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CASO CONCRETO 12

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George foi pronunciado, na forma do art. 413 do CPP, pelo crime previsto no art. 121, § 2º, II do CP, por em tese ter matado a vítima Leonidas Malta em uma briga na saída da boite TheNight. O processo tramitou regularmente na primeira fase do procedimento, com designação de AIJ para o dia 11 novembro de 2015, tendo sido o acusado pronunciado no dia 2 de março de 2016. Assim, o julgamento em Plenário ocorreu efetivamente no dia 9 de dezembro de 2016. Após a oitiva das testemunhas arroladas para o julgamento em Plenário, como tese defensiva, o acusado, orientado por seu advogado, optou por exercer a garantia constitucional prevista no art. 5º, LXIII da CRFB/88. Em sede de debates orais o MP sustentou a acusação nos limites da denúncia, sendo certo que a defesa técnica sustentou a tese de legítima defesa e a ausência de provas nos autos que comprovassem o que fora sustentado pela acusação. Em réplica, o ilustre membro do Parquet apontou para o acusado e sustentou para os jurados que “se o acusado fosse inocente ele não teria ficado calado durante o interrogatório, que não disse nada porque não tem argumentos próprios para se defender e que, portanto, seria efetivamente o responsável pela morte da vítima, pois, afinal, quem cala consente”. A defesa reforçou seus argumentos de defesa em tréplica, contudo, George foi condenado pelo Conselho de Sentença e o Juiz Presidente fixou a reprimenda estatal em 15 anos de reclusão em regime inicialmente fechado por homicídio qualificado por motivo fútil (art.121, §2º, II, CP). Na condição de advogado de George, adote a medida cabível para impugnar a decisão utilizando todos os argumentos cabíveis, e indique o último dia do prazo
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca do Município do Rio de Janeiro - RJ 
 
 
 
 
 
Processo n° -------------------- 
 
GEORGE, já qualificado nos autos do Processo em referência, que lhe move o Ministério Público, por seu advogado regularmente constituído conforme procuração de fls. vem à presença de Vossa Excelência para, inconformado com a sentença condenatória proferida, interpor 
RECURSO DE APELAÇÃO,
 
 
o que faz tempestivamente, com fundamento no artigo 593, III, alínea a do Código de Processo Penal. 
 
 	Requer, assim, que após recebida, com as razões anexas, ouvida a part e contrária, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do xxxx, onde deverá ser processado o presente recurso e, ao final, provido. 
 
 
Nestes termos,
Pede Deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB/UF
RAZÕES DE APELAÇÃO
Processo N° -------- 
 
 
Apelante: GEORGE 
 
Apelado: Ministério Público 
 
Egrégio Tribunal de Justiça,
Colenda Câmara,
Douta Procuradoria de Justiça
1. Dos Fatos. 
O apelante foi condenado pelo crime previsto no art. 121, § 2º, II do CP, por em tese ter matado a vítima Leonidas Malta em uma briga na saída da boite TheNight. 
Quando do julgamento em Plenário, como tese defensiva, o acusado, orientado por seu advogado, optou por exercer a garantia constitucional prevista no art. 5º, LXIII da CRFB/88. Em sede de debates orais o MP sustentou a acusação nos limites da denúncia, sendo certo que a defesa técnica sustentou a tese de legítima defesa e a ausência de provas nos autos que comprovassem o que fora sustentado pela acusação. Em réplica, o ilustre membro do Parquet apontou para o acusado e sustentou para os jurados que “se o acusado fosse inocente ele não teria ficado calado durante o interrogatório, que não disse nada porque não tem argumentos próprios para se defender e que, portanto, seria efetivamente o responsável pela morte da vítima, pois, afinal, quem cala consente”. A defesa reforçou seus argumentos de defesa em tréplica, contudo, George foi condenado pelo Conselho de Sentença e o Juiz Presidente fixou a reprimenda estatal em 15 anos de reclusão em regime inicialmente fechado por homicídio qualificado por motivo fútil (art.121, §2º, II, CP). 
 	A decisão condenatória, contudo, merece ser reformada, senão vejamos.
2. Do mérito: 
 	Nobre julgador, resta evidenciado diante dos fatos ora narrados que a sessão plenária foi nula de pleno direito, visto que o parquet sustentou como tese de acusação o direito constitucional de o acusado, ora apelante, de manter-se em silêncio, tal nulidade encontra-se positivada no artigo 478, II do CPP.
	Portanto, impõe-se como medida de justiça a anulação da sentença proferida em sede do tribunal do júri ante à flagrante nulidade apontada.
3. Do Pedido: 
 	Ante todo o exposto requer o recebimento do pedido com a consequente reforma da sentença com o reconhecimento da nulidade absoluta, nos termos do artigo 478, II do CPP. 
 
Por ser medida de Justiça,
Pede Deferimento.
Local, data.
Advogado
 OAB

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