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PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

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PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
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BASES DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E CONTROLE POSTURAL
Psicomotricidade: junção das funções motoras e psíquicas no desenvolvimento do sistema nervoso. (movimento-psiquismo/ psiquismo-movimento)
Ter controle do próprio corpo até ser capaz de tirar dele todas as possibilidades de ação e expressão possíveis, com ajuda de componentes externos (ação) e internos (o corpo e suas possibilidades).
Os movimentos de uma bebê de poucas semanas são involuntários e descoordenados, diferentes de uma criança com 2 anos que já apresenta outro quadro. Essas passagens de fases progressivas do controle corporal se deve a 2 leis: 
Lei do Desenvolvimento céfalo-caudal: controlam-se antes as partes do corpo que estão mais próximas da cabeça, estendendo-se depois o controle para baixo. 
Lei do Desenvolvimento próximo-distal: controlam-se antes as partes mais próximas do eixo corporal (linha que divide o corpo em 2 partes) do que as mais distantes. 
 - assim a articulação do cotovelo é controlada antes que a do punho, que é controlada antes que os dedos.
Psicomotricidade Fina: relaciona-se com os movimentos que exigem maior precisão como coordenação mão-olho e destreza para manipular um objeto; É a maneira como usamos os nossos braços, mãos e dedos de forma precisa, de acordo com a exigência da atividade.
Psicomotricidade Grossa: A motricidade grossa relaciona-se com o controlo corporal no seu todo: postura, equilíbrio estático e dinâmico, deslocamentos e balanços.
Observações relacionadas ao quadro do Desenvolvimento do Controle postural nos 2 primeiros anos de vida (pag:41):
Existe uma margem ampla de variação na idade em que cada bebê adquire um dos marcos do controle postural. Parte dessas diferenças está relacionada com a cultura, pois algumas dessas estimulam a aquisição precoce por meio de práticas enquanto outras não acreditam no treinamento. 
No interior de uma mesma cultura é possível observar diferenças entre os bebês, que se referem ao calendário de aparecimento das habilidades e também o fato de alguns bebês “pularem” algumas fases (como nunca engatinhar). 
As diferenças interindividuais podem estar relacionadas com fatores diversos, como a herança que uma criança tenha recebido ou com a maior ou menor estimulação que encontre em seu ambiente. 
Crianças Hipertônicas: oferecem mais resistência à extensibilidade muscular. 
Crianças Hipotônicas: oferecem menos resistência. 
LEMBRANDO QUE TODAS SÃO NORMOTÔNICAS, NÃO APRESENTAM ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS NO TÔNUS MUSCULAR .
(TÔNUS: é o estado de tensão elástica (contração ligeira) que apresenta o músculo em repouso, e que lhe permite iniciar a contração rapidamente após o impulso dos centros nervosos)
As crianças hipertônicas são mais precoces do que as hipotônicas em se colocar de pé e caminhar, mas são mais lentas no domínio da compreensão fina. 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DURANTE OS DOIS PRIMEIROS ANOS
A INTELIGÊNCIA SENSÓRIO-MOTORA: Devemos a Piaget a primeira e sistemática descrição do desenvolvimento da inteligência dos bebês. 
Ele chamou de sensório-motora para destacar o que era uma inteligência baseada na percepção da realidade e na ação motora sobre ela. E também para estabelecer uma fronteira entre a inteligência simbólica posterior (representação mental e linguagem) e a inteligência pré-simbólica dos bebês. 
OBSERVAÇÕES RELACIONADAS AO QUADRO “A INTELIGÊNCIA SENSÓRIO-MOTORA SEGUNDO PIAGET”: (PAG. 45) 
(Subestágio 1: Adaptações inatas, exercício dos reflexos)
O bebê começa seu percurso com uma bagagem simples, com poucos reflexos inatos e adaptações com o meio. Durante os primeiros 4 meses de vida a atividade do bebê gira em torno do seu corpo.
A atividade fundamental dos 2 primeiros subestágios gira em torno do exercício dos reflexos inatos, de sua repetição e diversificação. 
