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História e Evolução da Contabilidade Joice Faria de Oliveira Mestranda em Administração Aula 3 e 4 Origem da Contabilidade A Contabilidade seja, talvez, tão antiga quanto a origem do Homo sapiens. Alguns historiadores fazem remontar os primeiros sinais objetivos da existência de contas aproximadamente a 2.000 anos a.C. Entretanto, antes disso, o homem primitivo, ao inventariar o número de instrumentos de caça e pesca disponíveis, ao contar seus rebanhos, ao contar suas ânforas de bebidas, já estava praticando uma forma rudimentar de Contabilidade. 2 Origem da Contabilidade Com o uso de sua arte, o homem primitivo evidenciava a sua riqueza patrimonial, em inscrições em paredes de grutas (pinturas) e também em pedaços de ossos. O desenho do animal ou coisa representava a natureza da utilidade; os riscos que se seguiam ao desenho, denunciavam a quantidade existente. Conta Qualidade Quantidade (desenho) (Risco) 3 Origem da Contabilidade Na invenção da escrita, a representação de quantidades normalmente tem sido importante. Logo, é possível localizar os primeiros exemplos de Contabilidade, seguramente no segundo milênio antes de Cristo, na civilização da Suméria e da Babilônia (hoje Iraque), no Egito e na China. Mas é possível que algumas formas rudimentares de contagem de bens tenham sido realizadas bem antes disto, talvez por volta do quarto milênio a.C. 4 Origem da Contabilidade O comércio há mais de seis mil anos já era intenso, o controle religioso sobre o Estado já era grande e poderoso, daí derivando grande quantidade de fatos a registrar, ensejando, dessa forma, o desenvolvimento da escrita contábil. 5 Origem da Contabilidade A escrita contábil era feita em pequenas peças de argila, todas relativas a cada fato (de início), depois resumidas em uma maior (que era o do movimento diário ou de maior período) e também se juntavam por natureza de acontecimentos (pagamentos de mão-de-obra, pagamentos de impostos, colheitas, etc.) 6 Origem da Contabilidade É claro que a Contabilidade teve evolução relativamente lenta até o aparecimento da moeda. Na época da troca pura e simples de mercadorias , os negociantes anotavam as obrigações, os direitos e os bens, porém, obviamente, tratava-se de um mero elenco de inventário físico, sem avaliação monetária. 7 Origem da Contabilidade Entretanto, a preocupação com as propriedades era uma constante no homem da antiguidade, e assim teve de ir aperfeiçoando seu instrumento de avaliação do sistema patrimonial à medida que as atividades foram desenvolvendo – se em dimensão e em complexidade. 8 Origem da Contabilidade Em termos de entendimento da evolução histórica da disciplina, é importante reconhecer que raramente o “estado da arte” se adianta muito em relação ao grau de desenvolvimento econômico, institucional e social das sociedades analisadas em cada época. 9 Origem da Contabilidade O grau de desenvolvimento das teorias contábeis e de suas práticas está diretamente associado, na maioria das vezes, ao grau de desenvolvimento comercial, social e institucional das sociedades, cidades ou nações. 10 Evolução Histórica Entre os séculos XII e XVII as cidades da Europa fervilhavam de atividade mercantil, econômica e cultural. Elas representaram o que demais avançado poderia existir, na época, em termos de empreendimentos comerciais e industriais. 11 Escola Européia Frei Luca Pacioli em sua grande obra de 1494 (Tratactus de Computis et Scripturis – contabilidade por partidas dobradas), já tratava da teoria contábil do débito e do crédito, inventários, livros mercantis, registros de operações, lucros e perdas, levando-se a acreditar que nessa época já se formava o “corpo” da contabilidade que se conhece atualmente. Pode-se dizer, portanto, que foi nesse período que a contabilidade mais evoluiu em sua teoria. 12 Escola Européia Mesmo com essa evolução a Escola Européia tratava a contabilidade como mero instrumento para registro. Alguns defeitos que culminaram a queda da Escola Européia foram: Preocupação com a demonstração dos registros e deixou de lado a necessidade informativa dos vários usuários; Falta de um sistema contábil de informação adequado; A partir de 1920, a ascensão econômica e cultural norte- americana. 13 Escola Americana O surgimento das gigantescas corporations, principalmente em inícios do século, aliado ao formidável desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordinário ritmo de desenvolvimento que aquele país experimentou e ainda experimenta, constitui um campo fértil para o avanço das teorias e práticas contábeis norte- americanas. 14 Escola Americana A evolução da Contabilidade nos Estados Unidos apóia-se, portando, em um sólido embasamento. A saber: o grande avanço e o refinamento das instituições econômicas e sociais; o investidor médio é um homem que deseja estar permanentemente bem informado, colocando pressões não percebidas no curtíssimo prazo, mas frutíferas no médio e longo prazos, sobre os elaboradores de demonstrativos financeiros, no sentido de que sejam evidenciadores de tendências. 15 Escola Americana o governo, as universidades e os institutos de contadores empregam grandes quantias para pesquisas sobre princípios contábeis; e o Instituto dos Contadores Públicos Americanos é um órgão atuante em matéria de pesquisa contábil, ao contrário do que ocorre em outros países; mais recentemente, a criação da Financial Accounting Standards Board (FASB) e, há muitos anos, da SEC (a CVM deles), têm propiciado grandes avanços na pesquisa sobre procedimento contábeis. 16 DATAS IMPORTANTES 1202 – Leonardo Fibonacci 1340 – Francesco di Balduccio Pegolotti 1458 – Benedetto Cotrugli 1494 – Luca Pacioli 1558 – Alvise Casanova 1586 – Angelo Pietra 1636 – Ludovico Flori 17 DATAS IMPORTANTES 1803 – Nicolo D´Anastasio 1838 – Giuseppe Ludovico Crippa 1840 – Francesco Villa 1867 – Francesco Marchi 1873 – Giuseppe Cerboni 1891 – Fábio Besta 18
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