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Falência
Falência pode ser definida como o processo de execução coletiva movido contra empresário insolvente.
A partir da análise desse conceito, podemos perceber que somente o empresário, seja pessoa física ou jurídica, pode ser réu em uma ação de falência. Nesse caso, ficam excluídos os profissionais intelectuais e as sociedades simples. Alguns empresários, por expressa previsão do art. 2º, da lei falimentar (Lei 11.101/05), estão excluídos da aplicação desse diploma legal e, portanto, não podem falir.
A ação falimentar tem como principal finalidade a liquidação do patrimônio do empresário devedor, com o intuito de realizar o pagamento de suas dívidas, de maneira total ou, ao menos, parcial. Como nem sempre será possível o pagamento integral de todos os credores, a lei falimentar os agrupa em classes distintas, e o pagamento ocorrerá de acordo com a classificação dos créditos, seguindo exatamente a ordem descrita na respectiva lei (arts. 83 e 84).
O processo falimentar subdivide-se em diversas etapas, dentre as quais destacamos:
a) pré-falimentar: quando um credor requer judicialmente a decretação da falência, devendo comprovar que a situação se adequa às hipóteses previstas em lei. Inicia-se com o pedido de falência e termina com a decisão judicial que determina a falência;
b) arrecadação dos bens do falido: como consequência da decretação da falência, o falido será desapossado de seus bens, que serão administrados por uma pessoa designada pelo juízo, até que haja a liquidação;
c) elaboração do quadro geral dos credores: os credores deverão habilitar seus créditos, devendo apresentar documentos que comprovem sua existência;
d) liquidação: engloba a venda dos bens e o pagamento das dívidas do falido.
A falência do empresário só pode ser requerida nas hipóteses expressamente previstas em lei (art. 94 da lei de falência). Veja alguns exemplos de motivos que podem justificar o pedido de falência:
- O não pagamento, no prazo acordado, de dívida líquida de valor superior a 40 salários mínimos. Nesse caso, o credor deve protestar o título executivo relativo àquela dívida. É possível que diversos credores com dívidas menores se reúnam para que, em conjunto, ultrapassem o valor de 40 salários mínimos.
- Quando o empresário for réu em ação de execução e deixar de pagar a dívida, nomear bens à penhora ou depositar o valor da execução. Nessa hipótese, não importa o valor da dívida, tendo em vista que já existe execução judicial e o empresário não demonstrou capacidade de solver o passivo. Para requerer a falência, basta solicitar ao juízo responsável uma certidão acerca dos fatos ocorridos na ação de execução.
Recuperação judicial
Recuperação judicial é uma medida judicial destinada a viabilizar que o empresário em crise financeira adote algumas estratégias especiais para a recuperação da estabilidade do empreendimento. Para requerê-la, devem ser preenchidos os seguintes requisitos:
1- regularidade do registro: o empresário que não possui registro válido exerce a atividade de maneira irregular e não goza dessa prerrogativa;
2- exercício da atividade empresária há mais de dois anos;
3- regularidade no exercício da atividade nos últimos dois anos: o empresário que não cumpre com suas obrigações legais não pode requerer a recuperação judicial (Ex.: empresário que não elaborou as demonstrações financeiras).
Importante destacar que alguns empresários não poderão requerer sua recuperação judicial. São eles:
- o empresário falido, salvo se extintas suas obrigações;
- o empresário submetido à anterior recuperação judicial, pois esse impedimento tem uma duração de cinco anos;
- o empresário que tiver sido condenado ou possuir, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer crime falimentar.
Uma vez que o empresário demonstra sua legitimidade para requerer a recuperação judicial, poderá ajuizar a ação, desde que, segundo o art. 51 da lei falimentar, a petição inicial seja instruída com os seguintes documentos:
a) exposição das causas concretas da situação patrimonial do devedor e das razões da crise econômico-financeira;
b) demonstrações contábeis relativas aos três últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido;
c) relação nominal completa dos credores, com a indicação do endereço de cada um, a natureza, a classificação e o valor atualizado do crédito;
d) relação integral dos empregados, em que constem as respectivas funções, salários, indenizações e outras parcelas a que têm direito, com o correspondente mês de competência, e a discriminação dos valores pendentes de pagamento;
e) certidão de regularidade do devedor no Registro Público de Empresas (junta comercial), o ato constitutivo (contrato ou estatuto social) atualizado e as atas de nomeação dos atuais administradores;
f) relação dos bens particulares dos sócios controladores e dos administradores do devedor;
g) extratos atualizados das contas bancárias do devedor e de suas eventuais aplicações financeiras de qualquer modalidade, inclusive em fundos de investimento ou em bolsas de valor, emitidos pelas respectivas instituições financeiras;
h) certidões dos cartórios de protesto situados na comarca do domicílio ou sede do devedor e naquelas onde possui filial;
i) relação, subscrita pelo devedor, de todas as ações judiciais em que este figure como parte, inclusive as de natureza trabalhista, com a estimativa dos respectivos valores demandados.