(Subestágio 2: Primeiras adaptações adquiridas, esquemas simples, reações circulares (repetitivas) primárias) 
REAÇÕES CIRCULARES
Segmento de conduta que o bebê associa a uma consequência que tenta reproduzir repetindo tal conduta. O resultado deste exercício é o fortalecimento do esquema motor, que tenderá a conservar-se e a aperfeiçoar-se.
Reações Circulares primárias: são esquemas simples, descobertos fortuitamente pelo bebê e circunscritos a seu próprio corpo. Exemplo: chupar a mão;
Reações Circulares secundárias: são coordenações de esquemas simples cujas consequências são inicialmente casuais. Ao contrário das primeiras, os efeitos associados à conduta ocorrem não mais no próprio corpo, mas ao meio físico ou social. Exemplo: adulto tamborilar os dedos sobre a mesa, o bebê se agita e o adulto entende que deve repetir o ato.
Reações Circulares terciária: resultam da coordenação flexível de esquemas secundários, experimentando novos meios que levam a um efeito desejado, servem para "ver o que acontece". Exemplo: a criança usa um objeto para lançar outro, como puxar uma corda que esta amarrada ao objeto desejado.
(Subestágio 3: coordenação de esquemas simples, reações circulares secundárias, conduta semi-intensional) 
A criança começa a perceber que suas ações provocam consequências e procura repetí-las para conseguir o som desejado. 
Vendo que muitas das condutas que o bebê apresenta não pertencem ao repertório inato e que já foram construídas na interação com objetos, os esquemas já são secundários. 
Conduta semi-intensional: criança não tem total noção e certeza dos acontecimentos.
(Subestágio 4: Coordenação de esquemas secundários, conduta intencional e relações meio-fins, progressos na imitação e erro do subestágio 4) 
O bebê neste estágio, já possui maior controle sobre a manipulação do meio externo, e conduz ações voltadas a um objetivo, ou seja, tem intencionalidade em seus atos. A criança, aqui, já é capaz de comportar-se deliberadamente, dotada de intencionalidade, e desenvolvem essa capacidade à medida que vão coordenando esquemas previamente aprendidos e a usar comportamentos anteriormente aprendidos para atingir seus objetivos.
Erro do subestágio 4: 
(Subestágio 5: Mobilidade dos esquemas, experimentação ativa, reações circulares terciárias, conservação do objeto, causalidade objetiva, imitação precisa de modelos presentes) 
Testam ações a fim de obter resultados parecidos, ao invés de apenas repetir movimentos que trouxeram satisfação. Há uma interação das reações primária e secundária, existindo então um foco nos objetos e no próprio corpo. 
Equilibrios cada vez mais complexos que permitirão a experimentação ativa, isso tudo ocorre porque o bebê grava bem as limitações desses esquemas e se dedica a modifica-los para que ele evolua nas suas habilidades motoras. 
A conservação do objeto está cada vez mais estabelecida, pois o bebê passa busca-lo onde viu pela ultima vez. 
(Subestágio 6: Interiorização das ações, aparecimento dos primeiros símbolos, conservação do objeto inclusive com deslocamentos invisíveis, imitação diferida) 
Há o domínio da permanência do objeto, ou seja, há representação dos objetos ausentes e de seus deslocamentos, a capacidade de representar mentalmente objetos e ações na memória, principalmente através de símbolos (incluindo os numerais), significa dizer que os bebês conseguem representar o mundo para si mesmos, envolvendo-se, portanto, em ações mentais reais. 
A capacidade de manipular símbolos proporciona à criança ampliar suas percepções e experiências, não estando mais limitadas a experiências imediatas, apenas ao seu alcance. Elas já são capazes de imitação diferida, ou seja, reproduzir uma ação mesmo quando não está mais à sua frente. Surge o “faz de conta”, pensam antes de agir, têm compreensão de causa e efeito, podendo então, resolver problemas. 
PERCEPÇÃO E ATENÇÃO: DESENVOLVIMENTO PRECOCE
Graças a Piaget, ficou claro que a inteligência é anterior à linguagem e é o resultado de intercâmbiosconstrutivos entre o sujeito e os objetos que o rodeiam. 
