do princípio geral da igualdade; a defesa do trabalhador, resultante do princípio geral da dignidade”
·	PRINCÍPIO PROTETOR
Segundo este princípio o Direito do Trabalho, procura proteger a relação de trabalho, e mais especificamente, a parte mais fraca da relação de emprego, ou
seja, o trabalhador.
Este princípio se subdivide em:
a) Princípio “in dúbio pró operário”: segundo este princípio, havendo dúvida quanto à interpretação de uma lei ou de um caso concreto, deve o intérprete decidir a favor do empregado;
b) Princípio da norma mais favorável: havendo duas normas aplicáveis a um caso concreto, o intérprete deve utilizar a norma mais favorável ao empregado (teoria do conglobamento);
c) Princípio da condição mais benéfica: busca-se na relação de emprego, a criação de condições e regras, mais benéficas ou trabalhador, como também, as vantagens já conquistadas, benéficas ao trabalhador, não podem ser modificadas a trazerem prejuízo ao trabalhador.
·	PRINCÍPIO DA IRRENUNCIBILIDADE
Segundo este princípio, em uma relação de emprego, o empregado não pode renunciar ao direito seu, previsto na legislação trabalhista.
As justificativas para este princípio são:
a) Indisponibilidade das normas trabalhistas, ou seja, são normas que não podem ser transacionadas;
b) Imperatividade das normas trabalhistas, que impõem condições mínimas para o trabalhador
c) As normas trabalhistas tem caráter de ordem pública, posto que o Estado as julga imprescindíveis e essenciais para a sobrevivência da própria sociedade.
·	PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DE RELAÇÃO DE EMPREGO.
Para este princípio, o Direito do Trabalho, prioriza os contratos de trabalho por prazo indeterminado, trazendo assim, situações específicas em que é possíves a contratação por prazo determinado.
·	PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DO SALÁRIO
O salário do empregado não pode ser reduzido, salvo, através de negociação coletiva de trabalho
·	PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE
Prioriza a realidade fática vivida pelo trabalhador, para evidenciar realmente os fatos ocorridos na relação entre as partes.
·	PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Aplica-se, principalmente, para evitar tratamento degradante do trabalhador. O inciso X do art. 5º da Lei Maior assegura a inviolabilidade à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
·	INDISPONIBILIDADE E FLEXIBILIZAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS
O Direito do trabalho pode ser considerado como um direito indisponível, ou seja, em uma relação de emprego, os trabalhadores não podem dispor de seus direitos previstos no ordenamento jurídico.
FONTES DO DIREITO DO TRABALHO:
·	CF e EC;
·	LEI e MEDIDA PROVISÓRIA;
·	TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS;
·	PORTARIAS, CIRCULARES, REGULAMENTOS, INSTRUÇÕES NORMATIVAS, ETC;
·	SENTENÇA NORMATIVA - Decisão imposta pelo poder judiciário quando não há conciliação entre os sindicatos e cada um deles ajuiza uma ação na justiça chamada de DECÍDIO COLETIVO;
·	ACORDO COLETIVO DO TRABALHO (A.C.T) - Este é celebrado entre um sindicato e determinada empresa e tem aplicação exclusivas aos seus empregados daquela categoria.;
·	CONVENÇÃO COLETIVA DO TRABALHO (C.C.T) - Esta é celebrada entre o sindicato de uma determinada categoria profissional e o sindicato de sua respectiva categoria patronal. Tem aplicação a todos os empregados daquela categoria cujo o empregador é representado pelo sindicato patronal que a celebra dentro da base territorial de, no mínimo, um município;
·	REGULAMENTO EMPRESARIAL;
·	CÓDIGO DE ÉTICA;
·	CONTRATO DE TRABALHO;
·	VIDE ART. 8º, CLT.
CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES
Materiais - São fatos ou acontecimentos sociais que necessitam regulamentação.
Formais - São a regulamentação dos fatos sociais de observância obrigatória pela sociedade.
 As fontes formais podem ser:
Autonomas - Criadas pelas partes em conjunto, ou por seus representantes legais.
Heteronomas - Possuem origem estatal ó são criadas unilateralmente pelo empregador.
Profissionais - Criadas pelos empregadores e empregados ou seus sindicatos
Estatais - Emanam do poder público
Internacionais - Criados por orgãos internacionais.
Trabalho x Emprego
Relação de trabalho pode ser conceituada como, toda e qualquer atividade humana em que haja prestação de trabalho. Já a relação de emprego consiste em uma atividade humana específica, ou seja, o trabalho subordinado, prestado por um tipo especial de trabalhador, o empregado.
Requisitos da relação de emprego
I. pessoa física;
II. subordinação jurídica;
III. continuidade;
IV. remuneração
Os principais elementos da relação de emprego gerada pelo contrato de trabalho são:
 a) a pessoalidade, ou seja, um dos sujeitos (o empregado) tem o dever jurídico de prestar os serviços em favor de outrem pessoalmente;
 b) a natureza não eventual do serviço, isto é, ele deverá ser necessário à atividade normal do empregador; 
c) a remuneração do trabalho a ser executado pelo empregado
 d) finalmente, a subordinação jurídica da prestação de serviços ao empregador
Espécies de trabalhadores sem vínculo empregatício:
Trabalhador autonomo : Aquele que presta serviço por conta própria, assumindo para si os riscos da atividade profissional exercida. Não possui vínculo de subordinação.