Após receber o pedido de recuperação judicial, o juiz verificará se o empresário preenche os requisitos legais. Caso preencha, deferirá o processamento e nomeará administrador judicial. Importante destacar que, na recuperação judicial, o empresário não será afastado da administração da atividade econômica, e a função do administrador judicial será de mera fiscalização dos atos praticados pelo empresário.
Deferido o processamento, será atribuído ao requerente o prazo de 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial. RAMOS (2012, pág. 722) ensina que “é interessante que o plano seja minuciosamente elaborado, se possível por profissionais especializados em administração de empresas ou áreas afins, e que proponha medidas viáveis para a superação da crise que atinge a empresa”.
Esse plano será apresentado aos credores e, se não houver oposição, será aprovado e homologado pelo juiz. Caso algum credor se manifeste contrariamente à homologação, o juiz convocará uma assembleia geral de credores, que decidirá sobre a homologação, alteração ou rejeição do plano de recuperação judicial. A eventual rejeição desse plano acarretará a falência do empresário devedor.
Importante destacar que, uma vez aprovado o plano de recuperação judicial, ele será homologado pelo juiz e vinculará aos credores, que receberão seus créditos na forma nele estipulada e ao devedor, que, caso descumpra com as obrigações constantes no plano de recuperação judicial, poderá ter sua falência decretada.
Após dois anos da concessão da recuperação judicial, caso o devedor tenha cumprido todas as obrigações constantes no plano de recuperação, será extinta a ação, o que não quer dizer que o devedor possa descumprir as obrigações ainda pendentes. Se o devedor cumpriu, durante dois anos, com as obrigações há um claro indicativo de que superou a crise e, por isso, será dada a previsão de encerramento da ação. Contudo, enquanto existirem obrigações a serem cumpridas, tanto o devedor quanto os credores continuarão vinculados ao cumprimento do plano de recuperação.
Curiosidades sobre a falência e a recuperação de empresas
Você sabia que, a partir do deferimento do processamento da recuperação judicial, deverá ser acrescida ao nome empresarial a expressão “em recuperação judicial”?
“Os requerimentos de falências somaram, em janeiro, 113 pedidos em todo o país, uma queda de 11,7% em relação a dezembro, mostra a empresa de consultoria Serasa Experian”.
Requisitos para requerer a recuperação judicial
A sociedade empresária XYZ Comércio de Móveis LTDA passou por um momentode grave crise financeira e ajuizou, em 2012, uma ação de recuperação judicial, cujo plano foi devidamente aprovado e cumprido em sua integralidade, não existindo mais obrigações a serem cumpridas.
No referido plano, todas as obrigações se encerrariam em dezembro de 2013 e foram quitadas da maneira determinada. Houve a recuperação da saúde financeira da sociedade que estava estável e com boa margem de lucro.
Todavia, em dezembro de 2014, um raio atingiu a sede da sociedade e iniciou um incêndio, acarretando um prejuízo de R$20.000.000,00 (vinte milhões de reais), fato que colocou a sociedade em nova crise financeira.
Diante dessa situação, foi contratada uma empresa de consultoria para analisar o caso. Constatou-se que a única alternativa para sanar o atual quadro seria um novo pedido de recuperação judicial. E caso o plano já elaborado fosse aprovado, seria praticamente dado como certo que, em dois anos, a sociedade estaria reestabelecida no mercado. Pergunta-se: a sociedade poderá se valer de nova recuperação judicial?
EXPLORANDO A TEMÁTICA
A elaboração do plano de viabilidade econômica
Ao elaborar o plano de viabilidade econômica, contrate profissionais capacitados e seja realista em relação à possibilidade de recuperação da sociedade.
Na elaboração do plano de recuperação, não utilize projeções extremamente otimistas e de difícil concretização.
 
Cai número de empresas que pediram falência no começo do ano
Em janeiro, foram realizados 113 pedidos de falência em todo o país.
Números são da Serasa Experian.
Do G1, em São Paulo
Número de pedidos de falência caiu (Foto: AFP)
O número de empresas que pediram falência no primeiro mês do ano diminuiu em relação a dezembro e ao mesmo mês de 2013, segundo a Serasa Experian.
Em janeiro, foram realizados 113 pedidos de falência em todo o país, valor 11,7% abaixo dos 128 requerimentos feitos em dezembro. Na comparação com janeiro de 2013, o número de pedidos de falência também caiu, 8,9%.
Dos 113 requerimentos de falência efetuados em janeiro de 2015, 65 foram de micro e pequenas empresas, 22 de médias e 26 de grandes.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a queda dos pedidos de falências em janeiro, na comparação com dezembro, é reflexo do impacto positivo no caixa das empresas das vendas de final de ano, aliviando a situação financeira das empresas em meio a um cenário de taxas de juros cada vez mais altas e de estagnação da atividade econômica.
Quanto aos pedidos de recuperação judicial, foi registrado aumento de 39,6% em janeiro de 2015, quando comparadas com o mês anterior. Foram 74 solicitações realizadas no primeiro mês deste ano, contra 53 em dezembro.
As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial com 48 pedidos, seguidos pelas médias (13), e pelas grandes empresas (13).

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