A maior parte das descobertas posteriores a Piaget não teria sido possível sem mudanças na análise. Assim seguiram, para serem estudadas as competências e capacidades dos bebês. 
OBSERVAÇÕES FEITAS DO QUADRO DE MÉTODOS PARA O ESTUDO DAS CAPACIDADES COGNITIVAS DOS BEBÊS (PAG:47): 
Condutas perceptivas simples: Piaget se baseou quase que exclusivamente na ação motora, como registrar o quanto de tempo que o bebê passa olhando um determinado estimulo. 
Preferências perceptivas: São utilizados 2 estimulos diferentes, onde o bebê escolhe apenas um para olhar, as vezes optam pelo de cor mais quente, ou o que se meche mais. 
Habituação-desabituação: É quando o bebê se habitua com uma imagem e de tanto olhar enjooa, pois sabe o que vai acontecer (habituação); então a imagem é trocada e então ele volta a olhar (dizemos que ele se desabituou, notou a diferença entre as imagens). 
Condutas operantes: são utilizadas condutas espontâneas nos bebês para que produzam determinados efeitos condicionados. 
Medidas eletrofisiológicas. 
DESENVOLVIMENTO PRECOCE DAS CAPACIDADES PERCEPTIVAS:
Os diferentes sentidos que permitem ao bebê entrar em contato com o meio em que o rodeia começam na sua maturação durante a vida pré-natal, de tal forma que, por ocasião do nascimento, todos os órgãos sensoriais estão em funcionamento. 
No momento do nascimento, a maturação tanto dos órgãos dos sentidos, quanto das vias e estruturas cerebrais correspondentes, têm ainda um longo caminho a percorrer até chegar aos níveis característicos dos adultos. O que é peculiar do sistema perceptivo, é que esse longo caminho será percorrido em um tempo muito curto, de forma que ao final de algumas semanas, as possibilidades do sistema perceptivo do bebê alcancem níveis semelhantes a dos adultos. 
Desde o principio, a percepção tem algo de seletivo, algo que nos orienta para alguns traços do ambiente mais do que a outros; precisamente para aqueles traços que são importantes para nossa espécie. 
De todos os sentidos humanos a VISÃO tem sido o mais estudado. Crianças recém nascidas podem ver e, se apresentado de maneira adequada, acompanhar com o olhar um estímulo que se move diante de seus olhos. 
O bebê recém nascido distingue algumas cores de outras, como mostra o fato de preferir olhar um estimulo de cor mais vibrante, do que outro de cor neutra. 
Tanto o olho como as estruturas cerebrais encarregadas da visão têm de amadurecer muito depois do nascimento. Mas ao longo do primeiro trimestre, a visão vai sendo progressivamente mais clara, de forma que já aos 3 meses, a visão terá deixado de ser nebulosa.
Aos 2 ou 3 meses o cristalino já é capaz de se adaptar à distância do objeto que está sendo percebido. Nessa idade, os dois olhos já convergem sobre um mesmo objeto, o que irá melhorar tanto na acuidade visual (trata-se de quando o olho reconhece dois pontos muito próximos uns dos outros, tornando a visão incômoda e a pessoa sente dificuldade em enxergar formas e contornos dos objetos) quanto a percepção da profundidade. 
Desde muito cedo, os bebês não se limitam a olhar passivamente os objetos em seu entorno, mas também os analisam e os exploram com as habilidades visuais de que dispõem. O bebê de 4 semanas explora menos sistematicamente e com maior tendência a se concentrar em regiões de alto contraste. Um mês depois, a exploração visual se torna mais sistemática, mais ordenada e complexa. 
Entre o 1º e 2º trimestre, o bebê já mostra sua preferencia pela informação visual organizada. Ao longo do 2º trimestre, continuam as melhoras significativas tanto na acuidade quanto na percepção da profundidade. 
Os olhos deixam de se mexer com movimentos rápidos e já são capazes de um movimento suave, lento e controlado. Aos 4 meses, as cores são percebidas, enquadradas em categorias. 