Trabalhador eventual: Também conhecido como trabalhador ocasional ou biscateiro, cuja natureza do seu serviço é exporadica e de curta duração, pois ao fim do serviço não tem previsão ou necessidade de retorno.
Trabalhador voluntário: Aquele que exerce atividades não remuneradas à entidade pública ou instituições privadas sem fins lucrativos que tenham objetivos cívicos, culturais, assistênciais, educacionais, cientificos o recreativos. As partes assinarão a um termo de adesão qual constará o objeto e as condições de exercício de trabalho.
Estagiário: 
O estágio pode ser considerado como a atividade exercida por um estudante, em um ambiente de trabalho, visando o seu aperfeiçoamento prático-profissional.
Segundo o artigo 3º da lei nº 11.788/08, o estágio obrigatório ou não obrigatório, não cria vínculo empregatício de qualquernatureza, observados os seguintes requisitos:
I. matrícula e frequência regular do educando em curso de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino;
II. celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino;
III. compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso.
As instituições de ensino, bem como, as partes concedentes do estágio, poderão recorrer a serviços de agente de integração pública e privada mediante condições acordadas em instrumento jurídico apropriado. A esses agentes compete auxiliar na oportunidade de estágio, ajustar as condições de realizá-lo,
fazer o acompanhamento administrativo, encaminhar negociação de seguro contra acidentes pessoais e cadastrar os estudantes.
A jornada de trabalho do estágio, poderá ser definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a empresa e o estagiário, desde que conste no termo de compromisso assinado pelos mesmos, e sejam compatíveis com as atividades escolares, não podendo ser superior à:
I. 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos;
II. 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular.
Quanto a duração, o estágio não poderá exceder a 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estágio para portadores de deficiência (art. 11 da Lei nº 11.788/08).
Sempre que o estágio tiver duração superior a 1 (um) ano, será assegurado ao estagiário um recesso de 30 (trinta) dias, a ser usufruído, preferencialmente durante as suas férias escolares (art. 13, Lei nº 11.788/08).
Em se tratando de estágio não obrigatório, será compulsória a concessão de bolsa, bem como de auxílio – transporte, ao estagiário, por parte da empresa. Tal regra se mostra facultativa, em se tratando de estágio obrigatório.
É opcional ao estagiário também, inscrever-se e contribuir como segurado facultativo no Regime Geral de Previdência Social.
Conceito de empregado
Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência destes e mediante salário.
Requisitos para ser empregado:
I. pessoa física;
II. subordinação jurídica;
III. continuidade;
IV. remuneração.
Aprendiz
O menor aprendiz possui os mesmos direitos trabalhistas dos empregados em geral, com algumas peculiaridades:
I. o contrato de trabalho deve ser por escrito e por prazo determinado;
II. o menor deve estar inscrito em programas de aprendizagem;
III. o prazo máximo do contrato de trabalho é de 2 anos, com exceção dos menores deficientes físicos;
IV. a jornada de trabalho do menor aprendiz será de 6 horas diárias;
V. é proibido ao menor aprendiz, trabalhar em ambientes insalubres e perigosos, bem como, no período noturno;
VI. as férias do menor aprendiz devem coincidir com as férias escolares.
Grupo empresarial
Duas ou mais empresas que tenham personalidade jurídica própria e possuem uma relação de subordinação, ou seja, que uma delas administre, controle ou dirija as demais serão solidariamente responsáveis.
Solidariedade passiva - Art 2º, CLT - O empregado pode acionar qualquer empresa do grupo para o cumprimento de leis trabalhistas, mesmo que não tenha prestado qualquer serviço a empresa acionada.
Solidariedade Ativa - Súmula 129 TST - Permite que o empregado do grupo empresarial preste serviço a todas as empresas a ele pertencente sem que isso configure contrato com cada uma delas.
Sucessão trabalhista
A sucessão de empresas pode ocorrer através da transformação, incorporação, fusão ou cisão de uma empresa, sendo que, qualquer mudança na estrutura jurídica ou na propriedade da empresa, não altera os direitos trabalhistas dos empregados.
Contratos a prazo
Requisitos para a existência de contratos por prazo determinado:
a) Serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
b) Atividades empresariais de caráter transitório;
c) Contrato de experiência.
Características:
a) prazo máximo de 02 (dois) anos, com exceção do contrato de experiência, que possui um prazo máximo de 90 (noventa) dias;
b) poderá ser prorrogada uma única vez, respeitando, porém, o seu prazo máximo;
c) desrespeito quanto aos prazos, será automaticamente convertido em contrato por prazo indeterminado;
d) não é permitida a realização de um novo contrato de trabalho por prazo determinado com o mesmo empregador, em um período inferior a 06 (seis) meses, com relação ao contrato anterior.
e) as normas referentes à estabilidade no emprego, em regra, não são válidas para os contratos por prazo determinado.
Trabalho proibido X trabalho ilícito
Trabalho rpoibido é aquele prestado em desacordo com as normas trabalhistas. Os efeitos do contrato são resguardados
Trabalho proibido é aquele que o próprio objeto do contrato é ilícito.

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