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Conduta Fato tipico

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Conduta
Fato Típico e Seus Elementos;
Conduta;
Condutas Comissivas e Omissivas.
Fato Típico
Fato típico é o fato concreto, praticado por pessoa natural ou jurídica, que além de ser ilícito, se enquadra perfeitamente à hipótese descrita pelo tipo penal.
Tipo = Hipótese de Incidência =ABSTRATO
Fato típico = Fato gerador da Sanção = CONCRETO
Ex. A conduta de subtrair coisa alheia caracteriza o furto.
Fato atípico, por outro lado, é a conduta realizada que não se enquadra em nenhum tipo penal.
Ex. Pai mantém sexo consentido com a filha maior.
(incesto = imoral; incesto ≠ crime)
Conduta
O conceito de CONDUTA é uma das principais discussões do Direito Penal.
O conceito de CRIME tem como ponto de partida o conceito de CONDUTA.
Há várias teorias para tentar resolver a questão, destacando-se pelo menos 03:
Teoria Causalista;
Teoria Finalista; e,
Teoria Social.
Teoria Causalista
Também chamada de clássica, naturalística, mecanicista ou causal, idealizada no século XIX, por Liszt, Beling e Radbruch.
Conduta é ação ou omissão humana voluntária que produz resultado no mundo exterior.
Produzir resultado (ex. morte) “sem querer”, é crime.
Adota obrigatoriamente o conceito TRIPARTIDO DE CRIME:
Crime = fato típico + ilicitude + culpabilidade
O fato típico é meramente causal. Ex. Pessoa que age com cautela, mas atropela e mata alguém, sem culpa e dolo, cometeria fato típico. Só não seria punida por ausência de culpabilidade.
Então, por esse sistema, o dolo e a culpa fazem parte da culpabilidade, inviabilizando a ideia BIPARTIDA de crime.
A culpabilidade conteria, ainda, a imputabilidade, o dolo normativo (além da vontade de produzir resultado, há a consciência da ilicitude) e a exigibilidade de conduta diversa.
Teoria Finalista
Teoria Finalista – 1930 - Hans Welzel, com o livro “O novo sistema jurídico penal”;
A partir da Teoria Finalista, a Teoria Causalista foi identificada como “clássica”.
“A causalidade é cega”, Hans Welzel;
Seria cega, pois não analisa a vontade do agente.
Na Teoria Causal, a conduta é independe de dolo ou culpa.
Estes seriam analisados apenas na culpabilidade.
“Já a finalidade é vidente”, Hans Welzel;
Conduta é a ação ou omissão humana, consciente e voluntária, com o fim de produzir resultadotipificado em lei como crime ou contravenção.
O dolo é natural, quer dizer a própria vontade do agente. Não é mais normativo, ou seja, não exige mais a imputabilidade (consciência da ilicitude), quer dizer, não exige mais que o agente saiba o que está fazendo.
Ex: Pessoa que age com cautela, mas atropela e mata alguém, sem culpa e dolo, não comete fato típico. O fato é atípico, por que a conduta é excluída.
Crime tem que ter vontade e finalidade, não resultado.
Crime = Fato Típico + Ilicitude + Culpabilidade;
Fato Típico = Conduta dolosa ou culposa + relação de causalidade + tipicidade.
Teoria Social
Teoria Social – Johannes Wessels – Parte do conceito finalista de conduta e acrescenta o resultado socialmente relevante;
Conduta é o comportamento humano com transcendência social;
A vantagem seria dar agilidade ao direito, pois esse iria variar conforme a evolução da sociedade;
A crítica é a insegurança jurídica que ela provocaria, pois definir o resultado socialmente relevante é difícil, pois se trata de um conceito abstrato, que pode variar no tempo e espaço.
Elementos do Fato Típico
Crime Material: Conduta, Resultado Naturalístico, Relação de Causalidade, Tipicidade.
No crime material, o resultado integra o tipo, então estarão presentes todos os elementos.
No crime MATERIAL o resultado integra o tipo penal, ou seja, para se configurar o crime é necessário que ocorra uma determinada mudança no mundo natural.
HOMÍCIDIO – SÓ OCORRE SE FOR PRODUZIDA A MORTE
A conduta é interligada ao resultado por uma relação de causalidade.