Aos 5, 6 meses, se um bebê se habituou a um objeto em uma determinada posição, não mostrará reações quando o mesmo objeto for trocado de lugar, o que mostra que o objeto já é reconhecido como igual. 
Em muitos aspectos as capacidades visuais aos 6 meses alcançam os valores adultos.
Três exemplos de que ocorre avanço nas capacidades visuais no 2º semestre de vida: Percepção de objetos como totalidades significativas (expressões emocionais); Percepção da profundidade e à evitação do vazio por parte dos bebês; Capacidade para realizar certas abstrações perceptivas.
Em relação à sensibilidade AUDITIVA, os recém-nascidos não só ouvem, como também são capazes de fazer varias discriminações auditivas com uma certa precisão. 
São capazes de distinguir, muito cedo, sons semelhantes (ba, ma); 
A preferencia que o bebê tem desde muito cedo pela voz da sua mãe, é uma relação intra-uterina; 
Suas habilidades auditivas são vistas como uma forma de exploração do ambiente. Desde os primeiros dias de vida o bebê vira os olhos e a cabeça em direção à fonte de um som. 
Desde os 3 meses, eles se mostram capazes de diferenciar o tom emocional da voz. 
Em relação à sensibilidade TÁTIL, também bastante desenvolvida no momento do nascimento, mas aperfeiçoada nos meses seguintes. 
São sensíveis à dor de batidas, espetadas, etc. 
Capacidade dos bebês para perceber mudanças de temperaturas. 
Útil instrumento de exploração dos objetos ao redor do bebê. 
A sensibilidade OLFATIVA também se desenvolve durante a fase fetal, dando uma grande preferencia pelo cheiro da mãe. 
O PALADAR também amadurece antes do nascimento, de forma que quando os bebês nascem já conseguem distinguir diferentes sabores, fazendo preferencia por uns do que por outros. 
COORDENAÇÃO INTERSENSORIAL OU PERCEPÇÃO INTERMODAL:	 desde os primeiros dias de vida, os bebês viram a cabeça em direção ao brinquedo que se move ou a voz que está escutando; São ligações visão-tato / visão-ouvido.
Nos meses seguintes essas habilidades vão se aprimorando. É como se, à medida que a capacidade de cada um dos sentidos se tornam mais precisas, a coordenação intersensorial se torna mais complexa. 
A ATENÇÃO PRECOCE E SEUS DETERMINANTES
Os bebês nascem com certas preferências de atenção, com maior predisposição para prestar atenção em alguns estímulos do que em outros. 
Se sentem atraídos por cores vibrantes, imagens que se mechem, voz humana. 
ATENÇÃO CATIVA: os bebês se sentem muito mais atraídos por estímulos que contêm os traços que mais lhe chamam atenção, como o rosto humano. Desse rosto sai uma voz que o atrai e que logo aprende a individualizar, o rosto vem acompanhado de um corpo, um cheiro, um tato e seus gestos contém emoções únicas. 
ATENÇÃO VOLUNTÁRIA: até os 3 meses os bebês não aprenderam a distinguir vozes, mas aos 6 já fixaram sua atenção aos detalhes. 
A exploração do ambiente que começa a ser controlada pelas características dos estímulos, vai aos poucos se tornando dependente das características do sujeito. Chega um momento em que prestar ou não atenção em algo já não dependerá das características físicas dos estímulos, mas das características do sujeito. 
O CONHECIMENTO DA REALIDADE E AS ORIGENS DA REPRESENTAÇÃO
Para Piaget, o acesso a representação mental do real e do simbólico é o resultado de muitos meses de elaboração sensório-motora.
Não existe uma descontinuidade entre uma fase definida pela ausência de representação e outra com a representação como ponto central. Os bebês parecem dispor, desde muito cedo de capacidades representacionais. 
CONSERVAÇÃO DE OBJETOS: habilidades motoras suficientes para levantar um obstáculo sob a qual havia escondido um objeto. Procedimento habituação/desabituação e reações de surpresa. 