Essa conduta (ação ou omissão) deve ser perfeitamente enquadrada a um modelo penalmente previsto.
TENTATIVA – Não há resultado e, por consequência, não há nexo de causalidade.
Nos crimes FORMAIS e de MERA CONDUTA, também, haverá apenas CONDUTA e TIPICIDADE.
No CRIME FORMAL, embora possa estar previsto resultado, basta a ação para que o crime se consume, como no caso da ameaça.
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
Crimes de MERA CONDUTA são aqueles que o legislador prevê somente a ação, como no caso da violação do domicílio e da desobediência.
Violação de domicílio
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Desobediência
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
Conduta
Posição Predominante: Finalista;
Ação ou omissão, consciente e voluntária, dirigida a um fim, lesiva ou ameaçadora de lesão a um bem jurídico tipicamente relevante, produzindo resultado no mundo exterior.
Condutas Comissivas e Omissivas
Ação consiste em “fazer algo”, ou comportamento positivo (tipificado por lei penal proibitiva – proíbe a ação);
Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Omissão consiste em “não fazer algo”, ou comportamento negativo (tipificado por lei penalpreceptiva – exige a ação).
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
Teorias (omissão)
Teoria naturalística – fenômeno causal que pode constatado no mundo fático – quem se omite faz algo;
Teoria normativa (Código Penal) – a omissão naturalística é indiferente penal (nada) e nada produz. A omissão penal é deixar de fazer algo que tinha o dever de agir.
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. [...]
Relevância da omissão
2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
 Caracteres da Conduta
01 - Somente ser humano pode praticar conduta penal (apenas ele tem vontade);
Exceção: PJ nos crimes ambientais;
02 - Somente a conduta voluntária (culpa ou dolo) interessa ao direito penal;
Caracteres da Conduta
03 - Somente os atos projetados ao mundo exterior interessam ao direito penal (a cogitação nunca é punível);
PRINCÍPIO DA EXTERIORIDADE – enquanto a vontade não se liberta da mente e se transforma em ação ou omissão, o Direito Penal não consegue agir. (dizer que vai matar não é crime, até que efetivamente se pratique atos para o homicídio).
A conduta contém um ato de vontade humana, projetado no mundo exterior.
Exclusão da Conduta
01 - Caso Fortuito (acontecimento imprevisível e inevitável que escapa ao controle humano);
02 - Atos ou movimentos reflexos (reações fisiológicas e não emocionais a uma provocação);
03 – Sonambulismo e hipnose (ausência de controle da vontade);
04 - Coação FÍSICA irresistível (não se confunde com a Coação MORAL irresistível);
Exclui a conduta e a tipicidade: pessoa coagida é usada fisicamente como mero instrumento para o crime.
Ex: Sujeito, mediante força bruta, impede que bombeiro salve vítima de incêndio.
COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL – exclui a culpabilidade,não a conduta, pois se trata de grave ameaça para que alguém faça ou deixe de fazer algo.
Ex: Sujeito falsifica documento por que está ameaçado de morte com uma arma apontada.
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Omissão Própria ou Imprópria
Omissão imprópria (dever especial de agir), ou crime comissivo por omissão, é uma forma de cometer o crime não impedindo o resultado evitável que podia ou devia evitar segundo uma obrigação.
Conjuga a abstenção com poder ou dever de agir.
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. [...]
2º - [...]. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
No crime omissivo impróprio o agente responde pelo resultado que ele deveria ter evitado. O crime é material, por que tem resultado e este tem relação de causalidade com a omissão.
Ex. Salva-vidas que se omite de evitar morte afogamento por afogamento de banhista.
Ele tinha o dever de agir mas se omitiu, ou seja, cometeu a ação de “matar alguém”.
Omissão própria (dever genérico de agir) é um dever de agir que surge de um tipo penal específico, o qual cria uma imposição normativa genérica (a omissão imprópria, conforme o art. 13, § 2º, não é mais a condição fundamental de incriminação);
Basta a mera abstenção.
O crime é formal, pois embora o resultado possa ser previsível, ele não é exigido para a consumação.
Art. 246 - Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

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