No que se refere ao espaço, em relação a inteligência sensório-motora, bebês de 9 meses que foram acostumados ao fato de que um objeto está em uma determinada posição em relação ao seu corpo, são capazes de procura-los na direção adequada depois que seu corpo for girado 180 graus. , isto é, ter uma crescente objetivaçãodo espaço. 
Imitação diferida: bebês de 6 semanas são capazes de imitar alguns gestos de adultos. 
Formação de categoria nos bebês: implicam a utilização do já conhecido paradigma de habituação/desabituação, neste caso com formas visuais. Crianças com idade entre 3 e 6 meses são capazes de reconhecer formas visuais que nunca viram, mas que são bons protótipos das que realmente viram. 
Todas as capacidades de representações manifestadas ao longo do primeiro ano de vida, possui uma capacidade que consiste em representar mentalmente um objeto ou uma situação e que envolve uma formação de categorias mentais. 
FORMATO SENSO-MOTOR + FORMATO CONCEITUAL = Ao longo de seus 2 primeiros anos, os bebês se servem dos dois tipos de formato. 
Os bebês então, são sensório-motores, que precisam manipular objetos, ensaiar condutas, construir esquemas de esforços frente à resistência da realidade. 
DESENVOLVIMENTO DA MEMÓRIA NOS DOIS PRIMEIROS ANOS
Desde seus primeiros dias, os bebês são capazes de registrar em sua memória alguns acontecimentos, embora, sem duvida, sejam estímulos ou situações muito simples e de um vestígio mnêmico breve e frágil. 
A imitação diferida é uma das provas claras de vestígios mnêmicos de determinados acontecimentos e experiências. 
A memória do bebê é frágil. Se refere a situações muito simples e a duração do vestígio mnêmico está longe de ser comparada com a que terá somente alguns anos depois. 
Os bebês possuem um repertório cognitivo precoce que contem elementos e ferramentas fundamentais da inteligência humana; Incluindo as habilidades iniciais de comunicação e de linguagem. 
O OBJETO DE CONHECIMENTO MUITO ESPECIAL: O EU
A consciência de sí mesmo é algo que existe em nós desde o inicio, embora comece a se formar muito cedo precisa de um longo processo para se consolidar, mas nunca definitivamente. 
Essa consciência surge de uma progressiva desagregação da simbiose inicial, em que o bebê se encontra em relação a quem o cuida e protege. 
Vygotsky – “consciência primaria de comunidade psíquica”: segundo ele o ponto de partida da consciência do eu, seria o “proto-nós”, que meses mais tarde acabarão se diferenciando para um eu e um você, graças a bipartidação intima. 
Na bipartidação ou desagregação, as emoções tem um importante papel, pois o bebê vai construindo uma relação afetiva e um estado emocional de tensão e angustia quando as necessidades não são satisfeitas e outro estado emocional quando a as pessoas que o cuidam estão disponíveis. 
Relações afetivas também são fonte de estimulação, e brincadeira, de diversão. 
Eficácia pessoal: capacidade de produzir respostas contingentes do ambiente. 
As relações interpessoais se tornam mais complexas a partir do estabelecimento do apego, com a distinção de figuras de apego, com hierarquia entre elas e diferenciação entre pessoas conhecidas e desconhecidas. 
Um pouco antes do seu primeiro ano, os bebês começam a mostrar sinais de auto-conhecimento, quando veem sua imagem refletida em um espelho ou em algum vídeo ou foto. 
MODELO INTERNO DE SÍ MESMO = AUTOCONCEITO. 
Eu existencial: a consciência de que uma pessoa é diferente da outra. 
Os avanços da linguagem, com o aparecimento de pronomes pessoais com os quais a criança se refere a si mesma como “eu”, “nenê”, “papai”, “mamãe” ... As crianças que estão aprendendo a falar não os confundem, o que significa que tem clara as diferenças e as fronteiras entre as pessoas.
Eu categorial: definido pela capacidade, atitudes e valores que vão se formando em torno da consciência de si mesmos e como parte delas.

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